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COMO LIDAR COM O TOD EM CRIANÇAS

COMO LIDAR COM O TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR EM CRIANÇAS –

COMO LIDAR COM O TOD EM CRIANÇAS – O Transtorno Opositivo Desafiador é mais do que desobediência, é a incapacidade de cooperar. É importante usar estratégias que promovam benefícios ao infante.

O QUE É TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR?

Transtorno Opositivo Desafiador (TOD), ou Transtorno Desafiador Opositivo, é um transtorno que afeta diretamente o comportamento infantil.

Também existem algumas características típicas de crianças com TOD:

  • Não costumam fazer o que as pessoas pedem;
  • Acreditam que o que elas estão sendo solicitadas a fazer é irracional ou não tem sentido;
  • Costumam ficar zangadas e agressivas por serem contrariadas ou solicitadas a fazerem coisas.

Nesse contexto, sabe-se que a maioria dos infantes são desobedientes e mal-humorados, principalmente quando estão chateados, cansados ou quando precisam fazer algo que não gostam. No entanto, um indivíduo com TOD apresenta comportamentos opositivos desafiadores em uma frequência mais elevada, bem como esse comportamento é expresso de maneira mais severa, o que prejudica a realização das atividades cotidianas.

AJUDANDO CRIANÇAS COM TOD: EM CASA
Por outro lado, estão listadas abaixo algumas estratégias que podem ajudar a melhorar o comportamento do infante em casa:
  • Elogie seu filho sempre que ele demonstrar algum comportamento positivo, pois, por mais que seja simples, é importante para fazê-lo entender o que se espera dele;
  • Estruture um esquema de recompensas baseado no comportamento dele. Caso ele se comporte positivamente, receberá recompensas; caso contrário, as recompensas não serão concedidas. Desse modo, você reforça os comportamentos positivos e incentiva o pequeno a tentar controlar suas emoções. Vale ressaltar que, geralmente, esse sistema de recompensas funciona melhor para crianças entre 3 a 8 anos de idade;
  • Seja direto e objetivo nas suas instruções, por exemplo: “Por favor, coloque a louça na pia”;
  • Por exemplo, ofereça opções delimitadas para quando o pequeno for fazer algo, por exemplo: “Você gostaria de fazer sua lição de casa agora ou depois do próximo programa de TV?”;
  • Antes de mais nada, na hora que o infante estiver em uma crise, apresentando agressividade verbal ou física por algum motivo, o mais indicado é que você espere a raiva passar, apenas contenha-o e fique ao lado dele. Após 30 a 40 minutos, quando seu filho estiver mais calmo, você pode sentar e conversar com ele, orientando-o e mostrando outros caminhos para ajudá-lo.

Ter o acompanhamento de um psicólogo é fundamental, pois esse profissional pode indicar estratégias específicas para auxiliar seu filho em casa.

AJUDANDO CRIANÇAS COM TOD: NA ESCOLA

É fundamental que os pais conversem com os professores e funcionários da escola sobre seu filho e o plano de tratamento dele, além de quaisquer outras recomendações do psicólogo, psiquiatra ou pediatra. A escola e os professores são excelentes aliados para ajudar através de algumas ações, como:

  • Aplicar programas de gerenciamento de comportamento em sala de aula, como sentar o aluno na frente da sala de aula, longe de distrações;
  • Realizar atividades estruturadas em sala, por exemplo: ter um planejador diário na parede que permite que as crianças saibam o que está sendo feito, de forma que entendam e sejam parte do processo educativo;
COMO LIDAR COM O TOD EM CRIANÇAS
  • Perceber no pequeno as suas maiores dificuldades, ou seja, o que mais o deixa contrariado e faça com que ele tenha as maiores manifestações opositoras e desafiadoras. Conhecer o perfil comportamental do estudante é imprescindível para estabelecer estratégias específicas para melhorar o seu comportamento em sala de aula;
COMO LIDAR COM O TOD EM CRIANÇAS
  • Estar atento se o infante opositivo desafiador possui ou não um ou mais dos três transtornos associados ao TOD: Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Transtorno bipolar e Transtorno do Espectro Autista (TEA);
  • Desde cedo o professor deve estabelecer regras e rotinas na sala de aula, de forma que todos possam cumprir durante o período letivo.

