Os diferentes aspectos da comunicação da pessoa com TEA

Quando falamos sobre comunicação no TEA (Transtorno do Espectro Autista) você pensa em absolutamente o quê? Em algo único para todos que convivem com o autismo? Saiba que isso é um equívoco e existem variadas maneiras de se manifestar a comunicação no TEA.
Para início de conversa, devemos salientar que ela apresenta aspectos que se diferem entre si. Enquanto uma criança com autismo pode desenvolver sua fala com ecolalias; outra estabelece uma maneira diversificada de se comunicar fora da habilidade verbal. Há também aquelas pessoas com TEA que falam de maneira mecânica (engessada).
Conteúdo
As características da comunicação no TEA
É importante relembrar que o autismo provoca um desvio no desenvolvimento da fala do pequeno e isso causa a regressão em aspectos ligados à organização e à intenção social ligado à fala.
Quando a criança começa a falar, ela não pratica essa habilidade com a finalidade de interagir socialmente, muito menos de acordo com o contexto. Além desses detalhes, ela pode ainda apresentar algumas situações, como: ecolalias, jargões e inversões de pronome (uso da 3ª pessoa no lugar da 1ª ).
Quais são os problemas que interferem na fala do pequeno?
Segundo pesquisas, há 3 tipos de problemas ou distúrbios durante o desenvolvimento da fala ou da linguagem na criança. São eles: o atraso, a dissociação e o desvio.
– O atraso ocorre quando a progressão da fala se dá mais lentamente e seu desempenho fica bem aquém do esperado;
– A dissociação acontece quando o atraso da fala se manifesta de forma mais intensa, principalmente quando comparado a outros quesitos do desenvolvimento;
– O desvio é o problema mais grave, pois ele demonstra uma aquisição completamente anômala e sem associação com uma comunicação consideração adequada. O autismo está incluído nesta categoria.
Importante ressaltar que o atraso de fala pode significar muita coisa, inclusive a existência do Transtorno do Espectro Autista.
Fala monótona presente no autismo
A criança com autismo pode apresentar o que os especialistas chamam de prosódia monótona ou ausência de prosódia. Essa forma de comunicação no TEA é caracterizada pela adoção de um ritmo que sempre é igual, independente da ocasião.
Fala extremamente rebuscada
Os pequenos podem ter também uma fala bastante marcada pelo excesso de formalismo e por um forte apelo intelectual. De qualquer maneira, essa fala se mostra sempre desprendida de um ambiente descontraído e espontâneo que eles vivem. Esse aspecto costuma chamar a atenção. Com isso, aquelas pessoas que não estão habituadas ao convívio diário com as crianças tendem a estranhar esse aspecto.
Atenção: Comunicação no TEA e Transtorno da Comunicação Social são diferentes
De acordo com o DSM-V, a diferença crucial entre o Transtorno de Comunicação Social e o TEA está na presença de comportamentos que só são notados propriamente com autismo, como os estereótipos, por exemplo; ou comportamentos que não seguem determinados padrões vistos sob a ótica das convenções sociais. Interessante salientar que o pequeno que convive com o TEA demonstra interesses restritos.
Isso significa que crianças com autismo têm suas dificuldades para exercitar a comunicação social, justo com outros sintomas que caracterizam o TEA, como mencionado acima. No entanto, aqueles que apresentam o Transtorno da Comunicação Social apresentam somente dificuldade para lidar com os desafios da fala e não manifestam nenhum outro sinal que o impeça de executar suas funções normais.