Comorbidade no autismo e os impactos motores

A princípio, existem algumas comorbidades que podem acompanhar o autismo e causar impactos motores. Nesse sentido, saiba mais sobre o tema. De fato, anos atrás quem estabeleceu os critérios diagnósticos do autismo não considerou as questões motoras como tão importantes. No entanto, hoje em dia, entende-se que 80% das crianças com autismo apresentam essa dificuldade. Além disso foi comprovado que pode haver atraso tanto na motricidade fina quanto na motricidade ampla. Mas quais são as Comorbidade no autismo e os impactos motores? Ou seja, crianças com TEA podem apresentar prejuízos em habilidades motoras grossas, por exemplo, dificuldade de equilíbrio e problemas de locomoção. Além disso, também podem pode prejudicar as habilidades motoras finas. Por exemplo, dificuldades para segurar objetos, usar talheres ou escrever.  Antes de mais nada, clique aqui e assista este vídeo. Do mesmo modo, os prejuízos motores podem interferir nos músculos da boca, impactando na formam de falar. Sendo assim, a criança pode-se ter dificuldade em entender a fala dessas crianças.   Não apenas isso, mas também uma das principais causas dos prejuízos motores é a fraqueza muscular ou alterações na tonicidade. Alguns pequenos podem apresentar também prejuízos na coordenação, mesmo que os músculos estejam com tonicidade boa. Portanto, conheça algumas comorbidades que podem estar presentes em indivíduos com TEA. Além disso, aprenda mais sobre como essas condições que se relacionam com o desenvolvimento motor. Mas o que é o transtorno do desenvolvimento da coordenação (TDC)? Em suma, o TDC é um transtorno que pode estar associado ao autismo, gerando algumas dificuldades motoras no pequeno. Portanto, alguns sintomas do TDC são: Coordenação motora pobre; Problemas para memorizar sequências motoras; Queda no desempenho em atividades que precisam de repetição; Alta tensão corporal; Excesso de atividade muscular na execução de tarefas motoras, fazendo com que as suas atividades motoras sejam mais imprecisas. Dessa maneira, quando existe ligação entre o TEA e o TDC, é possível perceber as dificuldades… Principalmente em atividades que exigem a escrita e a memorização de sequências motoras. Ou seja, as crianças que apresentam essa comorbidade costumam cometer mais erros em atividades que exijam coordenação motora. Além disso, frequentemente apresentam dificuldade de orientação espacial e problemas de percepção motora. Aliás, o que é transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH)? O TDAH afeta o cérebro e tem motivos genéticos. Ou seja, faz com que a pessoa tenha dificuldade de prestar atenção, seja agitada e impulsiva. Além disso, geralmente começa na infância e pode durar a vida toda. Por certo, entre 30 e 50% dos pacientes com autismo também possuem TDAH. Pesquisas mostram que as crianças com TDAH têm um cérebro menos maduro, especialmente na parte da frente. Isso pode afetar a atenção, memória e controle dos movimentos. Por esse motivo, os pequenos costumam apresentar, por exemplo, dificuldade para pensar antes de agir, permanecerem atentos e calmos. Além disso, essas crianças se mostram muito distraídas e/ou inquietas. Ou seja, elas costumam estar em movimento o tempo todo, podem chacoalhar pernas e mãos, e certamente também podem correr em locais inadequados e não conseguir permanecer em filas ou esperar sua vez. Comorbidade no autismo e os impactos motores Antes de mais nada, aprenda mais sobre esse tema no vídeo do Dr. Clay Brites: Afinal, o que são alterações sensoriais típicas do TEA? As alterações sensoriais dizem respeito a forma como o cérebro processa e responde aos estímulos sensoriais. A princípio, os estímulos sensoriais podem ser vários, como cheiros, sabores, texturas, sons, luzes, cores, e tudo o que o corpo é capaz de sentir. Do mesmo modo, existem os estímulos sensoriais que se relacionam com o movimento do corpo, como andar, correr, pular, subir escadas, balançar objetos, entre outros. Portanto aprende mais no vídeo do Dr. Clay Brites sobre: Por que existe o distúrbio sensorial no autismo? Portanto, conheça algumas formas de manifestação das alterações sensoriais que se relacionam com os efeitos motores: – Somatossensorial: por exemplo, diz respeito à forma como o corpo recebe informações do meio externo e interno. Alterações, por exemplo, a perda da sensibilidade ao calor, ao frio e às dores físicas. Além disso, da atração por coisas ásperas ou repulsa a coisas que toquem a pele. Vestibular: relaciona-se aos movimentos de balanço e ao equilíbrio. Cinestésica: Está associada ao reconhecimento da localização, posição e orientação do corpo no espaço. Então entenda quais são as síndrome genéticas: Certamente, cerca de 20% dos casos de TEA são por conta de uma relação entre o autismo e síndromes genéticas. Então, conheça as principais síndromes genéticas que causam efeitos motores: Entenda a síndrome do X Frágil Antes de mais nada, trata-se de uma condição genética e hereditária. Assim sendo, faz com que as crianças apresentem atrasos no desenvolvimento motor e/ou da linguagem. Em resumo, estima-se que cerca de um terço das pessoas com Síndrome do X Frágil também tenham características do TEA. Conheça a síndrome de Angelman A Síndrome de Angelman afeta principalmente o sistema nervoso. Ou seja, os indivíduos com essa síndrome possuem atrasos no desenvolvimento, deficiência intelectual, comprometimento da fala entre outros problemas. Entenda como funciona a síndrome de Rett A condição rara afeta mais as meninas e faz com que o desenvolvimento do cérebro seja comprometido. Isso pode causar problemas de movimento, comunicação e amizade, além de outros sinais. Mas o que é CDKL5? Com toda a certeza, é uma síndrome bastante rara, causada por uma mutação no gene CDKL5. Portanto, os indivíduos afetados apresentam características clínicas semelhantes à síndrome de Rett. Então, você sabe o que isso significa? Phelan McDermid? Em resumo é um transtorno do neurodesenvolvimento no qual as pessoas afetadas podem manifestar características do autismo (em torno de 80%). Além disso, que tal aprender mais assistindo esse vídeo? Em resumo, o Dr.Clay Brites vai falar sobre transtorno do desenvolvimento da coordenação e suas comorbidades. Gostou do conteúdo sobre TEA? Acesse o nosso curso PROTEA – Programa Especializado em Transtorno do Espectro Autista, e saiba como descobrir, entender e estimular a pessoa com Autismo, seja ela criança ou adulta. Além disso, você também

SENSIBILIDADES SENSORIAIS EM CRIANÇAS AUTISTAS

Sensibilidades sensoriais em crianças autistas – Crianças com autismo podem ser muito ou pouco sensíveis aos estímulos. Entenda como lidar!