Portanto, se desde cedo a escola, de forma motivadora, utilizar as outras crianças para fazer um controle social, onde todos devem seguir regras, mesmo tendo TOD, o indivíduo receberá uma pressão social positiva para seguir essas regras e aos poucos ele irá aprendendo a controlar suas emoções. Além disso, os benefícios para o pequeno são ainda maiores quando a família, os profissionais de saúde mental e os professores trabalham juntos.

REFERÊNCIAS

UTZIG, S. M.; CASTRO, C. J. de; DIAS, M. A. de M. B.; BALK, R. de S. ESTRATÉGIAS EDUCACIONAIS PARA PROMOVER A INTERAÇÃO SOCIAL DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO OPOSITOR DESAFIADOR (TOD) NO ÂMBITO ESCOLAR: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA. Revista Inter Ação, Goiânia, v. 47, n. 1, p. 250–263, 2022. DOI: 10.5216/ia.v47i1.71370. Disponível em: https://revistas.ufg.br/interacao/article/view/71370. Acesso em: 6 set. 2022.

APA – AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Tradução de Maria Inês Corrêa Nascimento. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

Oppositional defiant disorder (ODD): children 5-12 years. Raising Children , 2021. Disponível em: https://raisingchildren.net.au/guides/a-z-health-reference/odd. Acesso em: 06 set. 2022.

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8 respostas em “COMO LIDAR COM O TOD EM CRIANÇAS”

Trabalho com um 4° ano e tenho um aluno que hoje recebe medicação, mas desconheço o laudo dele.
Depois que passei a estudar mais sobre as necessidades especiais e conheci o TOD desconfio que esse seja o transtorno dele.
Mas como ter certeza para saber se as atitudes realizadas são corretas?
Antes do diagnóstico sei que ele jogava cadeira, material e tudo que tivesse na frente. Hoje, ele fica emburrado, se nega a fazer mas quando digo que se não fizer, não posso ajudar se tiver dificuldade e mesmo emburrado realiza.
Vocês tem como me auxiliar?

‘(…)Desde cedo o professor deve estabelecer regras e rotinas na sala de aula, de forma que todos possam cumprir durante o período(…) Sobre esta ação, lembrei que minha professora do primário, atual fundamental1, tinha o hábito de registrar no quadro a rotina da turma. Quando iniciei no magistério, tinha essa prática. Cada item concluido era um avanço. Atualmente não vejo acontecer. Observando algumas situações escolares, talvez fosse interessante colocar em prática, pelo menos no fund1. Não só o aluno com TOD ganharia , mas toda a turma. Presenciei situações que foram desconfortáveis para o aluno , principalmente, responsável e professor. Um passo a cada instante.

Olá Luciani, tudo bem?

Agradecemos a sua contribuição, fica ligada nas nossas redes sociais pra ver muito conteúdo útil e didático! 😉

Sol,
Equipe NeuroSaber 💙

bom dia, tenho um filho de 7 anos que tem diagnóstico de Tod, tdh, deficite de atenção, mas o tod, é o pior deles, ele é agressivo, descontrolado, ele não aceita ser contrariado, grita, bate nas coisas e pessoas, eu levo ele ao medico a 3 anos, estamos numa luta para encontrar um remedio que o ajude, hoje ele faz uso de venvance 30 miligramas, neoleptil, e atensina, medico passou acido valproico, e sertralina, tenho medo de dar tantos remedios, estou muito preocupada, voces acham que afeta muito ele esse tanto de medicamentos, ? ele faz terapia ocupacional, terapia com a psicologa tudo que esta em minhas maos para ajuda-lo estou fazendo. só estou muito cansada..

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