Neuroplasticidade: adaptação cerebral na aprendizagem infantil

Você já parou para pensar na incrível capacidade do cérebro infantil de se transformar, na aprendizagem infantil, e de se adaptar constantemente? A neuroplasticidade, potencializa o desenvolvimento cerebral das crianças. Neste artigo, exploraremos a neuroplasticidade na infância, e falaremos sobre como ela auxilia no desenvolvimento do aprendizado.  Você sabe como nosso cérebro se desenvolve? O cérebro humano  vem sendo estudado por muitos anos pela ciência, e isso se dá pelo fato dele possuir cerca de cem bilhões de neurônios, que são células especiais responsáveis por transmitir informações. Ou seja, há cerca de dez mil conexões entre os neurônios ativos, que formam uma rede complexa de comunicação no cérebro.   Além disso, ele é composto por três áreas distintas: o telencéfalo, o tronco cerebral e o cerebelo. Sendo o telencéfalo feito por dois hemisférios divididos em uma série de lóbulos únicos com funções específicas, como mostra a imagem abaixo: Neuroplasticidade: Uma jornada no cérebro infantil Você já deve ter ouvido que “Aprendizagem e Memória estão inerentemente interligadas”. Mas será que você sabe o motivo disso?  Dessa maneira, normalmente, para adquirir novos conhecimentos ou aprimorar habilidades, armazenamos informações em alguma forma de memória para uso futuro. Segundo a neurociência, as memórias são codificadas por meio de mudanças físicas no cérebro, e como resultado, cada vez que algo é aprendido, seu cérebro passa por modificações físicas que formam suas experiências e aprendizados ao longo da vida. Quando falamos de crescimento e neuroplasticidade, é preciso deixar evidente que são nos primeiros quatro anos de vida, que oitenta por cento do desenvolvimento estrutural ocorre no cérebro. Dessa forma, cada área cerebral passa por um processo evolutivo em uma ordem específica e ascendente. Além disso, como todo processo evolutivo é preciso passar por etapas, e a neuroplasticidade é uma das etapas mais importantes no desenvolvimento cerebral.  Portanto, a neuroplasticidade está diretamente relacionada com o cérebro, os neurônios, as células nervosas responsáveis por alimentar o cérebro e com  a capacidade de se adaptar e modificar sua estrutura e funcionamento ao longo do tempo.  Fatores que influenciam a Neuroplasticidade infantil A neuroplasticidade infantil, ou a capacidade do cérebro de se adaptar e reorganizar ao longo da infância, é influenciada por uma variedade de fatores, sendo um dos principais, o ambiente onde a criança está inserida.  Ou seja, estímulos positivos, como brincadeiras interativas e enriquecedoras, exposição à música e artes, além de um ambiente familiar afetuoso e seguro, podem promover o desenvolvimento saudável do cérebro infantil. Além disso, existem outros vários fatores que podem influenciar a neuroplasticidade em crianças, e nós podemos citar alguns: a genética desempenha um papel importante na determinação da capacidade do cérebro de se adaptar, as experiências vivenciadas pelas crianças, o ambiente rico em estímulos, etc.  3 Dicas que vão ajudar a estimular a neuroplasticidade na escola: Como vimos, a neuroplasticidade é a capacidade do cérebro de se adaptar e mudar e, por isso, na escola, estimular essa plasticidade cerebral pode ser crucial para o desenvolvimento dos alunos. Aqui estão algumas dicas que podem ser aplicadas no ambiente escolar para potencializar a neuroplasticidade: 1. Ambiente de aprendizado estimulante: Crie salas de aula envolventes, ricas em estímulos visuais, auditivos e sensoriais, e disponibilize materiais diversificados que desafiem as crianças e promovam uma exploração. 2. Atividades Lúdicas e Desafiadoras: Incorpore jogos e atividades que estimulam diferentes áreas do cérebro. Desafios cognitivos, quebra-cabeças e atividades artísticas interessantes para o desenvolvimento da neuroplasticidade. 3. Interação Social Positiva: Promova um ambiente social positivo e colaborativo. A interação entre as crianças, aliada ao apoio de professores, cria experiências emocionais enriquecedoras que impactam a plasticidade cerebral. Em resumo, compreender e aproveitar a neuroplasticidade na aprendizagem infantil é fundamental para melhorar o desenvolvimento cerebral das crianças. Portanto, ao valorizarmos a plasticidade cerebral, estamos investindo no potencial ilimitado das crianças e no crescimento contínuo de suas capacidades cognitivas e emocionais. Referências:https://solportal.ibe-unesco.org/articles/neuroplasticity-how-the-brain-changes-with-learning/ Kolb B, Gibb R. Brain plasticity and behaviour in the developing brain. J Can Acad Child Adolesc Psychiatry. 2011 Nov;20(4):265-76. PMID: 22114608; PMCID: PMC3222570. https://pathways.org/understanding-neuroplasticity/ Weyandt LL, Clarkin CM, Holding EZ, et al. Neuroplasticidade em crianças e adolescentes em resposta à intervenção terapêutica: uma revisão sistemática da literatura. Neurociência Clínica e Translacional . 2020;4(2). doi: 10.1177/2514183X20974231 https://biglifejournal.com/blogs/blog/teach-kids-growth-mindset-neuroplasticity-activities Galván A. Neural plasticity of development and learning. Hum Brain Mapp. 2010 Jun;31(6):879-90. doi: 10.1002/hbm.21029. PMID: 20496379; PMCID: PMC6871182. https://www.msdmanuals.com/-/media/manual/home/images/n/e/u/neu_viewing_the_brain_a_pt.gif?thn=0&sc_lang=pt