SALA SENSORIAL NA ESCOLA: CHECKLIST DE ITENS NECESSÁRIOS

Sala sensorial na escola: checklist de itens necessários – um ambiente que busca o desenvolvimento dos sentidos, da interação e evolução das crianças. Entenda o objetivo e a importância da sala sensorial na escola. QUAL A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO SENSORIAL? Antes de mais nada, o processo de integração sensorial é fundamental para o desenvolvimento infantil. Pois trata-se da organização dos estímulos e sensações que recebemos constantemente através dos sentidos. De fato, esse desenvolvimento sensorial acontece no cérebro e é de suma importância para ordenar e classificar as sensações. Ou seja, quando seu processamento está desorganizado, significa que a atividade cerebral não está agindo como deveria. Nesse sentido, uma excelente alternativa para as crianças que precisam organizar e aprimorar os seus sentidos é a implementação da sala sensorial na escola. Com toda a certeza, promover uma integração sensorial com o auxílio das salas sensoriais potencializa as chances para que diferentes regiões do sistema nervoso trabalhem em conjunto. Também possibilitando que o infante consiga interagir com o ambiente e seus elementos de modo satisfatório. SINAIS QUE INDICAM PROBLEMAS NA INTEGRAÇÃO SENSORIAL Antes de mais nada, é importante saber reconhecer alguns tipos e sinais que indicam alterações na integração sensorial das crianças: – Disfunções que envolvem o sistema vestibular: Além disso, fique atendo ao pequeno que parece ter um desenvolvimento típico. Mas apresenta dificuldades relevantes para ler e fazer cálculos… Também costuma cair mais do que outras crianças da mesma faixa etária e tem problemas em executar atividades que necessitem utilizar os dois lados do corpo. Por exemplo, amarrar os cadarços ou andar de bicicleta. – Disfunções do sistema proprioceptivo: Assim como, o infante não consegue manter o equilíbrio sem se apoiar; geralmente apresenta características de desorganização, sendo desajeitado e distraído. Também tem problemas para manter a postura por muito tempo, pois tem dificuldade na sustentação do peso do corpo. – Disfunções do sistema tátil: Além disso, as crianças evitam toques em seu rosto, não gostam de escovar os dentes, lavar e pentear os cabelos. Ou podem apresentar repulsa em ficar descalças na grama ou areia; são seletivas nas refeições, se preocupando com a cor, sabor e textura dos alimentos; necessitam ter contato ou evitam tocar em determinadas superfícies, dependendo da textura. – Disfunções do sistema visual: É provável, que o infante não consiga pintar, desenhar ou escrever adequadamente e nem mantém o tracejado dentro do espaço determinado. Além disso, evita estar em lugares desconhecidos, principalmente se estiver sozinho. Pois tem facilidade para se perder; costuma errar degraus ao subir ou descer escadas. – Disfunções do sistema auditivo: os pequenos possuem problemas para ouvir e olhar ao mesmo tempo; ficam confusos em locais barulhentos; têm dificuldade para ouvir certas coisas ou podem apresentar sensibilidade a barulhos. SALA SENSORIAL NA ESCOLA Nesse sentido, a sala sensorial tem como objetivo promover a observação dos sentidos por parte dos profissionais que estão acompanhando o aluno. Enquanto isso, explora seus sentidos através de atividades lúdicas, a fim de desenvolver sua autonomia e independência. À exemplo disso, uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode ter dificuldades em lidar com alguns estímulos externos, como barulhos, luzes fortes, determinadas texturas, cheiros, entre outros. Por isso, na sala sensorial o paciente com TEA poderá trabalhar esses estímulos em um ambiente controlado, com o intuito de que se possa identificar os problemas e, consequentemente, adotar uma intervenção adequada, respeitando a singularidade de cada indivíduo. CHECKLIST DE ITENS NECESSÁRIOS PARA A SALA SENSORIAL Vale ressaltar que a lista abaixo contém indicações de itens para trabalhar na sala sensorial, mas pode demorar meses ou anos para adquirir todos. Portanto, eles devem ser obtidos de acordo com o orçamento disponível. Saco de feijão pesado Balanço Bolas sensoriais Sacos de feijão sensoriais Trave de equilíbrio Barras de peso Teeter Popper Bola de exercício Macarrão de piscina Cones de várias cores Cesta de basquete Tapete de ginástica Bambolês coloridos Obstáculos de treinamento Faixas de resistência Mini Trampolim Piscina de bolinhas Massinha de modelar REFERÊNCIAS LORAINE, J. Aprendizaje e inclusión: implementación de sala de estimulación sensorial y motriz en establecimiento educacional con Programa de Integración Escolar, de la comuna de Lota. Unab.cl, 2019. Disponível em: https://repositorio.unab.cl/xmlui/handle/ria/14425. Acesso em: 06 ago. 2022. Sensory Room: How to Build a Successful Sensory Room for Greater Brain Development. Integrated Learning Strategies, 2017. Disponível em: https://ilslearningcorner.com/2017-06-sensory-room-how-to-build-a-successful-sensory-room-for-greater-brain-development/. Acesso em: 07 ago. 2022. Integração sensorial e Terapia de Integração Sensorial. Multi Sensorial – Clínica Integrada, 2021. Disponível em: https://multisensorial.com.br/integracao-sensorial/. Acesso em: 07 ago. 2022.

