Voltar

TDAH: Resiliência e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno de desenvolvimento responsável por afetar áreas cruciais da vida de uma pessoa, como o desempenho acadêmico, a interação social e até mesmo a dificuldade em coordenação motora.
É inegável que muitos pais, mães e familiares em geral se sintam apreensivos quando suas crianças manifestam algum sintoma, seja ele a desatenção, a hiperatividade e a impulsividade. O núcleo familiar vivencia toda essa experiência dos pequenos. Por conta disso, a ideia de resiliência frente aos desafios surgidos no cotidiano da criança com TDAH deve ser levada em conta. Mas afinal, vocês sabem o que isso significa?

Esclarecendo a resiliência

De acordo com Walsh (1998), resiliência pode ser considerada como um processo ativo de resistência, reestruturação e crescimento face à crise e ao desafio. Segundo pesquisadores, o conceito de resiliência foi definido como um grupo de traços da personalidade e capacidades em que as pessoas, tendo passado por experiências traumáticas, ficavam invulneráveis ao fato. Com isso, não desenvolviam doenças psíquicas, o que caracterizava a qualidade de serem completamente resistentes.

O que isso tem a ver com o TDAH?

Certamente um de vocês deve ter feito esta pergunta, mas a resposta é simples: quando uma criança ou jovem com TDAH passa por alguma frustração, a reação ao lidar com circunstâncias negativas ao longo da vida pode surtir efeitos diversos. Isso está muito ligado ao fato de o paciente reconhecer ou não as formas de contornar tal situação.
Para se ter uma ideia, uma pesquisa feita por Biederman (1998) constatou que cerca de 20% das crianças com TDAH persistente costumam apresentar um bom funcionamento em muitas áreas de sua vida. Por outro lado, 20% dos pequenos com TDAH persistente funcionam mal em aspectos importantes da vida, como o social, o educacional e o emocional.
Há que se ressaltar o fato de que tal variabilidade de adaptação está diretamente ligada à importância da resiliência no TDAH.
Outros estudiosos constataram que pacientes com TDAH, e que não apresentavam problemas de conduta ou de relacionamento com colegas, manifestavam qualidade de vida satisfatória, uma vez que inúmeros fatores exerciam impacto do TDAH na vida do pequeno. Há que se considerar o fato de tais pacientes viverem sem sintomas somáticos ou problemas de coordenação.
Anuncios_site_-_Cursos_NeuroSaber_TDAH TDAH: Resiliência e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade

O papel da família nessa situação

Sabe-se que os familiares são imprescindíveis; afinal, essas pessoas estão no convívio diário da criança. Elas presenciam e vivem todos os desafios surgidos no âmbito doméstico e social do pequeno. A resiliência, como a habilidade de lidar com a adversidade, é uma das chaves principais para saber lidar com as situações que podem surgir no dia a dia da criança.
É preciso que a família esteja sempre presente, pois o número de pessoas com TDAH diagnosticadas com depressão chega a 30% dos casos. Para se ter uma ideia da incidência dessa doença em crianças com TDAH, pesquisas revelam que os pequenos que convivem com o transtorno apresentam o risco de desenvolver a depressão três vezes mais do que aqueles vivendo sem esse mal.

Tratamento é sempre a melhor opção

O TDAH deve ser devidamente tratado para que os sintomas do transtorno sejam diminuídos com eficiência. Dessa forma, a criança e seus familiares conseguirão enfrentar juntos as situações que surgirão no cotidiano. Não deixe de procurar auxílio profissional para que sejam oferecidas as melhores condições a todos.
 
Blog_neurosaber_-_Dr_Clay_Brites TDAH: Resiliência e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade

Você também pode se interessar...

6 respostas em “TDAH: Resiliência e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade”

Meu filho foi diagnosticado aos 11anos com TDAH e deficit cognitivo.
O déficit cognitivo pode ter desenvolvido no decorrer desses anos sem o tratamento de TDAH?

Muito bom seu artigo, mas gostaria de saber a fonte da pesquisa mencionada em seu texto sobre a relação da resiliencia no tratamento de TDAH de Biederman (1998).
Continue escrevendo!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *