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Pais e Escola na Inclusão do Autismo: uma união possível?

Falaremos hoje de um tema muito importante para a vida de crianças e adolescentes com TEA, a inclusão do autismo. As evidências científicas, na condução de indivíduos com autismo, orientam duas coisas muito importantes:

  1. Nenhum método de intervenção em autismo é eficaz se não tiver plena participação contínua dos pais, das escolas e das equipes que lidam com essas pessoas.
  2. As intervenções para crianças com autismo devem ser sempre voltadas de forma individualizada. Por exemplo, se houver o estabelecimento de um currículo em uma escola, o estudante autista deve estar no centro desse conjunto de métodos que visam a uma educação satisfatória e que contribua com a intervenção do pequeno.

Um estudo publicado na revista científica ‘Fronteiras’ mostra que as abordagens que contavam com a participação dos pais e da escola são completamente eficazes no desenvolvimento do aluno autista.

É importante dizer que para tudo isso acontecer, pais e escolas devem andar sempre juntos no mesmo caminho.

Adaptação escolar:

O primeiro ponto para uma experiência escolar proveitosa ao aluno autista é a adaptação escolar. Levar uma criança ou adolescente com autismo para a escola não é fácil.

Esse local é onde o aluno em questão lidará com situações que ela não encontra em casa (problemas de linguagem, fobias, submeter-se a algumas regras, etc.), como algumas hipersensibilidades, contato com outros vários colegas, etc.

Inclusão do Autismo e o papel da família na adaptação:

Quem pode ajudá-los nesses desafios são os pais. A presença da família é imprescindível. Além disso, as escolas que abrem essa possibilidade contam muito para o desenvolvimento das crianças.

Processo de adaptação:

O processo de adaptação pede que os pais estudem profundamente os problemas que afetam as crianças, como os comportamentos mais difíceis, os maiores déficits de desenvolvimentos; quais as restrições que a escola tem com o autista, entre outros.

Outro ponto importante é levar a criança aos poucos para que ela possa se ambientar com o local. Observe a reação de seu filho, tente perceber o que ele não gosta.

Professor de apoio:

Percebemos que várias escolas se negam em contar com o professor de apoio especializado. Isso é um problema, pois os alunos precisam dessa presença.

Esse profissional tem total conhecimento acerca das necessidades pedagógicas do aluno autista. É importante que as instituições de ensino contratem esses educadores, pois são de extrema importância.

Material adaptado:

O material adaptado depende de cada criança, ou seja, do que ela já sabe; e a partir das dificuldades que ela tem, o professor deve trabalhar esses pontos e estabelecer algumas metas que visem ao aprendizado do aluno.

É sempre importante lembrar o professor de apoio faz parte de uma equipe variada que cuidará da criança, que conta também outros profissionais como fonoaudiólogos, psicomotricistas, entre outros.

Inclusão do autismo e o suporte das equipes multidisciplinares:

Isso é muito importante, pois as intervenções estruturadas feitas dentro do ambiente do consultório, assim como aquelas realizadas dentro da escola e do seio familiar, proporcionam uma intervenção muito eficaz à criança. É imprescindível que a escola saiba o que está sendo feito para, até mesmo, avaliar o que pode melhorar para o pequeno.

A escola precisa saber ouvir a família e fazer algumas readequações estruturais como forma de integrar a criança e o adolescente ao ambiente. A conduta médica exerce um papel interessante, porque o profissional deve ter a consciência de que a família e a escola devem andar juntas.

Portanto, a orientação básica de adaptação e abordagem escolar em crianças com autismo exige o trabalho interdisciplinar: o apoio da família, escolas e outros profissionais.

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43 respostas em “Pais e Escola na Inclusão do Autismo: uma união possível?”

Obrigada!!! leio tudo e assisto os vídeos explicativo sobre o assunto, esse site tem me valido como suporte pra entender e ajudar o meu filho que foi diagnosticado aos 20 anos com síndrome de Asperger.

Edna parabens! a sua perseverança em aprender cada vez mais, ajudará muito o desenvolvimento de seu filho.

Excelente orientação!!!
O tema precisa de maior visibilidade, de ser contemplado por políticas públicas mais eficientes.
Com uma sobrinha autista, um novo mundo surgiu na vida de toda família. Passei a entender melhor o que é diversidade, ou melhor, igualdade na diversidade. A inclusão deve dar conta disto.
Abraços fraternos!!!

Teresinha realmente! quando há um entendimento por parte de todos , aí sim se dará a verdadeira inclusão.

Estou amando tudo o que vocês estão esclarecendo.Estou aprendendo muito e tirando as minhas dúvidas. Já tive alunos com o TDAH e o triste que percebi é que a criança não tinha o apoio da família , a escola oferecia tudo o que a criança necessitava mas infelizmente havia esse problema.

Marta ! que pena quando a escola oferece apoio e a familia não, pois para bom exito do desenvolvimento e acompamhamento do TDAH é imprescindivel essa parceria.

Acompanho os vídeos e as leituras que vocês publicam e sempre aprendo mais um pouco sobre os temas abordados. Os links também ajudam a esclarecer os conteúdos de elevada relevância para todos que vivenciam e compartilham experiências incríveis com as crianças. A singularidade de cada uma necessita ser respeitada e a competência exercitada para que se sinta capaz de desenvolver habilidades com autoestima elevada.

Estou gostando muito
Tem me esclarecido muito pois na escola onde eu trabalho tem foi altista e não sabia como lidar com a situação

Excelente materia !!!!! Esta me ajudando muito pois tenho um filho autista e encontro muitas dificuldades com a escola que estuda pois a mesma nao faz parceria com a familia e muito complicado,nao tirei este ano porque ja esta adaptado,porem e muito dificil quando a escola nao quer falar em inclusao e facil porem na hora de colocar em pratica so dificulta e nada se faz.

Com certeza Tamara! é necessario fazer valer as leis da Inclusão, pois a escola tem que incluir com qualidade.

Tenho um filho autista de 3 anos e 3 meses, ele foi diagnosticado com 2 anos e meio, vai na escola desde os 2 anos e 4 meses, ele adora a escola. Ele não fala mas entende as regras e se adaptou bem e, nessas férias é nítida a falta que ele sente da escola. Esse ano, a equipe multidisciplinar que o acompanha e a da escola farão um acompanhamento mais contínuo para avaliar se já é necessário um professor de apoio. Por enquanto, a escola tem se mostrado aberta para ajudá-lo, estamos satisfeitos.
Estou estudando muito para ajudá-lo e o material de vocês é de extrema importância para minha compreensão do assunto. Peço a Deus todos os dias para que ele consiga se comunicar verbalmente.

Parabens Ana Paula pelo seu empenho em sempre aprender mais para compreender seu filho.Está fazendo toda diferença pois cada criança tem sua singularidade e com apoio e estimulos dos profissionais e da familia com certeza terá todas as condiçoes de desenvolver suas capacidades. No canal da neurosaber “Entendendo autismo” e nas neurolives de domingo às 21h voce terá muitas informaçoes. Abraços

Boa noite,! 16 de Janeiro de 2017. Parabéns pela matéria, sempre tão esclaredoras.gosto muito de tudo que vocês nos proporcionam pois é muito importante essas informações nos ajudam a entender melhor as dificuldades de nossas crianças para que possam ter melhores condições de aprendizagens, obrigada e um grande abraço!

Obrigada Rivaneide! continue acompanhando os artigos, as aulas, pelo site da neurosaber e no canal da neurosaber no youtube.Encontrará muitas informaçoes importantes.Abraços

Meu filho foi diagnosticado com Autismo Atipico, tem 6anos. Ano passado teve professora de apoio, q nao ajudou mto, e tbm pq nao tinhamos esse diagnostico.
Esse ano optamos pela escola especial por ele esta mto atrasado( nao reconheci cores, numeros e letras).
Vivemos um dia de cada vez.
Gostaria de receber as materias q vcs postam.

Boa noite!
Sou professora de educação infantil e estou me especializando em Educação especial e inclusão. Os conteúdos são fundamentais para esclarecer dúvidas que surgem ao longo dos meus estudos, e também como li nos comentários, está ajudando as famílias a entenderem melhor as dificuldades dos seus filhos. Gratidão!

E de suma importância falarmos das crianças com TEA, eu na qualidade de professor, temos que fazer essa inclusão tanto na escola como a família, o caso específico do TEA, a família tem que participar junto com o professor para termos algum sucesso na aprendizagem do adolescente. o que vejo muita gente falando de inclusão, mas na hora de assumir as pessoas fazem corpo mole ! lamentável !

Boa noite tenho um filho de 5 anos e ele está repetindo o jardim II novamente este pois faz aniversário em 05/06, troquei ele ano de escola aonde frequentava há 3 anos e meio, e no segundo dia de aula na outra escola, teve uma crise dentro do transtorno não estava adaptado ainda
na escola pois era o segundo dia. A escola não me orientou que eu teria que ficar com ele, enfim ele teve uma crise xingou a professora falou pra ela calar a boca, se jogava no chão corria pelos corredores da escola fez aquela arruaça, então me chamaram tive que voltar, encontrei meu filho dentro de uma sala sentado com um celular na mão e com uma inspetora, a diretora estava comigo e a coordenadora pedagógica ele contínuo na crise queria ficar no chão gritava, e eu tentando levar ele embora neste momento a diretora sugeriu que o coloca se em uma escola mais tranquila com poucas crianças, sendo que ele nem teve tempo de se adaptar, a escola sabia do autismo do meu filho pois entreguei um relatório com Cid da neurologista. Sendo que liguei depois do ocorrido para diretora e ela sugeriu que eu ficasse com meu filho na sala de aula ao lado dele como um cão de guarda, isso tudo acabou comigo não pela crise que ele teve mas pelo o que ela falou a falta de preparo da professora da diretora. Sem ter uma profissional habilitado para cuidar de crianças especiais, fiquei sem o que fazer isso aconteceu em uma quinta feira já tem uma semana que ele está em casa desde entao não levei ele mais a escola, o que devo fazer.

Olá, Edivania

Primeiramente agradecemos pela confiança em nosso trabalho! Sem avaliação não podemos dar uma orientação precisa sobre o caso. É importante buscar um especialista para lhe dar melhores informações e orientação para uma intervenção. De qualquer forma, temos conteúdos no youtube.com/neurosabervideos e também em nosso blog que podem te ajudar em muitas questões.

Webster,
Equipe NeuroSaber 💙

Boa noite! Estou cursando pedagogia e trabalho na educação infantil, estou buscando me especializar e entender sobre (TEA) pois ainda temos muita carência nas escolas de uma profissional de apoio especializada visto que cada vez mais estamos recebendo crianças que necessitam desse apoio!

Olá Lisiane, tudo bem?

Legal! Acompanhar nosso trabalho com certeza irá ajudar. A informação técnica e de qualidade é a melhor forma de lidar com todos os tipos de situações.

Sol,
Equipe NeuroSaber 💙

Boa noite! Sou educadora de apoio na educação infantil estou cursando pedagogia e acho muito importante a inclusão dessas crianças, visto que temos uma carência enorme desses profissionais de apoio especializados eu adorei muito todas as informações e gostaria de me especializar para poder entender e ajudar essas crianças!

Olá Lisiane, tudo bem?

Acompanhar nosso trabalho com certeza irá ajudar. A informação técnica e de qualidade é a melhor forma de lidar com esse tipo de situação.

Sol,
Equipe NeuroSaber 💙

Boa tarde! Eu estou gostando muito,de participar desse curso e saber que muito importante,para me sera o novo desafio .Porém a nossa educaçao precisa muito de profissionais capacitado nessa área.

Estou cursando Pedagogia e. trabalho com criancas, Estou amando Este curso, muito interessante . Estou aprendendo muito sobre O (TEA). Obrigada

Boa tarde ,TEA, um tema que os professores devem estar sempre estudando e aprendendo os caminhos para o benefícios dos autistas
e familiares. obg

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