CONSCIÊNCIA CORPORAL: AÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

As crianças que possuem problemas de consciência corporal podem ter dificuldades em aspectos importantes de seu desenvolvimento. Ao perceber que seu filho precisa se esforçar para se equilibrar, possui problemas de coordenação, evita as atividades físicas ou anda de maneira desajeitada, saiba que tais aspectos podem ser indicativos de déficit na consciência corporal. Na sala de aula, adversidades envolvendo a consciência corporal podem ser vistas através de comportamentos indesejados, como dificuldade em prestar atenção, inquietação e falta de foco durante as explicações. O QUE É CONSCIÊNCIA CORPORAL? Pode ser definida como a capacidade do indivíduo de conhecer a si próprio, de modo que tenha noção de suas limitações, dimensões e funcionamento do seu corpo. Por exemplo, em algumas situações você fica em uma posição e se dá conta que estava com uma postura incômoda, sente dores nas pernas por conta de um esforço físico ou percebe que os ombros e pescoço estão tensionados, constituindo assim sensações e percepções que fazem parte da consciência corporal. Esse tipo de consciência é responsável por nos proporcionar a capacidade de entender e processar os movimentos e os limites que nossos corpos possuem. Ademais, como já mencionado, ela também permite que identifiquemos de onde vêm as dores e os incômodos que sentimos. POR QUE É IMPORTANTE ESTIMULAR A CONSCIÊNCIA CORPORAL? Quando pensamos em consciência corporal, não estamos falando de uma habilidade inata, logo, o infante não nasce com essa capacidade já desenvolvida. Desse modo, essa competência deve ser estimulada para que se possa desenvolver tal consciência, e são justamente as interações com o ambiente e seus elementos que irão auxiliar os pequenos a terem plena noção do lugar e espaço que seu corpo preenche, como devem se mover de maneira segura sem esbarrar em objetos, saberem qual sua posição e a intensidade de força que deverá ser empregada para executar determinada ação, como também as questões de equilíbrio e coordenação. Esse conjunto de capacidades será fundamental para a integração da criança no meio social e seu bom rendimento acadêmico. Dessa forma, o conhecimento de mundo que seu filho terá começa a partir do conhecimento sobre si próprio, por isso é importante trabalhar a consciência corporal, associando-a ao conhecimento de mundo, principalmente nas primeiras fases da infância. Não cometa o erro de achar que seu filho vai desenvolver a consciência corporal sozinho, pois ele precisa de estímulos e ambientes propícios a fim de colaborar com o seu progresso. PROBLEMAS RECORRENTES POR NÃO DESENVOLVER A CONSCIÊNCIA CORPORAL ADEQUADAMENTE O processo de conhecer seu próprio corpo é indispensável para a educação infantil. Entretanto, em casos que a criança não desenvolve a consciência corporal de maneira satisfatória, alguns problemas podem surgir: Má postura; Tropeços e tombos recorrentes; Dificuldade para andar em linha reta; Esbarrões em móveis e paredes; Dificuldade de segurar o lápis de maneira correta e/ou de apoiar o braço sobre a mesa para escrever; Dificuldade para escrever em linha reta; Dificuldade para deixar espaços entre as palavras de uma frase; Dificuldade para seguir instruções e compreender sentidos de direção, como: acima, abaixo, esquerda e direita. Problemas como esses devem ser prevenidos e corrigidos. Por esse motivo, o estímulo da consciência corporal torna-se imprescindível, ainda mais por não ser uma habilidade inata.  ATIVIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA CORPORAL Exercícios de Consciência Corporal Parte superior do corpo e parte inferior do corpo Tronco Coloque a mão esquerda no dedo do pé direito. Bata palmas duas vezes. Coloque a mão esquerda no dedo do pé esquerdo. Junte os cotovelos. Toque seus calcanhares. Toque seus olhos. Junte os pés. Toque um cotovelo. Junte os joelhos. Toque dois cotovelos. Toque o joelho direito com a mão esquerda. Desenhe um quadrado no ar. Toque o joelho esquerdo com a mão direita. Bata palmas uma vez. Toque um joelho e um pé. Junte as mãos atrás do pescoço. Coloque a mão direita no joelho esquerdo. Toque um ombro. Coloque a mão esquerda no joelho direito. Coloque as palmas das mãos juntas. Coloque a mão direita no quadril esquerdo. Coloque as mãos na cabeça. Coloque a mão esquerda no quadril direito. Coloque as mãos na cabeça. Separe os pés. Toque seu nariz. Toque os dedos dos pés com os braços cruzados. Toque o nariz com uma mão e o joelho com a outra. Coloque as duas mãos nos quadris. Cruze os braços na frente do peito. Coloque a cabeça no chão. Coloque o nariz na janela. Toque o pulso no tornozelo. Toque o pulso no pescoço. Toque os joelhos em uma cadeira. Toque seus dedos em um livro. Toque os polegares nos dedos dos pés. Balance sua cabeça. Dobre seus joelhos. Encolha os ombros. Bata os pés. Abra sua boca. REFERÊNCIAS CAMPOS DA SILVA, R.; OCTAVIO BARBANERA, P. A INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO DESENVOLVIMENTO MOTOR DOS ALUNOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL. RENEF, [S. l.], v. 5, n. 5, p. 180–191, 2022. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/renef/article/view/5243. Acesso em: 5 ago. 2022. Body Awareness Activities for Stronger Proprioception and Learning Development. Integrated Learning Strategies, 2016. Disponível em: https://ilslearningcorner.com/201608-body-awareness-activities-for-stronger-proprioception-and-learning-development/. Acesso em: 05 ago. 2022. Consciência corporal na infância | Entenda a importância. ASGYM, 2021. Disponível em: https://www.asgym.com.br/consciencia-corporal-na-infancia-entenda-a-importancia/. Acesso em: 05 ago. 2022.

