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Agressividade no TEA: o que fazer?

Uma das maiores preocupações das famílias que têm um autista em casa é a agressividade que pode surgir em determinadas situações. É importante saber que algumas atitudes devem ser encaradas com total tranquilidade e jamais corrigidas com vozes alteradas. No entanto, é preciso buscar um acompanhamento adequado e saber algumas metodologias que ajudarão muito. Antes, porém, é importante saber que nem todo autista é agressivo.

O que causa incômodo em crianças com TEA?

Geralmente, crianças com autismo costumam ter atitudes agressivas quando contrariadas. Isso ocorre porque o autismo é um transtorno que leva a intensos e excessivos déficits na comunicação e interação sociais. Além disso, as crianças tendem a ter comportamentos repetitivos e restritos, o que causa incômodo quando precisam mudar o comportamento devido ao contexto em que estão inseridas.  Por conta disso, a criança tem dificuldade de flexibilizar seus interesses.

Sendo assim, quando a criança está em um lugar em que os interesses dela não condizem com o padrão de suas preferências, ela pode demonstrar irritabilidade, o que causa a impaciência e a consequente agressividade.

Muitas crianças com autismo, por não entenderem determinados símbolos sociais (comunicação e gestos), não sabem interagir de forma que a situação pede. Isso porque ela não encontra uma maneira cabível de se expressar. Então a reação agressiva é, muitas vezes, uma forma dela se comunicar sobre alguma contrariedade.

Hipersensibilidade: um motivo para a irritação

As hipersensibilidades também são fatores que impulsionam a agressividade: autistas que não toleram sensação de aperto, frio ou calor; que não gostam de barulho, determinados gostos, texturas.  No caso da comida, por exemplo, quando a criança não gosta de uma comida, a reação dela é jogar o prato no chão ou em direção à parede, já que ela não sabe como se expressar em tal situação.

Como lidar com a agressividade no TEA?

O paciente com Transtorno do Espectro Autista deve ser conduzido de forma interdisciplinar, com o uso de medicamentos específicos e, claro, com acompanhamento profissional.  A metodologia usada deve acompanhar também a necessidade da criança.

Ambiente adequado

O ambiente é outra coisa que deve ser levada em conta para evitar a agressividade da criança. Para começar, ele deve ser confortável, pois nada melhor que dar à criança condições de ficar sempre tranquila.

Utilize objetos que tranquilize a criança

Quando a criança demonstra irritabilidade, uma ótima maneira de amenizar a impulsividade dela é utilizar objetos que diminuam o comportamento da criança: algum jogo, equipamento, brinquedo, etc.

O que fazer em caso de crises e autoagressão?

A agressividade da criança autista pode ser voltada para alguém, uma parede, um objeto ou até mesmo a autoagressão, como socos e tapas contra ela mesma. A melhor maneira é abraçar o pequeno e apresentar algo que o tranquilize.

Metodologia ABA

O uso da metodologia ABA (Applied Behavior Analysis – análise do comportamento aplicada) também é interessante. Ela consiste em usar a observação de comportamentos verbais e os não verbais, tanto em casa quanto na escola ou então junto do terapeuta. Vale dizer que a metodologia estuda o papel que o ambiente desempenha na vida da criança.

Mudanças

Todo tipo de mudança na vida da criança deve ser de forma gradual. Por exemplo, caso vocês precisem mudar o mobiliário do quarto do pequeno, a dica é fazê-lo em fases, uma vez que a criança gosta do que está ali e da forma que está.

Atenção: agressividade é birra?

Não se deve usar o termo birra para crianças autistas. A criança com TEA nem sempre sabe se comunicar adequadamente, então a reação agressiva se dá pelo fato dele não entender os símbolos sociais. Birra é para criança que não tem autismo. São coisas bem diferentes.

Autista adulto

Vale lembrar que as metodologias faladas aqui podem ser usadas em um autista adulto, mas lembrando sempre que é preciso analisar o caso dele com mais profundidade, uma vez que a idade do paciente é um fator que pode dar a ele um comportamento já estabelecido. É importante sempre falar que o diagnóstico precoce é fundamental, sobretudo na fase da infância. No entanto, o tratamento com especialistas é sempre a melhor saída para qualquer idade.

Veja nossa live sobre Agressividade no TEA:

protea-1-1 Agressividade no TEA: o que fazer?

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28 respostas em “Agressividade no TEA: o que fazer?”

A ansiedade é o que desencadeia auto- agressao e hetero- agressão na minha filha. Datas comemorativas , por exemplo, que ela espera muito e podem não sair do jeito que ela espera. Ela toma risperidona 2mg desde 17 anos. Ela tem 22. Devo falar com a psiquiatra dela sobre a introdução de um ansiolitico? Poderia tomar juntamente com a risperidona?

Meu filho tem apresentado comportamento agressivo. Inicialmente na escola, porem agora em diversos ambientes diferentes. Está cada vez mais dificil de fazê lo sair das crises. Muito exclarecedora essa live.

