Atividades de alfabetização e letramento: quais as vantagens?

Você sabia que os processos de alfabetização e letramento são distintos, mas complementares? Alfabetizar e letrar é inserir as crianças no universo da leitura e da escrita. Aprender a ler é o objetivo do processo da alfabetização. Uma criança alfabetizada adquiriu habilidades que a permitem ler e escrever, pois é capaz de codificar fonemas em grafemas e decodificar grafemas em fonemas. Veja neste artigo as vantagens das atividades de alfabetização e letramento. Alfabetização e letramento Esses processos ocorrem juntos e são contínuos. É importante estimular a oralidade das crianças, pois isso favorece esses processos. As crianças aprendem a ler e escrever na alfabetização e se tornam letradas quando aprendem a relacionar a leitura e a escrita com o contexto social. Quando está sendo alfabetizada, a criança adquire essas habilidades à medida que aprende a memorizar o alfabeto, reconhecer sílabas e letras e decodificar os elementos da escrita. No entanto, é preciso também que ela aprenda a interpretar o que lê. Essa aprendizagem se dá através do letramento, até que a criança seja capaz de interpretar e aplicar esse conhecimento no contexto em que está inserida. Portanto, letrar não é apenas ensinar a decodificar a nossa língua, mas a interpretá-la. A criança alfabetizada e letrada adquiriu a habilidade de compreensão da escrita e da leitura, assim como a capacidade de usar essas habilidades diante as demandas sociais. Dessa forma, as atividades de alfabetização e letramento são essenciais para que a criança aprenda a ler, escrever, interpretar textos, pensar sobre o que leu e organizar discursos.  Vantagens das atividades de alfabetização e letramento O papel do professor no processo de alfabetização e letramento é desenvolver as habilidades de escrita e leitura em seus alunos. Dessa forma, é preciso planejar as atividades com muita clareza sobre seus objetivos. As atividades de alfabetização e letramento oferecem oportunidades às crianças de desenvolver habilidades como interpretar textos e aumentar vocabulário, desde que estejam relacionadas com o cotidiano delas. Contação de histórias, com ou sem debate (dependendo da idade das crianças), leitura e análise de jornais, atividades de culinária, brincadeiras e jogos são atividades que favorecem a alfabetização e o letramento. Essas atividades devem ter como foco não somente o ensino da leitura e da escrita, mas também em como usá-las diariamente. Para isso, é fundamental que o próprio ambiente da sala de aula seja estimulante e alfabetizador, com livros e materiais que promovam essas habilidades. A partir das atividades de alfabetização e letramento, as crianças aprendem como se dá a comunicação e se apropriam desse processo. Elas promovem a aprendizagem da leitura, da escrita e da interpretação dos textos. Embora a alfabetização ocorra de forma sistemática nas escolas, o processo, assim como o de letramento, se concretiza em sua vida em sociedade. Dessa forma, é preciso sempre considerar aspectos como a cultura e o tempo de aprendizagem de cada criança. Alfabetizar letrando é oferecer atividades que envolvam os interesses e se relacionem com o cotidiano das crianças, para que elas possam aprender a ler e escrever, mas também a usar essas habilidades em suas vidas. Dicas de atividades: Vimos que a grande vantagem das atividades de alfabetização e letramento é que elas permitem o desenvolvimento das habilidades de leitura, escrita e interpretação. Os jogos e brincadeiras, assim como a contação de histórias e a música são os principais meios para tornar essas atividades eficazes. Brincar é fundamental na aprendizagem, é brincando que as crianças aprendem. Por isso os jogos, brincadeiras e atividades lúdicas favorecem a alfabetização e o letramento. Dessa forma, as crianças aprendem habilidades como consciência fonética e fonêmica, ampliam seu vocabulário e aprendem a ler, escrever e a interpretar. Ou seja, tornam-se alfabetizadas e letradas. Atividades com música, por exemplo, ajudam a desenvolver a linguagem. Cantar para os bebês e também inserir as canções e cantigas de roda na educação é fundamental para prepará-los para a alfabetização. Da mesma forma, contar histórias e ler livros para as crianças são atividades que devem fazer parte do cotidiano escolar e familiar. Além disso, é importante chamar a participação das crianças nessas atividades, fazendo perguntas para elas, como o que mais gostaram na história, qual seu personagem favorito, etc. A partir das atividades de alfabetização e letramento, as crianças aprendem habilidades essenciais não só para a aprendizagem, mas para interagir e compreender o mundo ao seu redor. Se você gostou de saber sobre as vantagens dessas atividades, compartilhe este artigo em suas redes! Referências: GOULART, Cecília M. A. O conceito de letramento em questão: por uma perspectiva discursiva da alfabetização. https://www.scielo.br/pdf/bak/v9n2/a04v9n2.pdf MARTINS,Edson.Luana Cristine Spechela. A IMPORTÂNCIA DO LETRAMENTO NA ALFABETIZAÇÃO. http://www.opet.com.br/faculdade/revista-pedagogia/pdf/n3/6%20ARTIGO%20LUANA.pdf

Promovendo a consciência fonológica em crianças atípicas: atividades divertidas e engajadoras

Promover a consciência fonológica em crianças atípicas pode ser uma tarefa desafiadora, mas também, de grandes recompensas. Existem várias atividades divertidas e engajadoras que podem ajudar a desenvolver a consciência fonológica das crianças. Nesse texto, mostraremos como adaptar essas atividades para atender às necessidades individuais de cada criança, levando em consideração suas habilidades e interesses. Entenda a importância da consciência fonológica: Pode parecer que não, mas a consciência fonológica é vista desde a primeira infância, sabia? Quando os bebês começam a reconhecer e imitar os sons da fala, até a idade escolar, a consciência fonológica desempenha um papel crucial que irá impactar diretamente a aprendizagem da leitura e da escrita. Além disso, ela envolve a compreensão e a manipulação dos sons da fala, como identificar rimas, segmentar palavras em sons individuais (sílabas e fonemas) e manipular esses sons para formar novas palavras.  Ou seja, a consciência fonológica está intimamente ligada ao desenvolvimento da leitura, pois as crianças precisam reconhecer e manipular os sons das letras para decodificar palavras e compreender o significado do texto. No entanto, muitas crianças atípicas podem apresentar dificuldades nessa área, devido a diferentes condições ou necessidades especiais. Portanto, é importante fornecer oportunidades e atividades adequadas para desenvolver a consciência fonológica em cada fase do desenvolvimento, permitindo que as crianças fortaleçam suas habilidades linguísticas e se tornem ótimos leitores e escritores. Atividades que vão contribuir para o desenvolvimento da consciência fonológica nas crianças: Uma forma divertida e eficaz de promover a alfabetização e a consciência fonológica em crianças é através dos quebra-cabeças sonoros. Essa atividade estimula o reconhecimento dos sons das letras e a construção de palavras de forma progressiva. Vejamos como montar esse quebra-cabeça passo a passo: Aprendendo brincando: Letrinhas divertidas A alfabetização pode ser uma jornada emocionante quando acompanhada de brincadeiras divertidas. E é por conta disso que a NeuroSaber criou o jogo “Letrinhas divertidas”.  O intuito do Letrinhas é a estimulação de forma lúdica do conhecimento alfabético, isto é, a relação entre nomes, formas e sons das letras. Dessa forma, aproximando as crianças de um aprendizado leve e eficaz. Além disso, esse brinquedo pedagógico junta a questão da ludicidade com a evidência científica, e é fabricado e idealizado pela NeuroSaber. Letrinhas divertidas é totalmente seguro e possui o selo do INMETRO. O diferencial do Letrinhas é o material, ele é feito com material imantado e feito com impressão em letras maiúsculas, com o tamanho adequado, para que as crianças não engulam ou tenham qualquer tipo de acidente.  Podemos afirmar que esse brinquedo prende a atenção e estimula a aprendizagem de crianças e adultos, típicos ou atípicos. Com ele você tem liberdade para ensinar de diversas formas e ainda permite que o seu aluno interaja junto. Promover a consciência fonológica e a alfabetização em crianças atípicas pode ser um desafio, e por isso é preciso estar atento às necessidades individuais de cada criança. Com a implementação de atividades engajadoras no cotidiano das crianças, é possível alcançar mais eficácia no processo de alfabetização. Dessa forma, tente acrescentar no dia a dia as dicas que demos aqui, desde montar quebra-cabeças sonoros a utilizar recursos como as Letrinhas Divertidas da NeuroSaber. Gostou das dicas? Então temos uma notícia para você. Venha descobrir o passo a passo da neuro-alfabetização, com começo, meio e fim, através da nossa Imersão Alfabetizador. Inscreva-se aqui

