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5 Desafios Comuns do TEA: Experiências de Pessoas com autismo e suas Famílias

Pessoas com autismo enfrentam diversos desafios em seu cotidiano, o que impacta significativamente a vida da criança e sua família. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode trazer uma série de dificuldades para toda a família, além de experiências únicas no contexto familiar. Entender diferentes aspectos do autismo e família é essencial para propiciar um ambiente saudável e inclusivo.

Neste texto, falaremos como os diferentes tipos de TEA podem apresentar dificuldades específicas, comportamentos distintos e manias que demandam compreensão e apoio. Desse modo, conhecer os diferentes aspectos da condição é fundamental para promover inclusão e respeito às peculiaridades.

O Papel da família na vida das crianças com TEA:

Quando falamos sobre o desenvolvimento de uma criança, sabemos que o papel da família é importante. Seja por ser esse o lugar em que as crianças têm o primeiro contato social, e até mesmo por esse ser o ambiente onde elas se moldam emocionalmente. De fato, esse suporte é vital para a criança e sua família, especialmente quando o diagnóstico do autismo é confirmado.

Com relação aos tratamentos, é preciso ter consciência de que há muitas intervenções que podem beneficiar o desenvolvimento de crianças com TEA, dentre elas estão as intervenções psicopedagógicas, ABA, fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outras. Ademais, em todas as intervenções o papel familiar precisa estar entrelaçado para garantir o sucesso do acompanhamento.

Você sabe qual o direcionamento da ciência a respeito do papel da família no desenvolvimento da criança com TEA? Segundo um estudo publicado pela Universidade de Fortaleza, as famílias que possuem participação e uma visão positiva são capazes de destacar as habilidades de seus filhos, apresentando como regularidades comuns as características potencializadoras. Inclusive, instituições como a Universidade de São Paulo vêm desenvolvendo estudos sobre o impacto do suporte da toda a família no processo terapêutico da pessoa com deficiência.

É preciso normalizar os erros no TEA:

O diagnóstico do TEA, nem sempre é feito de forma precoce e geralmente acaba gerando uma situação de impacto, podendo repercutir na mudança da rotina diária, na readaptação de papéis e ocasionando efeitos diversos no âmbito ocupacional, financeiro e das relações familiares. Por isso, compreender as reações e sentimentos é essencial para manejar a situação de forma mais equilibrada.

Portanto, é preciso entender que não há fórmula perfeita e muito menos um manual para ser seguido. E é no momento do diagnóstico das crianças atípicas que a família precisa respeitar uma sequência de estágios, o impacto, a negação, o luto, o enfoque externo e encerramento. Logo, lidar com o excessivo estresse emocional requer apoio familiar contínuo e serviços adequados.

Além disso, são esses estágios que estão associadas a sentimentos difíceis, conflituosos e propícios aos erros. Não obstante, compreender que o erro faz parte da jornada é imprescindível para fortalecer os vínculos entre a criança e do adolescente e seus cuidadores.

Sem sombra de dúvidas, o diagnóstico é um momento complexo e desafiador e é por isso que é preciso procurar ajuda de especialistas e tentar aplicar tratamentos personalizados às crianças atípicas. Pois, cada criança é única e precisa de um direcionamento correto. Com toda a certeza, conhecer os direitos da pessoa com transtorno é parte fundamental desse processo.

Veja as 5 Experiências Comuns, porém Desafiadoras do TEA e suas Famílias:

Para você entender melhor a complexidade e a importância de um ambiente acolhedor, aqui estão as cinco experiências comuns, mas desafiadoras, enfrentadas por pessoas com TEA e suas famílias:

Dificuldades de comunicação e interação social:

Uma das características centrais do TEA é a dificuldade na comunicação e interação social. Para pessoas com autismo, expressar emoções, estabelecer relacionamentos e compreender as nuances da comunicação podem ser desafios diários. Assim sendo, a socialização se torna um esforço contínuo.

Essa dificuldade pode gerar frustração e isolamento, tanto para a pessoa com TEA quanto para a família, que busca encontrar maneiras alternativas de se conectar e garantir uma boa qualidade de vida. Portanto, estratégias adequadas são indispensáveis para propiciar um ambiente saudável.

Sensibilidades sensoriais:

Pessoas no espectro autista podem apresentar hipersensibilidade (ex.: desconforto com ruídos) ou hipossensibilidade (ex.: busca por estímulos intensos). Ruídos altos, luzes brilhantes, texturas ou cheiros intensos podem causar desconforto e sobrecarga sensorial. Consequentemente, esses estímulos exigem atenção e adaptação no cotidiano.

Adaptar o ambiente doméstico e encontrar estratégias para lidar com essas sensibilidades pode ser um desafio constante para a família. Entender e respeitar as necessidades individuais de cada pessoa com TEA é fundamental para proporcionar um ambiente seguro e acolhedor. De forma que o bem-estar geral seja promovido.

