Quais são os tipos de Autismo (TEA)?

Os tipos de autismo são formas distintas de manifestação do Transtorno do Espectro Autista (TEA), que variam em intensidade dos sinais, comportamento e dificuldades de comunicação. Este conteúdo completo te ajuda a entender melhor o assunto, abordando os subtipos históricos, a classificação da CID-11, os níveis de suporte, e os impactos na vida da criança.
Conteúdo
O que são os Tipos de Autismo
Os tipos de autismo representam formas variadas de um mesmo transtorno. O TEA é um espectro, ou seja, uma condição ampla, com diferentes níveis de suporte, habilidades cognitivas, comportamentos repetitivos e dificuldades na comunicação.
Embora algumas pessoas pensem que o autismo é uma doença, é essencial esclarecer que autismo não é uma doença. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, é um transtorno do neurodesenvolvimento, com causas multifatoriais ainda em estudo.
Atualmente, os tipos de autismo são identificados pela análise clínica do comportamento, conforme a intensidade dos sinais e sua interferência na vida diária.
Subtipos Históricos do TEA
Até 2013, o DSM-IV classificava o autismo em subtipos, como Asperger e Transtorno Autista, mas hoje o DSM-5 adota a visão de espectro único, o TEA. Ainda que essa nomenclatura tenha sido substituída, entender os termos anteriores ajuda a compreender o espectro como um todo.
1. Transtorno Autista
Era o tipo mais clássico, com prejuízos significativos na comunicação, socialização e comportamentos repetitivos.
2. Síndrome de Asperger
Nesse perfil, a linguagem era preservada, e a inteligência, dentro da média. Ainda assim, havia sérias dificuldades em interações sociais e adaptação ao ambiente escolar.
3. PDD-NOS
Sigla para Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Sem Outra Especificação. Era utilizado quando os sinais eram atípicos, ou não encaixavam exatamente nos critérios dos outros subtipos.
4. Transtorno Desintegrativo da Infância
Tipo mais raro e severo, caracterizado por perda de habilidades após cerca de dois anos de idade.
Classificação da CID-11 e Níveis de Suporte
A nova classificação da CID-11, manual da Organização Mundial da Saúde, trouxe mudanças importantes. Afinal, em vez de subtipos fechados, agora o autismo é classificado por níveis de suporte.
Nível 1 – Requer Suporte
Ainda que a comunicação exista, há dificuldades para iniciar e manter interações. Além disso, comportamentos inflexíveis podem afetar o desempenho social.
Nível 2 – Suporte Substancial
Nesse nível, os déficits são mais evidentes, tanto na linguagem quanto na adaptação a novas situações. Frequentemente, a criança mostra grande resistência a mudanças.
Nível 3 – Suporte Muito Substancial
Comunicação mínima, comportamento repetitivo intenso e necessidade de cuidados constantes. Portanto, o impacto na vida da criança é considerável.
Segundo o CDC, nos Estados Unidos, 1 em cada 36 crianças é diagnosticada com TEA. Além disso, a média de diagnóstico é aos 8 anos.
Características Comuns e Sinais
Ainda que os tipos de autismo sejam diversos, certos padrões se repetem:
- Déficits na comunicação verbal e não verbal
- Interesse restrito por determinados assuntos
- Presença de estereotipias, como movimentos repetitivos
- Resistência a mudanças de rotina
- Sinais desde os primeiros anos de idade
Eventualmente, é possível observar depressão ou ansiedade associadas ao quadro, especialmente em adolescentes. Assim, a análise comportamental torna-se fundamental para o acompanhamento.
Impactos na Vida Diária e Cuidados
Compreender os tipos de autismo é essencial para planejar atividades adequadas e personalizadas. Em resumo, o objetivo dos profissionais é adaptar métodos que favoreçam o desenvolvimento de habilidades e promovam a independência.
Entre os cuidados básicos, estão:
- Adaptação da comunicação com imagens e recursos visuais
- Organização de rotina com previsibilidade
- Criação de metas alcançáveis, conforme o grau de suporte necessário
A boa notícia é que, com intervenção precoce, muitas crianças conseguem evoluir em aspectos fundamentais da vida. Embora não haja cura, é possível viver com autonomia e qualidade.
FAQ: Perguntas Frequentes
Não oficialmente. Os subtipos foram substituídos pelos níveis de suporte, mas muitos especialistas ainda usam os termos para facilitar o entendimento clínico.
Somente uma equipe especializada pode definir o diagnóstico com base em avaliações comportamentais, cognitivas e comunicativas.
