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Deficiência intelectual e Autismo: observações na programação escolar

Inclusão tem sido a regra na realidade escolar brasileira. Podemos ver muitas escolas caminhando para isso. Todas as metodologias que sirvam para aproximar os alunos são bem-vindas, sobretudo quando são respeitadas as necessidades do estudante.

Por muito tempo, pais e mães brigaram pelo direito do filho de receber educação inclusiva e que não estigmatizasse a criança. Mesmo que faça pouco tempo que as instituições passaram a ter a obrigação de oferecer atividades pedagógicas e sem cobrança de custo adicional, é louvável que já possamos desfrutar desta realidade. Um sinal de que a inclusão é algo completamente possível.

Tudo é inclusão?

Não. O fato de matricular um aluno especial em turma regular e estabelecer atividades paralelas a ele não torna sua sala/escola em inclusiva. Peguemos, por exemplo, estudantes que apresentem deficiência intelectual ou autismo. A programação escolar deve ser adaptada às necessidades dos alunos, mas sem causar um distanciamento no ensino dos estudantes regulares.

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O que a escola deve fazer?

Não existe apenas uma resposta para esta pergunta, mas algo que deveria fazer parte da realidade de muitas escolas é a flexibilidade. Isso pode ser aplicado, para citar apenas uma situação, quando o educador der algum exercício. Ao flexibilizar o tempo para a realização de uma tarefa, o profissional estará proporcionando às crianças possibilidades para que todos cumpram o que foi proposto.

Outra iniciativa a ser usada como parâmetro para aproximar os alunos é a explicação de uma matéria ou tarefa sem utilizar linguagem em sentido figurado. Crianças com deficiência intelectual ou autismo entendem tudo de forma literal, ou seja, da maneira que as coisas realmente são.

A ajuda de outros colegas para auxiliar o aluno em caso de alguma dificuldade também é uma excelente ideia. Esse método é essencial para a socialização entre os estudantes, além da construção de uma relação de cooperação entre eles. A aplicação de tarefas lúdicas também significa uma maneira de aproximar todos os alunos e, consequente, promover maior inclusão. 

Cada criança, uma característica

O que a equipe pedagógica geralmente faz, e de forma absolutamente correta, é lidar com cada aluno de forma única. O desempenho do estudante se dará de acordo com a vivência que ele leva fora desse ambiente. Portanto, é imprescindível que a criança seja estimulada no convívio com a família e a sociedade, mas respeitando o seu tempo.

O educador deve acompanhar de perto o desenvolvimento do aluno especial. Outro detalhe é propor que ele cumpra as regras. No entanto, se a criança sentir dificuldade no cumprimento das normas, o profissional deve ajudá-lo no passo a passo para que o estudante consiga ter o entendimento necessário.

Treinamento para os profissionais da escola

Além de abrir as portas da instituição para receber os alunos, um detalhe que não pode ficar de lado é o treinamento dos profissionais que atuam na escola. Isso não deve ficar restrito somente aos educadores, mas a todos aqueles que trabalham em tal ambiente: porteiros, serventes, recepcionistas, etc.

A programação escolar pode ser adaptada de forma que receba todos os alunos, sejam eles especiais ou regulares.

Veja neste vídeo o que é a deficiência intelectual:

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14 respostas em “Deficiência intelectual e Autismo: observações na programação escolar”

Gosto muito de ler os informativos e assistir aos vídeos relacionados ao autisso. São informações importantes das quais precisamos saber na atuação da nossa área que é a educação. Muito obrigada por estarem dipostos a nos ajudarem com informações preciosas.

Gosto muito de ver os videos porque ABREM A MINHA MENTE DIANTE DESSA EDUCAÇÃO QUE SE DIZ INCLUSIVA E NA VERDADE O QUE VEJO É A EXCLUSÃO DOS ALUNOS, POIS FICAM NUM CANTO SEM ATIVIDADES E SEMPRE COM MONITORES DESPREPARADOS. MUITO TRISTE A REALIDADE.

Mariene, vivo isso na escola (Municipal) com meu filho, que está no 6º ano e ainda não lê e não escreve, tem professores despreparados, que não o incluem nas atividades, chegando a levá-lo para a sala de recurso, em período de aula, alegando que ele está “atrapalhando” a aula! Me dói ouvir esse tipo de depoimento da professora da sala de recurso. E além disso, ele está na puberdade, e os outros alunos o incentivam a “passar a mão” na meninas, sendo que a orientadora mesmo me disse que testemunhou uma situação dessa. Os professores chegaram ao ponto de pedir que eu dobrasse a dose da Fluoxetina 20mg (20 gotas) que ele está tomando desde novembro do ano passado, expliquei que não é assim, que ia levá-lo ao médico e consultá-lo sobre isso, agora ele toma 40 gotas, e já fui questionada novamente pela orientadora se não seria possível dobrar a dose novamente! Estou super desanimada com essa situação.

