A Atuação do Psicólogo com o Transtorno do Espectro Autista
O artigo de hoje parte de uma curiosidade que pais e mães trazem aos consultórios diariamente: a atuação do psicólogo no autismo. O Transtorno do Espectro Autista é uma condição neurobiológica cujas intervenções exigem acompanhamento com equipe multidisciplinar. Afinal, os sintomas tendem a impactar diferentes habilidades do paciente, sendo o comportamento um dos principais.
Grande parte das pessoas diagnosticadas com autismo enfrenta dificuldades consideráveis na condução de situações que necessitam conhecimentos em como se comportar. Por exemplo, um evento social. Mesmo que uma criança não tenha noções plenas de seguir todas as regras que as convenções impõem, ela será orientada por seus pais acerca do que se pode ou não fazer. O pequeno ou adolescente com autismo nem sempre conseguirá acatar o que os adultos lhe falam.
Problemas comportamentais são os principais pontos trabalhados pelo psicólogo no autismo. Por isso é imprescindível que os responsáveis pelo paciente procurem ajuda com especialistas, dentre eles um que seja da área psicológica.
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Qual o primeiro passo?
A partir do momento em que os pais e as mães encontram o profissional, a primeira coisa a ser feita é conversar. Isso mesmo. Durante esse contato inicial, os adultos devem revelar tudo que esteja voltado ao cotidiano da criança e de toda a família.
Por meio dessa consulta, o especialista terá a chance de estabelecer suas constatações, baseadas em fundamentos científicos, com o relato dos pais e, por fim, propor tratamentos que podem ser eficazes para a demanda do paciente.
A proposição de intervenções significa que o psicólogo continua seguindo a evolução do pequeno sob o tratamento recomendado. Caso não seja possível perceber uma evolução no quadro do pequeno, o especialista analisa onde precisa ser desenvolvido com mais assertividade e proporá outro conjunto de técnicas que tendem a demonstrar mais resultados positivos.
Contando com a ajuda de outros profissionais
Como falado anteriormente, o psicólogo no autismo é parte de um trabalho em equipe. Podemos dizer que é impossível apenas um especialista para tratar do TEA. Sendo assim, a atuação da psicologia conta também com outras áreas do conhecimento como a psicopedagogia, a terapia ocupacional, a fonoaudiologia, etc. Importante relembrar que os psicólogos devem fornecer informações que também podem ser utilizadas pelos demais profissionais em prol do paciente que convive com autismo.
ABA: contribuição de psicólogos
A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma área do conhecimento que desenvolve pesquisas e aplicações a partir dos princípios básicos da ciência da Análise do Comportamento.
Os psicólogos são um dos principais profissionais a lidarem com a ABA, com destaque também para os analistas comportamentais.
A ABA e o comportamento do paciente
A ABA se constitui como uma ciência que trata da observação e investigação, além de uma aplicação dinâmica. Por ser flexível, a ABA pode sempre descobrir novos princípios comportamentais, contribuindo cada vez mais para o desenvolvimento de pesquisas. A partir do que é descoberto e analisado, os profissionais estabelecem parâmetros que podem ser usados pelos pacientes.
No autismo, a ABA é responsável por influenciar na aprendizagem do paciente. No entanto, vale lembrar que não somente no aprendizado da vida escolar, por exemplo, mas em habilidades que permeiam a vida das crianças em questão, como a comunicação com o mundo que está à sua volta e todo o conjunto de elementos que envolvem o aspecto comportamental.
Atenção, pais!
É imprescindível que se faça uma pesquisa aprofundada acerca de quem ficará responsável pelo tratamento de seu filho. Lembre-se que aspectos importantes estarão em jogo, como o desenvolvimento comportamental e cognitivo da criança. Por isso esse acompanhamento por parte dos adultos, responsáveis pelo pequeno, é fundamental.
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