Aumento de casos de Autismo, existe uma epidemia?

 O aumento de casos de autismo nos leva a um questionamento: será que existe uma epidemia de casos de Autismo? Atualmente existem um aumento de casos de Autismo. Segundo o dicionário,  epidemia significa “agravação de um fenômeno, de um comportamento, de  ações; aumento fora do comum do número de pessoas contaminadas por uma doença em determinada localidade e/ou região”, entre outras definições. Toda a condição epidêmica deve, na medicina, acender sinal de alerta e acionar estudos e pesquisas para contorná-la ou extirpar a causa. As epidemias mais famosas remontam `as doenças infecciosas e condições associadas ao estilo e hábitos de vida. Dentre os distúrbios neuropsiquiátricos, vem chamando atenção dos profissionais da saúde uma possível epidemia nos casos de Autismo. Mas será que isso é verdade? Nos Estados Unidos, da maneira como o diagnóstico de autismo é feito, constatou-se que aumentou três vezes o número de casos nos últimos anos. Mas, segundo pesquisadores, essa realidade não pode ser levada ao pé da letra.   Quando se fala em epidemia de autismo, entende-se que um número muito maior de crianças está nascendo autista. Mas não é verdade. Acontece que mais pessoas/crianças com deficiência intelectual ou com menor desempenho no desenvolvimento mental com sintomas de transtornos neuropsiquiátricos estão sendo classificadas como autistas. Em 1957, nos Estados Unidos, uma pessoa em cada cinco mil era considerada autista. Já em 2002, uma em cada 150 era diagnosticada com autistas. Dez anos depois, em 2012, os números subiram ainda mais, mostrando uma pessoa autista em cada 68. Hoje, a proporção está em 1 para 51 !! Essas informações foram divulgadas pelo Centro Norte-Americano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).  Várias suspeitas, em tempos,   vem recaindo em  fatores do ambiente como possíveis responsáveis por uma hipotética epidemia, como as vacinas, alimentos industrializados, venenos organofosforados aplicados na agricultura, presenca de fungos intestinais, glúten e/ou lactose na alimentação, etc. As evidências científicas, no entanto,  nada concluem acerca destes fatores e,  em recente artigo de retratação, publicado no The Lancet, a comunidade científica descartou que as vacinas normalmente administradas tivessem qualquer relação com o desencadeamento do autismo na infância. Por outro lado,  verifica-se cada vez mais que o Autismo está relacionado a outras condições ambientais como prematuridade (abaixo de 35 semanas), baixo peso ao nascer (abaixo de 2.500 g) e idade materna/paterna ao conceber um filho acima de 40 anos, além de fatores de natureza genética, como: história familiar de autismo, TDAH, transtornos afetivos, esquizofrenia  e deficiência intelectual ou pais com TEA.  O aumento normal da população  geraria, portanto, aumento do nascimento de autistas por extensão por meio da hereditariedade. Outro dado estatístico curioso é a predominância do TEA nas crianças do sexo masculino, na ordem de 4:1, evidenciando a relação maior desta condição com aspectos genético-biológicos. Outrossim, o aparecimento mais comum de epilepsia (risco de 20-30x maior do que na população geral), distúrbios alimentares, transtornos neuropsiquiátricos (grande associação com TDAH) , malformações cerebrais e síndromes genéticas  intensificam ainda mais esta impressão.  Mesmo assim, muitas pesquisas ainda em sido empreendidas – e com toda razão –  com a finalidade de se tentar identificar um fator ambiental que esteja contribuindo para os aumentos dos índices desta condição tão deletérica para o desenvolvimento infantil mas sem resultados cientificamente convincentes. A retirada de glúten e da lactose da alimentação tem se mostrado levemente convincente em alguns casos. O tratamento com recursos biológicos como quelantes, anti-fúngicos e uso de complexos vitamínicos vem resultando em melhora de alguns sintomas mas sem redução eficaz quando comparado a outras abordagens no conjunto das crianças. Muitos casos estão sendo Diagnosticados como Autismo realmente são? Por outro lado, neste sentido, de acordo com pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, a reclassificação de pessoas para o grupo de autistas  –  sendo que antes eram consideradas apenas indivíduos com distúrbios neurológicos  –  gerou a falsa ideia de epidemia, já que, na realidade,  não houve um aumento real na taxa de novos casos de autismo. Instituições respeitáveis como a Academia Americana de Pediatria, Academia Americana de Psiquiatria, a Organização Mundial de Saúde e a National Institute Health (o Ministério da Saúde dos EUA) reconhecem tais conclusões.    Ao analisarem dados referentes a 11 anos de estudos sobre a matrícula de autistas na educação especial escolar, os pesquisadores americanos calcularam uma média de 6,2 milhões de crianças por ano. Durante a década, não foi encontrado nenhum aumento generalizado de um transtorno específico no número de estudantes matriculados na educação especial.  Em contrapartida, o aumento dos estudantes diagnosticados com autismo, matriculados na educação especial, foi compensado proporcionalmente  pela redução equiparada de alunos com outras deficiências intelectuais.  Nesta população, por muito tempo, pouco se valorizou o espectro dos sintomas autísticos associadas a estas condições e,  atualmente, a atualização vem trazendo novos diagnósticos. Esta reclassificação, aparentemente ruim, tem permitido, com o diagnóstico, a revisão das estratégias outrora aplicadas e o remanejo de abordagens. Os estudos concluem, até o momento,  que a possível epidemia de autismo, na verdade, não passou de uma mudança nos critérios e avaliação para fazer o diagnóstico.  Enfim, toda esta discussão corrobora cada vez mais com a opinião de  muitos pesquisadores e  dos cuidadores destas crianças os quais tem insistido na idéia de que é mais importante buscar meios de prevenção e  intervenção precoce para mitigar os sintomas e os problemas cognitivos dos TEA do que esperar, a prazo indeterminado, a descoberta de sua causa.  

Medicações para Autismo podem atuar em genes específicos que estão relacionados com subtipos de TEA

Descobertas recentes podem contribuir para compreender como medicações para autismo conhecidas agem nas diferentes formas de TEA apesar das pesquisas ainda estar em fase de testes Muitas pesquisas sobre medicações para autismo estão sendo feitas, atualmente as pesquisas tem-se debruçado em relacionar estruturas genéticas com princípios farmacológicos. Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte tem relacionado as modificações genéticas existentes no Autismo com a severidade de sua apresentação clínica e médica tentando assim desenvolver medicações mais personalizadas.  Estes achados estão disponíveis no periódico Cell.   Estas pesquisas e estes achados tem sido apoiados por várias instituições de renome nos EUA como o NIH (equivalente ao Ministério da Saúde de lá) e fundações para o estudo de doenças genéticas, como a da Síndrome de Angelman.   O neurobiólogo Mark Zylka e sua equipe demonstraram que um gene específico ligado ao Autismo, quando modificado, interfere na ação de uma enzima importante, a UBE3A, removendo uma molécula desta a base de fosfato. Esta, portanto, perde o controle de sua atividade e desestabiliza a regulação de mecanismos importantes para o desenvolvimento da funcionalidade cerebral.   Esta alteração faz com que a UBE3A fique hiper-excitada e descontrolada direcionando o desenvolvimento cerebral para um estado autístico.   Tal estudo foi realizado em linhagens de células humanas e em modelos de células de  ratos.      QUAL O IMPACTO DESTA DESCOBERTA NO TRATAMENTO DO TEA ????   Bem, neste contexto, os pesquisadores  identificaram a proteína que interliga o fosfato ao UBE3A:  a proteína Quinase A ou o PKA.  Este achado tem implicações no tratamento porque existem várias medicações que podem aumentar ou diminuir a PKA no corpo.   Tais medicações para autismo estão implicadas no tratamento de síndromes que estão relacionadas ao Autismo, especialmente naquelas condições que levam a epilepsia e  severos comprometimentos físicos e  intelectuais. Estes pesquisadores acham que podem, ao manipular o PKA, neutralizar  a enzima UBE3A nestes pacientes e restaurar os seus níveis de normalidade no cérebro podendo implicar numa modificação do comportamento autístico.   Uma destas drogas, o rolipram – que já foi utilizada para depressão mas abandonado devido aos efeitos colaterais – pode ser , assim, em doses menores e seguras, ser utilizada para este fim. A identificação de populações definidas geneticamente correlacionando as mutações com o perfil de seu tipo de autismo pode ser um primeiro grande passo para acertar o alvo do cerne do problema por meio de terapias farmacológicas mais específicas. Isto proporciona uma maior especificidade no tratamento e grandes possibilidades de sucesso ao neutralizar o que deve realmente ser neutralizado e melhorar os sintomas do autismo daquela determinada criança. É sempre bom lembrar que todos os dados aqui apresentados estão em fase de testes e pesquisas.  

