O que é a Síndrome de Rett?

O que vocês sabem por Síndrome de Rett? Por acaso vocês já ouviram falar nessa condição? Bom, de fato existem muitos transtornos, distúrbios e doenças que a maioria da população não conhece e só passa a ficar inteirada a partir do momento em que alguma pessoa próxima recebe o diagnóstico.
Conteúdo
O que os médicos falam a respeito da Síndrome de Rett?
O que se sabe até agora é que a Síndrome de Rett é causada por uma série de mutações genéticas que ocorrem sobre o cromossomo X, principalmente no denominado como MECP2.
Tal processo ocorre da seguinte maneira: quando esse gene passa pelas transformações, o MECP2 fica responsável por induzir à produção de uma proteína defeituosa, prejudicando a formação de novas sinapses (espaço por onde passam os fluxos de informações entre os neurônios).
A comunidade médica afirma que a Síndrome de Rett é mais comum em meninas. Por que isso acontece?
Mais uma vez a explicação está na genética. Isso ocorre porque as pessoas do sexo feminino, quando recebem o diagnóstico com a Síndrome de Rett, têm muito mais chances de sobrevivência pelo fato de possuírem dois cromossomos X. Ou seja, se o MECP2 sofre mutação em um deles, o outro cromossomo passa a ficar responsável pelo controle diante das consequências que são causadas em outras células.
Já para os meninos, o cenário pode ser muito mais grave pelo fato deles contarem com apenas um cromossomo X (fazendo par com o Y). Isso significa que qualquer desequilíbrio, como ocorre com as meninas, costuma ser fatal nos garotos. O motivo é que com o cromossomo X comprometido, as chances de uma recuperação são inexistentes. Sendo assim, as meninas são as únicas a estarem protegidas contra a Síndrome de Rett.
A Síndrome de Rett é passada de pai/mãe para a criança?
Eis a pergunta que muitas pessoas devem fazer para os médicos. A resposta é não. A comunidade científica já constatou que a doença é genética e não hereditária. Sendo assim, o que se tem conhecimento é que a Síndrome de Rett chega à vida do pequeno de forma aleatória. Para se ter uma ideia, a proporção dessa condição é de uma em cada 10 mil. Tal situação mostra como o transtorno pode ser considerado bastante raro.
Os primeiros sinais começam a ser manifestados a partir de quando?
Os primeiros sinais da Síndrome de Rett começam surgir a partir do sexto mês de vida. No entanto, eles também podem se manifestar até a criança completar 1 ano e 6 meses. A observação dos pais é importante a partir do momento que eles começam a reparar na mudança de comportamento da criança, a saber: uma evidente introspecção e alguns atrasos consideráveis em seu desenvolvimento. Outros sinais da Síndrome de Rett são a grande irritação e a sensibilidade aflorada.
Os principais sintomas
A Síndrome de Rett tende a apresentar alguns sinais característicos, tais como:
– Movimento de mãos descoordenadas;
– Problemas respiratórios;
– Escoliose;
– Convulsões;
– Problemas de comunicação;
– Crescimento mais lento que o normal;
– Arritmias;
Esses sinais tendem a desaparecer ao longo do tempo ou não?
Ocorre que até a adolescência, os sintomas tendem a ficar mais graves. Vale ressaltar que a partir de certa idade, esses sinais começam a diminuir de forma considerável e a situação das pacientes tende a ficar estabilizada. A expectativa de vida das pessoas com a Síndrome de Rett pode variar entre os 60 e 70 anos.
Qual o tratamento para a Síndrome de Rett?
As intervenções voltadas para uma criança com a Síndrome de Rett é por meio de ajuda especializada com médicos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais que tenham condições de oferecer o acompanhamento que vai possibilitar os resultados positivos na vida das pacientes.
3 Comments
Estou trabalhando com uma menina com rett
Minha filha ela começou ter problema com 1anos hoje ela tem 7anos o médico disse que ela tem síndrome rett eu quero consigo remédio para ela
Olá Paulo, tudo bem?
Primeiramente agradecemos pela confiança. Neste caso, orientamos procurar um profissional para analisar se é necessário essa intervenção e qual medicamento deverá ser mais assertivo. O uso de medicamentos jamais deve partir de uma pessoa que não tenha conhecimento acerca do tratamento a ser aplicado ao paciente.
Converse sempre com um especialista!
Sol,
Equipe NeuroSaber 💙