COMO ENSINAR SOBRE O CORPO HUMANO A CRIANÇAS AUTISTAS

Conhecer o corpo humano e suas peculiaridades é algo imprescindível para o desenvolvimento e segurança de crianças autistas. Um assunto de grande importância para qualquer criança é o corpo humano e suas peculiaridades. Compreender as semelhanças e diferenças que existem entre as pessoas, as regras de convívio social e os limites relacionados ao próprio corpo é um conhecimento que proporciona desenvolvimento, bem-estar e segurança. Quando se trata das crianças com autismo, trabalhar com atividades e instruções que desenvolvam esse conhecimento de forma educativa e saudável torna-se ainda mais importante. Identificar possíveis incômodos, agir conforme as regras sociais ou diferenciar o eu do outro nem sempre é uma tarefa simples.  DIFERENÇA ENTRE O CORPO MASCULINO E O FEMININO Para a criança autista, compreender algumas questões pode ser mais difícil e levar mais tempo. Uma dessas questões é reconhecer as diferenças entre o corpo do sexo feminino e masculino, bem como as modificações que ocorrem no corpo ao longo do desenvolvimento, especialmente durante a puberdade. É importante tratar esses assuntos com a criança da maneira mais natural possível. Apresente as diferenças biológicas que há entre o corpo do sexo feminino e masculino, de maneira respeitosa e explícita, sempre utilizando recursos e vocabulário adequados à idade. É importante nomear as partes do corpo corretamente e também conversar sobre o funcionamento delas. Há diversos livros que tratam sobre esse tema de forma lúdica. Para isso, também podem ser utilizados materiais concretos, como bonecos. Converse também sobre as modificações que ocorrem no corpo humano ao longo do desenvolvimento. É importante enfatizar o estágio da puberdade, onde as modificações se tornam aparentes e, algumas vezes, podem incomodar algumas crianças. Ajude a criança a se preparar e enfrentar a puberdade da forma mais natural possível, respeitando e acolhendo suas dúvidas, inquietações e necessidades. Para isso, podem ser utilizadas, por exemplo, fotos da família onde seja possível observar os pais e outros conhecidos nas diferentes fases da vida. Fale explicitamente sobre as modificações que podem ser observadas, como “Quando você ficar mais velho, também vai ter pelos no rosto igual ao papai”, ou “Você ainda vai crescer e ficará mais alta com o passar dos anos”. O uso de exemplos possibilitará o melhor entendimento da criança. O QUE FAZER EM PARTICULAR, MAS NÃO EM PÚBLICO? Compreender o que é privacidade e quais são as partes do corpo consideradas íntimas é essencial ao desenvolvimento das crianças. Dessa maneira, será possível diferenciar quais ações podem ou não ser realizadas em público. Para isso, é preciso indicar quais partes podem ser mostradas a outras pessoas e quais devem permanecer cobertas. Ensinar o conceito de estar vestido ou nu é uma boa opção. Isso pode ser feito por meio de uma conversa, por meio de livros e jogos (como aqueles em que são coladas roupas sobre o corpo de desenhos de crianças), ou com materiais concretos (como bonecos). Enfatizar essas ideias durante o banho também é uma alternativa, utilizando exemplos como “Quando você está tomando banho, tudo bem ficar nu, mas quando vamos sair do banho temos que nos enxugar o corpo e vestir nossas roupas para que ninguém veja nossas partes íntimas! Quais são elas? São as partes que somente a mamãe e o papai podem ver!”. Também é válido ensinar sobre o local certo para fazer determinadas coisas, e o que que não devem ser feitas em público, por exemplo, local em que pode ser retirada a roupa para se trocar, local onde pode urinar. Oriente explicitamente com frases como: “Quando precisamos fazer nossas necessidades, devemos utilizar o banheiro. Antes de abaixar a calça, precisa fechar a porta e conferir se não há alguma pessoa olhando! Não pode ficar sem roupa ou fazer as necessidades na frente de ninguém!”. Para facilitar o entendimento, os responsáveis podem elaborar um quadro com imagens de situações que ocorrem no dia a dia, como lavar as mãos, urinar, tomar banho e escovar os dentes e deixá-lo visível para que essas ações sejam lembradas pela criança. LIMITES PESSOAIS E CORPORAIS Ao entender sobre privacidade e as partes íntimas do corpo, a tendência é que a criança tenha mais facilidade para compreender sobre os limites pessoais e corporais, que funcionam como regras de como as pessoas devem se comportar entre si. De forma mais clara, os limites são estabelecidos a partir de quem pode tocar no corpo da criança e onde pode tocar.  A criança deve ser alertada desde cedo a evitar contato com estranhos, como também a identificar atitudes que não devem ser permitidas. Isso pode ser feito ensinando à criança que estranhos não podem tocar nas partes íntimas do seu corpo e exemplificando os momentos em que esses toques não apresentam risco para ela.  Realize brincadeiras e jogos, se for preciso, para estimular ainda mais essa compreensão, que é tão necessária para a segurança da criança. Você pode apresentar desenhos para ela marcar quais são as partes que não podem ser tocadas por outras pessoas, pode brincar com bonecos, pode utilizar vídeos ilustrativos encontrados pela internet ou até livros que tratam sobre o assunto. Não deixe também de orientar sobre o que a criança deve fazer caso alguém a toque em partes proibidas! Como ela deve reagir e a quem deve avisar. Trate o assunto com naturalidade, para que a criança sinta liberdade e segurança para informar um adulto responsável sobre o que ocorre com o corpo dela sempre que necessário. Além disso, a criança precisa entender que, da mesma forma que as pessoas não podem tocar em suas partes íntimas, ele também não pode fazer isso com as outras. Para ajudar nessa visualização e compreensão, podem ser utilizadas as mesmas estratégias da abordagem anterior, montando um quadro de regras com as imagens ou desenhos das ações que podem ser permitidas e as ações que não podem ser permitidas. Explique ainda que nem todo toque é ruim. Em algumas situações o toque pode ser bom e necessário, como quando a criança vai ao médico, momento em que pode ser que ele precise examinar

PROPRIOCEPÇÃO NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL: O QUE É E PARA QUE SERVE?

