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Terapias complementares no Autismo: Musicoterapia

Pesquisas comprovam que o uso da Musicoterapia no tratamento de pessoas dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é extremamente eficaz para a estimulação de habilidades sociais e de comunicação.

A música, por estimular mais áreas do cérebro do que a própria fala, é a ferramenta perfeita para ajudar no tratamento de diversas outras condições médicas.

Neste artigo, falaremos especificamente sobre como a musicoterapia é uma terapia complementar muito eficaz para o tratamento de autismo. Continue lendo para saber mais!

O que é musicoterapia?

A musicoterapia é uma abordagem ao tratamento psicológico e comportamental que atende às necessidades físicas, cognitivas, emocionais e sociais de indivíduos de todas as idades, desde crianças pequenas a adultos mais velhos.

Os musicoterapeutas são terapeutas, o que significa que precisam ser licenciados e regulamentados pelos governos estaduais. 

A maioria dos musicoterapeutas tem pós-graduação, mas alguns podem receber um diploma de bacharel e, em seguida, buscar a certificação do conselho nesta prática.

Com esse nível de qualificação profissional na forma de tratamento baseado em evidências, o musicoterapeuta pode criar um ambiente seguro para seus clientes.

Os musicoterapeutas criam planos de tratamento personalizados para clientes individuais, mas também praticam frequentemente em sessões de grupo.

O tratamento com musicoterapia pode envolver:

  • Cantar músicas;
  • Dançar ao som de certos tipos de música;
  • Ouvir certos tipos de música;
  • Aprender a tocar um instrumento;
  • Tocar um instrumento com outras pessoas;
  • Escrever letras de música;
  • Compor músicas.

Como a musicoterapia funciona em autistas?

A musicoterapia pode funcionar como uma ferramenta de comunicação para as pessoas que possuem dificuldade ou não conseguem se comunicar e interagir. 

Em vez de usar palavras para se comunicar, eles podem usar uma variedade de atividades musicais como cantar, tocar instrumentos, improvisar, compor e ouvir música. 

As atividades desenvolvidas em sessões de musicoterapia têm como objetivo promover habilidades sociais e a comunicação, também estimulando o contato visual e a atenção da criança.

Os terapeutas podem fazer o uso de atividades musicais para estimular e ensinar novas habilidades à criança.

Quais são os benefícios?

Pesquisas comprovam que, no cérebro autista, a música é capaz de promover uma ativação de mais partes do cérebro do que a fala.

Ou seja, a partir da música, conseguimos ativar mais áreas cerebrais da criança. Com isso, somos capazes de estimular, de maneira eficaz, outras habilidades sociais e de comunicação.

Além disso, a musicoterapia apresenta benefícios significativos à criança autista, sendo eles:

  • É um método para indivíduos não-verbais se expressarem;
  • Auxilia no desenvolvimento de algumas habilidades verbais;
  • Melhora a reciprocidade interpessoal em brincadeiras compartilhadas;
  • Auxilia na identificação e expressão de emoções;
  • Realiza a integração de vários sentidos, como som, tato e visão;
  • Melhora as habilidades motoras grossas e finas por meio de sons organizados e rítmicos que inspiram certas respostas corporais, como dançar.
  • Incentiva tentativas de novas tarefas em uma estrutura mais flexível.

Ela substitui a terapia convencional?

Não. A musicoterapia normalmente funciona como um tratamento complementar e deve ser usada em conjunto a uma série de outras intervenções.

Para pessoas com autismo, a musicoterapia pode ser usada em associação com uma terapia comportamental, como a Análise Comportamental Aplicada (ABA). 

A musicoterapia não substitui um tratamento primário como o ABA, mas pode complementar a abordagem geral do tratamento.

Concluindo

Portanto, concluímos que, quando usada como um tratamento complementar, junto com outras intervenções médicas baseadas em evidências, a musicoterapia parece funcionar bem para crianças com autismo. 

Adicioná-lo ao plano de tratamento da criança pode ajudá-la a gerenciar problemas sensoriais, habilidades motoras e comunicação.

Além disso, muitas crianças gostam muito da musicoterapia, pois, por meio dela, elas são capazes de desenvolver habilidades musicais enquanto adquirem muitas outras habilidades que são particularmente importantes para o desenvolvimento de crianças autistas.

Depois de conhecer mais sobre a musicoterapia, que tal saber mais sobre as terapias complementares no autismo? Clique aqui e veja o vídeo do Dr. Clay Brites sobre o assunto:

Referências:

Faculdade de Medicina da UFMG. 2021. Terapias complementares do SUS: musicoterapia. [online] Disponível em: <https://www.medicina.ufmg.br/terapias-complementares-do-sus-musicoterapia/> [Acesso 28 agosto 2021].

Sprout Therapy. 2020. Music Therapy for Autism: How Effective Is It?. [online] Disponível em: <https://www.joinsprouttherapy.com/studio/autism-therapy/music-therapy> [Acesso 28 agosto 2021].

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2 respostas em “Terapias complementares no Autismo: Musicoterapia”

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