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Entenda os transtornos de escrita: disgrafia e disortografia!

A escrita é uma habilidade fundamental para a comunicação e o aprendizado, e sua aquisição pode ser complexa para algumas pessoas devido a diferentes transtornos de escrita. Entre esses distúrbios, destacam-se a disgrafia e a disortografia, que afetam diretamente as habilidades de escrita. 

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais, DSM-V, existem três transtornos de aprendizagem distintos que impactam, respectivamente, a leitura (dislexia), a matemática (discalculia) e a escrita (disortografia). 

Neste artigo, exploraremos as diferenças entre a disgrafia e a disortografia, suas características distintivas e como identificar e lidar com cada uma delas.

O que é disortografia

A disortografia é um transtorno específico de escrita, no qual a pessoa afetada produz um texto com erros repetidos, independentemente de suas habilidades intelectuais. Esses erros geralmente se manifestam na forma de omissão de letras, falta de marcas diacríticas, troca de sílabas, confusão entre sons (como c e s, b e p, g e k, m e n, h), e aplicação incorreta das regras gramaticais. 

Neste sentido, em alguns casos, a pessoa com disortografia pode não perceber corretamente os sons das palavras ou não ter consciência dos sons individuais que as compõem, embora possa compreender a palavra como um todo. 

Além disso, em outras situações, há uma dificuldade em aplicar rapidamente regras gramaticais, apesar de entender a lógica por trás delas. Como na dislexia, é importante identificar as melhores condições para a escrita, minimizando assim os erros no texto. 

Portanto, os alunos com disortografia têm direito a adaptações nas escolas, como mais tempo para realizar tarefas ou o uso de correção automática ao digitar no computador. E quando a precisão é crucial, é recomendável que outra pessoa revise o texto para corrigir os erros que a pessoa afetada não percebe. 

Às vezes, ler o texto de trás para frente pode ajudar a identificar erros individuais, embora isso possa dificultar a compreensão do conteúdo global da mensagem.

O que é Disgrafia

A disgrafia é um dos transtornos de aprendizagem específicos que afetam as habilidades de escrita, especialmente na forma gráfica. Ou seja, a caligrafia de uma pessoa com disgrafia tende a ser muito ilegível. 

Além disso, durante a alfabetização, as crianças afetadas levam mais tempo para aprender a escrever e, quando precisam registrar informações rapidamente, sua escrita pode se tornar desajeitada, confusa e ilegível, até mesmo para elas mesmas. Na adolescência e na idade adulta, a escrita é um meio importante de comunicação, e se a escrita for ilegível, ela não consegue cumprir sua função adequada.


Nesses casos, é preferível que a pessoa adapte seu estilo de escrita, como usar letras maiúsculas em vez de letra cursiva, por exemplo. Além disso, as pessoas com disgrafia têm o direito de adaptar sua escrita na escola, como escrever em letras maiúsculas ou usar um computador para digitar.

Diagnóstico e tratamento dos transtornos de escrita

A disortografia pode surgir isoladamente ou vir acompanhada da dislexia. Já as pessoas com dislexia, têm disortografia. Geralmente, os professores são os primeiros a perceber os sinais dos transtornos de escrita e, nesse caso, devem alertar as famílias e indicar uma avaliação com especialistas.

Além disso, o fonoaudiólogo pode realizar o diagnóstico e indicar um tratamento para a disortografia, mas o acompanhamento com um psicopedagogo também é fundamental. Já a disgrafia pode ser diagnosticada e tratada por um terapeuta ocupacional, um psicomotricista ou mesmo um fonoaudiólogo, desde que especializado na área.

Em resumo, os transtornos de escrita como disortografia e disgrafia podem apresentar desafios significativos para crianças e adultos, impactando não apenas o desempenho acadêmico, mas também a autoestima e o bem-estar emocional. É essencial que educadores e profissionais de saúde estejam atentos aos sinais desses transtornos e encaminhem os indivíduos para avaliação especializada.

A intervenção precoce e multidisciplinar, envolvendo fonoaudiólogos, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais e outros especialistas, é crucial para proporcionar suporte adequado e estratégias de aprendizagem eficazes.

Quer mais conteúdos como este? Confira nosso canal no YouTube para aprender mais sobre transtornos de escrita, intervenções e dicas úteis.


Referências:

SILVA, Cláudia da  e  CAPELLINI, Simone Aparecida. Desempenho de escolares com e sem transtorno de aprendizagem em leitura, escrita, consciência fonológica, velocidade de processamento e memória de trabalho fonológica. Rev. psicopedag. [online]. 2013, vol.30, n.91 [citado  2021-06-28], pp. 3-11 .

COELHO, Diana Tereso. Dislexia, Disgrafia, Disortografia e Discalculia

19 Comments

  • Avatar
    Magno Jardim
    Posted 23/06/2022 at 1:12 am

    Ótimo saber disso.
    Pois há anos sofro com escrita cursiva lenta e ao fim da adolescência, decidi usar letras de forma, para escrever mais rápido.
    Hoje em dia aos 39,ainda escrevo meio lento e por isso detesto escrever.

    Mas o celular me salva às vezes kkk.

    Estou Gratíssimo à equipe do site, por essa matéria.
    Hoje entendi que além da leve dislexia que tive quando criança, ainda sou acometido pela disgrafia até hoje 😔
    Mas ainda quero voltar a estudar e enfim me formar.

    Boa noite à todos nós…

    • Avatar
      Solange
      Posted 23/06/2022 at 12:29 pm

      Olá Magno, tudo bem?

      Obrigada pelo carinho! Continue sempre acompanhando!

      Sol,
      Equipe NeuroSaber 💙

    • Avatar
      Maria Odete Coelho Garcia
      Posted 07/06/2023 at 10:42 pm

      Boa noite parabéns conteúdo ótimo
      Só tenho uma dúvida um aluno meu tem disgrafia mas percebo que ele grifa alguma palavas quando escreve gostaria de saber o motivo?

  • Avatar
    Magno Jardim
    Posted 23/06/2022 at 1:15 am

    Ótimo saber disso.
    Pois há anos sofro com escrita cursiva lenta e ao fim da adolescência, decidi usar letras de forma, para escrever mais rápido.
    Hoje em dia aos 39,ainda escrevo meio lento e por isso detesto escrever.

    Mas o celular me salva às vezes kkk.

    Estou Gratíssimo à equipe do site, por essa matéria.
    Hoje entendi que além da leve dislexia que tive quando criança, ainda sou acometido pela disgrafia e ainda um pouco pela discalculia até hoje 😔
    Mas ainda quero voltar a estudar e enfim me formar.

    Boa noite à todos nós…

    • Avatar
      Magno Jardim
      Posted 23/06/2022 at 1:17 am

      O estranho é que comentei hoje ao dia 22/06/2022,mas a data marcada no comentário, é de 23/06/2022

    • Avatar
      Solange
      Posted 23/06/2022 at 12:31 pm

      Olá Magno, tudo bem?

      Obrigada pelo carinho! Continue sempre acompanhando!

      Sol,
      Equipe NeuroSaber 💙

  • Avatar
    Michele Barbosa da Silva
    Posted 07/08/2022 at 8:31 pm

    Eu tenho 26 ano não consigo escrever e nem ler pelo teclado inteligente do meu telefone eu escrevo eu sofro muito com isso fico muito triste queria tanto poder realizar meu sonho mas sei que não consigo isso me dói muito

    • Avatar
      Solange
      Posted 08/08/2022 at 7:44 pm

      Olá Michele, tudo bem?

      Compreendo a sua situação e entendo que não seja fácil, sem avaliação não podemos dar uma orientação precisa sobre o caso. É importante buscar um especialista para lhe dar melhores informações e orientação para uma intervenção. De qualquer forma, temos conteúdos no youtube.com/neurosabervideos e também em nosso blog que podem te ajudar em muitas questões.

      Sol,
      Equipe NeuroSaber 💙

    • Avatar
      Jacqueline
      Posted 06/10/2022 at 3:02 am

      Estou tentando atendimento , mas meu imail diz que está incorreto , teria algum número de contato com vocês?

  • Avatar
    ADRIANA SILVA LOPES TAVARES
    Posted 17/08/2022 at 9:38 pm

    Sou aluno NEURO SABER, MUITO OBRIGADA POR COMPARTILHAR ESSES MATERIAIS GRÁTIS E DIGO VALE A PENA SE APROFUNDAR

    • Avatar
      Solange
      Posted 18/08/2022 at 6:45 pm

      Olá Adriana, tudo bem?

      Obrigada pelo carinho! Continue sempre acompanhando!

      Sol,
      Equipe NeuroSaber 💙

  • Avatar
    Aline Cinara Teles
    Posted 27/12/2022 at 10:16 pm

    Olá..
    Foi de grande valia essa matéria, me tirou algumas dúvidas sobre o assunto. Sou estudante, então tudo isso e mais outros transtornos estou estudando.
    Muito obrigada..

    • Avatar
      Solange
      Posted 11/01/2023 at 1:51 am

      Olá Aline, tudo bem?

      Obrigada pelo carinho! Continue sempre acompanhando!

      Sol,
      Equipe NeuroSaber 💙

  • Avatar
    Domingos Cristóvão António
    Posted 05/04/2023 at 9:26 pm

    Gostei

  • Avatar
    Domingos Cristóvão António
    Posted 05/04/2023 at 9:27 pm

    É muito importante e credível

  • Avatar
    Maria Cristina de Mesquita Moreira
    Posted 29/04/2023 at 9:59 am

    Aprendizado riquíssimo e gratuito. É muito gratificante poder acessar um conteúdo com explicações tão claras e uma linguagem simples e acessível. Sou Psicopedagoga e quero poder fazer a diferença na vida dos meus pacientes com avaliações seguras, corretas e intervenções acertativas.

    • Avatar
      Solange
      Posted 01/05/2023 at 2:25 pm

      Olá Maria, tudo bem?

      Obrigada pelo carinho! Continue sempre acompanhando!

      Sol,
      Equipe NeuroSaber 💙

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    SUELI MAFRA
    Posted 23/05/2023 at 2:44 am

    Meu filho que hoje tem 26 anos sempre sofreu com a dificuldade de escrever a letra cursiva. Apesar de ser destro ele tinha dificuldades para registrar as letras e pegar no lápis semelhante a de um canhoto. Até hoje persiste essa dificuldade.

    • Avatar
      Jhulli
      Posted 26/05/2023 at 1:58 am

      Olá Sueli!

      Entendo que seu filho tenha enfrentado dificuldades na escrita cursiva ao longo dos anos. É importante notar que cada indivíduo é único e pode ter diferentes habilidades e dificuldades.

      Se a dificuldade de escrever em letra cursiva está afetando significativamente a vida cotidiana ou profissional do seu filho, pode ser útil buscar a orientação de um profissional de saúde, como um terapeuta ocupacional, psicólogo ou médico. Esses profissionais podem avaliar a situação individualmente e fornecer orientações adequadas para ajudar a lidar com a dificuldade.

      Jhulli, Equipe NeuroSaber 💙

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