Apoio do pai é importante para mães de crianças autistas

Apoio do pai é importante para mães de crianças autistas – Como resultado, estudos mostram que quando a mãe recebe apoio do pai, o ambiente melhora por ter maiores recursos emocionais. Antes de mais nada, a notícia de uma criança com autismo na família pode desestruturar toda a organização familiar. Sendo assim, pesquisadores resolveram estudar o impacto das relações familiares. Dessa forma, estudos acham que o engajamento paterno junto ao bebê  é importante para a saúde mental da mãe quando  a criança tem autismo. Em entrevista ao Maternal and Child Health Journal , os pesquisadores mostraram associações entre o estilo de cuidado do pai quando um bebê tinha 9 meses. Comparado ao aparecimento de sintomas maternos de depressão quando seu filho chegou aos 4 anos.   Apoio do pai é importante para mães de crianças autistas Estes seguiram os pais de 3.500 crianças, incluindo crianças com TEA e 650 crianças com outros transtornos de desenvolvimento.  Eles constataram que mães de crianças com TEA relataram muito menos sintomas de depressão quando seu filho tinha 4 anos… No contexto onde os pais se envolveram muito mais nos cuidados e tiveram uma conduta mais ativa na condução compartilhada desta criança. Por exemplo, acalmar o bebê ou levá-lo junto da mãe ao médico.  Por outro lado, os pesquisadores não viram diferenças significativas no comportamento da mãe nos casos onde a criança era típica. Ou em caso de outros transtornos do desenvolvimento. Apoio do pai é importante para mães de crianças autistas O envolvimento do pai nos cuidados de uma criança com TEA pode ser especialmente fundamental quando comparado com outras condições. Pois pesquisas prévias tem evidenciado que mães de autistas tem maior risco de estresse elevado, depressão e ansiedade do que outras mães. A pesquisa traz implicações muito importantes mostrando como a mãe, sozinha, não tem plenas condições emocionais de dar conta de suprir as necessidades de seu filho com TEA.   Mais apoio de familiares Ou seja, o casal, unido, teria maiores recursos emocionais de acordo com a pesquisa citada neste artigo. Além do mais, a pesquisa reflete, indiretamente, que o envolvimento de mais familiares (avós, tios, madrinhas, primos, etc.) tem papel significativo. Sendo assim, quanto mais apoio aquela mãe tiver do seu parceiro ou de outro familiar teria mais estabilização de um ambiente mais confortável para a mãe ao ser confrontada com o desafio de conduzir seu filho com TEA Fonte: Entrevista Maternal and Child Health Journal sobre TEA. 

Você está convidado para nossa semana Entendendo o Autismo de 05 a 13 de outubro

O que é o Autismo? Por que hoje em dia tantas crianças e adolescentes recebem este diagnóstico? Existem sinais precoces do Transtorno do Espectro Autista (TEA)?? Estas e outras dúvidas serão discutidas na Semana Entendendo o Autismo, um curso aberto sobre TEA . Neste Evento On line  e gratuito o Dr Clay Brites Neuropediatra estará tirando dúvidas e trazendo o que é mais de atual sobre este tema tão importante e que influencia família, escola e toda a sociedade!! Serão 4 vídeo aulas que serão disponibilizados para serem assistidos nesta semana, 24 horas por dia e direto do seu celular, tablet ou notebook. http://lp.neurosaber.com.br.com.br/catalogoneurosaber/ Assim fique ligado e Compartilhe esta iniciativa >>>>>CLIQUE AQUI E FAÇA SUA INSCRIÇÃO<<<<<<

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Autismo Sintomas e Diagnóstico

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Autismo Infantil: Atividades para Crianças

Estimule o desenvolvimento da criança com autismo O Autismo Infantil é uma condição que deve ser estimulada o quanto antes afim de minimizar os prejuízos sócio cognitivo