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O que é ecolalia?

 

As características trazidas pelo Transtorno do Espectro Autista (TEA) são bem variadas. A ecolalia é aquela que interfere diretamente na comunicação social. A linguagem da criança com autismo tende a se manifestar como sendo bastante marcada pela repetição em ecos da fala. O tratamento por meio da fonoaudiologia é uma das maneiras mais eficazes de amenizar os efeitos dessa condição.

O TEA e a linguagem                                 

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição responsável por afetar o neurodesenvolvimento do indivíduo. Dentre as várias características que podem ser manifestadas, é preciso destacar aquelas que estão presentes na linguagem (e, consequentemente, na comunicação e interação social). A ecolalia pode ser notada em parte considerável desses sintomas que interferem na fala.

Sendo assim, o tratamento com especialistas, como os fonoaudiólogos, é a principal forma de propor a melhora no quadro que se apresenta. Além disso, o autismo indica outros sinais como a compreensão pobre do discurso e o uso de linguagem literal e unilateral.

De acordo com a ciência, é importante reiterar a seguinte situação: no que diz respeito ao campo de comportamentos repetitivos presentes na linguagem, é válido ressaltar que o discurso repetitório mostra-se proeminente; e ele pode se manifestar através da autorrepetição da sua fala ou repetição do outro. A fala ecolálica é um dos pontos que chamam a atenção de profissionais pelo fato de interferir no processo comunicativo. Todos esses pontos serão tratados a seguir.

O que é ecolalia?                                                                                               

A ecolalia pode ser definida como um fenômeno persistente cuja característica é o  distúrbio de linguagem, sendo que a repetição em eco da fala do outro é a marca registrada das pessoas que apresentam essa condição. Vale ressaltar que a ecolalia é divida em duas categorias: imediata ou tardia, e é “caracterizada por pouco tempo após a emissão inicial e após maior tempo de produção pelo interlocutor, respectivamente” (MERGL; AZONI, 2015).

Estudos já comprovaram que a ecolalia é uma característica constante na vida de uma criança que tenha sido diagnosticada com o autismo. Sua evolução causa impactos no desenvolvimento da fala do pequeno. Um detalhe interessante é a existência de pacientes que utilizam essa condição como forma de comunicação para se expressar. Tal repetição atua como uma maneira de confirmar algum desejo; além de mecanismo de regulação do comportamento ou até mesmo um meio de falar diante da incapacidade de usar as palavras de forma livre.

As principais consequências

Como já se sabe, a ecolalia é responsável por fazer com que o pequeno não consiga se comunicar direito; e ela também atrapalha aspectos da reciprocidade que a criança terá que utilizar para desempenhar o contato social. Outro ponto que deve ser lembrado é que ela interfere nas dificuldades do pequeno ao estabelecer sua interação dentro de diferentes contextos que a vida exige, como o ambiente escolar, o convívio com os coleguinhas de sala, familiares, amigos da vizinhança; entre outros.

No entanto, pesquisas revelam que a extinção total da ecolalia não é algo tão recomendável, pois ela também exerce funções comunicativas que pode vir a fazer parte da vida da criança. Mas isso não significa que o pequeno não precise passar por um acompanhamento com fonoaudiólogos.

De acordo com Saad e Goldfeld (2009), “as repetições, no autismo, geralmente são mais literais e automáticas, notadas pelo seu extremo grau de perfeição, não sendo fácil distinguir a ecolalia de formas mais normais de repetição, deste modo, análises estruturais do comportamento ecolálico devem sempre ser acompanhadas de uma análise funcional, para que quaisquer decisões sobre as técnicas de intervenção adequadas sejam tomadas.”

Tratando a ecolalia

É verdade que o tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA) deve ser multidisciplinar. Por conta da ecolalia, o recomendável é que uma pessoa especialista da área de fonoaudiologia seja consultada. As intervenções a serem propostas à criança tendem a favorecer a diminuição desse aspecto na fala e potencializar essa habilidade tão importante para a interação social.

Referências

MERGL, Marina; AZONI, Cíntia Alves Salgado. Tipo de ecolalia em crianças com Transtorno do Espectro Autista. Revista CEFAC, v. 17, n. 6, p. 2072-2080, nov./dez. 2015.

SAAD, Andressa Gouveia de Faria; GOLDFELD, Márcia. A ecolalia no desenvolvimento da linguagem de pessoas autistas: uma revisão bibliográfica. Pró-Fono Revista de Atualização Científica, Barueri, v. 21, n. 3, jul./set. 2009.

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