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Psicomotricidade na concepção neuroeducacional

Se você acompanha nossos artigos e nossas neurolives, então provavelmente o tema psicomotricidade não é algo novo, correto? Nós sempre atualizamos os posts para informarmos, de forma cada vez mais eficiente, a todos os leitores que procuram conhecimentos acerca da saúde e do bem estar de suas crianças. Sendo assim, hoje trataremos sobre a psicomotricidade sob a concepção neuroeducacional.

Mas por que esse enfoque?

Tal abordagem tem se mostrado cada vez mais eficaz pelo simples fato de os especialistas nas áreas em questão reconhecerem que o aprendizado está ligado a determinados fatores. Falar dos aspectos psicomotores por meio da concepção neuroeducacional é enriquecer ainda mais os caminhos que visam ao desenvolvimento dos pequenos.
No entanto, é preciso estabelecer que a neurociência é um espaço que abarca todas essas divisões da área. Todos esses estudos são conectados às funções que o sistema nervoso exerce na vida de uma pessoa. Veja abaixo a sua importância.

Relembrando um pouco a Neurociência

Vale relembrarmos que a Neurociência é o estudo sobre o sistema nervoso e todas as suas funcionalidades. Além disso, ela estuda as estruturas, os processos de desenvolvimento e alguma eventual alteração que possa surgir no decorrer da vida de uma pessoa. Em outras palavras, é como uma análise minuciosa sobre o que manda e desmanda em nossa vida.
Os estudos da área de Neurociência são caracterizados por sua continuidade e eles podem revelar descobertas para diversas finalidades: pesquisadores que desenvolvem máquinas, equipamentos e até mesmo chips para auxiliar algum indivíduo que conviva com uma limitação física. Tudo isso para citar apenas um exemplo dentre vários existentes.
Os campos principais da Neurociência são os seguintes: Neuropsicologia, Neurociência cognitiva, Neurociência comportamental, Neuroanatomia e a Neurofisiologia. A neuroeducação é um campo interdisciplinar, cuja junção de especialidades vocês verão a seguir.

O que é neuroeducação?

Antes de explicarmos qual o seu significado, vamos expor a seguinte situação: imaginemos um aluno sendo avaliado somente pelo viés do conhecimento adquirido dentro do ambiente escolar. Podemos perceber nesse caso que a educação está longe de exercer seu papel inclusivo.
Por outro lado, se a criança conseguir obter êxito aspectos que vão do comportamento ao psicomotor, emocional e cognitivo; aí sim a educação terá sido inclusiva.
A neuroeducação pode ser definida então como uma área de abordagem que trata da junção dos conhecimentos da Neurociência, da Educação e da Psicologia.
Um dos impactos da neuroeducação na vida de uma criança é que, em função dos progressos oferecidos por essa ciência, muitos indivíduos conseguem conquistar a autonomia. Um dos exemplos mais interessantes é presenciarmos pessoas que convivem com algum transtorno ou síndrome e vivem normalmente trabalhando, estudando e exercendo sua autonomia.

A psicomotricidade na concepção neuroeducacional

Considerando o aspecto neuroeducacional, a psicomotricidade ganha uma dimensão inegável pelo fato de sua atuação provir do sistema nervoso central. Ele é responsável pela criação de uma consciência no indivíduo acerca dos movimentos que realiza por meio de parâmetros como a velocidade, o tempo, o espaço e a percepção própria da pessoa.
Vale relembrar que a psicomotricidade é de extrema importância não só para a infância, pois ela engloba habilidades que serão aproveitadas durante toda a vida. Isso significa que se a criança for estimulada desde muito novinha, vários desses aspetos passam por um aperfeiçoamento ao longo da vida, até mesmo porque os aspectos cognitivos e emocionais são trabalhados.

A cognição e a psicomotricidade

O aspecto cognitivo está intimamente ligado ao psicomotor. O desenvolvimento da cognição na infância funciona como força motriz no oferecimento de todas as condições de uma vida saudável e independente à criança.
Para termos uma ideia sobre sua importância, imaginemos seu filho no ambiente escolar com todos os desafios peculiares da área. Engraçado notar que por mais que ele necessite de auxílio dos educadores e dos ajudantes de turma para algumas tarefas, o fato do pequeno saber lidar com algumas situações é algo imprescindível. Ele saberá, por exemplo, integrar-se a uma brincadeira junto dos demais colegas e aproveitar essa autonomia.
Interessante relembrar que a cognição de uma pessoa favorece essa e outras assimilações, pois tal aspecto é responsável não só pelo papel social a que a criança está sujeita, mas a outros pontos fundamentais ao seu desenvolvimento.
PEPI Psicomotricidade na concepção neuroeducacional

O desenvolvimento emocional sob a influência neuroeducacional

Podemos definir o desenvolvimento emocional como a aquisição de meios e formas comportamentais para manifestar o temperamento nas atividades cotidianas presentes nos ambientes sociais.
Interessante notar que desde os primeiros meses e anos de vida, as crianças apresentam características inatas e que parecem ter um forte componente biológico e genético. Tais características levam a respostas motoras e de atenção que promovem consequências positivas ou negativas, sejam na interação social e na execução de tarefas nos mais variados espaços.
Além disso, vale dizer que como ocorre em  todo comportamento, a  inibição ou a persistência de determinados “excessos” ou ações emocionais negativas tendem a ser modulados e modificados pela intervenção de seus cuidadores no sentido de equilibrá-los e permitir uma melhor adaptação.

Quais os objetivos da psicomotricidade?

  • Induzir a capacidade de percepção por meio do conhecimento dos movimentos e da resposta corporal;
  • Motivar as crianças na descoberta de suas expressões, além de impulsionar a ação criativa e da emoção;
  • Estabelecer a consciência e o respeito ao espaço de outras pessoas;
  • Estimular a coordenação motora de acordo com o objetivo desejado da criança; coordenação motora fina e grossa;
  • Reforçar a valorização da autoestima e da identidade própria;
  • Desenvolver a capacidade sensorial em relação ao ambiente externo;
  • Induzir a confiança em si mesma (na criança);
  • Trabalhar a comunicação para a interação social;
  • Algumas atividades que desenvolvem a psicomotricidade;
  • Rolar, engatinhar, andar com um pé só, andar para os dois lados, pular, fazer cambalhota, brincadeiras com os dedos, entre outras.

 
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8 respostas em “Psicomotricidade na concepção neuroeducacional”

Muito boa essa abordagem, psicopedagoga e estou me organizando para fazer psicomotricidade. Sigo vcs no insta. Um abraço.
Ana Araujo

Ótima noite!
Meu nome é Alessandro, sou assinante na revista PAIS E FILHOS, tenho muito interesse nesse tema abordado e gostaria de ter maiores informações e materiais, para um melhor aproveitamento e prática com minha neném .
Obrigado

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