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Entenda sobre o autismo de alto funcionamento

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento, cujas principais características são dificuldades na interação social e linguagem. O autismo de alto funcionamento é um termo usado para as pessoas no espectro que, mesmo com prejuízos nessas áreas, apresentam grandes habilidades em outras.

Os critérios diagnósticos para o Transtorno do Espectro Autista (TEA) listados no Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais — DSM-V — incluem déficit na comunicação social e interação social, padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades. 

Os sintomas do autismo estão presentes desde quando a criança ainda é um bebê, sendo que o nível de gravidade varia muito no espectro. O autismo de alto funcionamento, portanto, é uma condição englobada no TEA, ainda que esse termo não seja formal. Saiba mais, neste artigo.

Autismo de Alto Funcionamento

O autismo de alto funcionamento apresenta algumas características comuns no TEA como dificuldades na interação social e comunicação, pouco contato visual, comportamentos repetitivos e restritivos, além de dificuldades na aprendizagem. 

No entanto, as crianças com autismo de alto funcionamento podem apresentar altas habilidades relacionadas à organização e gestão, mesmo que tenham dificuldades nas habilidades sociais e de comunicação.

Pode acontecer que algumas habilidades relacionadas ao autocuidado e importantes no cotidiano sejam comprometidas no autismo de alto funcionamento. O que não impede que as crianças com esse diagnóstico tenham grandes habilidades mesmo com dificuldades para se comunicar.

A criança com autismo de alto funcionamento pode ter prejuízos cognitivos, linguísticos, dificuldades na aprendizagem, coordenação motora e outras alterações. Isso porque o autismo de alto funcionamento é considerado no nível moderado ou severo do espectro, mesmo com a presença de grandes habilidades em outras áreas.

É importante considerar as características de cada criança, pois as dificuldades de comunicação podem se manifestar de diferentes formas, como atraso na fala ou dificuldade de se expressar, ainda que seja capaz de compreender o outro. 

Autismo de alto funcionamento e síndrome de Asperger

O Transtorno do Espectro Autista englobou outros transtornos do neurodesenvolvimento, como a síndrome de Asperger. Hoje, o autismo é classificado de acordo com a gravidade dos sintomas e pode vir acompanhado de outras deficiências.

A síndrome de Asperger têm sintomas semelhantes ao autismo, mas sem atrasos na linguagem, no desenvolvimento cognitivo e nas habilidades de autocuidado, na maioria dos casos. 

Os sintomas da síndrome de Asperger são mais leves e causam menos prejuízos na vida diária. Na classificação de hoje, o termo correto para esse diagnóstico é autismo leve. 

É muito comum que o Autismo de Alto Funcionamento seja confundido com a síndrome de Asperger. No entanto, são condições distintas, uma vez que as pessoas que foram diagnosticadas com Asperger, se encontram no nível leve do espectro do autismo. 

Já o autismo de alto funcionamento é considerado um autismo moderado ou severo, com comprometimento na linguagem, na fala e alterações cognitivas significativas. É comum que as pessoas com autismo de alto funcionamento tenham deficiência intelectual em comorbidade.

No autismo leve, por mais que existam dificuldades na interação social e comportamentos restritos, os comprometimentos são menores que no autismo de Alto Funcionamento. Portanto, o tratamento e as intervenções são diferentes para cada caso.

Podemos dizer que a síndrome de Asperger é a forma mais leve do espectro, uma vez que não apresenta atrasos ou prejuízos significativos. As crianças com Asperger se desenvolvem e aprendem sem grandes dificuldades, o que, muitas vezes, atrasa o diagnóstico.

Isso acontece porque as habilidades das crianças em contraste com dificuldades e características peculiares comuns do autismo, confundem os pais e especialistas.

Autismo de alto funcionamento e autismo leve

O autismo de alto funcionamento tem como características comprometimentos da linguagem e fala, alterações cognitivas, o que caracteriza um autismo moderado ou severo. No autismo leve os comprometimentos são menores, mesmo com dificuldades na interação e comportamentos restritos.

É importante compreender essas diferenças, pois as crianças com autismo de alto funcionamento podem não ter a mesma autonomia das crianças com autismo leve, tanto em casa como na escola.

Mesmo que apresentem habilidades excepcionais em algumas áreas, é preciso considerar os prejuízos cognitivos, sociais e linguísticos no planejamento das intervenções pedagógicas e tratamentos no autismo.

Se restou alguma dúvida sobre o autismo de alto funcionamento, deixe nos comentários.

Referências:

ASSUMPCAO, Francisco Baptista  e  BERNAL, Marília Penna. Qualidade de vida e autismo de alto funcionamento: percepção da criança, família e educador. Bol. – Acad. Paul. Psicol. [online]. 2018, vol.38, n.94 [citado  2021-06-16], pp. 99-110 .

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3 respostas em “Entenda sobre o autismo de alto funcionamento”

Meu filho foi diagnosticado com traços brandos de Espectro Autista de Alto Funcionamento. Isso significa que ele tem autismo leve? Ele também foi diagnosticado com TDAH. Agradeço desde já a atenção em me explicar o significado desse resultado.

Olá Christian, tudo bem?

Sem avaliação não podemos dar uma orientação precisa sobre o caso. É importante buscar um especialista para lhe dar melhores informações e orientação para uma intervenção. De qualquer forma, temos conteúdos no youtube.com/neurosabervideos e também em nosso blog que podem te ajudar em muitas questões.

Sol,
Equipe NeuroSaber 💙

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