Principais transtornos neurológicos relacionados ao autismo
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) engloba uma diversidade incrível de características individuais, que vão além de qualquer rótulo. Porém, há um consenso entre os profissionais, sobretudo quando o assunto são as limitações que o transtorno pode causar.
Desde cedo, é fundamental detectar quaisquer sinais que indiquem a presença de autismo na criança. Normalmente, os profissionais encarregados das disciplinas são capazes de identificar distúrbios neurológicos característicos do transtorno autista.
Neste artigo, vamos mergulhar nessa complexidade e discutir os desafios e particularidades que cada pessoa com autismo enfrenta.
Conteúdo
Atenção aos transtornos neurológicos
É importante reiterar uma informação já muito difundida em nossos conteúdos: as dificuldades de aprendizagem, originadas do autismo, não podem ser confundidas com a dificuldade que um aluno regular apresenta em determinada matéria.
Os transtornos neurológicos a serem apresentados a seguir implicam em um sofrimento da pessoa para se firmar o conhecimento. Portanto, ao nos referirmos a esses distúrbios, tentamos mostrar aos familiares e aos profissionais como cada passo pode ser importante para a superação da criança, do jovem ou do adulto autista.
Quais são os transtornos neurológicos mais comuns no autismo?
– A discalculia: ´Caracterizada pela má formação neurológica que incide sobre a percepção das pessoas com os números (operações matemáticas, linguagens próprias ou tudo aquilo que esteja relacionado a quantidades).
É importante destacar que crianças com discalculia não conseguem reconhecer símbolos matemáticos, além de apresentarem grande dificuldade em estabelecer o valor das moedas, manter determinadas sequências, lidar com princípios de medidas e compreender conceitos matemáticos.
– A dislalia: É um distúrbio da fala, muito presente em pessoas com Transtorno de Asperger, e é caracterizada pela dificuldade para a articulação das palavras. Alguns aspectos da dislalia encontram origem em malformações presentes na boca, como lábios leporinos.
A dislalia se divide em quatro tipos
- Funcional: quando há a substituição de uma ou mais letras em uma palavra;
- Evolutiva: até os quatro anos de idade, as crianças costumam falar errado, o que dá a essa dislalia um peso menor em relação às demais. Mas é importante ressaltar que a partir dos cinco anos é aconselhável induzi-la a falar de forma correta;
- Orgânica: causada principalmente por alterações físicas ou cerebrais. Neste caso, a criança pode encontrar dificuldade de se comunicar por problemas de origem orgânica. Sendo assim, ela não consegue articular determinados fonemas;
- Audiógena: presente em pessoas que apresentam algum tipo de deficiência auditiva. A má pronúncia das palavras se dá pela própria dificuldade de ouvir bem.
Importância do tratamento
As intervenções propostas pelos profissionais tendem a trabalhar a dificuldade da criança, do jovem ou adulto com os conteúdos, além de oferecer uma melhor qualidade de vida. Por isso é extremamente importante que, na iminência de um diagnóstico, os pais procurem ajuda especializada.
Em suma, os principais transtornos neurológicos relacionados ao autismo incluem a dislalia e a discalculia. Dessa forma, é importante que haja um diagnóstico preciso e um acompanhamento especializado para garantir o melhor tratamento e qualidade de vida para os indivíduos com autismo que apresentam esses transtornos.
Portanto, a compreensão e a conscientização sobre essas condições são fundamentais para promover a inclusão e o bem-estar dessas pessoas na sociedade.
Referências:
https://doi.org/10.1590/S1516-44462006000500004
16 Comments
Excelente esclarecimentos, linguagem de fácil entendimento. Parabéns!
Maravilhoso conteúdo, conhecimentos sobre o autismo é de fundamental importância.
Obrigada.
É um aprendizado para podermos nos concentrar nas nossas crianças com esse distúrbio.
Muito bom esse esclarecimento sobre o autismo….. Só quem tem um autista em casa sabe a dificuldade ….
Olá Lu, muito bem esclarecido este texto do autismo.
Francisca Preto
Muito importante ! Parabéns !
Parabéns Lu por nos proprorcionar informações de fácil entendimento, de grande importância e aprendizado não somente a profissionais como tbm a familiares de autistas.
Este assunto é bastante interessante. Obrigada por compartilhar conosco. Com certeza sua contribuição nos brinda de forma significativa no trabalho com alunos TEA.
Muito bom o texto fala de algo que tenho presenciado no meu dia a dia. Tenho um aluno na Sala de Recursos AEE que até hoje tinha um laudo de CID 10 F 71, agora chegou laudo de F84. 6 percebi que realmente não estava fazendo o estímulo adequado.
Parabéns, pelo os esclarecimentos de fácil entendimento! Tenho um filho que hoje já tem 15 anos, E a minha luta e grande com esse TEA
Parabéns pelas palavras de fácil entendimento!
Muito bom esse artigo.
E possivel uma criança com TEA apresentar dislalia e a indução aos fonemas corretos corrigir essa alteração na fala e na escrita não se acentue?
Parabéns Luciana ! Este artigo é muito esclarecedor, estou sempre me capacitando graças ao canal NeuroSaber. Muito obrigada por compartilhar conhecimento muito valioso.
Informações como esta deveria substituir outros programas na TV, que nada contribuem para o aprimoramento dos profissionais da educação especial. Principalmente.
Muito esclarecedor. Parabens !!!!