Manias e comportamentos repetitivos:

Esses comportamentos, muitas vezes, ajudam na autorregulação emocional e sensorial. O foco deve ser na aceitação, não na supressão.

Embora esses comportamentos possam trazer conforto e segurança para a pessoa com TEA, eles podem ser desafiadores para a família lidar, especialmente em ambientes sociais. A compreensão e a aceitação dessas manias são cruciais para construir uma convivência harmoniosa. Aliás, a política nacional de proteção prevê a proteção dos direitos da pessoa com deficiência também nesses aspectos.

Acesso a serviços e suporte adequados:

A busca por serviços adequados pode ser um desafio enfrentado por muitas famílias de pessoas com TEA. Desde diagnóstico e avaliação, até terapias especializadas, encontrar profissionais experientes e recursos adequados pode ser um processo complexo e demorado. Além disso, o investimento de tempo e energia costuma ser alto.

A falta de acesso a esses serviços pode impactar o desenvolvimento e a qualidade de vida da pessoa com TEA, além de aumentar o estresse da família. Por essa razão, a nacional de proteção dos direitos visa melhorar essa realidade.

No Brasil, o tempo médio para diagnóstico pode ultrapassar 2 anos (Fonte: Ministério da Saúde, 2022), e terapias como ABA podem custar até R$ 5.000/mês.

Estigma e falta de compreensão:

Apesar dos avanços na conscientização sobre o TEA, o estigma e a falta de compreensão ainda persistem. Famílias de pessoas com TEA podem enfrentar julgamentos, discriminação e exclusão social. Eventualmente, isso afeta diretamente o bem-estar da vida adulta da pessoa com deficiência.

O desafio de educar a sociedade e criar um ambiente inclusivo é constante, mas também fundamental para permitir que as pessoas com autismo sejam aceitas e valorizadas em todos os aspectos da vida. Portanto, o envolvimento de demais pessoas e parte dos profissionais é essencial.

Conclusão

Em suma, os desafios do TEA e suas famílias são incontáveis. Ou seja, Viver com TEA traz desafios, mas também singularidades que podem enriquecer a dinâmica familiar e social.

Porém, é através da compreensão, apoio e educação que é possível criar um ambiente acolhedor e inclusivo para todas as pessoas com TEA.

Perguntas Frequentes (FAQ) Desafios e Experiências das Pessoas com autismo

Quais são os principais desafios enfrentados por pessoas com autismo no cotidiano?

Pessoas com autismo enfrentam desafios como dificuldades de comunicação, interação social, sensibilidades sensoriais e barreiras para acesso a serviços adequados.

Como a família pode apoiar pessoas com autismo no processo de desenvolvimento?

A participação ativa da família é essencial para o desenvolvimento das pessoas com autismo, oferecendo apoio emocional, intervenções terapêuticas e ambiente acolhedor.

Quais são as melhores práticas para cuidar de uma criança com autismo?

Cuidar de uma criança com autismo envolve entender suas necessidades únicas e implementar estratégias eficazes. É fundamental criar uma rotina previsível que possa ajudar a criança a se sentir segura e confortável. Além disso, a comunicação clara e consistente é essencial. Os cuidadores devem também buscar informações sobre as melhores abordagens de tratamento e intervenções, como terapia ocupacional e fonoaudiologia, que podem ser benéficas para a criança.

Como o diagnóstico de autismo infantil afeta a dinâmica familiar?

O momento do diagnóstico pode ser um período crítico para as famílias. Muitas famílias experimentam um misto de alívio e ansiedade, pois o diagnóstico pode fornecer uma explicação para comportamentos desafiadores. No entanto, esse momento também pode trazer sentimentos de tristeza e preocupação com o futuro da criança. A dinâmica familiar pode mudar, pois os membros da família podem se sentir obrigados a se adaptar às novas necessidades da criança e, em alguns casos, isso pode resultar em conflito ou tensão.

De que forma a sociedade pode promover a inclusão de pessoas com autismo?

A inclusão de pessoas com autismo pode ser promovida por meio da conscientização, combate ao estigma, políticas públicas de acessibilidade e formação de profissionais capacitados.

Quais são os principais desafios enfrentados por famílias de crianças com autismo?

As famílias de crianças com autismo frequentemente enfrentam uma série de desafios que podem ser tanto emocionais quanto práticos. Um dos principais desafios é o estigma associado ao transtorno do espectro autista (TEA), que pode levar a um isolamento social e à dificuldade em encontrar suporte. Além disso, as famílias muitas vezes lidam com a sobrecarga emocional e física ao cuidar de uma criança com necessidades especiais, o que pode impactar a qualidade de vida de todos os membros da família. Outras dificuldades incluem a busca por profissionais de saúde qualificados e a navegação no sistema de educação inclusiva.

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