Como um fisioterapeuta pode atuar com autismo?

Vocês que nos acompanham já sabem que a intervenção no autismo requer uma equipe multidisciplinar. Isso significa que profissionais de várias áreas são responsáveis pela melhora da pessoa autista: neuropediatra, psicopedagogo, psicomotricistas, pedagogo, pediatra, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional, entre outros. No entanto, o foco hoje é a atuação dos fisioterapeutas.
Muita gente, porém, tem dúvidas sobre o papel desses profissionais e como eles são determinantes para o desenvolvimento dos autistas. Veja aqui a diferença que a atuação do fisioterapeuta faz para cada caso que apresente autismo.
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Habilidades motoras
O profissional de fisioterapia atua diretamente em funções determinantes para a vida da criança e adolescente com autismo; e até mesmo adultos. É importante ressaltar que quanto antes o tratamento iniciar, maiores são as chances de uma evolução bem-sucedida existir. No caso das habilidades motoras, o fisioterapeuta atua em funções básicas, como andar, sentar, ficar de pé, jogar, rolar, tocar objetos, engatinhar e a se locomover de maneira geral.
Vale salientar que no caso da coordenação motora fina, o psicomotricista exerce mais influência. O fisioterapeuta fica por conta da coordenação motora grossa e do desenvolvimento da força muscular.
Importância dos fisioterapeutas para os pais
Um detalhe que não pode passar despercebido é que o profissional de fisioterapia pode informar aos pais sobre os exercícios que são fundamentais para a criança. Dessa forma, pais e responsáveis podem gerenciar a execução dos exercícios feitos em casa, caso o terapeuta passe alguns deles para serem realizados no ambiente doméstico. O fato de fazer as atividades dentro de casa pode dar mais confiança ao pequeno. A familiaridade com o local é sempre um ponto positivo para o autista.
Fisioterapia para a vida escolar
A fase que a criança entra para a escolinha é determinante para se trabalhar os movimentos dela. Correr, pular e jogar é importante para o bem-estar de qualquer pessoa e pode sê-lo para o autista, pois, além de desempenhar a função motora, também é responsável pela interação da criança com seus coleguinhas. O fisioterapeuta tem um papel fundamental nisso com a orientação de exercícios fundamentais para os movimentos do pequeno.
Atuação do fisioterapeuta no autismo: o método Bobath
Dentre vários exercícios voltados para a melhora do autista, muitos fisioterapeutas trabalham com o método Bobath, responsável por resultados muito satisfatórios. Importante salientar que tal técnica não surgiu para a intervenção no autismo, mas para casos envolvendo derrames cerebrais e paralisias infantis. Além disso, o método pode ser empregado em crianças e adultos.
Mas o que esse método tem em comum com o autismo?
Os fisioterapeutas entram com o método Bobath para a atuação em detalhes imprescindíveis na vida do autista. O trabalho na coordenação é uma das prerrogativas. Além disso, a adequação do corpo a uma postura (física) mais saudável é o ponto-chave da técnica Bobath. Ela é responsável por:
– Dar simetria ao corpo;
– Administrar as posições do indivíduo;
– Dar firmeza ao tronco;
– Promover alongamentos;
– Trabalhar o tônus muscular;
É válido reiterar que cada caso é único, então os resultados só podem vir a cada um de forma distinta. O autista pode ter uma vida muito melhor quando as intervenções são realizadas por profissionais multidisciplinares e acompanhamento dos pais.
9 Comments
Olá! Está sendo de uma valia muito grande a leitura e os vídeos, no entendimento dos transtornos e suas peculiaridades. Parabéns por esse trabalho da sua equipe.
Maravilha as informações
O fisioterapeuta irá promover exercícios que coloca o seu corpo em movimento para que o mesmo desenvolva os estereótipos com as suas mãos de forma equilibrada causando um apoio maior na sua desenvoltura a partir da intervencao a coordenação motora grossa. Será melhorada .
Muito bom artigo, cada vez mais ajuda nós temos. Fiquei realmente satisfeita. Grata a todos.
Vejo a importância do fisioterapeuta também fazendo parte da avaliação deste paciente com suspeita de ser autista. Assim contribuindo para um diagnóstico precoce e consequentemente o tratamento e orientações rápidas.
Olá, tenho aprendido muito por meio dos profissionais é os grupos é pesquisas filmes é principalmente com ADRYAN e Arthur e eu .mas o nome é superação. Obrigada
Olá Selma, tudo bem?
Obrigada pelo carinho! Continue sempre acompanhando!
Sol,
Equipe NeuroSaber 💙
Estou fazendo Fisio, quero me dedica em aprender com a fisiopediatria . Matéria boa e esclarecedora .
Olá Sumyle, tudo bem?
Fisiopediatria é um ramo da fisioterapia que se dedica ao atendimento de bebês, crianças e adolescentes. É uma área muito importante para prevenir e tratar disfunções do desenvolvimento neuropsicomotor, como atraso no desenvolvimento motor, dificuldades de equilíbrio e coordenação, alterações posturais, entre outras.
Para se aprofundar em fisiopediatria, é importante estudar anatomia, fisiologia e neurologia infantil, além de técnicas de avaliação e tratamento específicas para essa população. Algumas matérias que podem ser úteis nesse sentido são:
Desenvolvimento neuropsicomotor infantil: estudo das fases do desenvolvimento motor e cognitivo na infância, que servem de base para a avaliação e tratamento de disfunções.
Fisiologia do exercício na infância: compreensão dos efeitos do exercício físico no desenvolvimento e na saúde infantil.
Neurologia infantil: estudo das principais patologias neurológicas que afetam crianças, como paralisia cerebral, síndrome de Down e autismo, entre outras.
Métodos de avaliação em fisiopediatria: aprendizado das técnicas de avaliação específicas para a população pediátrica, como testes motores, avaliação postural e avaliação funcional.
Métodos de tratamento em fisiopediatria: estudo das técnicas de tratamento utilizadas em fisiopediatria, como terapia ocupacional, hidroterapia, jogos e brincadeiras terapêuticas, entre outras.
Além disso, é importante se manter atualizado com as pesquisas mais recentes na área de fisiopediatria, para oferecer aos pacientes o melhor tratamento possível. Dessa forma, é interessante acompanhar revistas científicas e participar de eventos e congressos na área.
Sol,
Equipe NeuroSaber 💙