Voltar

5 TIPOS DE TERAPIA PARA CRIANÇAS AUTISTAS

Entenda os principais tipos de terapia para estimular o desenvolvimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Entenda os principais tipos de terapia para estimular o desenvolvimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

Antes de falar sobre terapia para crianças autistas, é imprescindível reforçar a importância de um diagnóstico precoce , que propicie uma intervenção      na fase em que a criança possui uma maior plasticidade neural, tornando a atuação profissional mais efetiva e diminuindo os prejuízos futuros.

O diagnóstico precoce, em conjunto com as terapias instituídas de maneira adequada e baseadas em evidências, melhora significativamente a comunicação e as habilidades sociais das crianças com autismo (REIS, 2020).

Para o tratamento de indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) existem diversos tipos de condutas      que visam      promover o desenvolvimento em diferentes aspectos      da vida. Vale ressaltar que o TEA é uma condição que afeta o neurodesenvolvimento da criança, mas não é uma doença, logo, não tem cura, e sim, tratamento.

Por esse motivo, o acompanhamento e a intervenção de uma equipe capacitada, que trabalhe em prol do autista, é fundamental para fornecer condições que propiciem o seu desenvolvimento. Tais ações devem contar não só com o apoio de uma equipe capacitada, mas também da família da criança, que acompanhará a rotina do indivíduo diariamente, sendo primordial o seu engajamento nesse processo.

5 TIPOS DE TERAPIAS PARA CRIANÇAS COM ‘TEA’

1 – Intervenção do fonoaudiólogo:

Uma das intervenções mais comuns, quando se fala em autismo, é a realizada pel     os profissionais da fonoaudiologia, visto que, dentre as limitações típicas do autista, destacam-se os problemas de interação social. Dessa forma, através de terapias, os fonoaudiólogos têm o intuito de melhorar o desenvolvimento das aptidões para comunicação oral, escrita, voz, audição e equilíbrio. Nesse contexto, a busca      por melhorias nos elementos citados é de grande valia para vencer as barreiras impostas pelo autismo, no que diz respeito à socialização da criança. Por isso, existe uma grande procura dos pais de crianças com TEA por profissionais da fonoaudiologia.

2 – Intervenção do terapeuta ocupacional:

Outra área da saúde que é bastante requisitada quando se fala de autismo é a Terapia Ocupacional (TO), pois os profissionais dessa área se preocupam em promover a saúde para pessoas que possuem algum problema sensorial, motor e físico. Os terapeutas ocupacionais utilizam métodos e terapias que estimulam o aprimoramento de habilidades motoras, pois, dependendo do grau do autismo, essas habilidades podem estar comprometidas. Desse modo, é importante que a terapia seja feita desde cedo, respeitando a singularidade e as necessidades de cada indivíduo e ofere cendo meios que estimulem uma maior autonomia e adaptabilidade no cotidiano     .

3 – Terapia comportamental (ABA):

As terapias que se baseiam nos princípios da Análise do Comportamento Aplicada (ABA), possuem um maior índice de indicação por parte da Organização Mundial da Saúde (OMS), não só para pessoas com autismo, como também para indivíduos que possuem algum transtorno ou desenvolvimento atípico. Essas terapias têm se mostrado eficazes quando aplicadas ao TEA, uma vez que, por serem baseadas em evidências, elas favorecem o desenvolvimento de aptidões e reduzem os prejuízos advindos da condição causada pelo autismo. O termo ABA vem da abreviação da sigla em inglês para Applied Behavior Analysis e as estratégias implementadas são colocadas através da Análise do Comportamento, com o intuito de entender:

– Quais são os comportamentos que beneficiam ou prejudicam a pessoa;

– Como e por quais motivos      esses comportamentos ocorrem;

– Quais as influências ambientais que se relacionam ao comportamento, de forma a reforçar ou atenuar cada um.

Ao obter as respostas para essas questões, é possível propor práticas e condutas que favoreçam o desenvolvimento e a aprendizagem de novas habilidades para      cada indivíduo.