Não. Atualmente, elas são diagnosticadas dentro do espectro, geralmente no nível 1 de suporte.
Sim. Com intervenção adequada, algumas pessoas com TEA podem evoluir e mudar de nível de suporte ao longo da vida.
Dificuldade de interação social, padrões repetitivos de comportamento, interesses restritos e alterações na comunicação são comuns a todos os níveis.
O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição complexa que se manifesta de diversas maneiras. O DSM-5 classifica o TEA em três níveis de suporte, considerando o nível de gravidade e as características apresentadas.
Autismo é um termo abrangente que refere-se a uma série de condições que afetam o desenvolvimento social, a comunicação e o comportamento. O transtorno do espectro autista é caracterizado pela presença de comportamentos restritos e repetitivos e por dificuldades em comunicação e interação social.
Tanto a CID-11 (Classificação Internacional de Doenças, da Organização Mundial da Saúde) quanto o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da Associação Psiquiátrica Americana) abandonaram os subtipos do autismo, consolidando todos os quadros dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Antes dessas mudanças, falava-se em síndrome de Asperger, transtorno desintegrativo da infância, TEA com alto nível de suporte e transtorno global do desenvolvimento não especificado (PDD-NOS) como subtipos distintos. Hoje, esses perfis são interpretados como variações dentro do espectro, classificados de acordo com o nível de suporte necessário.
Portanto, os “tipos” atuais de TEA referem-se aos níveis de suporte (1, 2 e 3), que indicam o grau de comprometimento e a intensidade dos sinais — e não mais categorias clínicas separadas.
A síndrome de asperger é um tipo de autismo que se caracteriza por dificuldades em habilidades sociais e comunicação, mas com habilidades de linguagem normalmente desenvolvidas. Crianças com essa síndrome podem ter interesses intensos em assuntos específicos e podem apresentar comportamentos restritos e repetitivos.
O diagnóstico de autismo geralmente é realizado por uma equipe multidisciplinar que inclui pediatras, psicólogos e terapeutas. O diagnóstico considera a observação do comportamento, entrevistas com os pais e a aplicação de testes padronizados. É importante que o diagnóstico seja feito o mais cedo possível para que a intervenção adequada possa ser iniciada.
O TEA é classificado em diferentes níveis de gravidade, que variam de leve a severo. Os níveis são determinados com base na quantidade de apoio que a pessoa precisa para lidar com os desafios da comunicação social, comportamentos repetitivos e adaptação à rotina.
Nível 1 – Leve: a pessoa necessita de algum suporte, mas geralmente consegue funcionar de forma mais independente.
Nível 2 – Moderado: exige suporte substancial, pois as dificuldades de interação e comportamento afetam significativamente a vida diária.
Nível 3 – Severo: requer suporte muito substancial e contínuo, com prejuízos graves em várias áreas do desenvolvimento.
Essa classificação permite personalizar os cuidados, intervenções e estratégias terapêuticas conforme a intensidade dos sinais e o impacto funcional.
6 Comments
Excelente abordagem. Gostaria de saber se haverá alguma conferência em São Paulo para que eu possa participar.
Sou da área da saúde, mais especificamente, sou nutricionista.
Fico no aguardo.
Atenciosamente.
Erica
Tenho uma criança autista, e é muito amavel esta com 11, aos cinco anos fiz uma medicação do qual o Dr. Só havia receitado o poracetam
Tenho um filho com 19.anos com transtornos mentais , dificuldade de concentração, já fez uso de ritalina, hoje ele toma concerta, passou para o terceiro ano do ensino médio com bastante dificuldade , ele sifre muito buling na escola , faz acompanhamento com terapeutas e tem todos os relatorios , um deles feuto por uma neurologista não conseguiu chegar a conclusão específica do distúrbio dele , gostaria de saber se ele e considerado um dos 3 tipos de autismo, leve , moderado e grave ?
Olá Juarez,
Primeiramente obrigada pela confiança!
Sem avaliação não podemos dar uma orientação precisa sobre caso.
Nesses casos orientamos buscar um especialista pessoalmente para lhe dar melhores informações e orientação assertivas sobre o caso.
De qualquer forma,temos conteúdos no youtube.com/neurosabervideos e Artigos em nosso Blog: http://www.neurosaber.com.br/artigos que podem te ajudar em muitas questões.
Atenciosamente,
Equipe NeuroSaber
Tenho uma bebê de 2 anos e seis meses, com suspeita de Altismo,e isso tem mim deixado muito triste. Ela é agressiva,chora quando q as coisas e gosta muito de repeti o que eu falo.