TOD: entenda se TOD é genético e como se diferencia do transtorno de conduta

TOD, sigla para Transtorno Opositivo Desafiador, é uma condição comportamental que afeta muitas crianças e adolescentes. Frequentemente confundido com o transtorno de conduta, o TOD possui características específicas que envolvem comportamentos desafiadores, oposição a figuras de autoridade e irritabilidade persistente.

Além disso, uma dúvida recorrente é se TOD é genético. De fato, evidências indicam que fatores hereditários, combinados a aspectos ambientais e neurológicos, estão associados ao desenvolvimento do transtorno. Neste artigo, você vai entender as diferenças entre TOD e transtorno de conduta, os sinais, o diagnóstico e as opções de tratamento eficazes.

O que é TOD: definição e características principais

O Transtorno Opositivo Desafiador é classificado pelo DSM-5 como um transtorno disruptivo do comportamento, caracterizado por padrões duradouros de desobediência, desafio e comportamento hostil em relação a figuras de autoridade. Para que o diagnóstico seja considerado, os sintomas devem persistir por pelo menos seis meses.

É importante lembrar que todas as crianças têm comportamentos desafiadores em algum momento, mas quando esses comportamentos se tornam frequentes e impactam as relações sociais e familiares, é hora de buscar ajuda profissional.

Sinais e sintomas de TOD

Os sintomas geralmente surgem antes dos oito anos, embora possam aparecer na adolescência. Entre os principais sinais, destacam-se:

• Perder a paciência com frequência;
  
• Comportamento de provocação e desobediência;
  
• Raiva persistente;
  
• Discussões constantes com adultos;
  
• Negar responsabilidades e culpar os outros;
  
• Comportamentos perturbadores e vingativos.
  

Esses comportamentos indicam dificuldades no controle emocional e comportamental, que afetam a convivência social e o rendimento escolar.

TOD é genético? O que a ciência diz

Sim, TOD pode ter origem genética. Estudos sugerem que predisposições hereditárias influenciam o desenvolvimento de transtornos comportamentais, especialmente quando combinadas a fatores como:

• Ambiente familiar desestruturado;
  
• Danos neurológicos ou traumas precoces;
  
• Modelos parentais inconsistentes ou negligência emocional.
  

Ainda que TOD seja genético em parte, ele não é determinado exclusivamente pela herança familiar. O meio ambiente, as interações sociais e até alterações no funcionamento cerebral também desempenham papel importante.

Leia mais: Transtornos comportamentais infantis: o que são e como tratar

Diagnóstico do TOD: critérios e observações clínicas

O diagnóstico deve ser feito por profissional da saúde mental, com base em:

• Frequência dos comportamentos;
  
• Idade da criança (menores de 5 anos devem apresentar sintomas quase diariamente; acima de 5, ao menos 1 vez por semana);
  
• Impacto social e emocional causado pelo comportamento.
  

Além disso, é essencial descartar outras condições, como TDAH, transtornos de humor ou atraso no desenvolvimento, que podem mimetizar os sintomas do TOD.

Transtorno de conduta: o que é e como se diferencia do TOD

O transtorno de conduta é uma condição mais grave, também descrita no DSM-5, caracterizada por comportamentos intencionais de agressividade, violação de regras e desrespeito aos direitos alheios.

Sinais do transtorno de conduta:

• Bullying e intimidação frequente;
  
• Violência física e destruição de propriedade;
  
• Crueldade com pessoas e animais;
  
• Mentiras, roubos e transgressões frequentes.
  

A diferença entre TOD e transtorno de conduta está no grau de intencionalidade. Enquanto o TOD se relaciona à frustração por sentir-se controlado, o transtorno de conduta envolve uma tentativa de controlar os outros de maneira agressiva e consciente.

Criança com TOD pode desenvolver transtorno de conduta?

Sim, sem tratamento, o TOD pode evoluir para transtorno de conduta, embora isso não seja uma regra. Com intervenção precoce, estrutura familiar e orientação profissional adequada, a criança com TOD pode desenvolver autoconfiança, empatia e habilidades sociais para evitar essa progressão.

Tratamentos para TOD e transtorno de conduta

Os tratamentos mais eficazes envolvem:

• Terapia comportamental com foco na regulação emocional;
  
• Treinamento de pais e orientação familiar;
  
• Terapia individual e de grupo;
  
• Abordagens combinadas com técnicas de relaxamento, rotina estruturada e reforço positivo.
  

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Conclusão: TOD precisa de atenção e compreensão

Entender o que é TOD e reconhecer que TOD é genético em parte, mas amplamente influenciado pelo ambiente, é essencial para o manejo adequado da condição. A informação correta permite que famílias e profissionais adotem estratégias eficazes para promover o desenvolvimento emocional e social da criança.

Se ainda restam dúvidas sobre o tema, assista ao vídeo complementar indicado abaixo:

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FAQ: Diferença entre o Transtorno Opositor Desafiador e Transtorno de Conduta

Se restou alguma dúvida sobre a diferença entre TOD e transtorno de conduta, deixe nos comentários.

Referências:

BARLETTA, Janaína Bianca. Avaliação e intervenção psicoterapêutica nos transtornos disruptivos: algumas reflexões. Rev. bras.ter. cogn. [online]. 2011, vol.7, n.2 [citado  2021-06-01], pp. 25-31 .

Isabel AS Bordina e David R Offord. Transtorno da conduta e comportamento anti-social.