DSM-5 E TEA: O DIAGNÓSTICO DO AUTISMO

Entendendo o DSM-5 e os critérios para diagnosticar o Transtorno do Espectro Autista (TEA), suas características e graus. O QUE É O DSM-5? O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (5ª edição), mais conhecido como DSM-5, é a última atualização desta ferramenta utilizada internacionalmente para traçar diagnósticos psiquiátricos. O DSM é revisado de tempos em tempos e a sua última atualização foi feita em 2013, referente à quinta edição que está em vigor. Portanto, o intuito do Manual é guiar e embasar os profissionais que lidam com transtornos relacionados à mente, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA), a fim de padronizar os diagnósticos. COMO O DSM-5 DIAGNOSTICA O AUTISMO Segundo o DSM-5, o autismo é definido como um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos e restritos. A Associação Americana de Psiquiatria se baseia neste manual e em alguns aspectos que são usados para estabelecer o diagnóstico do TEA. Como foi visto, os critérios tendem a sofrer atualizações, que servem para obter uma maior precisão no diagnóstico, e é a partir deles que é possível classificar o grau de severidade do autismo, como também identificar as necessidades de intervenções e serviços de suporte. CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO DO AUTISMO Categorias em que o TEA se enquadra: o autismo pode ser enquadrado em três categorias dentro do DSM-5, são elas: Deficiência Social, Dificuldades de linguagem e comunicação e Comportamentos repetitivos e/ou restritivos. Para diagnosticar o TEA, os profissionais devem observar a dificuldade em duas áreas: ‘Comunicação social’ e ‘Comportamentos ou interesses restritos, repetitivos e/ou sensoriais’. Para que a criança seja diagnosticada com autismo, ela deve ter dificuldades nessas duas áreas ou apresentar características do autismo desde cedo, mesmo que os sinais diminuam em fases mais tardias da infância. COMO RECONHECER AS DIFICULDADES NA COMUNICAÇÃO SOCIAL? Os sinais de dificuldades na comunicação social do infante podem ser identificados quando: Dificilmente ele usa a linguagem para se comunicar com outras pessoas; Não verbaliza; Raramente responde quando é chamado; Não costuma compartilhar interesses ou conquistas com os pais e familiares; Tem dificuldade em compreender a linguagem não-verbal e dificilmente entende gestos como apontar ou acenar; Não desenvolve as expressões faciais, apresentando expressões limitadas para se comunicar; Tem pouco interesse em interagir com outras crianças, possuindo dificuldades em fazer amigos; Apresenta limitação para participar de brincadeiras criativas ou que exigem imaginação. COMO RECONHECER AS DIFICULDADES RELACIONADAS AO COMPORTAMENTO OU INTERESSES RESTRITOS, REPETITIVOS E SENSORIAIS? Os sinais de dificuldades no comportamento ou interesses restritos, repetitivos e sensoriais da criança podem incluir: Manias repetitivas ao brincar ou realizar alguma atividade; Verbalização de forma repetitiva; Interesses muito peculiares e/ou intensos por determinado assunto; Geralmente são crianças metódicas e precisam que as coisas aconteçam sempre da mesma maneira, da forma que estão acostumadas; Problemas em aceitar alterações em sua programação habitual ou mudar de uma atividade para outra; Problemas sensoriais, como sensibilidade a sons, luz ou determinados ambientes. Demonstram isso com estresse, angústia ou inquietação. NÍVEIS DO TEA O DSM-5 divide o autismo em níveis diferentes de acordo com algumas condições do indivíduo autista. Basicamente, é separado em graus 1, 2 e 3 ou autismo leve, moderado e severo. – Grau 1 – autismo leve Neste grau, as maiores dificuldades estão relacionadas aos déficits de comunicação, sem muitas comorbidades associadas. Por conta disso, o pequeno com autismo leve muitas vezes é rotulado como desinteressado. – Grau 2 – autismo moderado O autismo moderado possui aspectos mais complicados em relação ao anterior. Nesse caso, a falta da verbalização pode ser um dos problemas do indivíduo acometido e, geralmente, mais comorbidades estão associadas ao diagnóstico. – Grau 3 – autismo severo O grau 3, ou autismo severo, se caracteriza pelos prejuízos no neurodesenvolvimento serem mais elevados. Nesse contexto, os problemas estão presentes desde o processo de socialização até o funcionamento geral de corpo e mente. Por esse motivo, a independência da criança com autismo é mais difícil de ser conquistada no grau 3. A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DO TEA O DSM-5 é de fundamental importância para o diagnóstico do autismo e de outras condições que afetam a mente. Além disso, ele é uma ferramenta valiosa para a padronização e atualização do conhecimento referente aos transtornos mentais, inclusive o TEA. Contudo, tendo em vista que a visão científica é ampla e discordante em diversos aspectos, a evolução constante dos estudos e pesquisas faz com que o conhecimento sobre determinado transtorno seja constantemente corrigido ou complementado. Outrossim, com o avanço científico, a precisão e a velocidade do diagnóstico aumentaram, possibilitando aos profissionais a definição de estratégias de tratamento em tempo hábil, com o objetivo de diminuir os danos causados pelo autismo. Portanto, profissionais e pais devem ficar atentos e acompanhar as atualizações do DSM.  REFERÊNCIAS AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION – APA. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014. STEFFEN, F..; DE PAULA, F.; MARTINS, M. F.; LÓPEZ, L. DIAGNÓSTICO PRECOCE DE AUTISMO: UMA REVISÃO LITERÁRIA. REVISTA SAÚDE MULTIDISCIPLINAR, [S. l.], v. 6, n. 2, 2020. Disponível em: http://revistas.famp.edu.br/revistasaudemultidisciplinar/article/view/91. Acesso em: 19 ago. 2022. DSM-5: autism spectrum disorder diagnosis, 2021. Disponível em: https://raisingchildren.net.au/autism/learning-about-autism/assessment-diagnosis/dsm-5-asd-diagnosis. Acesso em: 19 ago. 2022.

