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Como a terapia pode melhorar a interação social no autismo

Entenda a importância da terapia para melhorar a interação social no autismo, neste artigo.

Uma das características mais comuns no Transtorno do Espectro Autista — TEA —  é a dificuldade de interação social. O nível de dificuldade varia muito de caso a caso, podendo ser grave no autismo severo ou nem tanto, nos casos leves e moderados.

No entanto, mesmo no autismo leve a dificuldade de comunicação interfere na interação social na escola, no trabalho e nos relacionamentos. Dessa forma, as terapias são essenciais para desenvolver habilidades e melhorar a qualidade das relações sociais das pessoas com autismo.

As habilidades sociais são as mais afetadas no TEA, mas com as intervenções adequadas, é possível desenvolvê-las. Entenda melhor, neste artigo.

Habilidades sociais afetadas no autismo

Em alguns casos de autismo, as habilidades sociais básicas são muito afetadas. As crianças com TEA podem não fazer contato visual, não responder ao serem chamadas, assim como ter dificuldade em compreender a comunicação não verbal e os signos sociais.

Essas habilidades básicas são ferramentas importantes para a interação social. Ainda que em alguns casos de autismo haja mais interação, podem existir dificuldades na compreensão dos sentimentos do outro e em responder adequadamente. Isso ocorre, pois as pessoas com TEA têm dificuldade em compreender a linguagem corporal.

Essas características do TEA prejudicam a interação e podem levar a problemas sociais e desentendimentos. Isso se reflete na aprendizagem, sendo muito importante que a escola também esteja atenta para desenvolver as habilidades sociais no seu aluno com autismo.

Terapia para melhorar a interação social no autismo

Não existe uma terapia que seja para todos. Cada criança com autismo é única e vai ter necessidades únicas. Terapias com psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicopedagogos são essenciais no TEA.

Os profissionais que atendem a criança com autismo irão trabalhar competências de comunicação que influenciam no desenvolvimento das suas habilidades sociais. Uma alternativa eficaz é a ABA (Análise do Comportamento Aplicado), uma abordagem focada no comportamento humano social, muito indicada para o TEA.

O objetivo é ensinar habilidades sociais, estimulando atitudes positivas e dissolvendo comportamentos agressivos e estereotipados. Além disso, ajuda a ampliar a capacidade motora, cognitiva e a linguagem, favorecendo a interação social no autismo.

A importância da terapia para melhorar a interação social no autismo

Terapias como a ABA, ajudam a pessoa com autismo a se relacionar melhor com seus familiares e amigos, aperfeiçoar suas habilidades e a ter mais autonomia na vida.

Além de melhorar a interação social, elas ajudam a tratar outros déficits presentes no transtorno, como ecolalias, estereotipias, maneirismo, agressividade entre outros. Ainda que traços desses comportamentos permaneçam, eles tendem a diminuir com as intervenções.

Como pais e professores podem ajudar a melhorar a interação social no autismo

Além de buscar ajuda de profissionais especializados para realizar as terapias com as crianças com autismo, pais e professores também podem ajudar. É essencial contar como acompanhamento profissional para pensar juntos nas melhores estratégias para cada criança.

As habilidades sociais precisam ser trabalhadas e praticadas em diferentes ambientes e com diversas pessoas. Pais e professores devem estar atentos a não expor a criança com autismo a essas novas situações quando ela estiver estressada — é importante que haja uma preparação.

Dessa forma, sempre que for expor a criança a uma situação social nova, converse com ela antes e incentive-a a buscar soluções. Uma dica para os pais, é fotografar os passeios e depois conversar sobre eles, sobre o que a criança sentiu, buscando fazer associações positivas.

Imitações faciais de sentimentos (tristeza, alegria, etc) ajudam a criança a entender o que cada um deles significa. Os pais podem fazer isso em casa, com seus filhos, em frente ao espelho, incentivando-os a fazer as expressões e falar sobre elas.

Na escola, os livros de história com imagens ajudam a criança com autismo a entender o que escuta. Os professores podem ler para seus alunos e perguntar o que é ela entendeu. Além disso, é preciso lembrar que, como toda criança, ela precisa brincar e aprender as regras.

Jogos e brincadeiras com bola, amarelinha, memória, são boas opções para ensinar regras para a criança com autismo. Assim, elas se tornam mais seguras para interagir com seus colegas e em outras situações sociais.

O mais importante é acreditar na capacidade da criança com autismo de desenvolver suas habilidades sociais. Depois é fornecer a ela as oportunidades para isso e as terapias são fundamentais.

Restou alguma dúvida sobre como a terapia pode melhorar a interação social no autismo? Deixe nos comentários.

Referências:
BOSA, Cleonice Alves. Autismo: intervenções psicoeducacionais. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2006, vol.28, suppl.1 [cited  2020-09-03], pp.s47-s53. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462006000500007&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1809-452X.  http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462006000500007.

https://www.autismspeaks.org/social-skills-and-autism

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