O desenvolvimento do cérebro é influenciado por muitos fatores, incluindo relacionamentos, experiências, ambiente e o movimento da criança.
Você sabia que desenvolver as habilidades motoras da criança é importante não apenas para que ela se mantenha saudável e forte, mas também para apoiar todas as áreas e aspectos de seu desenvolvimento da aprendizagem?
Sim, o corpo é uma ferramenta necessária para que a mente cresça e alcance o mais alto nível de desempenho acadêmico. Funciona da mesma forma quando levantamos pesos ou corremos uma maratona, ou seja, quanto mais aumentamos nossa resistência, nossos corpos ficam mais fortes e mais rápidos.
À medida que “exercitamos” e “aquecemos” o corpo, também estamos dando ao cérebro um treino ainda melhor.
Por que o corpo precisa de habilidades motoras fortes para a aprendizagem?
A maioria das pessoas não percebe que existe uma conexão entre corpo e mente. Quando o corpo está preparado para aprender, o aprendizado se torna muito mais fácil.
Queremos que nossos filhos aprendam a ler e escrever, mas é importante lembrar de proporcionar a eles atividades de movimento que ajudam o corpo na prontidão para a aprendizagem.
Muitas atividades infantis e escolares exigem que a criança seja capaz de usar bem as duas mãos, os pés e até mesmo os olhos. Uma criança que apresenta atraso no desenvolvimento de habilidades de coordenação bilateral pode preferir usar uma mão em vez de ambas as mãos juntas, e pode parecer desajeitada em algumas atividades motoras.
Existem crianças que não conseguem segurar o papel com uma mão e desenhar com outra, por conseguinte, não conseguem desenhar ou escrever porque o papel sai do lugar toda hora. Você já deve ter visto uma criança que usa só uma mão para montar um quebra cabeça, o que acaba tornando o encaixe das peças mais difícil.
Algumas crianças sofrem com falta de atenção e foco e precisam que o corpo seja estimulado.
Goddard (2017), explica que funções cognitivas mais sofisticadas como atenção, a orientação, a memória, as gnosias, as funções executivas, as praxias, a linguagem, a cognição social e as habilidades visuoespaciais, vão envolver diferentes áreas do corpo e do cérebro.
Então, como podemos incentivar nossos filhos a participar de atividades de movimento intencionais que não sejam apenas divertidas, mas que trabalhem para a prontidão do aprendizado?
7 habilidades motoras necessárias para melhorar o desempenho acadêmico
1 – Coordenação olho-mão
Um forte desenvolvimento da coordenação olho-mão pode preparar o cérebro e o corpo para escrever à mão, formar letras e rastrear palavras ao longo de uma página.
2 – Coordenação Bilateral
Desenvolver a coordenação bilateral é uma habilidade importante necessária para tarefas simples, como segurar o papel com uma mão enquanto a outra escreve na página.
3 – Músculo do Núcleo
Acredite ou não, um núcleo forte pode ajudar uma criança a sentar-se ereta em sua cadeira enquanto apoia a cabeça para copiar notas do quadro-negro.
4 – Equilíbrio e Coordenação
Se o corpo de uma criança estiver desequilibrado, você pode começar a vê-la se mexendo na cadeira. Construir melhor equilíbrio e coordenação pode apoiar a atenção e o foco do seu filho, regulação emocional e comportamento.
5- Cruzando a linha média
Atravessar as atividades da linha média são importantes para o desenvolvimento do cérebro. Eles podem ajudar uma criança a rastrear palavras na página, resolver problemas e escrever palavras de frase em frase, de parágrafo em parágrafo.
6 – Atividades De Trás para a Frente
As crianças podem fazer atividades de trás para frente para ajudar a organizar os pensamentos, melhorar a fala e a linguagem, apoiar a memória e ajudar a seguir as instruções.
7- Padronização
Jogar jogos e participar de atividades que exigem padrões diferentes ajudam as crianças com sequenciamento, retenção de fatos, matemática e equações.
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Goddar, Sally Attention, Balance and Coordination, The A.B.C. of Learning Success, Second Edition, 2017, India.
Lee, Timothy D. e Elizabeth D. Genovese. “Distribuição da prática na aquisição de habilidades motoras: efeitos de aprendizagem e desempenho reconsiderados.” Research Quarterly for Exercise and Sport 59.4 (1988): 277-287.