A Ciência por Trás do Aprendizado Multissensorial

No mundo da educação, as abordagens pedagógicas estão sempre evoluindo, e o aprendizado multissensorial vem sendo um destaque nessas abordagens.  Mas o que exatamente é essa abordagem e qual é a ciência que a sustenta?  Neste texto vamos entender esse tema intrigante e explorar como nossos sentidos desempenham um papel fundamental no processo de aprendizagem. Vamos lá? O que é aprendizado Multissensorial? O aprendizado multissensorial envolve a utilização de múltiplos sentidos – como visão, audição, tato e até mesmo o olfato e o paladar – para envolver os alunos em uma experiência de aprendizado mais rica e completa. Além disso, essa abordagem reconhece que nosso cérebro não funciona isoladamente, mas sim como um sistema interconectado, onde diferentes áreas trabalham em conjunto para processar informações. A ciência por trás do aprendizado multissensorial: Ela baseia-se na compreensão de que, ao envolver mais de um sentido durante o aprendizado, aumentamos a probabilidade de que as informações sejam retidas na memória de longo prazo. Isso ocorre porque diferentes partes do cérebro estão ativadas quando recebemos informações de várias maneiras, criando conexões mais fortes e duradouras entre os neurônios. Segundo o livro de Judy Willis, chamado “Estratégias Amigáveis ao Cérebro para a Sala de Aula de Inclusão”, houve um estudo interessante sobre aprender a fazer malabarismos. Os pesquisadores fizeram exames cerebrais em pessoas que praticaram malabarismos por algumas semanas. Eles viram algo incrível nas imagens cerebrais: mais conexões entre as células cerebrais e pequenas estruturas chamadas dendritos. Portanto, isso é importante porque sugere algo muito legal. Se usarmos mais partes do nosso cérebro quando estamos aprendendo algo de uma maneira que usa muitos sentidos (como a aprendizagem multissensorial), podemos criar mais conexões cerebrais. Isso ajuda a lembrar das coisas melhor e a aprender mais rápido. Aprendizagem multissensorial e plasticidade cerebral: Além disso, a abordagem multissensorial também pode ajudar a atender às diversas necessidades de aprendizado dos alunos. Enquanto alguns alunos podem aprender melhor por meio da audição, outros podem se beneficiar mais da visualização ou da interação tátil. Essa flexibilidade na abordagem pedagógica pode criar um ambiente inclusivo e adaptável, permitindo que cada aluno alcance seu potencial máximo. Em um mundo repleto de estímulos sensoriais, é empolgante entender como a ciência apoia a eficácia do aprendizado multissensorial. Ao reconhecer que nosso cérebro é altamente sensível à entrada de múltiplos sentidos, educadores podem otimizar suas estratégias de ensino e proporcionar uma experiência de aprendizado mais rica e envolvente.  Essa abordagem não apenas aprimora a aquisição de conhecimento, mas também promove a retenção de informações de maneira duradoura. Portanto, ao abraçar a ciência por trás do aprendizado multissensorial, estamos investindo no desenvolvimento educacional holístico e proporcionando aos alunos uma jornada de aprendizado verdadeiramente impactante. A Importância para Crianças Atípicas: Para crianças atípicas, como aquelas com transtornos de aprendizagem ou autismo, o aprendizado multissensorial pode ser particularmente impactante. Essa abordagem considera suas diferentes formas de processar informações e oferece múltiplas maneiras de absorver conhecimento.  Como a ciência por trás do aprendizado multissensorial baseia-se na compreensão da neuroplasticidade – a capacidade do cérebro de se adaptar e mudar com base nas experiências. Quando envolvemos múltiplos sentidos durante o aprendizado, diferentes regiões cerebrais são ativadas simultaneamente.  Portanto, como os estímulos sensoriais ativam outras regiões, ela pode ajudar as crianças atípicas a superar barreiras de comunicação e proporcionar uma experiência mais rica e envolvente de aprendizado. Em suma, o aprendizado multissensorial traz diversos benefícios, pois essa ativação simultânea cria conexões mais fortes entre os neurônios, o que aumenta a retenção de informações.  Além disso, quando as experiências multissensoriais despertam emoções positivas, como curiosidade ou surpresa, o cérebro libera neurotransmissores como a dopamina, que fortalecem as conexões neurais e contribuem para uma memória duradoura. E isso explica por que lembramos com mais facilidade eventos que envolveram vários sentidos, como uma aula com demonstrações visuais e práticas. Dessa forma, ao adaptar as estratégias de ensino para envolver vários sentidos, os educadores podem criar um ambiente inclusivo e eficaz de aprendizado. Referências:  Willis, J. (2007). Estratégias amigas do cérebro para a sala de aula de inclusão: percepções de um neurologista e professor de sala de aula . Michael, J. Crosse et al. Resolution of impaired multisensory processing in autism and the cost of switching sensory modality. Communications Biology. vol. 5 .Article number: 601 (2022)- https://www.nature.com/articles/s42003-022-03519-1- Acesso em 31/08/2023. HYMAN, S. L.; LEVI, S. E.; MYERS S. M.; COUNCIL ON CHILDREN WITH DISABILITIES, SECTION ON DEVELOPMENTAL AND BEHAVIORAL PEDIATRICS. Identification, Evaluation, and Management of Children With Autism Spectrum Disorder. Pediatrics, v.145, n1. 2020.

Celebrando o Dia da Infância: Diversidade na Infância Atípica

Nesse dia da infância, comemorado no dia 24 de agosto, queremos dedicar um momento para refletir sobre a riqueza da infância atípica, suas peculiaridades e desafios, bem como a importância de abraçar essas crianças com amor, apoio e inclusão. Desenvolvendo Caminhos Únicos: Crianças atípicas trilham caminhos singulares, muitas vezes enfrentando obstáculos que exigem coragem e resiliência. Distúrbios de aprendizagem, condições neurológicas especiais e outras características únicas podem tornar a jornada delas um pouco mais complexa. No entanto, é exatamente nesses desafios que reside a oportunidade de oferecer a elas o suporte afetivo e os recursos adequados. Acolher crianças atípicas vai além da mera aceitação, e por isso, nesse dia da infância é preciso refletirmos em como proporcionar um ambiente onde elas se sintam compreendidas e amadas. A empatia e o carinho são ferramentas poderosas para promover o desenvolvimento saudável dessas crianças. Da mesma forma, oferecer o tratamento adequado, seja terapêutico, educacional ou médico, é fundamental para que elas alcancem seu potencial máximo. Dia da Infância: Inclusão que Estimula e Inspira A inclusão é a chave para estimular e incentivar crianças atípicas. Quando elas são inseridas em ambientes que as valorizam, aprendem e crescem com mais adaptação e participando mais ativamente. A inclusão não apenas beneficia as crianças atípicas, mas também enriquece o ambiente ao redor, ensinando a todos a importância da diversidade e da aceitação. Essa inclusão pode ser feita de diversas maneiras, seja por meio de ajustes no plano de aula, por meio de celebração de datas comemorativas, como o dia da infância, voltado para crianças atípicas, etc. Despertando Potenciais Através da Psicomotricidade: Quando falamos de inclusão, temos também que falar de estratégias para que ela seja alcançada, e as atividades psicomotoras são uma ótima escolha. A psicomotricidade abrange diversas áreas, como sensoriais, motoras, equilíbrio, agilidade, lateralidade, memória e percepção espaço-temporal, e impactam diretamente as esferas emocionais, psicológicas, intelectuais e sociais de cada criança. Portanto, para comemorar o dia da infância, que tal fazer algumas atividades com os seus alunos?  Essas atividades podem trazer diversos benefícios, a psicomotricidade, além de tudo, pode identificar de forma precoce possíveis dificuldades ou desafios que as crianças possam enfrentar. É uma ferramenta valiosa para proporcionar um ambiente de aprendizado mais inclusivo e enriquecedor. Neste Dia da Infância, recordemos que cada criança, independente de sua jornada atípica, merece ser abraçada e apoiada em sua busca por descoberta e crescimento. Através do amor, do acolhimento afetivo e da promoção da inclusão, podemos criar um mundo onde todas as crianças possam florescer. Ao celebrar a diversidade na infância atípica, reafirmamos o compromisso de oferecer a essas crianças a oportunidade de brilhar e alcançar seu pleno potencial. Incentivar crianças atípicas a desfrutarem da infância é uma jornada de amor e compreensão e você também pode fazer parte disso. Venha participar do Neuromeeting e seja capaz de mudar a realidade delas! Referências: Campelo, Felipe Mike Dantas. A estimulação psicomotora como fator de inclusão e socialização de escolares com o transtorno do espectro autista. 2018. Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44118 . Acesso em 23/08/2023

Atividades de alfabetização e letramento: quais as vantagens?

