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COMPORTAMENTO AGRESSIVO EM CRIANÇAS AUTISTAS

Crianças autistas podem apresentar comportamento agressivo. Aprenda como ajudar!

Comportamento agressivo em crianças autistas – Antes de mais nada, é comum encontrar crianças autistas que apresentam comportamento agressivo com outras pessoas ou com elas mesmas. Por isso é importante saber como agir nessas situações, para ajudar as crianças.

Primeiramente, é importante ter em mente que todas as crianças são diferentes, cada uma possui sua singularidade, inclusive as que possuem Transtorno do Espectro Autista (TEA). Até mesmo, porque indivíduos autistas, em alguns casos, externalizam suas emoções através de atitudes e comportamentos agressivos. 

Outrossim, a agressividade pode ser direcionada a outras pessoas ou a si mesmo. Quando a criança provoca a agressão a si mesma, isto é chamado de comportamento autolesivo. 

Sendo assim, a criança pode expressar o comportamento agressivo de várias formas, como batendo, chutando, atirando objetos e até machucando a si próprio (se mordendo, batendo a cabeça contra a parede).

Comportamento agressivo em crianças autistas

Motivos pelos quais as crianças autistas podem se comportar de forma agressiva:
  • Problemas para entender o que está acontecendo ao seu redor;
  • Dificuldade em comunicar e expressar seus próprios desejos e necessidades;
  • Ansiedade e/ou estresse;
  • Sensibilidades sensoriais, exemplo à barulhos ou ruídos;
  • Para fugir de situações estressantes ou desconfortáveis.
COMO LIDAR COM OS PICOS DE COMPORTAMENTOS AGRESSIVOS DO SEU FILHO

Ou seja, nem sempre será possível evitar todas as explosões de comportamento que o pequeno possa ter. Sendo assim, é essencial conhecer algumas estratégias para saber lidar com o comportamento agressivo, caso ele aconteça.

Fique calmo

Antes de tudo, essa é a conduta primordial, pois os comportamentos mais agressivos geralmente ocorrem pelo fato de o infante sentir-se incapaz de expressar seus sentimentos e emoções.

Sendo assim, eles vão ficando acumulados. Portanto, quando você mantém a calma e controla seus próprios sentimentos, serve como auxílio para não complicar suas emoções com as do seu filho.

Limite o que você diz

Por exemplo, no momento de uma explosão, o pequeno tem um pico de sentimentos, fazendo-o ficar muito estressado. Por conta disso, quando ele está na explosão de um comportamento agressivo, não consegue assimilar o que os pais dizem. Ou seja, essa situação se intensifica quando ele apresenta dificuldades de linguagem, algo comum no TEA.

Assim sendo, a melhor escolha é não falar tanto quando a criança está em crise, e, se for necessário, priorizar o uso de frases curtas.

Conduza seu filho para um local mais seguro

Em princípio, é fundamental levar seu filho para um lugar seguro, de modo que preserve a segurança de todos ao redor, inclusive a dele. Para isso, certifique-se de que o local não contém nada que possa ser prejudicial ou perigoso. Por exemplo: objetos perfurocortantes ou de vidro, prateleiras que possam cair, dentre outros.

Além disso, busque algum espaço fechado e tranquilo, de preferência que não tenha outras pessoas por perto. 

Considere dicas visuais

Dessa forma, as dicas visuais, por meio de imagens, vídeos ou ilustrações, podem ajudar nesses casos. Muitas vezes, o autista responde melhor através da percepção visual.

Por exemplo, você pode ter a imagem de um lugar tranquilo dentro de casa. Ou até mesmo de um personagem ou animal que seu filho goste, qualquer meio que ajude a acalmá-lo.

Procure ajuda se precisar usar contenção física

Em alguns casos, em um comportamento agressivo, será necessária a contenção física para que seu filho não se machuque ou não machuque outras pessoas. Entretanto, essa conduta pode ser perigosa, pois pode gerar mais ansiedade no indivíduo, piorando a situação.

O suporte ao comportamento positivo do pequeno é a melhor opção para combater as crises. Entretanto, se você acha que a contenção física é inevitável, o ideal é conversar com os profissionais que acompanham a criança a fim de discutir a melhor solução para essas situações.

COMO LIDAR COM O COM O COMPORTAMENTO AUTOLESIVO

A princípio, é importante observar sinais de situações ou ações que levem o infante a causar lesões em si próprio. Por isso, fique perto dele e procure entender o que ele está tentando lhe dizer.

Vale lembrar que fazer o que o seu filho quer também pode estimular o comportamento autolesivo.

Algumas estratégias que podem ajudar a evitar o comportamento autolesivo:

  • Você deve entender as situações que desencadeiam o comportamento, com o objetivo de evitá-las;
  • Estimule o pequeno a se expressar de maneira mais positiva. Para isso, esteja próximo e dê espaço para que ele perceba que você está ali para ajudá-lo;
  • Ignore o comportamento ruim, como também parabenize e recompense seu filho quando ele se expressar de uma maneira mais positiva.

Por fim, sempre procure ajuda de profissionais capacitados, pois será de suma importância para ajudar a criança e todos ao seu redor.

REFERÊNCIAS

Guimarães, M. S. da S., Martins, T. E. M., Keuffer, S. I. C., Costa, M. R. C., Lobato, J. L., Silva, Álvaro J. M. e, Souza, C. B. A. de, & Barros, R. da S. (2018). Treino de cuidadores para manejo de comportamentos inadequados de crianças com transtorno do espectro do autismo. Revista Brasileira De Terapia Comportamental E Cognitiva, 20(3), 40–53. Disponível em: http://rbtcc.webhostusp.sti.usp.br/index.php/RBTCC/article/view/1217. Acesso em: 10 set. 2022

MATOS, D. C. DE; MATOS, P. G. S. DE. Intervenções em psicologia para inclusão escolar de crianças autistas: estudo de caso. Revista Espaço Acadêmico, v. 18, n. 211, p. 21-31, 6 dez. 2018. Disponível em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/44949. Acesso em: 10 set. 2022.

Aggressive behaviour: autistic children and teenagers. Raising Children, 2020. Disponível em: https://raisingchildren.net.au/autism/behaviour/common-concerns/aggressive-behaviour-asd. Acesso em: 10 set. 2022. 

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2 respostas em “COMPORTAMENTO AGRESSIVO EM CRIANÇAS AUTISTAS”

Bom dia! Gostei mto de receber estes artigos esclarecedores sobre como lidar com as diversidades no TEA e outros. E como poderemos orientar os pais na conduta com as crianças.

Olá Mirna, tudo bem?

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