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Autismo em adultos – Como e quando saber?

O autismo em crianças e adolescentes ganha espaço em diversos trabalhos acadêmicos; é pauta de programas de televisão, matérias de jornal e revistas e até tema de séries reconhecidas em todo mundo. Mas e os adultos que convivem com o Transtorno do Espectro Autista? Como eles podem ser contemplados com o auxílio médico, terapêutico e social? Como é o diagnóstico? Enfim, o assunto de hoje será direcionado a esse público em específico.

Devemos ressaltar que esse reconhecimento deve acontecer porque o quadro de autismo severo ou moderado é de fácil percepção. No entanto, a pessoa com autismo leve pode viver muitos anos sem que ninguém consiga suspeitar ou levar tão a sério o que se passa com ela.

Para se ter uma ideia, vale dizer que indivíduos com autismo leve constituem família, vão para o mercado de trabalho, passam em concurso público e conseguem ter uma vida praticamente normal. Essas pessoas são muito inteligentes, apresentam QI acima da média; são excelentes na área em que atuam.

Como descobrir o autismo em adultos?

A descoberta acontece quando a gente vai avaliar o filho, o primo e o irmão desse indivíduo. Descobre-se então que o adulto tem os mesmos sintomas, mas que ninguém havia desconfiado. É feita uma análise nos comportamentos apresentados tanto pela criança quanto pelo parente (que também tem os mesmos traços comportamentais).

Quando suspeitar?

É possível perceber se esse adulto for muito antissocial e apresentar muita resistência para interagir com as outras pessoas. Além disso, um indivíduo com TEA não entende discursos, contextos, situações afetivas e emocionais que envolvam comunicação olho no olho, gestos, etc. Ele fica perdido diante desses estímulos e não entende palavras de duplo sentido. Linguagem estritamente literal.

Outros detalhes são os seguintes: hiperfoco em determinados assuntos; esses indivíduos também se envolvem em uma gama ampla de atividades que não contam tanto com pessoas, mas mecanismos. Além disso, eles não conseguem discernir comportamentos bons e ruins dos demais. Esses pacientes com TEA têm obsessão por seguir regras e rotinas; detalhes sequenciais de tarefas e caminhos.

Por que é importante identificar o autismo no adulto?

Primeiro porque essas pessoas são mais excluídas, em função dos comportamentos (muitas vezes tidos como excêntricos). Elas também são maltratadas e incompreendidas por quem não sabe da condição. Outro traço importante é relatar que os indivíduos com autismo na fase adulta são mais deslocados nos espaços sociais e nas funções que devem desempenhar.

Um adulto com autismo pode demonstrar problemas de relacionamento. Há um risco muito maior de apresentar fobia social, crises de pânico em locais mais movimentados, depressão e predisposição ao suicídio em trabalhos científicos; além de TOC (transtorno obsessivo-compulsivo), esquizofrenia, problemas graves de comportamento, psicose e outras comorbidades.

No mercado de trabalho

Nas empresas, o funcionário com autismo tende a adotar um discurso direto e a sinceridade é um ponto forte; e não demonstram nenhuma empatia na hora de falar. A presença dessas pessoas é importante para as organizações, uma vez que o adulto com autismo tem boa memória de longo prazo e uma produtividade exemplar.

Tudo deve ser devidamente conversado e trabalhado, pois a pessoa com TEA mostra pouca flexibilidade para mudanças, costuma ter muita insegurança para lidar com situações novas. Portanto, é muito importante que esses funcionários sejam assistidos na empresa. Importante salientar que eles têm muito apreço por bastidores, planilhas, organogramas, coisas mecânicas.

Existem remédios para amenizar esses sinais?

Sim, medicamento para melhorar sintomas da fobia social, ansiedade social, quadro esquizofrênico, TDAH e demais comorbidades.

Existem empresas que contratam adultos com autismo?

Sim, e a boa notícia é que isso tem aumentado consideravelmente. Há organizações e empresas que fazem contratação de pessoas com autismo tendo como objetivo proporcionar a esses funcionários as condições de inseri-los no mercado de trabalho.

O papel da família

É muito importante que a família esteja do lado e que ajude sempre esse adulto nas situações que representem desafios para ela, seja no emprego, na vida universitária, na vida afetiva, etc.

Referência

AUTISMO em adultos: quando e como saber? [Arapongas]: Neurosaber, 2019. 1 vídeo (31 min). Publicado por Neurosaber. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=KeKN14j95H8. Acesso em: 12 jan. 2020.

2 Comments

  • Avatar
    Maria Conceição Oliveira Gomes
    Posted 12/07/2022 at 10:42 pm

    Sempre tive problemas em buscar aproximações espontâneas com outras pessoas. Passo mal em meio a multidões e não consigo manter um diálogo demorado com ninguém. Detesto barulho e não gosto muito de abraços.Na escola sentia o coração acelerado toda hora que a professora chamava meu nome, até mesmo durante a chamada. Tenho 47 anos,sou professora concursada e, agora trabalhando com crianças com deficiência na Sala de Recursos multifuncionais AEE, tenho me identificado muito com meus alunos que estão dentro do TEA.

    • Avatar
      Solange
      Posted 13/07/2022 at 1:06 pm

      Olá Maria, tudo bem?

      Primeiramente agradecemos pela confiança! Nesses casos orientamos buscar um especialista pessoalmente para lhe dar melhores informações e orientação assertivas sobre o caso. De qualquer forma, temos conteúdos no youtube.com/neurosabervideos e Artigos em nosso Blog: http://www.neurosaber.com.br/artigos que podem te ajudar em muitas questões.

      Sol,
      Equipe NeuroSaber 💙

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