DSM-5 e o diagnóstico no TEA

Segundo o DSM-5 — Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais — o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos e restritos. O Transtorno do Espectro Autista, TEA, possui essas três características que são essenciais para o diagnóstico. Ainda que os sintomas variem de acordo com cada caso, esses elementos são determinantes para realizar o diagnóstico de autismo. Antes dos três anos de vida os sinais de TEA já podem ser percebidos. No entanto, muitas crianças ainda são diagnosticadas tardiamente, seja por desinformação ou resistência da família e dos médicos. O DSM-5 estabelece critérios que facilitam o diagnóstico precoce e o tratamento. Iremos explicar mais sobre isto neste artigo. O diagnóstico de autismo segundo o DSM-5 A nova classificação do DSM-5 (2013) trouxe mudanças significativas nos critérios diagnósticos do autismo, ampliando a identificação de sintomas e dando ênfase na observação do desenvolvimento da comunicação e interação social da criança. A nova descrição facilitou a compreensão dos sintomas do autismo, seja por profissionais ou pelos familiares. O diagnóstico precoce é fundamental para que as melhores intervenções sejam realizadas. Critérios diagnósticos de autismo no DSM-5 1. Inabilidade persistente na comunicação social, manifestada em déficits na reciprocidade emocional e nos comportamentos não verbais de comunicação usuais para a interação social. Também podem demonstrar dificuldades para desenvolver, manter e compreender relacionamentos em contextos sociais diversos. 2. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividade, manifestados por movimentos, falas e manipulação de objetos de forma repetitiva e/ou estereotipada, insistência na rotina, rituais verbais ou não verbais, inflexibilidade a mudanças, padrões rígidos de comportamento e pensamento; interesses restritos e fixos com intensidade; hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais e interesses muitas vezes incomuns por luzes e movimentos, por exemplo. 3. Os sintomas devem estar presentes no período de desenvolvimento, em fase precoce da infância, mas podem manifestar-se com o tempo, de acordo com as demandas sociais excedam as capacidades limitadas.  4. Todos esses sintomas causam prejuízos significativos no funcionamento social, profissional e em outras áreas da vida da pessoa com autismo. Níveis de gravidade do TEA de acordo com o DSM-5 Nível 1 — Leve As pessoas com nível leve de autismo, em relação à interação e comunicação social, apresentam prejuízos mas não necessitam de tanto suporte. Têm dificuldade nas interações sociais, respostas atípicas e pouco interesse em se relacionar com o outro.  Em relação ao comportamento, apresentam dificuldade para trocar de atividade, independência limitada para autocuidado, organização e planejamento. Nível 2 — Moderado As pessoas com nível moderado de autismo, em relação à interação e comunicação social, necessitam de suporte substancial, apresentando déficits na conversação e dificuldades nas interações sociais, as quais, muitas vezes, precisam ser mediadas. Em relação ao comportamento podem apresentar dificuldade em mudar de ambientes, desviar o foco ou a atenção, necessitando suporte em muitos momentos. Nível 3 — Severo Os indivíduos com nível severo de autismo, em relação à interação e comunicação social,  necessitam de muito suporte, pois apresentam prejuízos graves nas interações sociais e pouca resposta a aberturas sociais.  Em relação ao comportamento, apresentam dificuldade extrema com mudanças e necessitam suporte muito substancial para realizar as tarefas do dia a dia, incluindo as de autocuidado e higiene pessoal. Além desses fatores, outros critérios específicos para o diagnóstico de autismo são: prejuízo intelectual e de linguagem, condição médica ou genética, outras desordens do neurodesenvolvimento ou transtornos relacionados. Como é feito o diagnóstico de autismo O diagnóstico de autismo é clínico e deve ser feito por profissionais especializados por meio da observação da criança e conversa com pais e familiares. Já no primeiro ano de vida é possível detectar alguns sinais, como contato visual empobrecido, ausência de balbucio ou gestos sociais e não responder pelo nome quando chamado, por exemplo. Os pais observam pouco interesse em compartilhar objetos e dificuldade em desviar o foco em atividades que interessam à criança. Problema para dormir também é uma característica muito presente no autismo, assim como seletividade para alimentos, medos excessivos e hipersensibilidade a determinados barulhos ou estímulos. Outros sinais relevantes para o diagnóstico de TEA é a excessiva preferência por determinados objetos, texturas, cores ou jogos. Pode ocorrer uma demora para engatinhar, andar, falar e até mesmo regressão da fala entre 1 e 2 anos. O médico especialista fará o diagnóstico baseado nas conversas com pais e na observação desses sintomas, organizados no DSM-V. Não existem exames de laboratório que confirmem o autismo, sendo um diagnóstico clínico feito pela observação da criança em diferentes ambientes. Muitas vezes o diagnóstico acontece quando a criança já está na escola, sendo o papel dos professores fundamental para auxiliar na identificação de sinais que possam indicar o TEA. Para entender sobre como lidar com o diagnóstico de autismo, clique aqui. Referências: AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION et al. DSM-5: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Artmed Editora, 2014. SILVA, Micheline  and  MULICK, James A.. Diagnosticando o transtorno autista: aspectos fundamentais e considerações práticas. Psicol. cienc. prof. [online]. 2009, vol.29, n.1 [cited  2020-10-01], pp.116-131. Transtorno do Espectro do Autismo. Manual de Orientação Departamento Científico de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento.

Os 5 erros que atrasam o diagnóstico do TEA

O diagnóstico de autismo não é um processo simples, mas quanto antes for detectado, melhores serão os resultados das intervenções. Conheça os 5 principais erros que atrasam o diagnóstico do TEA, neste artigo. Erros que atrasam o diagnóstico do TEA Neste artigo, listamos os 5 principais erros que atrasam o diagnóstico do autismo, são eles: Prender-se ao mito da idade. Negar os sinais de autismo. Negligenciar a hiperatividade. Não verificar sintomas de autismo em crianças com atrasos no desenvolvimento. Não encaminhar para o especialista. Prender-se ao mito da idade O primeiro erro que atrasa o diagnóstico de TEA é prender-se ao mito da idade, ou seja, acreditar ser preciso esperar até uma certa idade tardia para fazer diagnóstico de autismo. Na verdade, é o contrário, qualquer sinal de autismo desde o nascimento precisa ser avaliado. Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, melhor.  Além disso, é preciso averiguar outras condições. Por exemplo, uma criança que não faz contato visual, pode ter uma deficiência visual, outra que não presta atenção no que os pais falam, pode ter uma deficiência auditiva. Da mesma forma, uma criança que não dá atenção ou um retorno adequado, pode ter uma lesão neurológica, uma deficiência intelectual ou qualquer outro problema. Por isso, quando os pais observarem esses e outros sinais de autismo é preciso investigar e não se deve esperar até os cinco anos, porque além de atrasar o diagnóstico de TEA, outras condições também podem passar despercebidas.  É muito importante observar o desenvolvimento da criança nos primeiros três anos, pois os sinais de autismo já podem ser percebidos nessa idade. Os professores da educação infantil também podem identificar esses sinais e alertar os pais.  Negar os sinais de autismo O segundo erro que atrasa o diagnóstico de TEA é a negação dos pais diante os sinais de autismo. Numa tentativa de negar essa condição em seus filhos, muitos pais demoram para procurar ajuda médica, o que prejudica o tratamento do autismo também. Muitas vezes, os professores alertam os pais, que também percebem sinais de TEA, mas diante a resistência em confrontar a realidade, buscam médicos e profissionais que também negam a presença do TEA.  É muito importante que os pais entendam a importância do diagnóstico precoce no desenvolvimento de seus filhos. Somente detectando o autismo precocemente é que as intervenções também poderão ser precoces, e, assim, mais eficazes. Negligenciar a hiperatividade O terceiro erro que atrasa o diagnóstico de autismo é negligenciar a presença da hiperatividade. Uma criança hiperativa, inquieta e agitada, que não dorme direito, que apresenta comportamentos desafiadores também deve ser investigada. Muitos estudos mostram que os sintomas da hiperatividade são um possível sinal de autismo. No entanto, muitas vezes, os profissionais e os pais focam na hiperatividade e esquecem que ela pode ser um sintoma do TEA. A criança hiperativa que tem déficit de atenção, dificuldade em compartilhar e que não dá retorno adequado quando alguém conversa com ela pode ter autismo. Da mesma forma, aquela que não toma nenhuma iniciativa de comunicação social, tem mais chance de ter TEA do que somente a hiperatividade.  Não verificar sintomas de autismo em crianças com atrasos no desenvolvimento O quarto erro que atrasa o diagnóstico de TEA é não verificar sintomas de autismo nas crianças que apresentam atraso no desenvolvimento, seja motor, linguístico, social, adaptativo ou cognitivo. A criança que apresenta algum atraso nessas áreas do desenvolvimento também precisa ser investigada. Isso porque esses atrasos podem ser sintomas de autismo, então não podemos parar no diagnóstico de atraso global de desenvolvimento, sem investigar suas causas. Não encaminhar para o especialista O quinto e último erro que atrasa o diagnóstico do TEA é não encaminhar a criança para um especialista. É muito importante que, diante de sinais de autismo, o pediatra a encaminhe para uma investigação mais profunda. O diagnóstico de autismo geralmente é realizado por um médico especialista, em conjunto com outros profissionais também especializados, como psicólogos ou terapeutas ocupacionais. Uma equipe multidisciplinar acompanha o processo de diagnóstico para investigar a presença do TEA. Da mesma forma, o tratamento será multidisciplinar, para garantir que a criança com autismo desenvolva suas habilidades em diferentes áreas. O tratamento para o TEA envolve terapia ocupacional, fonoaudiologia, além de acompanhamento médico e psicológico. Professores e psicopedagogos também trabalham em conjunto com esses profissionais para garantir a inclusão e a aprendizagem do aluno com TEA. Agora que você já conhece os 5 erros que atrasam o diagnóstico do TEA, compartilhe este artigo em suas redes e ajude outras famílias! Referências: SILVA, Micheline  and  MULICK, James A.. Diagnosticando o transtorno autista: aspectos fundamentais e considerações práticas. Psicol. cienc. prof. [online]. 2009, vol.29, n.1 [cited  2021-05-03], pp.116-131. ZANON, Regina Basso; BACKES, Bárbara  e  BOSA, Cleonice Alves. Diagnóstico do autismo: relação entre fatores contextuais, familiares e da criança. Psicol. teor. prat. [online]. 2017, vol.19, n.1 [citado  2021-05-03], pp. 152-163 .

