O assunto autismo sempre gera dúvidas, seja pelo pouco tempo que o tema começou a ser debatido entre especialistas e sociedade; seja pela complexidade que envolve o transtorno. A verdade é que estamos longe de encontrar todas as respostas. No entanto, a comunidade médica já pode contar com informações fundamentadas, como a ação do autismo no sistema nervoso, por exemplo.
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Para começo de conversa, é importante salientar que autismo não é algo isolado. Isso significa que ele pertence a um grupo denominado Transtorno do Espectro de Autismo, pois engloba outros distúrbios responsáveis por uma considerável e relativa desordem do desenvolvimento do cérebro. Incluem-se então várias síndromes que causam um determinado impacto na vida da pessoa, como nas relações sociais e no campo sensorial, para citar apenas alguns exemplos.
Afinal, como o autismo age no sistema nervoso?
O transtorno causa, dentre muitas coisas, o que pode se chamar de distorção em áreas de grande importância no cérebro: cerebelo (o tônus muscular e o equilíbrio dependem dele), sistema límbico (responsável pelos comportamentos sociais e pelas emoções) e hipocampo (parte integrante do sistema límbico e ligado à aprendizagem).
É possível notar que qualquer alteração nessas partes significa condições prejudiciais à pessoa afetada. Para citar alguns exemplos, veja a seguir a lista da ação do autismo no cérebro.
- Dificuldade ou atraso no processamento de informações obtidas a partir dos olhos;
- Dificuldades para assimilar os sinais sensoriais que chegam ao cérebro;
- Tal bloqueio de recepção de estímulos sensoriais é, geralmente, impulsionado com reações inesperadas por parte das crianças: choro, grito, tiques;
- A desordem no campo sensorial pode provocar também uma grande rejeição aos ruídos (audição) e a outros sentidos do corpo;
Outra questão enfrentada pelos autistas é o incômodo que podem sentir ao vestir uma determinada roupa, ser abraçada ou ter a sensação de qualquer tipo de aperto.
As situações acima expostas estão diretamente ligadas ao fato de o cérebro da criança não processar a informação tátil. Isso reflete a reação cerebral do autista. A região afetada, nesses casos, é o tálamo, o lobo temporal e a medula.
Segundo estudos, essas partes do cérebro podem ficar comprometidas durante o desenvolvimento do sistema nervoso. O número excessivo de neurônios está relacionado ao excesso de sensações no cérebro, causando toda essa desordem. Questões como intolerância a determinados aromas, gostos e tudo que se refira a alimentação também estão presentes na vida do autista.
O tratamento como a melhor saída
Como vocês viram ao longo deste artigo, o autismo é um assunto realmente delicado, sobretudo porque cada paciente manifesta uma maneira peculiar de lidar com o transtorno.
Sendo assim, a procura por profissionais é a alternativa mais indicada para que a saúde de seu filho seja acompanhada por pessoas que tenham condições de ajudá-lo. O medicamento, outro importante componente durante as intervenções, só pode ser ministrado com o acompanhamento do médico da criança.
Ao longo do tratamento, o paciente também pode contar com a ajuda de outros especialistas como o terapeuta ocupacional, o fonoaudiólogo, entre outras presenças que só tendem a amenizar os efeitos do autismo.
22 respostas em “Como o autismo age no sistema nervoso?”
Muito bom aprendizado minha filha tem esse problema com roupas
Esse artigo é maravilhoso e esclarecedor!
Mais uma vez obrigada!
Mais um excelente texto do Dr Clay! Esclarecedor e de fácil compreensão!
Obrigada Dr Clay e a todos da NeuroSaber pela disposição e desprendimento !
Parabéns!
O CEREBRO DO AUTISTA É UM ENIGUIMA.
Belíssimo texto , irei compartilhar com meu grupo de professores mediadores .
Estou apaixonada por esta causa,por este transtorno,procuro ler tudo que vocês me enviam e tem contribuído muito com minhas pesquisas e na minha profissão.
Excelente! Depois desta explicação podemos compreender mais e melhor os aspectos e implicações que envolvem o Autismo. Sempre me perguntei o que de fato ocorria na mudança de comportamento, e quais as áreas do cerebro respondem e/ ou são afetadas por tais alterações. Muito obrigada! Seguramente, suas explicações mudaram o meu olhar sobre o Autismo!
A clareza e objetividade com que tratam os temas tem me proporcionado oportunidade de ajudar no reconhecimento e encaminhamento precoce de crianças para o tratamento especializado.
O filho do Jô Soares, por ex (comentando tb o q a profa disse sobre a capacidade acima da média de seu aluno e a dificuldade em outras áreas), como ele mesmo disse, qdo seu filho faleceu, ele tinha uma capacidade extraordinária de tocar piano, mas não conseguia abotoar os botões da própria camisa.
Gostei bastante desse artigo, nos ajuda a entender melhor como os autistas agem em determinadas ocasioes.
Execelente ! Matéria indico para pessoas que não conhece mto sobre p autismo e as mães que estão iniciando a entender como funciona o cérebro de um autista … Genial a explicação de Dr. Clay
COMO SEMRE, EXCELENNTE TEXTO. SIMPLES, DIRETO, ACESSÍVEL, ATUALIZADO E CORRETO !!
Ótimas explicações, gostei muito.
Obrigada.
Sou Psicóloga em Niterói e acompanho três sujeitos do espectro autista. São três sujeitos singulares com características e comportamentos diferenciados. Dois falam bem sendo que um tem vocabulário excelente e um deles fala muito pouco e apresenta dislalia. Só nesta observação pode-se verificar como foram afetados em áreas diferentes e tem respostas diferentes em sua comunicação.
Muito bom artigo como todos os que são postados!
Gostaria de entrar em contato para avaliar meu filho. Como te encontro?
Adoro essas informações da neuroneurosaber. Nos ajuda e muito.
Excelente texto. O Tea é um universo imenso, gerando muitas dúvidas. Muiti bons seus esclarecimentos dr. CLAY!
Importantes informações para profissionais da área da saúde. Psicóloga. SBCampo/Sp
Muito bom esse artigo. Parabéns Dr. Clay!
Multo bom esse artigo. Principalmente para nós leigos no assunto, mães e pais de crianças com o espectro autista. Obrigada por dar essas contribuições tão importantes que nos ajudam a entender melhor nossos filhos.
Muito bom o artigo.
Esclarecedor!
Excelente artigo. Este ano tenho 2 alunos autistas na rede regular de ensino. Um no segundo ano do Ensino Fundamental e o outro iniciando no Maternal. Ambos com singularidades bem diferentes um do outro . O artigo foi de grande valia.