Os videos e artigos postados por vocês, são importantíssimos.
Foi com o auxílio dos vídeos que consegui mostrar para o psiquiatra de meu filho que ele tinha algum trantorno, o Dr. Brites deu a dica de observar o irmão mais novo e assim fiz. Fui relacionando tudo o que o mais novo fazia e o mais velho não conseguia fazer, juntamente com as observações de comportamento (estereotipias, interesses restrito e repetitivos, socialização ) e ao final de 3 anos de luta, veio o diagnóstico que eu já esperava: autismo comórbido com deficiência intelectual.
Muito obrigada a todos pelo ótimo trabalho realizado.

Olá boa tarde a todos!
Muito bom este artigo, o Dr Clay Brites e sua equipe Neuro Saber estão sempre nos trazendo informações específicas sobre o desenvolvimento, comportamento e aprendizagem de nossas crianças ,principalmente a respeito daquelas que possuem necessidades especiais! E o mais importante é que também nos dá dicas de como lidar com as mesmas . São dicas de extrema importância , porque facilita o convívio com elas e melhoram a qualidade de vida de todos .
O Dr Clay apresenta neste artigo , informações que chama atenção de todos nós educadores e o demais envolvidos com estas crianças, pois sabemos que as escolas possuem um papel fundamental para ajudar a melhorar a qualidade de vida e o aprendizado dessas crianças mas ,com certeza , é muito importante não esquecer que não basta somente incluí- las e sim adaptar e capacitar toda a equipe e também estimular o socialização para que o convívio seja de harmonia e prazer , porque a inclusão requer muito, mas muito mesmo do esforço de cada um e estimular a cooperação entre os colegas de sala e de todos da comunidade escolar é o que realmente fará a diferença no aprendizado não só das crianças com necessidades especiais , mas de todos e lembrar sempre que cada criança é única e que tem seu próprio tempo, e a melhor forma de proporcionar a aprendizagem e o desenvolvimento delas é com atividades lúdicas!! Parabéns a todos da equipe Neuro Saber , muito obrigada e que Deus os abençoe sempre !❤

Excelente a explicação me fez enxergar alguns indivíduos que os pais omitem seu diagnóstico ,e fica muito complicado para poder ajudá-los.Obrigada pelo esclarecimento!!

Excelente! Muito esclarecedoras as colocações sobre Deficiência Intelectual! Muitas vezes os pais negam ou subestimam as características e evidências existentes, o que, lamentavelmente, só atraso a intervenção e, consequentemente, o diagnóstico. Parabéns!

Muito interessante e bastante esclarecedor ,pois tirou algumas dúvidas sobre o assunto.Eu trabalho com um aluno com deficiencia intelectual e as vezes ele apresenta algumas atitudes igual as que foram faladas. Obrigado continue postando outros videos e artigos sobre a deficiencia intelectual.

Nas escolas do primeiro segmento do fundamental as crianças especiais tem uma atenção maior, já a partir do segundo segmento para o ensino médio a coisa muda bastante. A maioria dos alunos da rede pública não chegam ao ensino médio. Pratica-se a espulsão velada, infelizmente.

Excelentes contribuiçoes . Me faz muito feliz poder aprender mais e compartilhar saberes..Me faz melhorar mais e mais a minha prática pedagógica , como estou numa sala de recursos multifuncionais, no AEE.Atendimento Educacional Especializado.

Boa tarde!!! Primeiro quero parabeniza-los pelo importante trabalham que realizam, pois infelizmente ainda não existe inclusão no Brasil e muito menos, informações claras à respeito!!! Meu filho têm 5 anos de idade é autista clássico. Recentemente mudamos de neuropediatra, pois Ele começou a apresentar junto às crises, uma irritabilidade que nunca teve, talvez por causa da idade também, de qualquer forma, a nova neuro receitou iniciar medicação. Outro questão que nos solicitou foi um teste cognitivo não verbal, para entender o desenvolvimento intelectual do nosso pequeno – que por conta da ausência de fala, precisa ser não verbal. Confesso que tenho muito medo deste teste – Columbia, pois somente este ano encontrei uma escola que demonstrou um olhar diferente para Ele, no sentido de desenvolvê-lo … sendo assim, será que posso considerar o resultado do teste? Pois se ele não aprendeu, por exemplo, avaliar o que é o diferente, como pode ser este teste eficaz??? O que vocês acham à respeito? Um grande abraço!!!

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