Como é realizado o diagnóstico de TEA?

O diagnóstico de TEA é realizado através de testes clínicos, conversa com os pais e observação do comportamento da criança. Entenda melhor, neste artigo. O DSM-V — Manual de Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais — estabelece alguns critérios para o diagnóstico de autismo. Segundo o manual, é preciso haver déficits persistentes na comunicação e interação social, comportamentos repetitivos e restritos para o diagnóstico de TEA. Como o espectro é um transtorno complexo, com diferentes graus e níveis de severidade, é importante que o diagnóstico seja realizado com cautela e por profissionais especializados. Quando os pais perceberem sinais que possam indicar uma possibilidade de autismo, a recomendação é procurar ajuda. Diagnóstico de TEA O diagnóstico precoce do autismo faz toda a diferença no tratamento, já que assim as intervenções também serão realizadas precocemente. Diante os sinais e sintomas de TEA os pais devem buscar ajuda de um profissional capacitado para realizar o diagnóstico. A avaliação da criança é feita através de observações clínicas e conversas com os pais,  onde podem ser utilizados alguns testes para rastrear o autismo. É importante frisar que esses testes não fecham o diagnóstico, mas apontam atrasos ou dificuldades no desenvolvimento que exigem uma investigação. As perguntas presentes nestes testes, direcionadas aos pais, avaliam habilidades e comportamentos da criança, como fala, linguagem, atenção, comunicação não verbal, comportamentos, sensibilidades e interação social. O diagnóstico de TEA também envolve a exclusão de outros diagnósticos, como déficits de audição, TDAH e outras condições. Sinais de autismo Os primeiros a perceberem sinais de autismo na criança são os pais. Por isso, é importante que conheçam quais são os principais sintomas de TEA para que possam detectá-los precocemente. No primeiro ano de vida, os principais sinais são: pouco contato visual; não balbucia nem responde quando chamam pelo seu nome; pouco interesse em compartilhar objetos e interagir; dificuldades de sono e hipersensibilidade a estímulos sensoriais (luz, toque, ruído, etc.). Entre o primeiro e o segundo ano de vida, os pais podem notar alguma preferência e seletividade por alimentos, objetos, jogos, cores e texturas. Se houver atrasos na fala, no andar ou engatinhar, também é preciso ficar atento, principalmente quando mais de um desses sinais ocorrem simultaneamente. O diagnóstico de TEA pode ser feito a partir dos dois anos, mas muitas crianças recebem o diagnóstico tardiamente, quando entram na escola. Nesse caso, o olhar do professor contribui para a identificação dos sinais de autismo. Critérios para o diagnóstico de TEA  Segundo o DSM-V, o diagnóstico de TEA deve ser realizado de acordo com alguns critérios: déficits na reciprocidade sócio emocional e na comunicação não-verbal; dificuldades no contato visual e na linguagem corporal; déficits nas interações sociais; comportamentos estereotipados/repetitivos; aderência inflexível a rotinas, padrões ou comportamentos ritualizados; interesses restritos e fixos; hiper ou hipo sensibilidade a estímulos sensoriais, entre outros. Para o diagnóstico de TEA esses sintomas devem estar presentes desde o primeiro ano, ainda que se manifestem com mais intensidade à medida que aumentam as demandas sociais. Além disso, esses sintomas devem prejudicar o funcionamento social, a aprendizagem e o autocuidado para que sejam critérios de diagnóstico de autismo. É importante descartar outras condições, como deficiência intelectual ou outros transtornos, como critério de diagnóstico de TEA. Desde 2013, com as mudanças no DSM-V, autismo, síndrome de Asperger e transtorno invasivo do desenvolvimento não especificado estão no espectro do TEA. Um segundo momento do diagnóstico do autismo, é entender a gravidade dos sintomas, que será avaliada de acordo com o nível das dificuldades e déficits de comunicação e comportamento. Desafios do diagnóstico de TEA O processo de avaliação e diagnóstico de TEA é complexo e não é fácil para os pais, que ficam ansiosos por uma resposta. No entanto, é importante entender que o diagnóstico precoce melhora as perspectivas de tratamento, já que as intervenções também serão precoces. Quando as crianças com autismo recebem intervenções precocemente, mais possibilidades elas têm de desenvolver habilidades cognitivas e sociais. No entanto, em muitos casos o diagnóstico é tardio, já que algumas crianças recebem outros diagnósticos erroneamente, como TDAH ou problemas no processamento sensorial. Quando isso acontece, o diagnóstico de TEA só ocorre quando as demandas sociais e de aprendizagem aumentam. Dessa forma, é importante que os pais conheçam os sinais de autismo para que possam detectá-los precocemente em seus filhos e buscar uma avaliação. Ainda que algumas crianças com autismo tenham TDAH — Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade — a avaliação deve ser precisa. Isso porque um erro de diagnóstico causa atrasos no tratamento do TEA, o que pode impactar no desenvolvimento das crianças. O diagnóstico de TEA precoce é o melhor caminho para um plano de tratamento com as intervenções adequadas para cada criança, de acordo com suas características e necessidades. Se restou alguma dúvida, deixe nos comentários! Referências: SILVA, Micheline  and  MULICK, James A.. Diagnosticando o transtorno autista: aspectos fundamentais e considerações práticas. Psicol. cienc. prof. [online]. 2009, vol.29, n.1 [cited  2020-10-01], pp.116-131. PINTO, Rayssa Naftaly Muniz et al. Autismo infantil: impacto do diagnóstico e repercussões nas relações familiares. Rev. Gaúcha Enferm. [online]. 2016, vol.37, n.3 [cited  2020-08-25], e61572.

DSM-5 e o diagnóstico no TEA

Segundo o DSM-5 — Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais — o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos e restritos. O Transtorno do Espectro Autista, TEA, tem essas três características que são essenciais para o diagnóstico. Ainda que os sintomas variam de caso a caso, esses elementos são determinantes para realizar o diagnóstico de autismo. Antes dos três anos de vida os sinais de TEA já podem ser percebidos. No entanto, muitas crianças ainda são diagnosticadas tardiamente, seja por desinformação ou resistência da família e dos médicos. O DSM-5 estabelece critérios que facilitam o diagnóstico precoce e o tratamento. Saiba mais neste artigo. O diagnóstico de autismo segundo o DSM-5 A nova classificação do DSM-V trouxe mudanças significativas nos critérios diagnósticos do autismo, ampliando a identificação de sintomas e com uma ênfase na observação do desenvolvimento da comunicação e interação social da criança. A nova descrição facilitou a compreensão dos sintomas do autismo, seja por profissionais ou pelos familiares. O diagnóstico precoce é fundamental para que as melhores intervenções sejam realizadas. Critérios diagnósticos de autismo no DSM-5 Inabilidade persistente na comunicação social, manifestada em déficits na reciprocidade emocional e nos comportamentos não verbais de comunicação usuais para a interação social. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividade, manifestados por movimentos, falas e manipulação de objetos de forma repetitiva e/ou estereotipada, insistência na rotina, rituais verbais ou não verbais, inflexibilidade a mudanças, padrões rígidos de comportamento e pensamento; interesses restritos e fixos com intensidade; hiper ou hipo atividade a estímulos sensoriais. Os sintomas devem estar presentes no período de desenvolvimento, em fase precoce da infância, mas podem se manifestar com o tempo conforme as demandas sociais excedam as capacidades limitadas.  Todos esses sintomas causam prejuízos significativos no funcionamento social, profissional e em outras áreas da vida da pessoa com autismo. Níveis de gravidade do autismo Nível 1 — Leve As pessoas com nível leve de autismo, em relação à interação e comunicação social, apresentam prejuízos mas não necessitam de tanto suporte. Têm dificuldade nas interações sociais, respostas atípicas e pouco interesse em se relacionar com o outro.  Em relação ao comportamento, apresentam dificuldade para trocar de atividade, independência limitada para autocuidado, organização e planejamento. Nível 2 — Moderado As pessoas com nível moderado de autismo, em relação à interação e comunicação social, necessitam de suporte substancial, apresentando déficits na conversação e dificuldades nas interações sociais, as quais, muitas vezes, precisam ser mediadas. Em relação ao comportamento podem apresentar dificuldade em mudar de ambientes, desviar o foco ou a atenção, necessitando suporte em muitos momentos. Nível 3 — Severo As pessoas com nível severo de autismo, em relação à interação e comunicação social,  necessitam de muito suporte, pois apresentam prejuízos graves nas interações sociais e pouca resposta a aberturas sociais.  Em relação ao comportamento, apresentam dificuldade extrema com mudanças e necessitam suporte muito substancial para realizar as tarefas do dia a dia, incluindo as de autocuidado e higiene pessoal. Além desses fatores, outros critérios específicos para o diagnóstico de autismo são: prejuízo intelectual e de linguagem, condição médica ou genética, outras desordens do neurodesenvolvimento ou transtornos relacionados. Como é feito o diagnóstico de autismo O diagnóstico de autismo é clínico e deve ser feito por profissionais especializados através da observação da criança e conversa com pais e familiares. Já no primeiro ano de vida é possível detectar alguns sinais, como contato visual pobre, ausência de balbucio ou gestos sociais, não responder pelo nome quando chamado. Os pais observam pouco interesse em compartilhar objetos e dificuldade em desviar o foco em atividades que interessa à criança. Problema para dormir também é uma característica muito presente no autismo, assim como seletividade para alimentos, medos excessivos e hipersensibilidade a determinados barulhos ou estímulos. Outros sinais relevantes para o diagnóstico de TEA é a excessiva preferência por determinados objetos, texturas, cores ou jogos. Pode haver uma demora para engatinhar, andar, falar e até mesmo regressão da fala  entre 1 e 2 anos.  O médico especialista fará o diagnóstico baseado nas conversas com pais e na observação desses sintomas, organizados no DSM-V. Não existem exames de laboratório que confirmem o autismo, sendo um diagnóstico clínico feito pela observação da criança em diferentes ambientes. Muitas vezes o diagnóstico acontece quando a criança já está na escola, sendo o papel dos professores fundamental para identificar sinais que possam indicar o TEA. Se restou alguma dúvida sobre o diagnóstico de autismo e os critérios do DSM-5, deixe nos comentários. Referências: SILVA, Micheline  and  MULICK, James A.. Diagnosticando o transtorno autista: aspectos fundamentais e considerações práticas. Psicol. cienc. prof. [online]. 2009, vol.29, n.1 [cited  2020-10-01], pp.116-131. Transtorno do Espectro do Autismo. Manual de Orientação D e p a r t a m e n t o C i e n t í f i c o d e P e d i a t r i a do Desenvolvimento e Comportamento.

Pesquisas mostram o porque do aumento dos casos de Diagnóstico de TEA

Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia estão conseguindo estabelecer uma relação entre o aumento dos casos de TEA com a melhora da precisão nos critérios Diagnósticos. Segundo os casos de autismo não aumentaram, o que aconteceu foi que uma população que antes eram diagnósticadas como Deficientes Intelectuais e com transtornos Psiquiátricos, conseguiram ser classificadas também dentro dos critérios do TEA. Segundo uns dos pesquisadores “A alta taxa de co-ocorrência de outras deficiências intelectuais com o autismo, que levam à reclassificação do diagnóstico, é certamente devido a fatores genéticos compartilhados em muitas desordens do desenvolvimento neurológico”, afirmou o pesquisador Santhosh Girirajan, professor assistente de bioquímica e biologia molecular e antropologia da Penn State University. Clique aqui e veja a matéria completa. E você o que acha comente aqui no nosso blog!!!

5 passos do Diagnóstico do TEA

Neste vídeo Dr Clay Brites Neuropediatra dará 5 passos de que podem auxiliar muito no Diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA), além disso você ganhará os 5 passos num lindo material escrito! TEAtualizando… Trazendo todo o conhecimento do TEA até você! Compartilhe esta ideia! CLIQUE AQUI E VEJA O VÍDEO

5 Desafios Comuns do TEA: Experiências de Pessoas Autistas e suas Famílias

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode trazer uma série de desafios do TEA e suas famílias, e até mesmo experiências únicas. Neste texto, falaremos como os diferentes tipos de TEA podem apresentar dificuldades específicas, comportamentos distintos e manias que demandam compreensão e apoio. O Papel da família na vida das crianças com TEA: Quando falamos sobre o desenvolvimento de uma criança, sabemos que o papel da família é importante. Seja por ser esse o lugar em que as crianças têm o primeiro contato social, e até mesmo por esse ser o ambiente onde elas se moldam emocionalmente. Com relação aos tratamentos, é preciso ter consciência de que há muitas intervenções que podem beneficiar o desenvolvimento de crianças com TEA, dentre elas estão as intervenções psicopedagógicas, ABA, fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outras.  Porém, em todas as intervenções o papel familiar precisa estar entrelaçado. Você sabe qual o direcionamento da ciência a respeito do papel da família no desenvolvimento da criança com TEA?  Segundo um estudo publicado pela Universidade de Fortaleza, as famílias que possuem participação e uma visão positiva são capazes de destacar as habilidades de seus filhos, apresentando como regularidades comuns as características potencializadoras. É preciso normalizar os erros no TEA: O diagnóstico do TEA, nem sempre é feito de forma precoce e geralmente acaba gerando uma situação de impacto, podendo repercutir na mudança da rotina diária, na readaptação de papéis e ocasionando efeitos diversos no âmbito ocupacional, financeiro e das relações familiares.  Portanto, é preciso entender que não há fórmula perfeita e muito menos um manual para ser seguido. E é no momento do diagnóstico das crianças atípicas que a família precisa respeitar uma sequência de estágios, o impacto, a negação, o luto, o enfoque externo e encerramento. Além disso, são esses estágios que estão associadas a sentimentos difíceis, conflituosos e propícios aos erros. Sem sombra de dúvidas, o diagnóstico é um momento complexo e desafiador e é por isso que é preciso procurar ajuda de especialistas e tentar aplicar tratamentos personalizados às crianças atípicas. Pois, cada criança é única e precisa de um direcionamento correto. Veja as 5 Experiências Comuns, porém Desafiadoras do TEA e suas famílias: Para você entender melhor a complexidade e a importância de um ambiente acolhedor, aqui estão as cinco experiências comuns, mas desafiadoras, enfrentadas por pessoas com TEA e suas famílias: Uma das características centrais do TEA é a dificuldade na comunicação e interação social. Para pessoas com TEA, expressar emoções, estabelecer relacionamentos e compreender as nuances da comunicação podem ser desafios diários.  Essa dificuldade pode gerar frustração e isolamento, tanto para a pessoa com TEA quanto para a família, que busca encontrar maneiras alternativas de se conectar e garantir uma boa qualidade de vida. Muitas pessoas com TEA têm sensibilidades sensoriais exacerbadas. Ruídos altos, luzes brilhantes, texturas ou cheiros intensos podem causar desconforto e sobrecarga sensorial.  Adaptar o ambiente doméstico e encontrar estratégias para lidar com essas sensibilidades pode ser um desafio constante para a família. Entender e respeitar as necessidades individuais de cada pessoa com TEA é fundamental para proporcionar um ambiente seguro e acolhedor. Comportamentos repetitivos, também conhecidos como estereotipias, são comuns em pessoas com TEA. Essas manias podem incluir movimentos corporais repetitivos, fixação em determinados objetos ou padrões de pensamento rígidos.  Embora esses comportamentos possam trazer conforto e segurança para a pessoa com TEA, eles podem ser desafiadores para a família lidar, especialmente em ambientes sociais. A compreensão e a aceitação dessas manias são cruciais para construir uma convivência harmoniosa. A busca por serviços e suporte adequados pode ser um desafio enfrentado por muitas famílias de pessoas com TEA. Desde diagnóstico e avaliação, até terapias especializadas, encontrar profissionais experientes e recursos adequados pode ser um processo complexo e demorado.  A falta de acesso a esses serviços pode impactar o desenvolvimento e a qualidade de vida da pessoa com TEA, além de aumentar o estresse da família. Apesar dos avanços na conscientização sobre o TEA, o estigma e a falta de compreensão ainda persistem. Famílias de pessoas com TEA podem enfrentar julgamentos, discriminação e exclusão social. O desafio de educar a sociedade e criar um ambiente inclusivo é constante, mas também fundamental para permitir que as pessoas com TEA sejam aceitas e valorizadas em todos os aspectos da vida. Em suma, os desafios do TEA e suas famílias são incontáveis. Ou seja, viver com o TEA apresenta desafios diários para todos os envolvidos. Porém, é através da compreensão, apoio e educação que é possível criar um ambiente acolhedor e inclusivo para todas as pessoas com TEA.

Dificuldades de Aprendizagem: A Importância do Diagnóstico Precoce

O Diagnóstico precoce é crucial para a alfabetização de crianças atípicas, que enfrentam diferentes tipos de dificuldades de aprendizagem.  Antes de mais nada, é preciso ter em mente que identificar essas dificuldades é o primeiro passo para garantir que a criança receba o suporte adequado para seu desenvolvimento acadêmico. Mas como identificar as diferentes dificuldades de aprendizagem que as crianças atípicas podem enfrentar? Existem muitos sinais de alerta que os pais e educadores devem observar. Quais são os sinais de que uma criança pode estar enfrentando dificuldades de aprendizagem? O primeiro passo para identificar dificuldades de aprendizagem é observar a criança de perto. Os pais, professores e cuidadores devem estar atentos a sinais como dificuldades na leitura, escrita ou matemática, bem como problemas de comunicação ou comportamento.  Além disso, também existem outros sinais de alerta que é preciso ficar atento, como por exemplo dificuldade em seguir instruções e até mesmo de compreender histórias. Afinal, quando se trata de crianças atípicas, a identificação precoce de dificuldades de aprendizagem é especialmente importante. Crianças com autismo, dislexia, déficit de atenção e outras condições podem enfrentar desafios únicos que exigem abordagens de ensino personalizadas. Como o diagnóstico precoce pode ajudar a criança a receber o suporte adequado para o seu desenvolvimento acadêmico? Conforme dito anteriormente, para garantir que o diagnóstico correto seja feito, é importante que os pais e educadores consultem profissionais especializados em distúrbios de aprendizagem. Afim de que esses profissionais possam realizar uma avaliação completa da criança, incluindo testes cognitivos, de leitura e escrita, além de avaliar a habilidade da criança em se concentrar e acompanhar atividades. Além disso, o diagnóstico correto e precoce auxilia os profissionais de educação para que possam criar um plano de ensino personalizado que atenda às necessidades individuais da criança. É por isso que o diagnóstico correto e precoce é tão importante. Como as escolas podem se preparar para atender às necessidades de crianças atípicas através do diagnóstico precoce? Desse modo, para que a escola consiga auxiliar de forma efetiva dando suporte para os alunos são necessários algumas estratégias. Aqui estão dois exemplos: Resposta à Intervenção (RTI): Pois, é uma abordagem que busca identificar as dificuldades de aprendizagem de cada aluno. O Plano de Educação Individualizado (PEI): Pois, é um documento que descreve as necessidades educacionais de uma criança com dificuldades de aprendizagem e estabelece objetivos e metas específicas para o seu desenvolvimento. Portanto, através da aplicação de testes e observações, o RTI ajuda a oferecer intervenções adequadas para ajudá-los a progredir. Em resumo, o diagnóstico correto e precoce é essencial para garantir a alfabetização bem-sucedida de crianças atípicas.  Portanto, observar de perto e identificar as dificuldades de aprendizagem é o primeiro passo, e o segundo é procurar ajuda profissional. É fundamental para garantir que a criança receba o suporte necessário para seu desenvolvimento acadêmico e pessoal. Lembre-se: o diagnóstico precoce é fundamental para que a criança possa ter uma educação de qualidade e se desenvolver de forma plena. Gostou deste conteúdo mas, ainda assim, sente que precisa de apoio para ensinar os pequenos? Aqui está um vídeo que pode ajudar: Último artigo do Dr. Clay Brites. Baixe aqui.

