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Orientação familiar no autismo — Como proceder?

A orientação no autismo é tão importante para a família quanto para a criança com TEA. O impacto do diagnóstico assusta os pais, por isso eles devem receber informações e apoio para ficarem mais confortáveis e informados sobre o espectro.

A OMS — Organização Mundial de Saúde — estima que existam 70 milhões de pessoas com autismo no mundo. Portanto, o transtorno é mais comum que pensamos, mas a inclusão e o fluxo de informações para a conscientização ainda não são suficientes.

Dessa forma, torna-se essencial a orientação familiar no autismo, para que os pais e a família se informem sobre o espectro e recebam orientações e suporte profissional. Saiba mais, neste artigo.

O diagnóstico de autismo

O transtorno do Espectro Autista — TEA — é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e o desenvolvimento cognitivo. Os sinais de autismo podem surgir nos primeiros anos da criança, mas nem sempre são percebidos.

Existem diferentes graus de autismo, por isso, em casos leves, pode ser que a criança receba o diagnóstico mais tarde. O TEA não tem cura, mas os tratamentos e intervenções adequados melhoram a qualidade de vida e desenvolvem habilidades essenciais nas crianças. 

Da mesma forma, os pais devem receber orientações para que possam lidar com seus sentimentos e questionamentos diante o diagnóstico de seus filhos.

Orientação no autismo

O impacto do diagnóstico do autismo nos pais é enorme. Como a nossa sociedade ainda não é totalmente inclusiva, eles ficam temerosos em relação ao futuro de seus filhos.

Muitos pais têm que lidar com expectativas frustradas e com os sintomas do autismo em seus filhos, como dificuldade de contato visual, repetição de palavras e ações, impulsividade, entre outros.

Muitas crianças com autismo têm inteligência normal ou superior, mas apresentam dificuldades de organizar as informações. Os pais precisam ser orientados quanto aos diferentes graus no autismo, além de compreender que cada criança é única.

Por isso, em primeiro lugar devem buscar por informações sobre o TEA com profissionais especializados. Além disso, buscar pelas melhores intervenções, que atendam às necessidades específicas de seu filho, dentro do espectro do TEA.

Acompanhamento Psicológico

O acompanhamento psicológico é essencial na orientação no autismo. Os pais e irmãos podem se beneficiar muito do apoio e das orientações do psicólogo, que fornece conhecimento e acolhida, levando-os a construir um diferente olhar sobre o diagnóstico.

O objetivo do acompanhamento psicológico é dar suporte a família, ampliar o olhar sobre a situação e ajudá-los a entender como se comportar diante as crises de seus filhos. Os pais e a família da criança com autismo têm papel fundamental no tratamento dela. 

Dessa forma, devem ser acolhidos e preparados para lidar com as ansiedade e angústias de seu filho. Quanto mais informados estiverem, melhor entenderão o comportamento da criança, as situações que geram estresse e suas maiores necessidades.

Terapia em grupo

Uma boa opção para orientação familiar no autismo é a terapia em grupo. Além de ter contato com outras famílias que enfrentam situações semelhantes, os pais podem falar de seus maiores desafios e serem orientados e acolhidos por essas pessoas.

A terapia em grupo ajuda a família a lidar com os obstáculos que surgem no caminho e com os desafios do tratamento.

Orientação no autismo e escola

A presença dos pais na escola é essencial para o desenvolvimento de seus filhos. No caso do autismo, não é diferente. Pais e professores devem conversar sobre as características das crianças, suas habilidades e dificuldades, para que possam fazer as intervenções adequadas.

O psicopedagogo pode contribuir muito nessa conversa, orientando pais e professores sobre os procedimentos mais indicados para a sua aprendizagem. O trabalho multidisciplinar é fundamental para o tratamento da criança com autismo mas também na orientação familiar.

Informações sobre o TEA

Além do impacto do diagnóstico do autismo, muitos medos surgem devido à falta de informação sobre o espectro. Dessa forma, a busca por informações sobre o transtorno é essencial na orientação familiar.

Isso porque os pais podem compreender melhor as causas e as consequências que podem advir do TEA.  Quanto mais informados, melhor preparados estarão para lidar com suas expectativas quanto ao desenvolvimento e o futuro de seus filhos.

Se restou alguma dúvida sobre a orientação no autismo, deixe nos comentários.

Referências:

GOMES, Paulyane T.M. et al. Autismo no Brasil, desafios familiares e estratégias de superação: revisão sistemática. J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2015, vol.91, n.2 [cited  2020-09-15], pp.111-121.

FAVERO, Maria Ângela Bravo  and  SANTOS, Manoel Antônio dos. Autismo infantil e estresse familiar: uma revisão sistemática da literatura. Psicol. Reflex. Crit. [online]. 2005, vol.18, n.3 [cited  2020-09-15], pp.358-369.

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5 respostas em “Orientação familiar no autismo — Como proceder?”

Descobri que tenho mais 2 netos com autismo. Uma menina de 13a já estava sendo acompanhada por psicológo. Os outros dois ( menina- 4a e menino- 8a) são irmãos. Por diversas razões, agora que estamos iniciando as consultas com neuropediatra.

Olá Teresa, tudo bem?

Compreendo a sua situação e entendo que não seja fácil, a informação técnica e de qualidade seguida do diagnóstico de um profissional responsável é a melhor forma de lidar com esse tipo de situação. Temos conteúdos disponíveis em nosso site e canal do Youtube acerca da temática, vale a pena conferir: https://youtube.com/neurosabervideos

Sol,
Equipe NeuroSaber 💙

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