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Diagnosticando o Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Resumo

O Transtorno do Espectro Autista necessita de um acompanhamento que possibilite o desenvolvimento da criança nos ambientes que fazem parte de sua vida. Para que o tratamento seja eficaz, o diagnóstico precoce torna-se a solução mais viável. Especialistas utilizam técnicas e outras estratégias que possibilitam a identificação do transtorno. A família também precisa ser assistida para que ela possa buscar meios para esclarecer as dúvidas e os anseios causados com o resultado positivo do TEA na vida de seus filhos.

Introdução

O Transtorno do Espectro Autista é algo que precisa ser identificado em tempo hábil a fim de que as intervenções sejam aplicadas de maneira eficaz. Interessante lembrar que o autismo não é uma doença específica, mas sim uma desordem neurobiológica que atinge o desenvolvimento cerebral com uma forte base genética (American Academy of Pediatrics, 2001).
Crianças e jovens que convivem com o TEA geralmente demonstram alguns sinais comportamentais e habilidades que podem expressar peculiaridades e até desafios maiores. Dentro dos casos de autismo, nota-se que os pacientes apresentam alguns padrões que são possíveis observar como sendo algo comum entre eles. Comunicação prejudicada, interação social comprometida, interesses restritos em determinadas atividades e estereotipias.
No entanto, é importante ressaltar que estes mesmos padrões podem variar dependendo do nível do TEA diagnosticado. Existem crianças que convivem com o autismo leve, médio e severo. Com isso, é normal que os pacientes do grupo com o espectro mais brando demonstre mais facilidade para lidar com determinadas situações em detrimento daquele que apresenta o lado mais severo do transtorno.
Diante das possibilidades que o autismo revela, é imprescindível que o transtorno seja diagnosticado precocemente para haja o reconhecimento das características e necessidades de cada criança.

A importância do diagnóstico

Já é sabido na comunidade científica que o diagnóstico precoce, junto com as intervenções, está associado a desempenhos consideráveis para o desenvolvimento do pequeno não somente no ambiente familiar, mas na escola e na vida social em geral.

Diagnosticando o Transtorno do Espectro Autista

Os especialistas adotam algumas estratégias que possibilitam o diagnóstico do autismo. As técnicas apostam no contato direto com os pais ou responsáveis pelo pequeno e até em escalas de avaliação que tendem a exercer um grande auxílio aos profissionais. Veja mais abaixo algumas etapas que ajudam no diagnóstico:
– É importante que pediatras escutem atentamente aos relatos dos pais, sobretudo quando eles falam sobre o desenvolvimento das crianças e o comportamento que elas demonstram no dia a dia;
– Em consultórios, um dos grandes aliados dos especialistas na hora de analisar cada caso são as escalas de avaliação. Além disso, os profissionais podem utilizar outras ferramentas específicas que são próprias para o autismo;
– Alguns sinais são mais fáceis de perceber. O médico pode observar, por exemplo, se a criança tem alguma dificuldade para se comunicar (déficits de linguagem) ou problemas envolvendo habilidades sociais.
– Vale lembrar que se o pediatra sentir que precisa de uma orientação mais ampla, ele deve recomendar a presença de outros especialistas para que o diagnóstico seja fechado com assertividade;
Importante salientar que o caminho para que o TEA seja diagnosticado é por meio da observação, da entrevista e da realização de determinadas técnicas com o uso de instrumentos.
Assim que o diagnóstico é feito, a família deve receber um suporte indispensável para o esclarecimento de dúvidas. Materiais que ajudam a entender o TEA são primordiais no processo de compreensão do autismo. Indicar os familiares a grupos de apoio, programas de intervenção específica do TEA e outros serviços. (American Academy of Pediatrics, 2001)

Especialistas se baseiam no DSM-V

Os profissionais que lidam com o autismo encontram no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – 5ª edição – os critérios para serem adotados em casos de transtornos. O DSM-V lista uma série de categorias que orientam os médicos.
Vale ressaltar que muitos dos procedimentos adotados pelo manual atual (DSM-V) são versões aperfeiçoadas das edições anteriores. Mesmo que o DSM-V seja um material único, ele inclui informações globais sobre transtornos mentais e conta ainda com outros manuais (mais específicos) como o chamado ICD-10. (Vahia, 2013).
Referência
AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS – Committee on Children with Disabilities (2000-2001). The Pediatrician’s Role in the Diagnosis and Management of Autistic Spectrum Disorder in Children . American Academy of Pediatrics, v. 107, n. 5, p. 1221-1226. May.  2001.
VAHIA, Vihang V. Diagnostic and statistical manual of & mental disorders. 5th ed. Arlington VA: American Psychiatric Association; v. 55, n. 3, p. 50-59, jul./set. 2013.

4 Comments

  • Avatar
    Edmeire
    Posted 26/02/2020 at 11:39 pm

    Um menino de 18 meses, que anda mas ainda não fala nenhuma palavra, praticamente não mantém contato visual nem atende quando é chamado pelo nome pode ter TEA? Ele não apresenta as estereotipias típicas, como se balançar ou o movimento das mãos, mas se está brincando com algum brinquedo especial, não atende ninguém, nem olha… às vezes fica irritado sem motivo aparente.

    • Avatar
      Suporte Neurosaber
      Posted 27/02/2020 at 6:00 pm

      Olá Edmeire,tudo bem ? Sem avaliação não podemos dar uma orientação precisa sobre caso .
      É importante buscar um especialista para lhe dar melhores informações e orientação para uma intervenção.De qualquer forma , temos conteúdos no youtube.com/neurosabervideos e também em nosso blog que podem te ajudar em muitas questões.

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    Verena Nascimento dos Santos Braga
    Posted 30/05/2020 at 1:35 pm

    Boa tarde?
    Quando um neuropsiquiatra diz para uma mãe que o seu filho não tem “autismo”, mas
    “espectro de autista “, o que ele quer dizer com isso?

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