Como lidar com comportamento-problema?
Por acaso seu filho apresenta alguma conduta diferente em relação às outras crianças? Um aluno de sua classe demonstrou determinada característica que suscita investigação aprofundada do corpo pedagógico e de outros especialistas? Quando essa percepção fica cada vez mais forte, é preciso prosseguir e tentar descobrir o motivo dessa situação. Afinal, o pequeno pode estar manifestando o que conhecemos por comportamento-problema.
É importante salientar que existe uma diferença enorme entre o comportamento-problema e aqueles momentos de desobediência. O que está em jogo, neste caso que trazemos para o artigo, é algo mais sério e que realmente pode impactar na vida familiar, social e pedagógica da criança. Saibam o porquê.
Conteúdo
O que é o comportamento-problema?
Um comportamento-problema é aquele que impede a concretização das condutas adequadas. Vale lembrar que essa situação é influenciada por fatores que requerem tratamentos terapêuticos por se referir a condições bastante sérias. Dentre elas, as mais comuns são as estereotipias, as birras e comportamentos disruptivos; os rituais e o interesse restrito.
O que pode ser feito para lidar com eles?
– Terapia em família: existem grupos de apoio voltados para o trabalho no desenvolvimento da relação entre pais e filhos. Especialistas procuram orientar os pais no estabelecimento de uma comunicação efetiva com o pequeno. Além disso, esses encontros são excelentes para mostrar aos pais os limites que devem ser colocados no comportamento da criança.
– Acompanhamento psicológico: o pequeno que costuma apresentar algum transtorno de comportamento na escola também pode encontrar meios de melhorar sua relação e interação com os ambientes em que está. Vale lembrar que o acompanhamento psicológico pode significar um caminho muito bom para o pequeno, a partir do momento em que a terapia será excelente ajudá-lo a conviver de maneira mais tranquila e pacífica com todos à sua volta.
– Equipe multidisciplinar: nada mais indicado que atuar junto com uma equipe diversificada, que reúna terapeutas e professores de escola na busca pela melhora de conduta da criança.
As estereotipias
As famosas estereotipias podem ser definidas como movimentos repetitivos que são mantidos por autoestimulação. As estereotipias acontecem tanto com a movimentação de objetos como algum membro do próprio corpo da criança. Por isso é comum que uma criança em tal condição fique batendo na mesa de forma repetida; ou então mexe o braço de forma intensa, por exemplo.
Birras e comportamentos disruptivos
Dentro do comportamento-problema existem também as birras e os comportamentos disruptivos cuja definição é a seguinte: condutas agressivas e que são caracterizadas por forte agitação e oposição.
Geralmente, as crianças recorrem a esse tipo de reação quando não querem realizar alguma tarefa ou não gostam de determinada situação. Funciona como uma forma de comunicação que precisa ser corrigida. Nesse caso, devemos destacar as pessoas que convivem com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Muitas vezes, elas não dominam a comunicação convencional e usam o que podem para se manifestar, onde surgem as birras e os comportamentos disruptivos.
Os rituais
Já os rituais costumam ocorrer de maneira mais localizada, diferente das estereotipias. As crianças podem, por exemplo, estranhar de maneira extrema qualquer mudança de ambiente ou estabelecer uma rotina diária. Não é algo tão simples e que possa ser resolvido de uma hora para outra; é preciso um planejamento.
Os interesses restritos
Os interesses restritos são aqueles cuja criança manifesta uma verdadeira fixação em determinado objeto ou tarefa. O pequeno tende a não aceitar mudança em seu cotidiano, pelo menos se o foco de seu apego estiver de fora da proposta.
Paciência para lidar com as situações: o segredo do tratamento
É importante salientar que paciência é tudo nesses casos mencionados. Agir com rispidez só ajuda a piorar os quadros dentro do comportamento-problema. Ser paciente e dar tempo ao tempo são o essencial. Portanto, contem sempre com o auxílio de um especialista para essas e outras questões.
7 Comments
Muito bom. Meu filho tem TDAH com comorbidade com TOD. É percebo que o TOD está mais forte, ele tem 8 anos. Está tomando ritalina de 20 mg e exodus de 20 mg, mas não consigo ainda ver a diferença ou evolução. Faz psicopedagogia.
Converse com o profissional que o atende, veja se o medicamento é o mais indicado para ele.
Eu li reli e acho perfeito as definições. Avaliar caso por caso e interpretar após ter feito toda sondagem. Após isto essas orientações auxiliam na conclusão do diagnóstico.
Realmente não é fácil lidar com comportamento problema, gostei muito da explicação.
Bem oportuno o artigo. Tenho uma filha q hoje está com 35 anos de idade, diagnosticada com dislexia e discauculía. Excelente q hoje já esteja tão bem explicado, porque vi nesse artigo a vida dela desde bebezinha quando recusava a mamadeira ao sentir alguma alteração no sabor, na temperatura ou até mesmo quando era trocado o bico da mamadeira. Parabéns aos profissionais que se empenham com tanta atenção para ajudar na melhora do aprendizado e conscientização de pais e professores
Olá Maria, Para nós é um prazer poder contribuir para auxiliar você nessa questão! 🙂
Presiso muito de ajuda minha filha nao aceita ser contrariada sempre passo vergonha. Quando nao faço Oque elaquer ou nao deixa ela fazer algo ela grita muito e chora fica bastante irritada. Tem dias que ela ja Amanhece irritada ja nao sei mais Oque fazer