Você sabia que os processos de alfabetização e letramento são distintos, mas complementares? Alfabetizar e letrar é inserir as crianças no universo da leitura e da escrita. Aprender a ler é o objetivo do processo da alfabetização. Uma criança alfabetizada adquiriu habilidades que a permitem ler e escrever, pois é capaz de codificar fonemas em grafemas e decodificar grafemas em fonemas. Veja neste artigo as vantagens das atividades de alfabetização e letramento. Alfabetização e letramento Esses processos ocorrem juntos e são contínuos. É importante estimular a oralidade das crianças, pois isso favorece esses processos. As crianças aprendem a ler e escrever na alfabetização e se tornam letradas quando aprendem a relacionar a leitura e a escrita com o contexto social. Quando está sendo alfabetizada, a criança adquire essas habilidades à medida que aprende a memorizar o alfabeto, reconhecer sílabas e letras e decodificar os elementos da escrita. No entanto, é preciso também que ela aprenda a interpretar o que lê. Essa aprendizagem se dá através do letramento, até que a criança seja capaz de interpretar e aplicar esse conhecimento no contexto em que está inserida. Portanto, letrar não é apenas ensinar a decodificar a nossa língua, mas a interpretá-la. A criança alfabetizada e letrada adquiriu a habilidade de compreensão da escrita e da leitura, assim como a capacidade de usar essas habilidades diante as demandas sociais. Dessa forma, as atividades de alfabetização e letramento são essenciais para que a criança aprenda a ler, escrever, interpretar textos, pensar sobre o que leu e organizar discursos.  Vantagens das atividades de alfabetização e letramento O papel do professor no processo de alfabetização e letramento é desenvolver as habilidades de escrita e leitura em seus alunos. Dessa forma, é preciso planejar as atividades com muita clareza sobre seus objetivos. As atividades de alfabetização e letramento oferecem oportunidades às crianças de desenvolver habilidades como interpretar textos e aumentar vocabulário, desde que estejam relacionadas com o cotidiano delas. Contação de histórias, com ou sem debate (dependendo da idade das crianças), leitura e análise de jornais, atividades de culinária, brincadeiras e jogos são atividades que favorecem a alfabetização e o letramento. Essas atividades devem ter como foco não somente o ensino da leitura e da escrita, mas também em como usá-las diariamente. Para isso, é fundamental que o próprio ambiente da sala de aula seja estimulante e alfabetizador, com livros e materiais que promovam essas habilidades. A partir das atividades de alfabetização e letramento, as crianças aprendem como se dá a comunicação e se apropriam desse processo. Elas promovem a aprendizagem da leitura, da escrita e da interpretação dos textos. Embora a alfabetização ocorra de forma sistemática nas escolas, o processo, assim como o de letramento, se concretiza em sua vida em sociedade. Dessa forma, é preciso sempre considerar aspectos como a cultura e o tempo de aprendizagem de cada criança. Alfabetizar letrando é oferecer atividades que envolvam os interesses e se relacionem com o cotidiano das crianças, para que elas possam aprender a ler e escrever, mas também a usar essas habilidades em suas vidas. Dicas de atividades: Vimos que a grande vantagem das atividades de alfabetização e letramento é que elas permitem o desenvolvimento das habilidades de leitura, escrita e interpretação. Os jogos e brincadeiras, assim como a contação de histórias e a música são os principais meios para tornar essas atividades eficazes. Brincar é fundamental na aprendizagem, é brincando que as crianças aprendem. Por isso os jogos, brincadeiras e atividades lúdicas favorecem a alfabetização e o letramento. Dessa forma, as crianças aprendem habilidades como consciência fonética e fonêmica, ampliam seu vocabulário e aprendem a ler, escrever e a interpretar. Ou seja, tornam-se alfabetizadas e letradas. Atividades com música, por exemplo, ajudam a desenvolver a linguagem. Cantar para os bebês e também inserir as canções e cantigas de roda na educação é fundamental para prepará-los para a alfabetização. Da mesma forma, contar histórias e ler livros para as crianças são atividades que devem fazer parte do cotidiano escolar e familiar. Além disso, é importante chamar a participação das crianças nessas atividades, fazendo perguntas para elas, como o que mais gostaram na história, qual seu personagem favorito, etc. A partir das atividades de alfabetização e letramento, as crianças aprendem habilidades essenciais não só para a aprendizagem, mas para interagir e compreender o mundo ao seu redor. Se você gostou de saber sobre as vantagens dessas atividades, compartilhe este artigo em suas redes! Referências: GOULART, Cecília M. A. O conceito de letramento em questão: por uma perspectiva discursiva da alfabetização. https://www.scielo.br/pdf/bak/v9n2/a04v9n2.pdf MARTINS,Edson.Luana Cristine Spechela. A IMPORTÂNCIA DO LETRAMENTO NA ALFABETIZAÇÃO. http://www.opet.com.br/faculdade/revista-pedagogia/pdf/n3/6%20ARTIGO%20LUANA.pdf

Deficiência Intelectual: Atrasos no desenvolvimento infantil

Por acaso vocês já desconfiaram que a deficiência intelectual poderia estar relacionada a algum problema no desenvolvimento infantil? Bom, essa dúvida está presente na vida de muitas pessoas. Essa preocupação é importante a partir do momento em que as intervenções para tratar os sintomas manifestados se mostram necessárias para o bem-estar das crianças. Neste texto, vamos entender mais sobre o assunto. A pergunta que não quer calar: existe alguma relação? Desvendando a suspeita de muitos pais e profissionais, podemos confirmar que existe uma relação de coexistência entre a deficiência intelectual e o desenvolvimento infantil. Na verdade, há uma variação de intensidade em cada caso. Para citar apenas um exemplo, suponhamos que um indivíduo apresente uma incidência leve, ele pode ter tanto expectativa de vida e autonomia bem maiores do que aqueles cujo desenvolvimento e deficiência são mais severas. E é por isso que é preciso analisar os casos separadamente. Portanto, diante de tal complexidade, aconselhamos que os responsáveis não desistam de procurar por especialistas. Somente estes profissionais têm o conhecimento ideal para diagnosticar algum sintoma de que algo deve ser olhado com mais detalhe. Deficiência intelectual: O impacto do atraso no desenvolvimento infantil É impossível apresentar o impacto no desenvolvimento infantil como algo fechado, ou seja, como um conjunto limitado de sinais ou características. Sendo assim, podemos citar aqui algumas situações que influenciam no dia a dia da criança, tais como aqueles ligados à autonomia do pequeno. Por exemplo, a dificuldade para desempenhar ações básicas voltadas para os cuidados pessoais, como lavar as mãos, tomar banho, vestir a própria roupa, entre outras situações que estão relacionadas com a autonomia. Vale ressaltar que mesmo muito novos, os pequenos podem e devem ser estimulados a algumas ações de higiene elementar para o seu bem-estar. Podemos considerar a deficiência intelectual aos problemas relacionados à psicomotricidade? Sim, embora muitos acreditem que não seja possível haver tal ligação, pesquisas evidenciaram o contrário.  Podemos citar aqui, por exemplo, a dificuldade com a coordenação motora ampla, (aquela responsável pelas ações dos principais músculos do corpo: andar, dançar, pular, sentar, etc.) como algo que esteja diretamente ligado à deficiência intelectual. Além disso, a dificuldade com a coordenação motora fina, que serve para desempenhar os pequenos músculos e oferecem à criança a capacidade de mover as mãos: manipular objetos, desenhar, recortar, escrever, entre outras ações; também pode ser influenciada. Aspectos da comunicação e do comportamento e o atraso no desenvolvimento Os problemas presentes no atraso do desenvolvimento podem influenciar a comunicação e o comportamento. Os sintomas mais presentes são estes a seguir: • Dificuldade com a habilidade de linguagem e a compreensão da fala da criança;• Dificuldade para habilidade de interação social: quando a criança se mostra arredia em todas as situações que saem do seu contexto familiar. O que é desenvolvimento infantil? O desenvolvimento infantil é um conjunto de aspectos responsáveis pela autonomia da criança em todas as áreas de sua vida. Ele engloba os seguintes campos: emocional, físico, social e cognitivo. O resultado de tudo isso, adequadamente desenvolvido, proporciona aos meninos e às meninas a chance de entender e se inteirar do ambiente em que estão. Todos eles precisam estar conectados para que, de fato, consigam oferecer-lhes facilidades com determinadas habilidades. Em resumo, a deficiência intelectual impacta diretamente o desenvolvimento infantil e por isso, é preciso ressaltar que os responsáveis pela criança devem sempre procurar estar atenta aos sinais que indicam a existência de algo fora da normalidade.  

Desperte Habilidades Matemáticas na Primeira Infância

Assim como as noções linguísticas, sociais e físicas, as habilidFades matemáticas são indispensáveis para o desenvolvimento infantil. Da mesma forma que usamos a matemática no cotidiano, as crianças podem aprender as habilidades matemáticas no dia a dia, antes da fase escolar. Neste texto, vamos entender a importância do aprendizado da matemática, e aprender como aplicar essa habilidade. Entenda a importância da Habilidade Matemática: Essas habilidades são importantes e funcionam como uma preparação para a escola. O que não significa que você ensinará operações difíceis ou conteúdos teóricos para a criança. Ao contrário, o despertar dessas habilidades na primeira infância deve ser feito levando em consideração a idade e as aptidões de cada um. Durante a fase pré-escolar, a maioria das crianças tem uma compreensão em relação à adição, e também a subtração por meio de atividades diárias e por meio de brincadeiras. Um exemplo disso, é quando uma criança tem dois bonecos e percebe que, ao dividir um boneco com o amigo, ela fica com apenas uma. Além disso, ela pode adquirir outras noções iniciais. Como ocorre ao contar os passos ou descrever formas de objetos. Portanto, as atividades cotidianas, informais, dão um impulso inicial. Sendo assim, a criança aprende os conteúdos matemáticos na escola. HABILIDADES MATEMÁTICAS PARA A ESCOLA Algumas habilidades podem servir como pré-requisito no momento em que a criança precisará aprender conteúdos mais avançado. Nesse contexto, existem algumas noções que você pode abordar na fase pré-escolar, tais como:  – Sentido do número: é a capacidade de reconhecer e comparar quantidades sem realizar uma contagem. Como quando a criança identifica em qual saquinho há mais balas.  – Representação: Aplicar as ideias matemáticas na realidade para quando a criança brincar de desenhar com um amigo e percebe que serão necessários dois lápis. Já que será um lápis para ela mesma e o outro para seu amigo;  – Sentido espacial: diz respeito ao conhecimento relacionado a tamanho, formas, espaço, direção e posição. Um exemplo disso é quando a criança sabe que determinado objeto está em cima ou embaixo da mesa; – Medição: utilizar as medidas relacionadas a peso, altura, tempo, entre outros. Dessa forma, as crianças podem ser estimuladas a perceber a passagem do tempo em dias, horas e minutos, por exemplo. Além disso, elas também podem desenvolver noções de medição ao realizar alguma receita culinária, utilizando mililitros ou gramas para medir os ingredientes.  – Estimativa: é a habilidade de estimar ou dar um palpite sobre a quantidade, ou o tamanho de algo, a partir da compreensão do significado das palavras mais, menos, maior e menor. FEssas estimulações podem ser difíceis para crianças mais novas, portanto, deve ser feito de forma simplificada por meio de exemplos do cotidiano. 5 FORMAS DE DESPERTAR AS HABILIDADES MATEMÁTICAS PRECOCEMENTE Existem crianças que podem ter mais facilidade para desenvolver as habilidades e outras que terão mais dificuldade, e por isso é necessário que as características individuais de cada criança sejam respeitadas. Aqui estão algumas ações que vão ajudar nesse processo:  – Classificar as formas: brincar com as formas, nomeando cada uma delas, contando seus lados e descrevendo cores. Isso pode ser feito através de atividades lúdicas, como pedir para a criança apontar para o círculo ou dizer para ela encontrar o bloco verde;  – Contar e classificar: estimular a contagem e classificação com base na cor e tamanho. A exemplo disso, você pode separar alguns cestos e pedir para que a criança separe os brinquedos em cada cesto de acordo com sua cor.  – Noções de tamanho: estimular a observação dos tamanhos dos objetos, que pode ser feita por meio de comparação entre eles, por exemplo: “o caderno vermelho é maior do que o azul”. Além disso, também é possível estimular essas noções através de perguntas, como: “qual você acha que é maior: o lápis ou o caderno?”; “o meu quarto é menor que o seu?”;  – Sair de casa: Caminhar em outros ambientes com a criança, essa pode ser considerada uma alternativa para trabalhar algumas noções matemáticas, por exemplo: apontar qual é a maior pedra encontrada no caminho; contar quantas árvores podem ser vistas durante um passeio. – Longo ou curto: estimular a comparação a partir da noção de longo ou curto. Você pode fazer isso brincando com objetos, por exemplo: pedaços de tecidos ou fitas, comparando roupas ou até mesmo tamanho de cabelo. Em resumo, ensinar habilidades matemáticas na primeira infância trará benefícios para a sua criança. Porém, é preciso que você respeite os limites da criança e molde ações com base nas limitações dela. REFERÊNCIAS: BIOLCATTI, C. F.; SOARES, L. M. A MATEMÁTICA COMO POSSIBILIDADES PARA O ENSINO DESENVOLVENTE NA PRIMEIRA INFÂNCIA. In: Encontro de Iniciação Científica e Tecnológica, VI, Araraquara, 2021. Disponível em: https://arq.ifsp.edu.br/eventos/index.php/enict/6EnICT/paper/view/561. Acesso em: 13 jul. 2022. Help Your Child Develop Early Math Skills. Zero to Three, 2022. Disponível em: https://www.zerotothree.org/resources/299-help-your-child-develop-early-math-skills. Acesso em: 13 jul. 2022.

