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A inclusão de alunos com autismo na Disciplina de Matemática

A inclusão de alunos com autismo é um direito, garantido por lei. O ensino da matemática é sempre um desafio para os professores, por isso escrevemos este artigo com orientações sobre atividades de matemática para as crianças com TEA.

O TEA — Transtorno do Espectro Autista — como o próprio nome diz, tem um amplo espectro de sintomas e níveis de gravidade. Por isso, antes de falarmos em inclusão de alunos com autismo, vale lembrar que cada criança é única, suas características e necessidades devem ser consideradas no planejamento pedagógico.

No entanto, as crianças com TEA podem apresentar dificuldades distintas, na fala, na interação social ou na aprendizagem de matemática, por exemplo. É preciso avaliar as necessidades de cada aluno, mas neste artigo vamos falar sobre a inclusão de alunos com autismo na disciplina de matemática.

A inclusão dos alunos com autismo

Antes de focarmos na disciplina de matemática, vamos falar sobre pontos importantes que precisam ser considerados em se tratando da inclusão de alunos com autismo.

  1. Diagnóstico precoce — o diagnóstico precoce favorece o tratamento do autismo, pois assim, as intervenções também são realizadas precocemente.
  2. Contato com a família — o professor precisa conhecer bem o seu aluno com autismo e, para isso, manter um contato com a família é essencial para a inclusão.
  3. Apoio de equipe multidisciplinar — as crianças com autismo recebem apoio de outros profissionais fora da escola, como psicólogo, terapeuta ocupacional e outros. Manter contato com esses profissionais também favorece a inclusão.

A inclusão de alunos com autismo na matemática

Muitas crianças com autismo apresentam dificuldade para compreender termos abstratos e conceitos matemáticos. No entanto, essa disciplina costuma amedrontar não só os alunos com TEA, mas as crianças em geral!

Brincadeiras à parte, para solucionar essa dificuldade nada melhor do que as atividades lúdicas. Dessa forma, a compreensão dos conteúdos é facilitada, pois os jogos motivam os alunos a aprender, além de ajudar na fixação dos temas trabalhados.

Os jogos e brincadeiras no ensino da matemática proporcionam experiências significativas e ampliam a compreensão dos alunos. Além disso, contribuem com a interação social da criança com autismo, favorecendo seu processo de aprendizagem e comunicação.

Atividades lúdicas de matemática

As atividades lúdicas deixam o ensino de matemática mais leve e prazeroso. Essa disciplina é importante, pois as crianças desenvolvem o raciocínio lógico e se tornam mais capazes de resolver problemas.

No entanto, muitos alunos encontram dificuldades nessa matéria, principalmente quando ela é ensinada de forma mecânica e repetitiva. Assim, as atividades lúdicas possibilitam que a aprendizagem de matemática se torne mais divertida e eficaz.

Os jogos e brincadeiras em sala de aula dão oportunidade aos alunos aprenderem brincando, por meio de experiências significativas. O uso de conhecimentos e materiais didáticos manipuláveis desenvolve o raciocínio lógico, o pensamento, a criatividade e a capacidade de resolver problemas.

As atividades lúdicas são importantes desde a educação infantil, pois possibilitam que as crianças tenham experiências que os levam ao conhecimento.

O ensino da matemática para alunos com autismo

Muitas crianças com autismo têm sua inteligência preservada, mas dificuldades na interação social. Outra característica comum no TEA é a necessidade de manter rotinas e a resistência a mudanças e transições de atividades. É importante considerar esses aspectos para pensar em estratégias para evitar que interfiram no processo de aprendizagem.

As crianças com autismo também podem ter dificuldade em compreender conceitos abstratos e matemáticos, já que têm necessidade de um aprendizado mais concreto. Por esse motivo, as atividades lúdicas despertam o interesse dos alunos, o que favorece a aprendizagem.

Ensinar matemática para os alunos com autismo requer um planejamento pedagógico com atividades lúdicas, para que eles possam assimilar os conteúdos abstratos de uma forma mais concreta.

Desafios da inclusão de alunos com autismo

São muitos os desafios que os professores encontram na inclusão dos alunos com autismo, mas é preciso entender que o mais importante é adaptar a forma de ensino do que o conteúdo.

O aluno com autismo, como qualquer criança, frequenta a escola para aprender e se desenvolver, por isso as atividades lúdicas são tão importantes, pois são inclusivas. Através dos jogos e brincadeiras é possível ensinar conteúdos abstratos como os de matemática, e outros conceitos.

Ainda que a inclusão dos alunos com autismo apresente desafios, é preciso encontrar estratégias que a tornam real, na prática, e não apenas um conceito. Envolver a família e os profissionais que trabalham com os alunos fora da escola é essencial para a elaboração do planejamento pedagógico.

Se restou alguma dúvida sobre a inclusão de alunos com autismo na disciplina de matemática, deixe nos comentários.


Referências:

FLEIRA, Roberta Caetano. INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A INCLUSÃO DE UM ALUNO AUTISTA NAS AULAS DE MATEMÁTICA: UM OLHAR VYGOTSKYANO. http://www.matematicainclusiva.net.br/pdf/Intervencoes%20pedagogicas%20para%20a%20inclusao%20de%20um%20aluno%20autisita%20nas%20aulas%20de%20matematica.pdf

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3 respostas em “A inclusão de alunos com autismo na Disciplina de Matemática”

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