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Autismo: Escola e Intervenção Multidisciplinar

Todos os profissionais que trabalham com crianças precisam saber que o aspecto multidisciplinar é de extrema importância para uma intervenção satisfatória. Não tem como falar de condução terapêutica do autismo sem a parceria entre a equipe de professores e outros profissionais. A escola precisa buscar informações sobre o aluno com a equipe multidisciplinar.

Quando se fala em estratégias para trabalhar com autista, podemos falar em cinco eixos que auxiliarão imensamente os profissionais e a criança:

– Linguagem: a linguagem precisa ser abordada. É importante lembrar que não é só fala, mas gestos, formas de comunicação em geral; este quesito inclui meios de a criança entender processos de comunicação em sala de aula. É preciso que a escola estimule formas de a criança se expressar.

Cada criança com autismo demonstra um perfil específico de comunicação. Sendo assim, há aquelas que falam muito bem e outras que não se comunicam. É fundamental que a equipe saiba como conduzir uma intervenção que atenda ao caso da criança, respeitando sua demanda. A equipe pode ser composta de vários especialistas: fonoaudióloga, neurologista infantil, psicomotricista, assistente social, psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista, terapeuta ocupacional, entre outros.

Aspectos relacionados a sono e alimentação: é importante que a escola saiba sobre o sono e a alimentação, pois estes fatores influenciam no humor do autista. Além de afetar a interação e a convivência do aluno. Na alimentação, o autista apresenta manias alimentares (não tolera determinados alimentos, cheiros, consistências). A escola precisa saber tudo isso. A figura do educador e do neuropediatra é importante. Com a intervenção, a criança pode se readequar, mas sem pressa. Tudo com muita calma e paciência.

– Rotinas: a escola precisa entender que o autista sente dificuldade em mudar de rotina ou se adequar a uma nova. É importante que a escola tenha flexibilidade com rotinas e respeitar o aluno autista. A equipe multidisciplinar é importante nisso para trabalhar esses aspectos com o pequeno.

– Hipersensibilidades: criança com autismo tem hipersensibilidade auditiva, tátil, olfativa e outras. Com isso, a escola pode lidar com alguns desafios porque o autista pode apresentar alguma dessa hipersensibilidade. A equipe multidisciplinar pode ajudar, com profissionais que auxiliarão o aluno com atividades e medicamentos específicos que visam ao seu desenvolvimento.

– Habilidades sociais: precisamos ensinar a criança a interagir adequadamente, criar formas de comunicação, dizer o que pensa, saber chegar a um ambiente específico. A escola é fundamental nisso tudo. A equipe multidisciplinar pode promover uma análise aplicada do comportamento. Outro detalhe importante é entender emoções, que também é fundamental para ajudar a criança autista.

Nunca se esqueça

Estes cinco pontos chamam a atenção por estimular a evolução da criança. Caso esses pontos não sejam bem trabalhados, isso pode prejudicar os pequenos no desenvolvimento social deles. É importante que a escola e a equipe multidisciplinar trabalhem em conjunto. Os pais também devem ser ouvidos sempre e também precisam colaborar com informações acerca das dificuldades e dos desafios. A escola deve estar aberta para conversar com a família para que haja uma intervenção satisfatória e que a criança obtenha uma qualidade de vida muito boa.

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7 respostas em “Autismo: Escola e Intervenção Multidisciplinar”

E realmente possivel q uma criança autista seja incluida na escola ,sendo q sua rotina n deve se auterada ,e sua hipersensibilidade ao som e ao diferente nao pode deixa lo ainda mais indiferente a td

gostei muito , estou desenvolvendo um projeto gostaria que esclarecesse sobre a importância da comunicação dos profissionais envolvidos

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