Apoio a Crianças Atípicas: Onde começa?

Você já parou para refletir sobre o poder transformador do apoio na vida das crianças atípicas? A inclusão de crianças atípicas é fundamental para garantir que elas tenham igualdade de oportunidades e possam desenvolver todo o seu potencial. Mas imagine como isso pode ser fortalecido quando a família “entra no jogo”. Nesse texto, falaremos sobre a importância da participação ativa dos responsáveis, e a importância da maternidade atípica. Vamos ver juntos como algumas ações desempenham um papel crucial no desenvolvimento das nossas crianças.  A jornada única da maternidade atípica: A maternidade atípica costuma ser um processo repleto de desafios e aprendizados. Mães que cuidam de crianças atípicas enfrentam responsabilidades intensas e demandam habilidades únicas.  Em muitas famílias atípicas, é comum que as mães sejam colocadas em uma posição de responsabilidade extrema em relação às crianças. No entanto, é importante destacar que o cuidado e suporte não devem recair apenas sobre elas.  Esse suporte precisa ser feito com todos os responsáveis e membros da família, pois é preciso que eles trabalhem juntos para equilibrar as funções.  Além disso, ao compartilhar as responsabilidades, os membros da família podem aliviar o peso emocional e físico, além de promover um ambiente de colaboração e apoio mútuo.  Portanto, a maternidade atípica necessita de uma rede de apoio e suporte forte, para que as mães se sintam fortalecidas e capazes de oferecer o melhor suporte aos seus filhos, e por isso a inclusão de todos os membros da família no suporte às crianças atípicas é fundamental para o bem-estar de todos e para criar um ambiente familiar saudável e equilibrado. Entenda a importância da participação familiar na vida das crianças atípicas : A inclusão é a chave para o desenvolvimento saudável das crianças atípicas, pois faz com que as crianças se sintam amadas, aceitas e valorizadas.  De modo geral, a inclusão precisa ir além das palavras e requer a participação ativa de todos os envolvidos. Ao proporcionar oportunidades iguais, apoio emocional e acesso a recursos adequados, podemos ajudar as crianças atípicas a prosperarem e a desenvolverem todo o seu potencial único. A participação de todos os responsáveis é fundamental para garantir que as crianças atípicas recebam o suporte necessário. Ao compartilhar as responsabilidades, todos os membros da família podem contribuir de acordo com suas habilidades e disponibilidade. Por onde começar? Aqui temos algumas dicas e orientações para que você tenha êxito no suporte às crianças atípicas: Comunicação aberta e apoio emocional: É essencial estabelecer uma comunicação aberta e honesta. É preciso que todos tenham a oportunidade de expressar seus sentimentos, preocupações e dúvidas. O apoio emocional mútuo fortalece os laços e ajuda a enfrentar os desafios com maior confiança. Educação e conscientização: Promover a educação e conscientização sobre as necessidades e peculiaridades das crianças atípicas é fundamental. Os familiares e responsáveis devem se informar sobre as condições específicas da criança, seus direitos e recursos disponíveis. Dessa forma, estarão melhor preparados para oferecer o suporte necessário. Participação em terapias e atividades: Incluir todos os responsáveis nas terapias e atividades da criança atípica, também é uma maneira de fortalecer os vínculos e proporcionar um ambiente inclusivo.  Busca por apoio externo: Além do suporte interno, buscar apoio externo é essencial. Participar de grupos de apoio, buscar orientação de profissionais especializados e conectar-se com outras famílias na mesma situação pode proporcionar suporte emocional, troca de experiências e acesso a recursos adicionais. Em resumo, a inclusão dos responsáveis no suporte a crianças atípicas é uma jornada desafiadora, mas repleta de recompensas. Ao envolver todos os membros da família, ou até mesmo todos os responsáveis, é possível criar um ambiente amoroso, inclusivo e acolhedor.  Porém, não se esqueça de que cada criança é única e merece todo o amor, apoio e oportunidades para alcançar seu pleno potencial. Com essas dicas, você estará melhor preparado para trilhar esse caminho de inclusão e fortalecimento de vínculo com a sua criança.

