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Práticas pedagógicas para Deficiência intelectual

Receber alunos com diferentes necessidades simboliza um aprendizado enorme para qualquer educador. Mas, além desse aspecto, podemos afirmar que contar com crianças de perfis variados em um mesmo espaço também significa um desafio considerável. Vamos imaginar, então, o que e quais são as estratégias pedagógicas adotadas pelos professores de estudantes que convivem com a deficiência intelectual (DI).
Se você já trabalha na área de educação especial, o que será tratado neste artigo apenas reforçará o papel desempenhado por toda a sua equipe. Essas práticas visam ao desenvolvimento dos alunos de forma que eles possam adquirir uma autonomia considerável para o cotidiano de todos eles. Antes de mostrar aos leitores algumas das práticas que podem ser aplicadas na rotina dos estudantes, é importante relembrar algumas informações.

O que é Deficiência Intelectual?

A deficiência intelectual é caracterizada pelo funcionamento cognitivo que não corresponde à média esperada, ou seja, que esteja abaixo do que é considerado normal.
Ao longo das décadas, a denominação de deficiência intelectual foi sendo alterada de acordo com a concepção que os estudiosos passavam a ter acerca da doença. Para se ter uma ideia, os profissionais já mencionaram a DI como desenvolvimento cerebral incompleto/ desenvolvimento mental incompleto. Isso há aproximadamente 60 anos.

Práticas pedagógicas para deficiência intelectual: o que considerar?

É imprescindível levar em consideração muitos fatores que dizem respeito às práticas pedagógicas voltadas para os alunos com deficiência intelectual. Afinal, pode haver muita diferença entre eles. Sendo assim, quais quesitos os especialistas devem priorizar na elaboração de currículos?
Bom, a flexibilização curricular é algo que precisa ser pensado tendo em vista a demanda de cada estudante. Diante dos aspectos multifatoriais do corpo discente, vamos enfocar o que deve ser feito sob um aspecto mais geral.

– Currículo adaptado

Isto não significa que o estudante deva ser excluído do restante da turma. Muito pelo contrário, é preciso adequar o currículo de forma que ele possa acompanhar o que é dado. No entanto, não podemos desmerecer o fato de que a criança ou o jovem precise de uma ajuda para tal. O professor pode encontrar alternativas ao que está sendo lecionado.

– Qual a forma de aprendizagem do aluno?

É preciso considerar que um estudante com deficiência intelectual pode ser cinestésico, visual ou auditivo. Isso significa que dependendo da forma mais usual da pessoa alcançar o conhecimento, maiores devem ser as chances de os professores utilizarem tais recursos, a saber:
– Alunos cinestésico: é preciso que eles tenham materiais pedagógicos em que possam ser tocados;
– Alunos visuais: a disponibilização de imagens em cartões e outros suportes são excelentes para propiciar o conhecimento;
– Alunos auditivos: neste caso, as gravações de áudio são muito boas por permitir que os estudantes consigam concatenar melhor o conteúdo.

Avaliações

Assim como citado acima, as avaliações dos alunos que convivem com a deficiência intelectual devem e precisam ser adaptadas de acordo com a habilidade que mais lhes apetecem.

Tempo para avaliações e atividades

A adaptação também é uma prerrogativa dos alunos nessa situação. Há que se ressaltar o seguinte aspecto: o professor nunca apressar o estudante. É preciso deixar a criança ou jovem no seu próprio tempo. O importante é que ele demonstre evolução.

Deficiência intelectual e comportamento adaptativo

Pelo menos desde 2010, o conceito de deficiência intelectual abrange mais a população que vive sob os sintomas do transtorno. Além disso, a partir do ano mencionado, tem-se o conhecimento acerca de um detalhe importante: o teste de inteligência serve para medir o funcionamento intelectual da pessoa. No entanto, o comportamento adaptativo também passou a ser considerado. Dentro desse aspecto estão também as habilidades sociais, conceituais e práticas.
 
Luciana_Brites Práticas pedagógicas para Deficiência intelectual
 

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6 respostas em “Práticas pedagógicas para Deficiência intelectual”

Maravilhoso , porém pebsi que é pouco falado sibte este transtorno .Gostaria que me indicasse uma leitura sobre o assunto tenho um filho com DI leve. Muito obrigada Lú

Mércia- – 28/12/2019
No dia 14/11/19 recebi o diagnóstico de ser portadora de DI leve. Estou sentindo falta de encontrar artigos que falem sobre DI em adultos. Tenho 50 anos e curso o 10º período de Psicologia. Por favor, tem como vocês me indicarem leitura direcionada para o adulto? obrigada.

Olá Mércia ,
Ainda não temos um conteúdo sobre este tema, mas vamos colocar em nossa pauta abordar sobre este assunto também. Obrigada pelo contato!

Boa tarde,
Sou professora de de AEE, e estou acompanhando um aluno do 6º ano Fundamental II, com DI severo, e Epilepsia. Segundo laudo médico, tem QI abaixo de uma criança de 2 anos. Nada o interessa. Tô me sentindo uma babá, porque a única coisa que faço é segui-lo por onde quer ir, e cuidar da higiene dele. É novato na atual escola. O que posso fazer?

É triste saber que o professor que já lida com tantas inovações, tenha que produzir um conhecimento que não lhe foi repassado. O desafio de lidar com alunos que necessitam de atenção especial é grande. Temos cobrança de tempo pra tudo, como não delimitar tempo para o aluno com DI? O que acontece em sala com tão belas teorias e tão poucos recursos disponíveis?

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