AVC infantil: Sabe o que é?

Você já ouviu falar sobre o AVC (Acidente Vascular Cerebral) infantil? Por mais raro que possa parecer, crianças também estão suscetíveis a essa condição, que é frequentemente associada a adultos. 

Neste texto, vamos falar sobre o AVC infantil, fornecendo informações vitais para pais, cuidadores e todos que desejam compreender e lidar com essa situação preocupante.

Por que acontece o AVC?

Uma lesão cerebral resultante da interrupção do fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro é conhecida como acidente vascular cerebral, e possui dois tipos de causas: sangramento no cérebro (AVC hemorrágico) ou um vaso sanguíneo bloqueado (AVC isquêmico). 

Além disso, o cérebro requer um suprimento constante de oxigênio, que é transportado pelo sangue e quando o fluxo sanguíneo para o cérebro para, as células cerebrais começam a morrer.

Portanto, é importante lembrar que o AVC se dá pela saída ou interrupção súbita de circulação sanguínea em alguma região do cérebro ou em várias áreas ou em mais áreas específicas da região cerebral. Os efeitos são neurológicos e podem levar a criança a sequelas que vão desde leves a mais profundas.

Diagnóstico rápido faz toda diferença

O AVC infantil deve ter o diagnóstico no momento em que os primeiros sinais se apresentam. O tratamento (processo de reabilitação), por sua vez, também precisa ser iniciado rapidamente.

Além disso, como os acidentes vasculares cerebrais não ocorrem normalmente em crianças, é preciso ser rápido, pois uma avaliação rápida e completa por um pediatra ou neurologista é fundamental para iniciar o tratamento rapidamente e reduzir o risco de problemas a longo prazo.

Faixa etária do AVC infantil

O AVC infantil ocorre em crianças de 1 a 18 anos de vida. Porém, crianças abaixo de um ano também podem sofrer o AVC, especialmente bebês que estão nascendo e enfrentam algum quadro de complicação no parto, como algum distúrbio que cause uma falta de sangue no cérebro da criança.

Diferenças pontuais do AVC em adultos e crianças

Vale lembrar que existem diferenças pontuais entre o AVC infantil e o derrame (AVC) sofrido pelos adultos.

• Adultos: a pressão alta e o diabetes são alguns dos fatores de risco para a ocorrência de AVC no público acima dos 18 anos.
• Crianças: doenças cardiovasculares, doenças inflamatórias das artérias, malformação de vasos sanguíneos cerebrais, anemias falciformes, doenças autoimunes, traumas cranianos são algumas das causas do derrame na infância.

Atenção: dor de cabeça em crianças também pode ser um sinal de alerta para os pais e que precisa de acompanhamento médico rápido.

Dicas que antecedem o atendimento médico

Uma maneira de saber identificar os sinais dos sintomas do AVC é se lembrar de algumas dicas para providenciar o socorro necessário e saber se a criança responde aos estímulos. Veja abaixo o mnemônico S.A.M.U.

Vale ressaltar que o esquema abaixo é usado também para que pais e responsáveis tentem perceber com rapidez se há indício de um sintoma mais agudo.

S – Sorria (ao sorrir, a criança pode apresentar paralisia facial de um lado do rosto);
A – Abrace (para ver qual lado dos membros da criança está paralisado);
M – Música (para ver se houve alteração de fala, com dificuldade);
U – Urgência (ligar para o serviço de atendimento de urgência o mais rápido possível).

Outros sintomas

Além desses sintomas mais agudos citados acima, a criança pode ter sensação de fraqueza, alteração de fala, visão dupla, crises convulsivas, perda da coordenação motora, dor de cabeça e tontura.

O AVC ocorre ao mesmo tempo em que os sintomas acontecem. Então, a criança precisa ser levada imediatamente para o socorro necessário, e no hospital, ela precisa passar pelo processo de reabilitação assim que estiver sob orientação médica.

Para que não hajam dúvidas, que tal dar uma olhada na nossa live? AVC infantil – o que você precisa saber!

Informações importantes

A Síndrome de Down não tem relação com o AVC. Por outro lado, vale lembrar que a Síndrome de Sturge-Weber, que leva a alterações vasculares dentro do cérebro, tem direta relação com o AVC infantil.

Além disso, outra doença, a Kawasaki, leva a uma inflamação generalizada dos grandes vasos arteriais que saem do coração para as artérias do cérebro e que podem levar ao AVC infantil. Mas, atenção, é preciso lembrar que a hemiparesia, paralisia de um dos lados do corpo, é um dos efeitos vindos do AVC infantil.

Nesses casos, o processo de reabilitação pode ser bastante eficaz, uma vez que o cérebro infantil ainda está em desenvolvimento e muito mais aberto à recuperação.

O AVC infantil possui algumas causas específicas e difere significativamente do AVC em adultos, como por exemplo as condições médicas como a Síndrome de Sturge-Weber e a doença de Kawasaki estão ligadas a esse problema.

Embora o AVC em crianças seja raro, o diagnóstico precoce e a ação rápida podem fazer toda a diferença, e por isso reconhecemos a importância de conhecer os sinais de alerta, como dor de cabeça persistente, fraqueza, dificuldades na fala, entre outros.

Lembre-se, a segurança das crianças deve estar sempre em primeiro lugar, e a informação é uma aliada fundamental nesse processo.

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Referências:

https://stanfordchildrens.org/en/topic/default?id=stroke-in-children-134-81

https://www.hopkinsmedicine.org/health/conditions-and-diseases/stroke/pediatric-stroke#:~:text=Pediatric%20stroke%20is%20a%20rare,by%20bleeding%20into%20the%20brain).

https://www.betterhealth.vic.gov.au/health/conditionsandtreatments/stroke-can-occur-in-children