Propriocepção, nosso sexto sentido oculto e a sua importância. O QUE É PROPRIOCEPÇÃO? O Sistema Proprioceptivo está interligado com o neurológico, uma vez que recebe estímulos e informações que se relacionam com vários sensores espalhados pelo corpo. Esses sensores estão na pele, sola dos pés, nos músculos e articulações, além das mucosas, língua, visão e sistema vestibular. Logo, o Sistema Proprioceptivo é responsável por captar e comandar as informações, encaminhando as respostas para as fibras musculares presentes por todo o corpo humano, de modo que realizem uma determinada ação. Dessa forma, o cérebro vai receber a informação e com isso vai ser capaz de compreender a posição do corpo e suas partes no espaço. Além disso, possibilita que o indivíduo construa a imagem do seu corpo na mente, tendo uma noção de dimensões, formato e o espaço que ele ocupa. Logo, a propriocepção influencia as funções do organismo pelo fato de que o Sistema Proprioceptivo está interligado com os sistemas do corpo humano. A propriocepção é chamada de sexto sentido oculto. As células presentes no corpo responsáveis pela propriocepção são chamadas de proprioceptores, localizados nos músculos e articulações. A propriocepção é chamada de sexto sentido, pois o nosso cérebro vai saber onde estão nossos braços, pernas e corpo através do processamento das informações sensoriais. PARA QUE SERVE? A propriocepção tem um grau de importância altíssimo para todos, principalmente para as crianças que estão na fase de desenvolvimento, seja o desenvolvimento motor, cognitivo ou até mesmo de fala. A criança que está na fase de descobrir as coisas, de pular, correr, cair, se equilibrar, entre outros, vai ter no sistema proprioceptivo um grande aliado nessa fase de aprender e descobrir. É imprescindível conhecer os pontos principais e para que serve a propriocepção: Para que nós saibamos onde estão nossos membros: por exemplo, quando utilizamos um copo para beber água, o levamos até a boca sem precisar ficar olhando-o para acertar a posição. Isso acontece graças aos proprioceptores, que enviam informações referentes à posição ao nosso cérebro, de modo que o indivíduo já tem uma noção de onde está a mão que moverá o copo até a boca. Graduar força e velocidade de movimento: quando o indivíduo vai beber água, e o sentido proprioceptivo está funcionando bem, o movimento de levar o copo de água até sua boca deve ser feito de forma suave e na velocidade certa para que o indivíduo não bata o copo com força na boca ou derrame água no rosto. Manter o tônus muscular: faz com que o corpo aumente ou diminua a tensão muscular conforme a necessidade. Manter o equilíbrio: se o indivíduo ficar em pé e fechar os olhos vai sentir um certo movimento nos tornozelos. Esse movimento é gerado pelos proprioceptores que auxiliam o sentido vestibular para garantir o equilíbrio e manter o indivíduo de pé, sem cair. – O sentido proprioceptivo está constantemente atuando em segundo plano, garantindo que o corpo esteja usando a quantidade de força ideal para empurrar ou puxar objetos e executar determinadas ações, e mantendo a capacidade de realizar movimentos sem precisar olhar. PROPRIOCEPÇÃO E TOQUE SÃO A MESMA COISA? Propriocepção e toque são diferentes, porque a entrada sensorial do toque e da propriocepção diferem entre si. As informações sensoriais da propriocepção acontecem a partir dos músculos e articulações, enquanto que as informações sensoriais do toque ocorrem na pele. Assim, as funções proprioceptivas vêm de receptores especiais que respondem de acordo com a posição e o movimento do corpo. QUANDO O SISTEMA PROPRIOCEPTIVO NÃO FUNCIONA CORRETAMENTE Em situações em que o sistema proprioceptivo não está devidamente estimulado e funcionando efetivamente, o risco de quedas e acidentes é maior. Crianças que possuem falhas no sistema proprioceptivo necessitam de um acompanhamento especial e o sentido proprioceptivo deve ser estimulado com o intuito de melhorar o desenvolvimento da criança, pois essas habilidades são de extrema importância para a evolução infantil. Existe uma série de exercícios indicados quando ocorre algum déficit no sentido proprioceptivo ou quando ocorre alguma lesão nos músculos e/ou articulações que afete esse sentido. Nessas situações, é imprescindível o acompanhamento de um profissional capacitado. REFERÊNCIAS ROBERTO, A. C. F.; QUEIROZ, R. L. de.; COUTINHO, D. J. G. DESCOBRINDO O UNIVERSO PROPRIOCEPTIVO NA EDUCAÇÃO. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, [S. l.], v. 7, n. 8, p. 1091–1116, 2021. DOI: 10.51891/rease.v7i8.2244. Disponível em: https://www.periodicorease.pro.br/rease/article/view/2244. Acesso em: 10 jun. 2022. Let’s talk about Proprioception – our hidden sixth sense. Griffin Occupational Therapy, 2018. Disponível em: https://www.griffinot.com/what-is-proprioception/. Acesso em: 10 jun. 2022. Propriocepção: o que é, para que serve e 10 exercícios. Tua Saúde, 2021. Disponível em: https://www.tuasaude.com/propriocepcao/. Acesso em: 10 jun. 2022.

TEA NÃO VERBAL E INCLUSÃO ESCOLAR: COMO FAZER DAR CERTO?

Muito se fala em inclusão escolar, porém as escolas ainda não nos preparam – ou não estão preparadas – para lidar com as possibilidades para que essa inclusão ocorra. Aqui, veremos a comunicação e suas possibilidades como ferramentas necessárias e fundamentais para a integração efetiva. Já está mais do que provado que a inclusão escolar é importante em diversos aspectos: favorece a socialização, o desenvolvimento pessoal, as relações interpessoais, a integração entre os alunos fora do ambiente familiar, o respeito pelas diferenças, entre outras coisas. No entanto, para que ela ocorra de maneira concreta, a escola precisa se valer de ferramentas relevantes, que podem ajudar no processo inclusivo. Um dos aspectos que mais se destacam na inclusão escolar é a necessidade da comunicação. Há uma grande parcela de crianças e adolescentes que não consegue se comunicar de maneira verbal e que, para que tenha acesso às possibilidades que a escola oferece, precisa que o professor interfira, facilitando a compreensão do ambiente ao redor e oferecendo maneiras para que o aluno possa se expressar. Por que é tão importante pensar em comunicação para falar de inclusão? Imagine que ingresse em sala de aula uma criança autista não verbal. Como ela não fala, o professor e os demais alunos têm dificuldades de entender o seu comportamento, o que ela está pensando ou como gostaria de participar das atividades. Por outra via, sentindo-se incompreendida, a criança pode expressar agressividade, pela falta de repertório para manifestar seus sentimentos de outra forma. Em um contexto como este, é bom que todos que convivam com a criança encontrem uma maneira de compreendê-la, para que ela possa aproveitar verdadeiramente todos os benefícios do ambiente escolar e tenha uma experiência satisfatória, conseguindo se expressar e interagir melhor. Além disso, a criança autista precisa ter certa previsibilidade sobre qual atividade irá acontecer, como ela começará, quanto tempo vai durar e se é possível expressar seu desejo de participar ou não.  Em um contexto como este, seria possível identificar três perfis de estudantes com dificuldades na comunicação:  · O que não se comunica de nenhuma maneira: Quando o aluno não consegue expor suas preferências ou escolhas, seja através da fala ou de outro recurso, uma angústia pode ser gerada. E isso pode acontecer para os dois lados: tanto para o aluno, que não se faz entender, quanto para o professor, que não consegue ajudar, porque não o compreende.  · O que fala, mas não se comunica: Há casos de autistas que falam, mas que não têm uma comunicação funcional. Geralmente sua fala vem repleta de ecolalias, ou sem repertório algum.  · Quando se comunica sem falar: É também possível ter uma comunicação, sem falar. Dessa forma, a criança pode se fazer entender através do uso de imagens ou de gestos.  Este último modo estaria inserido no modelo de Comunicação Suplementar Alternativa ou Aumentativa (CSA), uma possibilidade de facilitar a expressão do aluno e a compreensão das pessoas que com ele convivem. O professor deve ter ferramentas para fazer a inclusão acontecer O objetivo da Comunicação Suplementar é justamente fazer com que os professores sejam suplementares a quem fala com dificuldade, ou que possui vocabulário limitado, aumentando o repertório do estudante. Também é importante que a criança consiga expressar, de maneira alternativa, se necessário, tudo aquilo que a incomoda em sala de aula: se há muito barulho, se precisa ir ao banheiro, se sente dor, calor ou frio. Poder se expressar ajuda a evitar episódios de irritação ou agressividade. Para isso, podem ser usadas expressões faciais, gestos, toques, escrita, apontar símbolos, imagens, sistemas de comunicação por troca de figuras (PECS) ou utilizar equipamentos com vozes que permitam a interação. No processo de comunicação alternativa, é interessante observar que, quando a criança começa a aprimorar sua forma de expressão, o vínculo entre ela e o professor também é fortalecido. O aluno fica feliz ao ser compreendido, pois quando consegue comunicar algo e ser entendido, fortalece o vínculo com quem o interlocutor, e isso faz toda a diferença. A Comunicação Suplementar Alternativa inibe o desenvolvimento da fala? É um mito acreditar que a CSA inibe a fala. Pelo contrário. Estudos publicados demonstram que a prática constante da Comunicação Suplementar Alternativa chega a estimular a fala. O mais importante é saber que, caso a criança não fale, ela será capaz de se comunicar de alguma maneira. No trabalho com CSA, mais do que focar tão somente na criança com dificuldade de fala, deve-se olhar os parceiros dela, pois estes devem estar preparados para saber como agir e reagir, caso a criança se mostre interessada. A criança não verbal precisa de um olhar diferenciado e qualquer resposta dela deve ser observada com atenção, pois isso a estimulará a permanecer na tentativa de estabelecer a comunicação. REFERÊNCIA: KINOSHITA. Renato Lyuiti. Autismo e Linguagem: Entendendo a Comunicação Suplementar e/ou Alternativa. Disponível em: < https://lp.neurosaber.com.br/wp-content/uploads/2019/07/Autismo-e-Linguagem-Entendendo-a-Comunica%C3%A7%C3%A3o-Suplementar-e-ou-Alternativa_ebook-1.pdf >. 

