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Funções Executivas: o que são e para que servem?

O cérebro é um elemento fundamental para a vida de uma pessoa. O órgão é o responsável pelo controle que temos sobre nosso próprio comportamento e autonomia. Em meio a tantas funções presentes nesta parte do corpo, uma que devemos destacar é a executiva. Mas, afinal, como podemos definir as funções executivas?
Elas são responsáveis pela realização das atividades diárias, indispensáveis em nossas vidas. A definição que utilizaremos aqui é a seguinte: as funções executivas são um conjunto de habilidades necessárias para o controle de nossa saúde mental e vida funcional.

O que são funções executivas?

Podemos definir as funções executivas  como um conjunto de habilidades cognitivas que são fundamentais para o controle e a regulação de nossos pensamentos, emoções e comportamentos. Elas englobam processos como a memória de trabalho, a flexibilidade cognitiva, o autocontrole e a capacidade de resolver problemas, sendo extremamente importantes para o desenvolvimento humano.

A importância das Funções Executivas

Ao longo de vários anos de pesquisa cientistas chegaram a uma conclusão importante acerca das funções executivas. Estudos sugerem que o desenvolvimento dessas funções é responsável por exercer influências diretas na regulação emocional. Além disso, as funções cognitivas também são trabalhadas. As funções executivas são responsáveis por coordenar e integrar o espectro da tríade neurofuncional da aprendizagem.
Vale dizer que isso revela a necessidade da criação de um modelo integrado de desenvolvimento tanto emocional quanto cognitivo. A evolução das funções emocionais apresenta um papel importante na vida de todos, uma que vez que essa habilidade atua na aprendizagem de diferentes conteúdos acadêmicos. Uma evidência de tal ligação é o fato de muitos pesquisadores estudarem a relação entre distúrbios de aprendizagem e as funções executivas.

Para que servem as funções executivas

São essenciais para a realização de tarefas diárias, pois permitem planear, organizar e executar atividades de maneira eficiente.

Qual o seu papel na prática?

Elas são cruciais no aprendizado, ajudando os indivíduos a estabelecerem prioridades, tomarem decisões e gerenciarem suas emoções em situações de estresse.

As funções executivas estão inteiramente ligadas a uma série de atividades, tal qual o seu desenvolvimento é indispensável para uma vida regular e sem problemas. Vejam abaixo:

  • atenção(sustentação, foco, fixação, seleção de dados relevantes dos irrelevantes, evitamento de distratores, etc);
  • percepção(intraneurossensorial, interneurossensorial, meta-integrativa, analítica e sintética, etc);
  • memóriade trabalho (localização, recuperação, rechamada, manipulação, julgamento e utilização da informação relevante, etc);
  • controle(iniciação, persistência, esforço, inibição, regulação e auto-avaliação de tarefas, etc);
  • ideação(improvisação, raciocínio indutivo e dedutivo, precisão e conclusão de tarefas, etc);
  • planificação e a antecipação(priorização, ordenação, hierarquização e predição de tarefas visando a atingir fins, objetivos e resultados, etc);
  • flexibilização (autocrítica, alteração de condutas, mudança de estratégias, detecção de erros e obstáculos, busca intencional de soluções, etc);
  • metacognição(auto-organização, sistematização, automonitorização, revisão e supervisão, etc);
  • decisão (aplicação de diferentes resoluções de problemas, gestão do tempo evitando atrasos e custos desnecessários, etc);
  • execução(finalização e concomitante verificação, retroação e reaferênciação, etc) (FONSECA, 2014).

A importância de treinar as funções executivas é evidente também para treinar as funções cognitivas, tendo em vista que esses conjuntos de habilidades estão interligados.
Além disso, o potencial de aprendizagem de pessoas que estão em idade escolar ou universitária pode ser otimizado de forma que o cérebro receba bem os estímulos necessários para o seu processo de desenvolvimento, trabalho, etc.

Funções executivas na escola

É imprescindível que um estudante tenha suas funções executivas bem trabalhadas para uma vida acadêmica satisfatória. Um conjunto diversificado de competências executivas deve ser aprimorado. Esse grupo pelas atividades:

  • Estabelecer objetivos;
  • Planificar, gerir, predizer e antecipar tarefas, textos e trabalhos;
  • Priorizar e ordenar tarefas no espaço e no tempo para concluir projetos e realizar testes;
  • Organizar e hierarquizar dados, gráficos, mapas e fontes variadas de informação e de estudo;
  • Separar ideias e conceitos gerais de ideias acessórias ou de detalhes e pormenores;
  • Pensar, reter, manipular, memorizar e resumir dados ao mesmo tempo em que leem, etc. (FONSECA, 2014).

Em caso de problemas, o que deve ser feito?

A avaliação neuropsicológica é importante por ser capaz de elaborar um diagnóstico clínico com base no perfil cognitivo do indivíduo. Esse resultado é obtido por meio de entrevistas, análise e testes psicológicos.

Quais são as funções executivas?

Podemos definir em três categorias principais:

  1. a memória de trabalho, que é a capacidade de armazenar e manipular informações temporariamente;
  2.  a flexibilidade cognitiva, que permite mudar de estratégia ou foco quando necessário;
  3. e o autocontrole, que se refere à capacidade de resistir a impulsos e manter o foco em objetivos de longo prazo.

Como as funções executivas se desenvolvem?

O desenvolvimento das funções ocorre principalmente durante a primeira infância e a adolescência. Esse processo é influenciado por fatores genéticos, ambientais e sociais, e pode ser aprimorado por meio de experiências de aprendizagem, interações sociais e práticas específicas de treinamento.

As funções executivas são afetadas por distúrbios, como o TDAH?

Sim, as funções executivas podem ser significativamente impactadas por distúrbios como o TDHA (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) e o autismo. Indivíduos com esses distúrbios frequentemente apresentam dificuldades em áreas como memória de trabalho, autocontrole e flexibilidade cognitiva

Resumo:

Em resumo, o desenvolvimento das funções executivas é fundamental para a regulação do comportamento, das emoções e do pensamento. Essas funções, como memória de trabalho, autocontrole e flexibilidade cognitiva, começam a se formar na infância e se aprimoram na adolescência, sendo influenciadas pelo ambiente e pela genética.

Funcionamento Executivo

O funcionamento executivo envolve uma série de habilidades cognitivas que permitem que os indivíduos mantenham as informações na mente enquanto executam tarefas. Isso é essencial para realizar atividades complexas e tomar decisões eficazes no cotidiano.

Funções Executivas Bem Desenvolvidas

Quando as funções executivas estão bem desenvolvidas, elas ajudam a melhorar o desempenho em diversas áreas da vida, como no desempenho escolar e no trabalho. Elas são responsáveis por organizar pensamentos e ações, permitindo a criação de um plano de ação claro.

Capacidade de Pensar e Córtex Pré-Frontal

O córtex pré-frontal é a região do cérebro mais associada à capacidade de pensar de forma criativa, planejar e realizar ajustes flexíveis nas estratégias. É também o centro de controle que permite prestar atenção em tarefas importantes, gerenciando distrações.

TDAH e Funções Executivas

Pessoas com TDAH frequentemente têm dificuldades com o funcionamento executivo, afetando sua capacidade de organizar tarefas, prestar atenção, e manter o foco, impactando negativamente suas funções cognitivas e o desempenho escolar.

Criatividade para Resolver Problemas

A criatividade para resolver problemas depende das funções executivas, permitindo usar a imaginação e criatividade para encontrar soluções inovadoras. Essas funções ajudam na relação entre dois assuntos, facilitando a integração de ideias de forma inovadora.

Pensamento Criativo e Ajustes Flexíveis

O pensamento criativo requer a habilidade de fazer ajustes flexíveis em diferentes contextos. As funções executivas são essenciais para promover essa adaptabilidade, permitindo resolver problemas de forma eficiente e inovadora.

27 Comments

  • Avatar
    cleide
    Posted 25/12/2018 at 1:42 pm

    gostei muito do antigo

  • Avatar
    Isabel Cristina Marques Rafael
    Posted 26/12/2018 at 1:11 am

    Apreciei muito o assunto mencionado e pretendo fazer um curso online.

  • Avatar
    Viviane Coelho
    Posted 29/12/2018 at 8:12 am

    Fantástico esse artigo!!!
    Muito esclarecedor, parabéns para equipe neurosaber.

  • Avatar
    Osvanete de Souza Silva
    Posted 13/01/2019 at 4:03 pm

    Por gentileza, post um artigo com intervenções para trabalhar com as funções executivas, pois estou com uma aluna com dificuldade de aprendizado justamente por causa dessas funções não esterem sendo bem desenvolvidas.Inciei atividades de jogo de memória, consciência fonológica, mas preciso de mais atividades para ajudá-la.Pode me ajudar? Obrigada.

  • Avatar
    Sônia Diniz Borges Cunha
    Posted 17/01/2019 at 6:40 pm

    Bastante esclarecedor!

  • Avatar
    Rosélia Costa
    Posted 13/02/2020 at 7:28 pm

    gostaria de modelos de atividaades para trabalhar funções executivas com alunis autistas.

    • Avatar
      Suporte Neurosaber
      Posted 14/02/2020 at 11:58 am

      Olá Rosélia ,Ainda não temos um conteúdo sobre este tema, mas vamos colocar em nossa pauta abordar sobre este assunto também. Obrigada pelo contato!

  • Avatar
    guga
    Posted 18/04/2020 at 10:33 am

    Muito bom o artigo, mas poderia constar a referência abaixo rsrsr, ja que vc usou. Iria facilitar os fins acadêmicos, para alunos que desejam fundamentar trabalhos e etc com os conteúdos do seu site.

    • Avatar
      Suporte Neurosaber
      Posted 21/04/2020 at 12:08 pm

      Olá Guga , vamos enviar como sugestão para os próximos artigos.

  • Avatar
    Sônoa Regina C. Faria
    Posted 18/08/2020 at 8:41 pm

    Excelente artigo, bem articulado de modo que me ajudou muito na minha prática com aluno com deficiência, sou AAEE (Agente Atividade Educação Especial)estou fazendo formações online, muito obrigada.

    • Avatar
      NeuroSaber
      Posted 27/08/2020 at 8:52 pm

      Olá Sônoa ,
      Para nós é um prazer poder contribuir para auxiliar você nessa questão!:)

  • Avatar
    SILVIA MARIA DE BARROS GANDARA
    Posted 22/11/2020 at 5:48 pm

    li o texto, entretanto, não apresenta pistas de como trabalhar para o desenvolvimento das funções executivas dos alunos , em especial com os autistas e DI multipla

  • Avatar
    amanda sarah da silva
    Posted 11/12/2020 at 3:25 am

    COMO POSSO CITAR ESSE ARTIGO?

    • Avatar
      NeuroSaber
      Posted 11/12/2020 at 8:59 pm

      Olá Amanda,
      faça a citação usando o link do artigo conforme as normas da ABNT.
      Atenciosamente,
      Equipe NeuroSaber

  • Trackback: Dani Noce e a Controvérsia Sobre o TDAH – Hiperfixada
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    Adener Sallaberry Barros
    Posted 23/03/2022 at 1:33 am

    Muito bom o artigo! Linguagem clara e precisa, clareia aos pais e profissionais da área da educação.

    • Avatar
      Solange
      Posted 23/03/2022 at 12:39 pm

      Olá, Adener tudo bem?

      Obrigada pelo carinho! Continue sempre acompanhando!

      Sol,
      Equipe NeuroSaber 💙

  • Avatar
    Valdete Francisca da Silva Lima
    Posted 25/04/2022 at 10:48 am

    Amei esse artigo, parabéns a neuro saber!

    • Avatar
      Solange
      Posted 25/04/2022 at 2:31 pm

      Olá Valdete, tudo bem?

      Obrigada pelo carinho! Continue sempre acompanhando!

      Sol,
      Equipe NeuroSaber 💙

  • Avatar
    maria jose leite
    Posted 27/07/2022 at 2:23 pm

    Muito bom o artigo ,gostei bastante quero saber mais do assunto.Meu superfoco .

    • Avatar
      Solange
      Posted 27/07/2022 at 7:19 pm

      Olá Maria, tudo bem?

      Em nossos canais temos muitos conteúdos que vão te ajudar a entender melhor. Confira nosso canal no Youtube e nosso Blog e continue sempre de olho em nossas redes sociais! 💙

      Sol,
      Equipe NeuroSaber 💙

  • Avatar
    Adriana Rodrigues Teixeira Barros de Lima Jacomo
    Posted 15/03/2023 at 11:58 pm

    Muito obrigado pelas informações. Precisamos cada vez saber mais sobre o assunto.

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