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Atividades matemáticas para ajudar alunos com Discalculia

Você sabia que a Discalculia é um transtorno de aprendizagem que afeta a habilidade de pensar, avaliar e raciocinar em processos que envolvem números e conceitos matemáticos?

Por conta disso, a boa implementação das atividades matemáticas pode ser uma aliada poderosa no enfrentamento da Discalculia.

 Neste artigo, vamos explorar algumas dicas de quais tarefas podem ser úteis para o desenvolvimento de seu filho diante dos números e das operações matemáticas.

Conceituando a Discalculia

A Discalculia pode ser definida com um tipo de transtorno de aprendizagem no qual é caracterizada por uma inabilidade ou incapacidade de pensar, refletir, avaliar ou raciocinar processos ou tarefas que envolvam  números ou conceitos matemáticos.

Além disso, os profissionais frequentemente identificam essa condição desde a infância, mas suas manifestações tornam-se mais evidentes durante a idade escolar, à medida que as demandas acadêmicas se intensificam, especialmente em relação à aritmética e proporções.

A Discalculia na vida das pessoas: uma revisão

Em artigos anteriores, já evidenciamos que essa condição é comumente determinada geneticamente, havendo relatos semelhantes em um dos pais ou em parentes próximos.

Além disso, salientamos não ser aconselhável confundir a Discalculia com insegurança cultural que observamos na aprendizagem da matemática ou com má pedagogia por não ocorrer a completa e/ou suficiente transmissão de conteúdos de acordo com a idade e a escolaridade.

Portanto, é preciso ter em mente que a Discalculia é um problema biológico e inato e que nada tem a ver com aspectos do ambiente, afetando a capacidade da criança em aprender matemática. 

Neste sentido, estudos de imagem e comparações realizadas entre indivíduos com Discalculia e indivíduos não portadores do transtorno, mostram que os primeiros apresentam o sulco intra-parietal menor.

Portanto, a dificuldade, por sua vez, ocorre por vários motivos: incompreensão com a noção de quantidade associada à palavra ou conceito numérico;  dificuldade em usar a linguagem adequada para representar o número;  problemas de espacialidade e proporcionalidade em relação ao número correspondente; e pouca aptidão para relacionar conceitos matemáticos (como por exemplo, relacionar porcentagem com divisão e conseguir resolver processos que envolvem abstração e representação mental).

Dicas de atividades matemáticas para ajudar alunos

Dominó

Para crianças mais crescidas, pelo menos aquelas que já conseguem contar quantidades, o dominó é um atrativo e tanto. Afinal, elas vão se divertir muito através da sequência numérica que corresponda ao mesmo número do quadradinho anterior. Além disso, essa brincadeira incentiva o raciocínio e a estratégia dos pequenos, além de apresentar elementos matemáticos a eles.

Bingo infantil

Divertida, esta tarefa trabalha a percepção da criança com os números, e é realizada da mesma maneira que em bingos semelhantes.

Contando de 1 a 10

Para os alunos da alfabetização, nada mais indicado que promover uma gincana que utilize pequenos cartões numerados de 1 a 10.

Portanto, é interessante que em cada cartãozinho tenha uma imagem que atraia a atenção dos pequenos, pois a associação do número ao desenho exposto também pode ser uma boa ideia a ser adotada.

Jogo do palitinho

No jardim de infância, a brincadeira é inteiramente voltada para os primeiros contatos das crianças com os números; e o jogo do palitinho é ideal, já que ele consiste em colocar um painel colorido afixado na parede da sala. 

Além disso, a quantidade de palitos varia de acordo com o algarismo desenhado no cartaz. É aconselhável que se faça de 1 a 10, como na sugestão citada acima.

Em resumo, compreender desde cedo a discalculia e as suas implicações é essencial para fornecer o apoio necessário às crianças que enfrentam este desafio. Ao adotar abordagens educativas personalizadas e estratégias de ensino adaptadas, podemos ajudar os alunos com discalculia a superar as suas dificuldades matemáticas e a desenvolver competências cognitivas positivas que lhes permitam atingir todo o seu potencial académico e pessoal.



 Referências:

LIMA DOS SANTOS ARAUJO, K.; MARIA GORETTI DONATO BAZANTE, T. A importância da formação do professor de Matemática para a inclusão de alunos com discalculia. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, [S. l.], v. 11, n. 7, p. 101–118, 2020. DOI: 10.26843/10.26843/rencima.v11i7.2647. Disponível em: https://revistapos.cruzeirodosul.edu.br/index.php/rencima/article/view/2647. Acesso em: 30 abril. 2024.

BOTTINO, A. G.; FERREIRA, R. M. P. A importância do estudo da discalculia em cursos de formação de professores. Revista Femass, [S. l.], v. 3, n. 3, p. 48-66, 2021. DOI: 10.47518/rf.v3i3.36. Disponível em: http://200.0.202.7/index.php/femass/article/view/36. Acesso em: 30 abril. 2024.

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