Crianças com autismo: dicas de atividades calmantes

Lidar com as emoções costuma ser um grande desafio para as crianças com autismo. A maioria percebe as emoções como algo que surge de repente e sem aviso. Além disso, elas podem ter dificuldade em reconhecer suas emoções e vinculá-las aos eventos que as causaram.  Muitas crianças com autismo possuem dificuldade em organizar, interpretar e responder apropriadamente às informações sensoriais. Assim, eles têm sistemas sensoriais que reagem de forma exagerada ou insuficiente. Com isso, podem reagir de maneira inesperada a sons, toque e textura.  Dessa forma, é importante que os adultos conheçam estratégias e atividades calmantes para ajudá-las.   Como ocorre o processamento sensorial em crianças com autismo? A aprendizagem e o desenvolvimento de crianças com autismo estão ligadas às diversas funções psíquicas, físicas, emocionais e estruturais do desenvolvimento humano. Além disso, podem estar relacionados também com o Transtorno de Processamento Sensorial (TPS).   O TPS é uma condição que ocorre em crianças e adultos. Acontece quando seus cérebros apresentam dificuldades em processar os estímulos sensoriais corretamente.  Esse transtorno pode afetar, ou até mesmo interromper, a maneira como eles recebem os sinais sensoriais por qualquer um dos seus sentidos.  Indivíduos com autismo ainda podem sofrer com uma sobrecarga sensorial. Mas o que é isso? Sobrecarga sensorial em crianças com autismo A sobrecarga sensorial descreve a experiência que uma criança com autismo pode sentir quando recebe muitos estímulos ao mesmo tempo, mais do que ele é pode processar. Assim, seu cérebro fica impossibilitado de processar todas as informações de forma correta, ficando sobrecarregado. A sobrecarga sensorial pode fazer com que a criança com autismo tenha um colapso. Isso pode resultar em uma resposta de luta, fuga ou, até mesmo, um “desligamento”.  Sinais para reconhecer uma sobrecarga sensorial Muitas vezes as crianças com autismo têm dificuldades em avisar quando estão prestes a ter uma sobrecarga sensorial. Alguns possíveis sinais são: Mãos nos olhos ou nos ouvidos, com o objetivo de se esquivar do assunto. Aumento dos comportamentos repetitivos. Fuga. Andar de um lado para o outro, falar consigo mesmo ou bater as mãos. Cutucar a pele ou se beliscar. Esbarrar em móveis ou buscar um espaço pequeno para se “esconder”. Alguns desses comportamentos podem ser tentativas para se acalmar ou sinais de ansiedade. Por isso, neste artigo iremos apresentar dicas de atividades calmantes para crianças com autismo. Dicas de atividades calmantes para crianças com autismo Distração Ensine técnicas de distração para a criança com autismo. Dê preferência aos seus focos de interesse. Fornecer uma distração pode ajudá-las a esquecer aquilo que está incomodando.  Crie rotinas As rotinas trazem uma sensação de calma e familiaridade para as crianças com autismo. Assim, elas possuem uma sensação de independência e capacidade maior de se acalmarem. Cobertores pesados Os cobertores pesados são um método de tratamentos de pressão. Eles ajudam no processo de acalmá-las, oferecendo segurança e fornecendo as sensações que seus corpos precisam. Saiba mais sobre eles neste artigo. Mudar o ambiente Se for possível, retire a criança do ambiente e leve-a para um lugar tranquilo. Você pode montar um espaço sensorial ou um canto específico na casa. Assim, a criança pode usar esse espaço sempre que precisar se acalmar.  Soprar bolhas de sabão Soprar bolinhas de sabão estimula a respiração consciente. Essa técnica de respiração é fundamental para acalmar a criança. Mas, pode ser difícil de ensinar. Por isso, fazer bolinhas de sabão é uma ótima maneira de fazê-las respirar profundamente. Massinha de modelar Brincar com massinhas de modelar aciona os estímulos sensoriais da criança. Elas criam uma distração rápida e podem ser muito eficientes no processo de acalmar crianças com autismo.  Cada criança é única! Por isso, é importante conhecê-la para saber quais técnicas funcionam melhor.  Referência: AUTISM (ASD) and Sensory Processing Issues – Signs and How to Help. Griffin Occupational Therapy, 2019. Disponível em: https://www.griffinot.com/asd-and-sensory-processing-disorder/. Acesso em: 03 fev, 2022.BENNIE, Maureen. Calming Strategies to Support an Autistic Person. Autism Awareness Centre, 2020. Disponível em: https://autismawarenesscentre.com/calming-strategies-to-support-a-person-with-autism/. Acesso em: 03 fev, 2022.

Benefícios de cobertores pesados para crianças com autismo

Muitas vezes, as crianças com autismo apresentam desafios de aprendizagem e lutam contra suas emoções. Isso acontece devido a um sistema nervoso superestimulado que pode ocasionar em reações emocionais.  Pesquisas mostram que a pressão profunda libera serotonina no cérebro, funcionando como um neurotransmissor. Um cobertor pesado serve como uma maneira de regular o humor. Além disso, melhora o sono e os processamentos sensoriais da criança. A pressão que o cobertor aplica sobre as crianças pode oferecer um efeito calmante, ajudando-as a regularem suas emoções e sensações. Por conta disso, muitos pais utilizam esses cobertores na hora de dormir. O que ajuda seus filhos a dormirem melhor. Dificuldades com o sono nas crianças com autismo O transtorno do espectro autista (TEA) é um transtorno de neurodesenvolvimento. Ele envolve dificuldades na interação social e na comunicação, incluindo também comportamentos restritivos e repetitivos. Além das três características principais, aproximadamente 40% das crianças também apresentam distúrbios de processamento sensorial ou de percepção sensorial. É muito comum crianças com autismo apresentarem problemas com sono e dificuldades para dormir. Isso por causa de hipersensibilidades resultantes de funções cerebrais e musculares irregulares. Os problemas com o sono afetam tanto a saúde quanto às atividades e tarefas do dia a dia. As dificuldades de processamentos sensoriais estão relacionadas a déficits no cerebelo. Essa é uma região que regula e coordena atividades musculares. Dessa forma, crianças que estão dentro do espectro podem possuir hipersensibilidade.  É importante lembrar que: você deve sempre consultar um especialista para realizar o diagnóstico adequado da criança. Terapia de integração sensorial – TIS para crianças com autismo Nós sentimos e percebemos o mundo por meio dos nossos sentidos – tato, paladar, audição, visão e olfato. Ao sentir da maneira certa, podemos interpretar exatamente o estímulo como ele é. Entretanto, quando existe um distúrbio sensoperceptivo, pode-se receber esse estímulo de maneira exagerada. Assim, nosso corpo não consegue processá-lo corretamente. É o que acontece com algumas crianças que estão dentro do espectro.  A presença desse distúrbio pode provocar dificuldades de interações. Dessa maneira, pode-se usar terapias que buscam controlar e adequar os processamentos sensoriais. A TIS é a terapia mais indicada nesses casos.  A TIS tem como objetivo trabalhar nesses desequilíbrios sensoriais. Ela é um modelo de intervenção que procura organizar as sensações recebidas pela criança e que não estão sincronizadas. Essas sensações, então, podem causar as hipersensibilidades ou hipossensibilidade. Ou seja: ocasionam, algumas vezes, dificuldades motoras.  Esses déficits sensoriais também podem provocar problemas de sono. Por isso, alguns pesquisadores encontraram benefícios com o uso de cobertores para crianças com transtorno do espectro autista. Benefícios do cobertor pesado Os cobertores com peso são um método de tratamentos de pressão. Assim, podem funcionar como uma ferramenta terapêutica para crianças com autismo. Isso porque eles ajudam no processo de acalmá-las, oferecendo segurança e fornecendo as sensações que seus corpos precisam. Ou seja: ele pode regular o comportamento e melhorar a qualidade de sono. Dessa forma, dá maior qualidade e disposição para realizarem as atividades do dia a dia.  As afirmações sensoriais positivas podem acontecer por meio de abraços que ajudam a controlar as sensações. Por exemplo: estudos comprovam que o cérebro humano produz oxitocina quando abraçamos alguém. Isso aumenta a sensação de bem-estar.  Porém, as pessoas nem sempre se sentem bem com abraços e toques, incluindo pessoas dentro do espectro autista. Assim, sentem incômodos e desconfortos. Dessa maneira, o cobertor pesado apresenta uma alta eficácia. Tanto em crianças quanto em adultos. Isso acontece porque o cobertor pesado pode funcionar também como uma sensação de abraço. Assim, o uso de cobertores pesados pode acalmar e relaxar uma criança com autismo. Referências: BISWAS, Tuser Tirtha et al. An assistive sleeping bag for children with autism spectrum disorder. Fashion and Textiles, v. 5, n. 1, p. 1-12, 2018.BRITES, Luciana; BRITES, Clay. Mentes únicas: Aprenda como descobrir, entender e estimular uma pessoa com autismo e desenvolva suas habilidades impulsionando seu potencial. Editora Gente Liv e Edit Ltd, 2019.      