4 – Acompanhamento pedagógico:

Por meio da lei 12.764/12 (conhecida como Lei Berenice Piana), os alunos com autismo têm direito à educação, bem como podem dispor de um acompanhante pedagógico especializado fornecido pela própria escola. Nesse sentido, o acompanhamento pedagógico é essencial para permitir que cada pessoa tenha suas individualidades e necessidades respeitadas, visto que não existe um único padrão que sirva para lidar com todos os autistas, pois cada um deve ser enxergado como ser singular. Além disso, esse acompanhamento serve, dentre outras coisas, para observar de perto e de forma individualizada o desempenho de cada aluno, no intuito de serem utiliza das estratégias adequadas ao seu desenvolvimento .

5 – Fisioterapia ou atividade física

A coordenação motora fina e grossa são essenciais para que a criança realize diversas atividades, como se locomover, brincar, escrever, desenhar,      manusear objetos, se vestir e cuidar da própria higiene. Logo, a participação de profissionais da fisioterapia e educação física é bastante relevante no atendimento da pessoa com TEA. Porém, é importante salientar a importância de que esses profissionais      tenham capacitação e conhecimento sobre o autismo, a fim de promoverem corretamente as melhores estratégias para cada indivíduo.

Outras terapias podem fazer parte das condutas para pessoas com TEA:

  • Equoterapia: terapia assistida por cavalos; 
  • Gameterapia: uso de videogames em sessões, como alternativa para tornar a terapia mais dinâmica e recreativa;
  • Musicoterapia: técnica que se utiliza da arte e visa estimular a comunicação, expressão e o aprendizado.
REFERÊNCIAS

Parent guide: therapies for autistic children. Raising Children, 2022. Disponível em: https://genialcare.com.br/blog/tratamento-para-autismo/. Acesso em: 7 jul. 2022.

REIS, S. T.; LENZA, N. A Importância de um diagnóstico precoce do autismo para um tratamento mais eficaz: uma revisão da literatura. Revista Atenas Higeia, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 1 – 7, 2020. Disponível em: http://atenas.edu.br/revista/index.php/higeia/article/view/19. Acesso em: 7 jul. 2022. 

Tratamento para autismo: conheça as terapias para pessoas no espectro. Genial Care, 2021. Disponível em: https://genialcare.com.br/blog/tratamento-para-autismo/. Acesso em: 7 jul. 2022.

Você também pode se interessar...

7 respostas em “5 TIPOS DE TERAPIA PARA CRIANÇAS AUTISTAS”

Achei bastante razoável a abordagem do problema e muito contribuiu para aqueles que se interessam pelo assunto.

Bom dia, acabei de saber( pelo meu filho) que minha neta, foi diagnosticada com autismo moderado nível 2.
E gostaria de saber mais a respeito.
Desde já agradeço pela ajuda

Olá Ruth!
O autismo é um transtorno neurológico que afeta o desenvolvimento e a interação social. O termo “autismo moderado nível 2” é uma classificação dentro do espectro do autismo. O espectro do autismo é uma escala que varia de leve a grave, levando em consideração o nível de apoio necessário em diferentes áreas da vida.

É importante buscar o apoio de profissionais especializados, como médicos, psicólogos ou terapeutas, para entender melhor as necessidades e os recursos disponíveis para ajudar sua neta. Esses profissionais podem realizar uma avaliação abrangente e recomendar intervenções adequadas para promover o desenvolvimento e o bem-estar dela.

É recomendável que você busque orientação profissional para obter informações mais detalhadas sobre as necessidades específicas da sua neta e as opções de intervenção disponíveis em sua região. Cada caso é único, e um profissional especializado poderá fornecer orientações personalizadas com base nas características e nas necessidades da sua neta.

Jhulli, Equipe NeuroSaber 💙

Boa noite!
Tenho um filho de 4anos com diagnóstico modelo nível 2 do autismo. Gostaria de saber qual especialista devo procurar,pois tem muita dificuldade na alimentação.

Olá Fabricia, tudo bem?

Para lidar com as dificuldades na alimentação do seu filho, você pode procurar um especialista em terapia ocupacional, um fonoaudiólogo com experiência em distúrbios alimentares ou um nutricionista infantil. Esses profissionais têm conhecimento e habilidades para ajudar crianças com problemas de alimentação.

Espero que encontre a ajuda que precisa!
Jhulli, Equipe NeuroSaber 💙

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *