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Autismo e prematuridade: qual a relação?

Estudos realizados nos últimos anos evidenciaram o que muitas pessoas não imaginavam: a relação entre autismo e prematuridade. É importante lembrar que somente o fato de o beber nascer antes do tempo adequado não simboliza o único fator preponderante na incidência do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Contudo, pesquisadores já delinearam os motivos que justificam a ocorrência do TEA em crianças nascidas prematuramente. Veja o porquê abaixo.

Por que isso acontece?

Segundo levantamentos, os nascimentos considerados prematuros são responsáveis pela alteração na conectividade entre as distintas partes que compõem o cérebro. Os estudos sugerem então que isso pode elevar o risco de a criança desenvolver tanto problemas de atenção como o TEA.

A relação entre autismo e prematuridade não para por aí. Cientistas afirmam que a rede neuronal pertencente aos processos de atenção, emoção e comunicação são, geralmente, mais enfraquecidas em bebês prematuros do que aqueles cujo nascimento se deu no período regular.

Na última década, outras pesquisas já haviam confirmado a presença de autismo e problemas de concentração e/ou neurodesenvolvimento em crianças que se enquadravam no grupo dos nascimentos acontecidos antes da fase normal.

Um estudo realizado, nos últimos anos, por pesquisadores do King’s College de Londres mostra informações importantes e que enfatizam como esses dois fatores estão interligados. Ao todo foram 66 crianças que participaram da amostra (sendo 47 delas, que nasceram antes da 33ª semana; e 19 nascidas no tempo previsto).

O que foi estudado?

– Estudos concentrados nas conexões entre o tálamo (centro de reflexos emocionais) e o córtex (matéria cinzenta presente nos hemisférios cerebrais – responsável por desempenhar muitas funções cognitivas);

Os resultados do estudo

– Cientistas constataram que bebês cujos nascimentos ocorreram entre as 37ª e a 42ª semanas (considerado o período normal de gestação) possuíam estruturas similares àquelas presentes em adultos em determinadas partes do cérebro, reforçando o fato de que as conexões estavam bem desenvolvidas no momento do nascimento.

– Os prematuros da amostra mostraram menos conexões cerebrais entre o tálamo e o córtex. No entanto, foram percebidas mais conexões com uma determinada área do córtex, envolvida no processamento de sinais faciais, assim como mandíbula, garganta, língua e lábios.

*Pesquisadores apontam o fato de que uma conectividade menor na região do córtex, envolvida nas capacidades cognitivas, pode estar associada ao fato de estas crianças terem mais probabilidades de sofrer de problemas de concentração e de socialização.

O que pode ser feito para ajudar a criança?

A melhor solução é procurar acompanhamento médico a fim de se chegar a um diagnóstico precoce. A partir da observação de especialistas, a criança receberá o tratamento ideal para suas necessidades.

As intervenções podem começar assim que os médicos detectarem a incidência de características que indiquem a existência de autismo. É imprescindível que pais e responsáveis procurem auxílio profissional em qualquer suspeita do transtorno ou outros distúrbios que possam vir através da condição de prematuridade.

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