Como as atividades multissensoriais aprimoram as habilidades de leitura

Ensinar as crianças a lerem por meio de atividades multissensoriais, é baseado na ideia de que alguns alunos aprendem melhor quando o material que recebem é apresentado em uma variedade de modalidades. Este método usa o movimento e toque, juntamente com o que vemos e que ouvimos para ajudar um estudante a aprender a ler, escrever e soletrar. As atividades multissensoriais favorecem a integração de informações de várias rotas, favorecendo a integração na memória de longo prazo. Para saber mais sobre isso, continue lendo o artigo.  Os benefícios das atividades multissensoriais Nem todos os alunos processam as informações da mesma maneira. A maioria dos alunos tem um tipo de aprendizagem ou uma forma de receber informações ideais para sua personalidade e cognição. Alguns alunos são bons ouvintes e podem entender conceitos ouvindo uma explicação, enquanto outros podem precisar desenhar com lápis e papel. Outros alunos podem ser excelentes em rastrear informações com os olhos e preferem assistir a uma peça, enquanto outros aprendem melhor encenando a peça fisicamente. No entanto, mesmo os alunos que respondem bem à técnica de assistir e ouvir, por exemplo, podem não estar processando informações tão bem quanto poderiam.  O ensino multissensorial garante que cada aluno, independentemente do tipo de aprendizagem, tenha um meio de compreender a informação. Por isso, ambientes de aprendizagem multissensorial aumentam a função cerebral. Cada sistema sensorial tem alvos no cérebro que estimulam a função cognitiva: As técnicas de ensino multissensorial estimulam o cérebro de várias maneiras, para que cada sistema sensorial se torne mais desenvolvido e funcione melhor. Isso melhora as funções essenciais do cérebro, como habilidades de escuta, movimento, visão, reconhecimento tátil e conceituação. Deixe as crianças mais envolvidas no processo de aprendizagem da leitura É fácil para a criança se perder durante uma explicação. É difícil para eles prestarem atenção a cada informação que lhes chega da mesma forma, aula após aula, dia após dia. Por isso, quando técnicas de ensino multissensoriais são usadas e a criança acaba fazendo algo tático e físico, enquanto ouve instruções e vê informações, então não há muita oportunidade para a atenção do aluno se desviar. Ensinar de uma forma que força vários sentidos a trabalharem juntos não apenas permite que os alunos estabeleçam conexões mais fortes com as informações, mas exige mais foco de uma forma agradável. As atividades multissensoriais aprimoram as habilidades de leitura Já vimos que o ensino multissensorial é aquele que usa mais de um sentido para aprender algo.  Para ensinar leitura a crianças com dificuldades, a partir do ensino explícito das conexões entre letras e sons (consciência fonológica) com uma abordagem multissensorial, usando visão, audição, toque e movimento para ajudar as crianças a conectar sons com letras e palavras.  Seu principal objetivo é ensinar a ler, decodificar palavras. A criança aprende as letras olhando para elas, dizendo seu som, tocando-as e usando vários materiais para traçá-las, como creme de barbear, areia, sal, etc.  Essa abordagem é amplamente utilizada em alunos com dislexia. Hoje, muitos métodos de ensino da leitura são baseados nesta abordagem. As metodologias multissensoriais podem ser utilizadas com todos os alunos, tenham ou não dificuldades, pois permitem atender à diversidade de formas de aprendizagem das crianças.  Facilita o trabalho da forma que melhor se adapta à sua forma de aprender, reduzindo as desigualdades. Portanto, todas as crianças em idade escolar se beneficiaram com seu uso em salas de aula. Quer saber mais sobre o assunto? Então veja esse vídeo com a Lú Brites. Referências : Waterford.org. Why Multisensory Learning is an Effective Strategy for Teaching Students How To Read. Disponível em <https://www.waterford.org/education/why-multisensory-learning-is-an-effective-strategy-for-teaching-students-how-to-read/> Acesso em 26 out. 2021.