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O autismo se manifesta de forma diferente em meninas?

Muitos leitores que acompanham nossos artigos já devem ter lido que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) está mais presente em crianças do sexo masculino. Segundo estudos, a proporção é de cinco meninos para cada menina. No entanto, isso não exclui os casos de pacientes femininas de serem diagnosticas com o transtorno. Mas e quando ocorre autismo em meninas? Ele se manifesta da mesma maneira do que presenciado nos garotos?

O que os estudos dizem?

Uma importante pesquisa, realizada em 2017, diz que o autismo em meninas pode ser manifestado de forma distinta em relação aos meninos. O levantamento feito nos Estados Unidos pelo Children’s National Health System – NHS – mostra alguns detalhes que evidenciam essa diferença acerca das características observadas:

– As meninas se comunicam melhor com seus interlocutores;

– As pacientes estabelecem uma interação social mais eficiente;

– As garotas apresentam menos prejuízo intelectual;

– O autismo em meninas prejudica a realização de tarefas básicas do cotidiano (vestir-se, escovar os dentes, etc.).

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Por que o diagnóstico é tardio?

Como elas conseguem desenvolver suas habilidades sociais de maneira mais efetiva que os meninos, é comum que pais e mães demorem em levar o caso de suas filhas para especialistas. As meninas estabelecem amizades e demonstram menos prejuízo nas funções cognitivas (comparando-as aos pacientes masculinos), mas muitas vezes a possibilidade do autismo é deixada de lado em detrimento de outros distúrbios como o Transtorno de Ansiedade, TDAH, entre outros.

A timidez atrapalha no diagnóstico do autismo em meninas?

Na verdade, esse traço de personalidade não deixa de exercer a sua interferência. Acontece a seguinte situação: boa parte das meninas que convive com o TEA pode ter o diagnóstico prejudicado. Isso acontece porque os adultos tendem a pensar que algumas das características apresentadas pelas garotas são simplesmente um caso de timidez. Porém, há uma grande diferença entre timidez e TEA.

Enquanto a criança com timidez sabe o que deve fazer e como reagir às demandas dos adultos, os pequenos com TEA não têm muita percepção acerca de seus comandos, principalmente quando em contato com outras pessoas.

Além disso, o aspecto mais introvertido é uma realidade de muitas garotas. As meninas costumam apresentar em menor frequência os sintomas externalizantes, como agressividade, raiva e comportamentos estereotipados.

Como posso estimular minha criança?

Como mencionado anteriormente, o autismo em meninas não impacta tanto no desenvolvimento da comunicação e da interação social. No entanto, tarefas básicas do dia a dia são afetadas. Para isso, os responsáveis pelas garotas devem procurar um auxílio com especialistas. O aconselhável é que uma equipe multidisciplinar seja a responsável pelas intervenções a serem realizadas. Veja alguns dos profissionais que podem contribuir para o seu desenvolvimento:

– Terapeuta ocupacional: para o treinamento da coordenação motora fina e a realização das tarefas;

– Fonoaudióloga: para estimular o desenvolvimento da linguagem;

– Analista comportamental: para a aplicação dos ensinamentos da ABA no dia a dia da criança;

-Neuropediatra: para intervenções que visem ao aperfeiçoamento dos aspectos do neurodesenvolvimento.

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4 respostas em “O autismo se manifesta de forma diferente em meninas?”

foi isso que aconteceu com a minha filha eu sempre achei que tinha alguma coisa errada com ela demorou para falar a professora falava que ela não dava trabalho quase não falava. ela estava na aula de reforço porque ela copiava as lições mas não respondia. os testos até hoje só faz letra de forma só no quinto ano um professor me falou para levar ela na Apai que lá fariam testes para saber o que ela tinha até hoje agradeço esse processor ela teve a mesma professora na terceira na quarta na quinta ela fez um relatório levei na Apai ela passou em todos os médicos depois de muitas consultas fizeram
testes no laudo está escrito transtorno Global de desenvolvimento autismo leve sid F 70 hoje ela está com 14 faz terapia no Capis.
assisto seus vídeos sobre autismo e exatamente como ela e gostaria muito de poder passar ela com um ótimo neurologista como o senhor.

Minha menina é Asperger e já adolescente, com muita dificuldade no quesito higiene, prejudicando até a atenção na menstruação. Qual especialista poderia estar ajudando?
Grata

Dr minha filha é bem esperta, fala bem, porém ela tem momentos de raiva. Ela fica nervosa brincando sozinha, com quebra cabeça e outros brinquedos. Repete muitas vezes a mesma coisa, pisso falar e ela não entende o que estou dizendo.
Ela tem 3 anos e meio.

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