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É necessário medicamento no tratamento do autismo?

Muitos pais, profissionais de saúde e de educação ficam em dúvida sobre a necessidade do uso de medicamento no tratamento do autismo. Descubra qual é a importância e os objetivos da medicação no Transtorno do Espectro Autista.

Embora o autismo não tenha cura, o medicamento tem o objetivo de reduzir os sintomas autísticos, tais como: estereotipias, agressividade, irritabilidade e hiperatividade. Esses sintomas atrapalham a criança em suas atividades cotidianas, seja em casa, na escola ou em outros ambientes sociais. 

A medicação no tratamento do autismo pode ajudar a criança a ter uma melhor qualidade de vida e condições plenas para se desenvolver. Como o TEA — Transtorno do Espectro Autista — é um distúrbio com sintomas que variam de leves a graves, o tratamento será específico para cada criança, que é única.

Vale lembrar que o tratamento do autismo envolve diferentes terapias que visam melhorar a fala e o comportamento da criança. Os medicamentos podem ajudar a gerenciar quaisquer condições médicas relacionadas ao autismo, reduzindo os sintomas e melhorando o aprendizado e o desenvolvimento. Saiba mais.

Medicamentos no tratamento do Autismo

O médico neurologista irá avaliar a criança e, com a família, definir as melhores intervenções para o tratamento do autismo. Em muitos casos, poderá indicar o uso de medicamentos para reduzir os sintomas que interferem no desenvolvimento da criança.

A medicação pode ajudar a melhorar as comorbidades que normalmente acompanham o TEA — Transtorno do Espectro Autista — como: distúrbio do sono, distúrbios alimentares, atitudes opositivas-desafiadoras e fobias sociais. 

Os medicamentos também ajudam a melhorar a auto regulação para lidar com situações conflitantes ou frustrantes. Se for necessário, ajudam a melhorar o nível de atenção e concentração para atividades que envolvem a aprendizagem escolar.

Vale ressaltar que a medicação no tratamento do autismo tem efeitos colaterais, assim como podem apresentar alguns riscos. No entanto, isso pode ser facilmente ponderado e conduzido pelo médico especialista, junto a família da criança, para minimizar as complicações.

O uso de medicamentos combinado com outras terapias

Estudos demonstraram que a medicação é mais eficaz quando combinada com outras terapias. Ou seja, os medicamentos para o tratamento do autismo são mais eficazes quando usados ​​em conjunto com terapias com fonoaudiólogos, psicólogos, entre outras.

Os medicamentos são um complemento para outras estratégias de tratamento do autismo. Isso porque eles não tratam diretamente os três principais sintomas do autismo: dificuldades de comunicação, desafios sociais e comportamento repetitivo.

No entanto, os medicamentos usados no tratamento do autismo podem ser benéficos ao aliviar esses sintomas. Isso porque eles ajudam a tratar a irritabilidade, por exemplo, o que melhora a sociabilidade, reduzindo as birras, explosões agressivas e comportamentos prejudiciais.

A boa notícia é que as opções de medicamentos para o tratamento do autismo, podem crescer, em breve. Recentes avanços na compreensão da biologia que produz os principais sintomas do autismo, possibilitam que pesquisadores comecem a testar compostos que podem ajudar a normalizar funções cerebrais cruciais envolvidas no autismo.

Quais os medicamentos usados no tratamento do autismo

Hoje em dia, a maioria dos medicamentos prescritos são para aliviar os sintomas incapacitantes do autismo, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade — TDAH — distúrbios do sono, alimentares e comportamentos estereotipados.

Um exemplo de medicamento usado no tratamento do autismo são os conhecidos como inibidores seletivos da recaptação da serotonina. Pais e médicos percebem que eles aliviam as dificuldades sociais nas crianças com autismo. Além disso, podem reduzir comportamentos repetitivos e prejudiciais, tanto em crianças como em adultos com autismo.

Como dissemos, não há um medicamento que funciona para todos, cada caso é único. Como observado acima, cada pessoa pode responder de maneira diferente aos medicamentos. Além disso, alterações na resposta a um medicamento podem ocorrer com o passar do tempo, mesmo quando a dose não é alterada. 

Com o tempo, algumas pessoas desenvolvem tolerância (quando um medicamento deixa de ser eficaz) ou sensibilização (quando os efeitos colaterais pioram) aos medicamentos. Por todos esses motivos, é muito importante o acompanhamento de um médico especialista. Cada criança é única, e somente entendendo suas necessidades será possível definir o melhor tratamento. 

Restou alguma dúvida? Deixe nos comentários!

 

Referências:

NIKOLOV, Roumen; JONKER, Jacob  and  SCAHILL, Lawrence. Autismo: tratamentos psicofarmacológicos e áreas de interesse para desenvolvimentos futuros. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2006, vol.28, suppl.1 [cited  2020-05-26], pp.s39-s46.

https://www.autismspeaks.org/medicines-treating-autisms-core-symptoms

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10 respostas em “É necessário medicamento no tratamento do autismo?”

Olá Rosangela,
Primeiramente obrigada pela confiança!
Nesses casos orientamos buscar um especialista pessoalmente para lhe dar melhores informações e orientação assertivas sobre o caso.
De qualquer forma,temos conteúdos no youtube.com/neurosabervideos e Artigos em nosso Blog: http://www.neurosaber.com.br/artigos que podem te ajudar em muitas questões.

Estou vivendo um caos com meu filho autista de 21 anos. Não encontro eficácia em nenhum remedio que possa torna lo mais calmo e menos repetitivo. To entrando numa depressão e minha casa toda está doente.

Olá, Aline.

Entendemos que esteja vivendo um momento muito difícil. Acompanhar nosso trabalho com certeza irá ajudar.
A informação técnica e de qualidade seguida do diagnóstico de um profissional responsável é a melhor forma de lidar com esse tipo de situação.

Aah! E lembrando que é importante sempre procurar o auxilio de um profissional, pois cada caso necessita de um olhar específico. No mais, temos conteúdos disponíveis em nosso site e canal do Youtube acerca da temática.

Webster,
Equipe NeuroSaber 💙

Quando a criança tem as características do TEA e com características acentuadas de TDAH comprometendo sua inserção social, seu desenvolvimento e sua aprendizagem e a família se nega a procurar o neuropediatra e o psiquiatra qual seria a sugestão para esta situação, por favor.? Obrigada

Olá Maria, tudo bem?

Converse com os pais, e informe que é importante buscar um especialista para lhe dar melhores informações e orientação para uma intervenção.

Sol,
Equipe NeuroSaber 💙

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