Voltar

Como conversar com um Autista em sala de aula?

A comunicação é essencial na vida de todos nós. Por meio dela, podemos trocar informações que fazem a diferença nas relações sociais. Na sala de aula, essa habilidade é a base para o aprendizado. Sendo assim, o ensino para autistas depende muito desse aspecto para fazer valer a didática utilizada. Veja a seguir algumas dicas que podem ajudar nessa nobre missão.

Fale sobre o assunto que interesse à criança

Como muitos de vocês já sabem, a pessoa que tem o Transtorno do Espectro Autista (TEA) costuma ter predileção a um determinado tema (personagem de desenho/filme, aviões, mapas, etc.). Então, a melhor maneira de estabelecer um primeiro contato com o aluno é através dessa atenção que você dará àquilo que o interessa. Cria-se um vínculo importante para estimulá-lo nas próximas conversas.

Use frases específicas e curtas

O ensino para autistas depende muito da forma que os educadores utilizam para se comunicar. Frases mais curtas e objetivas tendem a ser eficazes para a compreensão da criança/adolescente diante de algum novo conceito ou explicação. Isso porque a forma de processar uma informação é diferente no estudante com autismo.

Mostre paciência e disponibilidade ao ensinar

Como dito acima, o processamento de uma informação para a criança/adolescente com TEA tem suas peculiaridades e apresenta a sua própria dinâmica. É interessante que você demonstre paciência para explicar um conceito. Pergunte sempre se há dúvida, procure esclarecer algum conceito que não ficou claro, etc.  

Fuja do sentido figurado

É importante não utilizar construções frasais com sentido figurado. Isso tende a confundir a criança. Ela não entende tais aplicações. Então, não diga que você está ‘morrendo de frio’, ‘caindo de sono’, ‘derretendo de calor’, entre outras frases que costumamos falar no dia a dia. É preciso estar sempre atento a isso.

Utilize recursos visuais

Um dos itens mais eficazes ao ensino para autistas é a utilização de elementos imagéticos como complemento às explicações. Uma pessoa com autismo tende a ser muito ligada a esses detalhes. Imagine o quanto suas aulas podem ser ricas com essas imagens.

Atenção para os sinais sociais

Estar atento aos sinais sociais é importante, principalmente no ensino para autistas. Isso porque a criança/adolescente com TEA pode ser alheio a esses indicativos. Portanto, é interessante ficar de olho em alguma situação caso o aluno demonstre pouco ou nenhum entendimento acerca de um cumprimento, um gesto, etc.

Caso a criança demonstre muita dificuldade, o que pode ser feito?

Se a situação ficar difícil para o entendimento da criança e sua comunicação, a melhor maneira de contornar esse problema é solicitar um auxílio maior de um profissional de fonoaudiologia e psicopedagogia. É sempre válido lembrar que o acompanhamento interdisciplinar funciona de forma eficaz, pois abrange todo o conjunto de habilidades que permeia a vida da pessoa, impulsionando o desenvolvimento cognitivo, comportamental e social.

Torne a sala de aula um ambiente convidativo

Nada melhor que proporcionar um local onde os pequenos encontrem um ambiente que desperte sua atenção e o prazer de estarem ali. Isso contribui para a socialização de todos.

 

aba-1-1 Como conversar com um Autista em sala de aula?

 

 

 

Você também pode se interessar...

10 respostas em “Como conversar com um Autista em sala de aula?”

Sou estagiário de Pedagogia,fico com um aluno de 08 anos,eu também sentir essa dificuldade no começo,procurei ver o que chamava mais atenção dele,ele é agressivo,não consegue fica no lugar,quando deixo livre em sala ele bate nos coleguinhas…..Conversei com a Prof pra ver o que poderíamos ver o que ele gosta em sala,agente começo a descobrir o que ele mais gosta….Motoca é um deles,pecinha de monta,desenho pra pinta, ele só gosta de desenho de moto! Conversei com a diretora e ela autorizou o uso de notebook,pra eu ultilizar com ele,pra ele joga joguinhos, principalmente de motinha e pinturas..Essa é minha experiência!

Boa noite! Adorei as informações, são claras, objetivas e muito elucidativas. Sou Psicopedagoga e Pedagoga Especial, trabalho com autistas há muitos anos e é sempre é bom ter acesso a materiais maravilhosos como os de vocês.
Att
Águeda Mendes

Em primeiro lugar preciso parabenizar aos pais de crianças portadora do TEA. São pessoas guerreira e também muito sofrida quando esse transtorno é severo. Gostei de ter lido sobre os textos acima. Estou no momento na sala do AEE da escola, lugar bem agradável, onde eles estão gostando de ficar. Às vezes é difícil lidar com eles, mas a parte mais bonita, é quando eles aparecem de repente para esta sala, mesmo sem consegui concentra-se,admiram o colorido que a professora organizou. A partir desta leitura, conseguirei planejar com mais eficiência.

Trabalho com uma criança com Autismo em sala de aula, às vezes é difícil trabalhar com ela. Além do autismo também tem hiperatividade.

BOA NOITE, SOU PROFESSORA DE ALUNOS ESPECIAIS A DOIS ANOS, E É DESAFIADOR, E UM RIQUISSIMO APRENDIZADO PARA QUALQUER PEDAGOGO EM CONVIVER EM SALA DE AULA COM ESSAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES. TENHO ALUNOS DIAGNOSTICADOS COM TDAH, COM TEA, E VARIAS SÍNDROMES. GOSTO MUITO DAS DICAS DO NEUROSABER. SER PROFESSOR DE ALUNOS ESPECIAIS, NÃO É SÓ UM DESAFIO, E SIM UMA MISSÃO DADA POR DEUS.

Sou estudante de pedagogia e trabalho com criança com TDH, e TEA.
Todo o material disponibilizante tem modificado significadamente todo meu trabalho de aprendizagem com essas crianças. Muito obrigada pelos estímulos e pelo Trabalho maravilhoso. Dignificante mesmo. Parabéns pela iniciativa.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *