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Qual o tratamento adequado para Epilepsia?

A epilepsia é uma condição que causa convulsões e outros sintomas como desmaios e perda de consciência. Um distúrbio neurológico que afeta a atividade cerebral. Saiba qual o tratamento mais adequado para epilepsia, neste artigo.

Os sintomas da epilepsia podem se manifestar de diferentes formas, como olhar fixo, confusão mental, contração de braços e pernas, perda da consciência, convulsão, entre outros. 

Para o diagnóstico de epilepsia as crises devem ser recorrentes com intervalo de no mínimo 24 horas. Uma única crise não significa epilepsia. O tratamento pode ser feito com medicamentos que impedem as crises e limitam a atividade cerebral anormal. 

No entanto, existem tratamentos alternativos que são usados quando os resultados com a medicação não são satisfatórios. Entenda melhor quais são as causas e o melhores tratamentos para epilepsia.

O que causa a epilepsia?

A epilepsia é uma condição que pode ser atribuída a diferentes fatores, sendo, muitas vezes, difícil localizar sua causa exata. Pode ser devido à influência genética, traumatismo craniano, condições cerebrais, doenças infecciosas, lesão pré-natal e transtornos do neurodesenvolvimento, como o autismo.

Qual o tratamento para epilepsia?

Geralmente, o tratamento para epilepsia é feito com medicamento para impedir as crises e eliminar a atividade cerebral anormal. Não tem cura para essa condição, mas a maioria das pessoas consegue controlar e interromper as convulsões e ter uma condição de vida melhor.

Os medicamentos antiepiléticos são os mais indicados para bloquear as convulsões, mas existem outras formas de tratamento para epilepsia, geralmente indicados para os casos onde os resultados com a medicação não são satisfatórios.

Medicação para epilepsia

O objetivo do tratamento com medicação é interromper todas as convulsões com a menor dose possível e com o mínimo de efeitos colaterais. Normalmente, o tratamento começa com uma única medicação, em uma dose baixa, aumentada aos poucos, até que as convulsões sejam controladas. 

Se as convulsões não são controladas com determinado medicamento, geralmente tenta-se um diferente (adicionando o novo medicamento e, em seguida, retirando lentamente o primeiro). Se as convulsões não forem controladas com um único medicamento, outro medicamento pode ser adicionado ao tratamento.

Quais os tratamentos alternativos para epilepsia?

O tratamento mais adequado para epilepsia será avaliado após o diagnóstico, o que geralmente ocorre após crises repetidas. O diagnóstico deve ser feito por um especialista, de preferência com experiência em epilepsia, que também será quem fará o tratamento.

Em algumas situações raras, o tratamento pode ser considerado após uma única crise. Geralmente, isso ocorre apenas quando o médico avalia ser provável que ocorram mais convulsões. Se for esse o caso, ele pode sugerir o início do tratamento imediatamente.

Os tratamentos alternativos são indicados quando os medicamentos não levam aos resultados esperados ou à supressão dos sintomas. Veja, a seguir, quais são eles.

Dieta cetogênica

A dieta cetogênica é uma opção de tratamento para crianças ou adultos com epilepsia cujas convulsões não são controladas com medicamentos. A dieta pode ajudar a reduzir o número ou a gravidade das convulsões e pode ter outros efeitos positivos.

Estimulação do nervo vago

A terapia de estimulação do nervo vago é um tratamento para a epilepsia que envolve um estimulador (ou ‘gerador de pulso’) conectado ao nervo vago esquerdo no pescoço. O estimulador envia estímulos elétricos leves e regulares através desse nervo para ajudar a acalmar a atividade elétrica cerebral irregular que causa as convulsões.

Cirurgia cerebral

A cirurgia cerebral ou neurocirurgia é uma forma de tratar a epilepsia, ainda que seja rara. Certos critérios devem ser atendidos e testes devem ser feitos para avaliar a adequação.

Estimulação profunda do cérebro

A terapia de estimulação cerebral profunda é um tratamento que visa reduzir as convulsões não controladas com medicamentos e onde a cirurgia para tratar a causa das convulsões não é possível. Envolve o implante de eletrodos em áreas específicas do cérebro.

Óleo de cannabis

Com conversas na mídia sobre o uso de produtos de cannabis no tratamento da epilepsia, gerando interesse e confusão, é necessário avaliar as diferentes formas de cannabis, sua legalidade e segurança.

De toda forma, o tratamento mais adequado será analisado para cada caso, pelo médico que realizou o diagnóstico. No entanto, é muito importante conhecer as possibilidades de tratamento para epilepsia para também avaliar suas possibilidades.

Se restou alguma dúvida, deixe nos comentários.

Referências:

Betting, Luiz Eduardo et al. Tratamento de epilepsia: consenso dos especialistas brasileiros. Arquivos de Neuro-Psiquiatria [online]. 2003, v. 61, n. 4 [Acessado 9 Julho 2021] , pp. 1045-1070.

MOREIRA, Sebastião Rogério Góis. Epilepsia: concepção histórica, aspectos conceituais, diagnóstico e tratamento. Mental [online]. 2004, vol.2, n.3 [citado  2021-07-09], pp. 107-122 .

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