ATIVIDADES PSICOMOTORAS PARA ALUNOS COM TEA NA ESCOLA

ATIVIDADES PSICOMOTORAS PARA ALUNOS COM TEA NA ESCOLA – Primeiramente, as atividades psicomotoras são excelentes aliadas na promoção de um desenvolvimento infantil saudável, e também podem ser benéficas para os alunos com TEA. Por isso, quando os pais recebem o diagnóstico de que seu filho tem Transtorno do Espectro Autista (TEA), é comum que surja a preocupação voltada para questões de seu desenvolvimento. Dessa maneira, aprender sobre a psicomotricidade deve ser uma prioridade dos pais ou responsáveis, tendo em vista que atividades psicomotoras promovem o desenvolvimento de habilidades e competências que devem ser estimuladas desde cedo, ainda na educação infantil. MAS COMO AS ATIVIDADES PSICOMOTORAS CONTRIBUEM PARA O DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS COM TEA? De antemão, as atividades psicomotoras podem e devem ser implementadas dentro do âmbito terapêutico da criança com autismo, pois é comum que alguns déficits estejam presentes, como déficits no desenvolvimento motor, da linguagem e da socialização. Ou seja, outro benefício das atividades psicomotoras é a estimulação do controle dos impulsos. Sendo esta uma dificuldade comum entre os indivíduos com TEA. Por isso, as atividades atuam ajudando a aprimorar as habilidades de noção do espaço e do próprio corpo. Portanto, ao inserir atividades que estimulem a psicomotricidade no contexto da criança autista, você está beneficiando diretamente aspectos motores, cognitivos e comportamentais. Porém, é imprescindível que os profissionais envolvidos estejam bem preparados e capacitados a fim de promover uma intervenção bem-feita. DICAS DE ATIVIDADES PSICOMOTORAS PARA ALUNOS COM TEA É necessário que as atividades sejam planejadas e sistematizadas, implementadas de acordo com as estratégias estabelecidas, sempre baseadas em evidências. Sendo assim, o planejamento das intervenções deve levar em conta as particularidades e necessidades de cada criança, com o objetivo de promover o ganho da consciência sobre o esquema corporal e a interação com o meio externo. – Pegadas no chão Nessa atividade, o professor pode pedir ajuda dos seus alunos para pintar ou colar pegadas no chão, e eles podem colorir e enfeitar as pegadas como quiserem. Posteriormente, eles devem andar sobre as pegadas, sem pisar fora delas, alternando as passadas entre pé direito e pé esquerdo. Durante a brincadeira, o docente pode interagir, pedindo que os educandos mudem de direção, façam os movimentos mais devagar ou mais rápido, entre outras ações. Essa atividade trabalha o equilíbrio, estimula a identificação lateral, atua no reconhecimento dos lados direito e esquerdo e aciona a coordenação motora global. – Música e ação Pode ser utilizada a música como aliada do processo de estímulo psicomotor. Para promover esse exercício, serão necessários alguns instrumentos musicais, mas você também pode improvisar caso não tenha. Então, a brincadeira funciona da seguinte forma: o som de cada instrumento representa uma ação, por exemplo, quando o professor tocar o tambor, os alunos devem pular; quando ele tocar o chocalho, eles devem dançar, e assim por diante. Dessa forma, com a implementação dessa atividade, você estará estimulando a discriminação e percepção auditiva, inibição de impulsos, exercitando a identificação das ações, noção e percepção dos sons, orientação espacial, atenção, memorização e interação social com os colegas. – Alfabeto da qualidade Outra atividade muito legal para implementar em sala de aula é o alfabeto da qualidade, que consiste em uma brincadeira simples e bastante produtiva. A princípio, deve ser feito um círculo com todas as crianças presentes. A partir disso, os pequenos devem seguir a mesma linha de raciocínio: cada criança vai dizer o nome do seu amigo e uma qualidade que começa com a mesma letra do nome do coleguinha. Por exemplo, a primeira criança começa com a seguinte frase “eu gosto do meu amigo André porque ele é atencioso”; a seguinte continua “eu gosto da minha amiga Bia porque ela é bacana”. Logo, essa atividade estimula a atenção, a consciência fonológica, afetividade, imaginação, socialização, linguagem e, de certa forma, a coordenação espacial. – Jogo das mudanças Para que essa tarefa fique mais divertida, podem ser utilizados acessórios, como óculos, boné, entre outros. Então, as crianças devem ser divididas em duplas e, em seguida, cada membro da dupla deve observar bem o seu parceiro, e vice-versa. Posteriormente, as duas crianças se viram de costas e mudam alguma coisa no seu visual, com a finalidade do seu colega descobrir o que foi alterado. Outra opção que segue a mesma linha dessa atividade é fazer alterações em objetos ou ambientes da sala em vez de ser em si próprio. O intuito da atividade é auxiliar no desenvolvimento da atenção, estímulo da afetividade, socialização, criatividade e expressão corporal.  Há inúmeras brincadeiras que podem ser realizadas para a estimulação psicomotora. O essencial é conhecer os princípios da psicomotricidade, a fim de realizar a mediação adequada. Ao aplicar esses princípios em intervenções baseadas em evidências, todas as crianças podem ser beneficiadas, inclusive as crianças com TEA. REFERÊNCIAS LAUREANO, C. G.; FIORINI, M. L. S. POSSIBILIDADES DA PSICOMOTRICIDADE EM AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA ALUNOS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA. REVISTA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ATIVIDADE MOTORA ADAPTADA, v. 22, n. 2, p. 317–332, 16 ago. 2021. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/sobama/article/view/10402. Acesso em: 16 nov. 2022. SOUZA NUNES, A. C. A psicomotricidade na educação física para estudantes com TEA: a atuação da educação física na educação especial. Conjecturas, [S. l.], v. 22, n. 11, p. 1012–1027, 2022. DOI: 10.53660/CONJ-1501-2B09. Disponível em: http://www.conjecturas.org/index.php/edicoes/article/view/1501. Acesso em: 16 nov. 2022. Dicas de atividades psicomotoras para alunos com TEA. Rhema Educação, 2022. Disponível em: https://blog.rhemaeducacao.com.br/dicas-de-atividades-psicomotoras-para-alunos-com-tea/. Acesso em: 16 nov. 2022.