Compreendendo o efeito do contato visual em crianças com Autismo

No mundo do autismo, uma das características marcantes é a dificuldade que algumas crianças têm em estabelecer o contato visual. Esse comportamento pode gerar dúvidas e questionamentos sobre como compreender e auxiliar essas crianças da melhor forma.  Neste texto, exploraremos o efeito do contato visual em crianças com autismo, analisando sua importância na interação social e sugerindo estratégias para promover o desenvolvimento dessa habilidade essencial. O que é contato visual? Em nosso dia a dia, estamos acostumados a utilizar o contato visual como uma forma de comunicação não verbal que transmite emoções, interesse e atenção.  Porém, para as crianças com autismo, o contato visual pode ser desafiador, pois elas podem preferir focar em objetos ou evitar olhar diretamente para o rosto das pessoas. A importância do contato visual: O contato visual desempenha um papel crucial no desenvolvimento das habilidades sociais e na comunicação. Esse contato auxilia as crianças a aprenderem, desde produzir os sons da fala, dentre outras habilidades, como se expressarem. Quando uma criança com autismo faz contato visual, ela demonstra interesse no que está acontecendo ao seu redor e pode se envolver em interações mais significativas. Por exemplo, ao fazer contato visual com seu bebê ou bebê os ajuda a vocalizar e se envolver com você.  O contato visual é uma parte crucial de ensinar uma criança a se comunicar. Além disso, o contato visual ajuda na compreensão das emoções e intenções dos outros, facilitando a empatia e a interação social. Porém, em alguns casos, em crianças atípicas, o contato visual pode gerar estresse e desconforto, ou até mesmo causar uma excitação exagerada. E por conta disso, não é uma boa ideia forçar esse tipo de interação, ela precisa ser natural e estimulada com cautela. Além disso, os pais e cuidadores devem buscar compreender as dificuldades da criança, entendendo que não se trata de desinteresse e apatia, mas sim de um desconforto. Entenda as razões para a dificuldade do contato visual em alguns autistas: As crianças com autismo podem ter dificuldade no contato visual por diferentes razões. Algumas delas podem ser hipersensíveis aos estímulos visuais, achando desconfortável olhar diretamente nos olhos. Outras podem ter dificuldade em processar as informações visuais e preferem direcionar sua atenção para outros estímulos.  Segundo o estudo feito pelos pesquisadores de Yale, “Neural correlates of eye contact and social function in autism spectrum disorder”, publicado pela revista PLOS ONE , existe uma a região específica do cérebro que está ligada ao contato visual reduzido em crianças e adultos com autismo. A análise foi feita por meio de um método não invasivo de neuroimagem óptica, chamado de espectroscopia funcional de infravermelho próximo. Onde foram estudados participantes típicos e com TEA para que pudessem ter um comparativo de resultados. Os participantes do estudo receberam equipamentos, parecido com bonés, com muitos sensores que emitiam luz no cérebro que captavam as mudanças nos sinais de luz e transcreviam informações sobre a atividade cerebral durante breves interações sociais, como olhar e contato olho a olho. A. Participantes com desenvolvimento típico (TD). B. Participantes com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).  De acordo com os pesquisadores, os participantes atípicos tiveram uma redução considerável na região do cérebro chamada córtex parietal dorsal. Sendo esse córtex localizado atrás do lobo frontal, e possui como função ser responsável pela integração das informações sensoriais. Além disso, foi possível afirmar que quanto mais graves os sintomas sociais gerais do TEA, menos atividade é observada na região. A conclusão desse estudo mostra que há uma menor atividade no córtex parietal dorsal ao fazer contato visual. Ou seja, a parte direita desse córtex não funciona da mesma forma em uma pessoa que não possui autismo.  Portanto, também é importante destacar que o contato visual pode ser uma habilidade que precisa ser ensinada e desenvolvida. Como ajudar as crianças com autismo no contato visual? Existem estratégias que podem ajudar as crianças com autismo a desenvolver o contato visual de forma gradual e confortável. Aqui estão algumas sugestões: Em suma, o contato visual para os autistas pode desencadear sensações diversas e por conta disso precisa ser estimulado com cautela. Além disso, é preciso entender que não são todos os autistas que evitam esse tipo de contato, mas sim que essa é uma das características marcantes do diagnóstico. Ou seja, acima de tudo é importante promovermos a inclusão e respeitar os limites de cada criança. Referências: https://news.yale.edu/2022/11/09/why-eye-contact-different-autism https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36350848/

Conheça os diferentes tipos de TDAH e como identificar

Os três tipos de TDAH — Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade — são: hiperativo/impulsivo, desatento e misto/combinado. Cada um deles se caracteriza por um conjunto de sintomas comportamentais descritos no DSM-V — Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais. Anteriormente, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade era dividido em dois: Transtorno de Déficit de Atenção (TDA) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Os sintomas hiperativos e impulsivos eram associados ao TDAH, enquanto os sintomas de desatenção eram diagnosticados como TDA. Hoje, a condição é chamada de TDAH, de acordo com alterações no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) e se divide em três tipos. Neste artigo, vamos falar sobre as características de cada um deles e como identificar o TDAH. Confira! Tipos de TDAH: Tipo hiperativo/impulsivo Pessoas com TDAH hiperativo/impulsivo sentem necessidade de se movimentar constantemente, costumam ser inquietas e têm dificuldade em permanecer sentadas. Nas interações com os outros, costumam falar muito, interromper as falas do interlocutor e completar suas frases antes que ele termine de completar seu raciocínio. Tipo desatento  Pessoas com TDAH tipo desatento cometem erros por descuido, pois têm dificuldade em manter a atenção, em seguir instruções detalhadas e organizar tarefas e atividades. Também podem ter uma memória de trabalho fraca, se distraírem facilmente com estímulos externos e perderem coisas constantemente.  Tipo misto/combinado  Pessoas com TDAH tipo misto/combinado demonstram seis ou mais sintomas de desatenção e seis ou mais sintomas de hiperatividade e impulsividade. Como identificar o TDAH e seus tipos O DSM-V lista nove sintomas que indicam o TDAH hiperativo/impulsivo e outros nove que sugerem TDAH desatento. O diagnóstico de uma criança com TDAH é feito pela observação da presença de pelo menos seis dos nove sintomas perceptíveis por pelo menos seis meses em dois ou mais ambientes, por exemplo, em casa e na escola. Além disso, os sintomas devem interferir no funcionamento ou no desenvolvimento da criança e pelo menos alguns deles devem ser aparentes antes dos 12 anos. Adolescentes e adultos precisam demonstrar apenas cinco desses sintomas em vários ambientes. Sintomas que você precisa saber: Tipo hiperativo/impulsivo  O diagnóstico de TDAH tipo hiperativo/impulsivo é feito quando a pessoa apresenta ao menos 6 dos seguintes sintomas: TDAH Tipo desatento  O diagnóstico de TDAH tipo desatento é feito quando a pessoa apresenta ao menos 6 dos seguintes sintomas: Tipo misto/combinado O diagnóstico de TDAH tipo misto/combinado é feito quando a pessoa atende às diretrizes para TDAH desatento e TDAH hiperativo/impulsivo. Ou seja, deve apresentar 6 dos 9 sintomas listados para cada subtipo. É importante conhecer a diferença entre os tipos de TDAH para ser mais fácil identificá-los. Lembrando que o diagnóstico só pode ser realizado por um médico especialista, por isso ao perceber esses sintomas por um longo período (ao menos seis meses) procure ajuda profissional. Se restou alguma dúvida sobre os tipos de TDAH, deixe nos comentários! Referências: ROHDE, Luis Augusto; BARBOSA, Genário; TRAMONTINA, Silzá  and  POLANCZYK, Guilherme. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2000, vol.22, suppl.2 [cited  2020-11-24], pp.07-11. DESIDERIO, Rosimeire C. S.  and  MIYAZAKI, Maria Cristina de O. S.. Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH): orientações para a família. Psicol. Esc. Educ. (Impr.) [online]. 2007, vol.11, n.1 [cited  2020-11-24], pp.165-176.

Educadores inclusivos: como a NeuroSaber pode ajudar na inclusão

Falar sobre educação no Brasil, também é falar sobre os educadores e o seu método de atuação e inclusão. Você sabia que, segundo o Saeb, a pontuação média dos alunos do 2º ano do ensino fundamental em língua portuguesa teve uma queda significativa nos últimos anos?  Essa diminuição afeta não apenas o desempenho acadêmico, mas também o futuro dessas crianças e adolescentes. Diante desse desafio, surge a pergunta: como podemos melhorar a qualidade da educação e garantir um ensino inclusivo para todos? É nesse contexto que a NeuroSaber entra em cena, oferecendo soluções e recursos fundamentais para capacitar os educadores. Entenda o cenário educacional no Brasil Com o cenário pandêmico que vivemos nos últimos 3 anos, a educação no nosso país piorou. Segundo o Saeb, um sistema de avaliação da educação básica, os alunos do 2º ano do ensino fundamental tiveram uma pontuação mais baixa em língua portuguesa. Em 2019, a média era de 750 pontos, mas em 2021 caiu para 725,5 pontos. Isso significa que a habilidade de ler e escrever está diminuindo.  Além disso, a quantidade de estudantes no 2º ano que não conseguem nem ler palavras isoladas aumentou de 15,5% em 2019 para 33,8% em 2021. Esses números são preocupantes e mostram que precisamos tomar medidas para melhorar a educação no país. Nesse contexto, é essencial que educadores sejam capacitados e estejam preparados para lidar com os desafios da educação inclusiva. A NeuroSaber, uma organização comprometida com a capacitação de pais, professores e profissionais, oferece recursos que podem ser fundamentais nesse processo. Como a NeuroSaber pode contribuir com o seu processo educacional e de inclusão? A NeuroSaber tem como missão capacitar pais, professores e profissionais por meio do conhecimento neurocientífico atualizado, tanto no âmbito nacional quanto internacional, a fim de que se tornem agentes de potencialização do desenvolvimento das crianças e adolescentes. Além disso, os nossos produtos são ferramentas atualizadas, que visam potencializar o desenvolvimento das crianças e adolescentes, levando em consideração suas características individuais. Produtos da NeuroSaber que você precisa conhecer para trabalhar a inclusão: Ainda temos muitos outros produtos além desses, e por isso é fundamental que os educadores se mantenham atualizados e adotem abordagens inclusivas em suas práticas pedagógicas.  A NeuroSaber proporciona o suporte necessário para que os educadores se tornem agentes de transformação, capacitados a promover o aprendizado de todos os alunos, independentemente de suas habilidades e necessidades. Investir na formação de educadores inclusivos é essencial para reverter o cenário preocupante da alfabetização no Brasil. Seja por meio de qualquer um de nossos programas, nós oferecemos soluções abrangentes e embasadas em evidências para apoiar os educadores em sua jornada rumo a uma educação mais inclusiva e eficaz. Ficou interessado e quer conhecer mais sobre os produtos NeuroSaber? Acesse as nossas redes e fique por dentro das novidades.