Expressões faciais são a chave para a comunicação, mas crianças no espectro autista podem enfrentar desafios nessa área, pois isso afeta seu desenvolvimento de várias maneiras.
Sabemos que a comunicação é fundamental para a socialização, autonomia e aprendizado, mas você já se perguntou como pode ajudar a sua criança a superar essas barreiras e se conectar com o mundo ao seu redor?
Neste texto você vai entender a importância das expressões faciais para as crianças autistas e terá conhecimento de atividades práticas para ajudar-las. Vamos lá?
Conteúdo
Por que as expressões faciais são tão importantes?
Expressões faciais são essenciais para a comunicação e interação social. Desde os primeiros dias de vida, os bebês usam essas expressões para se conectar com os adultos ao seu redor. No entanto, para crianças no espectro autista, a capacidade de compreender e expressar emoções através do rosto pode ser desafiadora, afetando seu desenvolvimento em várias áreas.
Portanto, crianças que estão dentro do espectro autista costumam ter dificuldades nisso, o que pode afetar outras partes de seu desenvolvimento. Por isso, é essencial ensiná-las por meio das brincadeiras e atividades interativas.
Autismo x expressões faciais
O autismo é um transtorno de neurodesenvolvimento. Dessa maneira, ele afeta os processos importantes, que são responsáveis pela socialização, comunicação e a aprendizagem. Ou seja, muitas habilidades podem ser prejudicadas, dependendo do grau do espectro.
As crianças com TEA, possuem mais dificuldades para fazer expressões faciais e outras expressões não verbais. Por exemplo: imitações, posturas, gestos, expressões faciais e contato visual. Além disso, as dificuldades também estão em usar as habilidades não-verbais para se comunicar, como apontar para mostrar algo ou interagir com alguém.
Sendo assim, é relativamente normal que os pequenos apresentem dificuldades na interação social ou em sua autonomia diante de variadas situações do seu dia a dia.
A representação emocional no TEA é um dos pontos principais a ser prejudicado, pois as atividades comportamentais sofrem o impacto do autismo, já que o transtorno é responsável por essa característica na vida da criança.
Portanto, podemos incluir a dificuldade em reconhecer e realizar as expressões faciais nesses impactos. Ou seja: é ainda mais difícil a comunicação social com as pessoas.
As dificuldades em produzir expressões faciais não estão ligadas com limitações musculares no rosto. Porém, estão ligadas a uma separação entre a emoção em si e sua representação visual.
Brincadeiras para desenvolver com as crianças
1. Imitação
As brincadeiras com imitações podem ser muito úteis no processo de desenvolvimento infantil. Principalmente para crianças com TEA. Assim, a habilidade de imitação deve ser construída de maneira voluntária, estimulando e incentivando a criança.
Pais e cuidadores podem se tornar “espelhos” das crianças, imitando seus movimentos e expressões para estimular o contato visual e a conexão social. Além disso, pode usar imitações de animais e sons.
2. Use figuras e imagens!
Expor a criança a figuras e imagens que representam emoções é uma maneira eficaz de ajudá-la a compreender as expressões faciais. Cole-as em locais visíveis e incentive a criança a imitá-las.
3. Nomeie com as crianças os sentimentos
Envolva a criança no processo de nomear sentimentos. Ou seja, sempre que você notar uma expressão emocional, peça que ela a identifique, ajudando-a a entender e nomear suas próprias emoções.
4. Desenhe!
Deixe a criança desenhar expressões faciais. Isso a ajuda a pensar sobre as emoções, seus significados e a representá-los no papel, fortalecendo sua compreensão.
Separe espaços (você pode nomeá-los previamente para cada expressão) e dê para que a criança desenhe. Dessa forma, a criança irá pensar nas expressões, no significado, e colocar no papel sua representação facial.
É importante lembrar que essas atividades devem acontecer conforme a disposição da criança. Ela nunca deve ser obrigada a brincar contra sua vontade. Assim, caso ela queira parar, vá retomando as atividades devagar em outros momentos.
Portanto, melhorar as habilidades de comunicação e compreender as expressões faciais são etapas fundamentais no desenvolvimento de crianças com autismo. As atividades descritas neste artigo promovem não só a comunicação, mas também conexões emocionais e sociais.
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Referências:
KLIN, Ami. Autismo e síndrome de Asperger: uma visão geral. Revista Brasileira de Psiquiatria , v. 28, p. s3-s11, 2006.
PRADI, Thiago et al. Ferramentas de computação visual para apoio ao treinamento de expressões faciais por autistas: uma revisão de literatura. In: Anais do XLIII Seminário Integrado de Software e Hardware. SBC, 2016. p. 140-151.
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