Meu filho é autista e tem agora 12anos!! está tendo crise de agressividade quando contrariado.. ele não era assim.. ficou de uns tempos pra cá..o que devo fazer??

Gostei muito,no momento estou tendo dificuldades em lidar com meu filho ele temando 13 anos é asperd e não está querendo voltar a escola. O que devo fazer.

Tenho uma sobrinha de 4 nos dentro do espectro e percebo que os pais precisam de ajuda.
Ela quer as portas fiquem todas abertas,inclusive do banheiro,onde é perigoso porque ela mexe no vaso sanitario,quer subir na pia…
Não sabemos como agir,pois chora compulsivamente por horas e as vezes se torna agressiva com os outros e com ela mesma.

Eu ainda fico perdida ,minha filha tem uns ataques de fúria,destrói o q vê pela frente,grita,bate porta,bate e rasga roupa da minha mãe,não sei se é prq ela não gosta que minha mãe.more com a gente,ou se por.minha mãe.gritar ou falar muito,me ajudem😔

Minha filha tem ataques de fúria quando minha mãe está em casa,não sei se é prq minha mãe fala muito,ou se é prq grita com ela qdo ela começa ficar nervosa,quando está só nós duas em casa,eu e.minha filha, nunca acontece isso

Gostei muito do texto relatado pois tenho uma filha Autista, ela é exatamente assim, me ajudou muito.
Grata.
Att: Marli.

Meu filho tem 23 anos, já fez terapia, consultas com neuros e psiquiatras, teve acompanhamento por mtos anos. Agora, não quer ir ao especialista, nem tomar remédio , foi à uma psicóloga mta bem indicada, mas não gostou. Ele é mto manipulador, inteligente, depressivo, não gosta de dialogar comigo e nem com o pai, quer ser sempre o dono da situação, mto autoritário, acha q está sempre certo, chega a ser radical, parou de estudar, não trabalha, só tem 1 amigo, me ameaçou e me agrediu física e verbalmente. Manipula e oprime a irmã de 16 anos. Não sei mais o q fazer. Ele não quer ir à um especialista e nem psicólogo. Me orientem , por favor !!!!!!!

Me esclareceu muito a matéria sobre agressividade. Tenho um neto de 4 aninhos que fez um pequeno acompanhamento com uma psicopedagoga e constatou um grau leve de Asperger aos 2 anos e meio, porém ainda não faz acompanhamento pelas nossas condições financeiras, infelizmente. Percebo que quando ele faz algo que não pode ou não deve e falamos em voz alta, ele fica muito agressivo e preciso de ajuda para saber como lidar com a situação. Se puderem me ajudar, agradeço muito. Ele é um amor, super carinhoso, porém quando fica agitado ou agressivo é uma loucura, fico arrasada. 🙁

Oi tem instituições que vc não precisa pagar. APAE deve conhecer muitos pensam que é pra criança e adolescentes “malucos” nada disso na instituição tem pedagogo terapia ocupacional, fonodiologa. Fisioterapia, psicólogo. Meu filho vai desde os seis meses por baixa visão ia pra estimular todas as áreas cognitivo e social são atendimento individual o profissional e a criança. É bom começar as terapias cedo. Espero ter ajudado

Deve-se tomar muito cuidado com excesso de medicamento com o paciente. procurar um especialista no assunto da doença. Uma dica terapia, quê tal música; recomendo psicopedagogo, psicologo, neurologista, musicoterapeuta, fonoaudiólogos.

Meu filho ta com 10 anos descobri o autisti aos 4 anos, mas agora ele ta falando alto grita, xinga, bate nas pessoas no colegio, professora, colegas, agride o irmao mais velho e me agride verbal e fisicamente, e isso me distroi nao sei mais oq fazer nem a pisicologa ádianta mais, estou no limite nao sei como agir me sentindo um lixo de mae, ta dificil demais, to exausta.

Quero agradecer pelo comentário que nos trouxe mais clareza sobre o assunto.

Ademais, toda a informação que enviarem para o meu e-mail, serei grato.

Meu filho tem 11anoa e ta muito agresivo principalmente comigo k sou a mãe…Ele faz tratamento psiquiátrico e com medicamento ,não sei mais o k fazer!Sai da escola chorado pq ele me agrediu,passei muito vergonha!!!!

E quando o autista agride e o pai fala, você, ja comprimentou a tia… Não esta errado isso? Pra ele num é agressao é comprimentar… Eu achei estranho a atitude do pai, e outra levar a criança em uma festa num espaço minúsculo ? Num teve um quem não apanhou ali e o pai falando q era o modo de comprimentar, tapa na cara beliscões, foi estranho d+.

O maior desafio aqui em casa é o fato do meu filho só ser agressivo na escola, quando um amiguinho pega um brinquedo que ele estava brincando ele morde o coleguinha.

Meu filho tem autismo moderado aos 13anos ele está mais agressivo bate em mim é na minha irmã o que devo fazer as vezes consigo controlar ele.

Meu filho tem 21 anos,não dá pra tratar como criancinha,e todos os relatos é sobre criança,preciso lidar com um adultoo

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