Psicomotricidade: 5 atividades para estimular o tônus

Antes de mais nada, é preciso ter em mente que a psicomotricidade é uma ciência que tem como foco o desenvolvimento motor, cognitivo e emocional das crianças nas diferentes faixas etárias. Neste artigo, você entenderá o motivo do tônus muscular ser essencial para o desenvolvimento da criança e pode ser estimulado por meio de simples atividades de psicomotricidade. IMPORTÂNCIA DO TÔNUS: O tônus define-se como a resistência do músculo, isto é, a tensão ou contração que o músculo exerce involuntariamente. Ou seja, ele é o responsável por fazer com que os músculos entre em ação sempre que for necessário. O tônus muscular permite que uma pessoa mantenha a postura. Se uma criança tem problemas com o tônus, ela pode ter dificuldade em andar, controlar o pescoço, comer, falar e segurar objetos. Isso pode afetar várias atividades importantes do dia a dia. O desenvolvimento do tônus ocorre a partir da estimulação do meio. Por isso é de suma importância o auxílio dos responsáveis pela criança, sejam eles pais, professores ou profissionais da saúde. Desse modo, conhecer atividades que promovem a estimulação do tônus é indispensável para contribuir com um bom desenvolvimento psicomotor. POR QUE DEVO ESTIMULAR O FORTALECIMENTO DO TÔNUS ATÉ OS 12 MESES DE IDADE? Além disso, durante os primeiros meses de vida ocorrem modificações importantes no cérebro de um bebê. Pois os neurônios estão se desenvolvendo e se conectando entre si, o que resulta na aprendizagem de novas habilidades e novos comportamentos. Portanto, tudo ocorre de forma progressiva, do mais simples ao mais complexo. Dessa maneira, estimular o fortalecimentodo tônus nesses primeiros meses de vida é fundamental para que o bebê se desenvolva de maneira adequada. Podemos dizer que o desenvolvimento motor de um bebê acontece conforme uma programação genética prévia. Esse desenvolvimento ocorre segundo dois princípios, chamados encéfalo-caudal e próximo-distal. O princípio encéfalo-caudal indica que o desenvolvimento motor ocorre de cima pra baixo. Ou seja, primeiro o bebê aprende a controlar a cabeça, depois o tronco, as pernas e os pés. PSICOMOTRICIDADE: 5 ATIVIDADES PARA ESTIMULAR O TÔNUS: Já o princípio próximo-distal indica que o desenvolvimento motor ocorre do centro do corpo para as extremidades. Ou seja, primeiro o bebê aprende a controlar os ombros, depois os braços, as mãos e por fim os dedos das mãos. Esses princípios aplicam-se ao corpo todo. Apesar dessa genética, a estimulação que o ambiente proporciona ao bebê pode favorecer ou prejudicar o desenvolvimento. Portanto, conhecer as etapas do desenvolvimento é essencial para realizar atividades que se adequam às necessidades dos bebês. Seguindo o princípio próximo-distal e encéfalo-caudal, explicado acima, é possível pensar quais habilidades o bebê pode desenvolver em cada etapa. Por exemplo, aos oito meses, o bebê pode conseguir ficar sentado sem apoio ou ajuda. Isso acontece, principalmente, por conta do fortalecimento de músculos do tronco. Com isso é comum que aos poucos ele tente inclinar-se para pegar brinquedos ou objetos. Posteriormente, os pequenos podem começar a tentar engatinhar, sendo assim interessante incentivar o fortalecimento do tônus das perninhas. Dessa forma, fica comprovado que exercitar o corpo é benéfico em qualquer fase da vida, desde que se respeite as características de cada faixa etária. Assim, no caso dos bebês não é diferente, pois aqueles que são estimulados a se exercitarem tendem a desenvolver melhor as habilidades motoras e também cognitivas. Psicomotricidade- 5 ATIVIDADES PARA ESTIMULAR O TÔNUS: Há diversas atividades e cuidados simples no dia a dia que podem aplicados para estimulação do tônus. Veja a seguir cinco exemplos. 1- Ir para o chão: Naturalmente, é comum que os adultos gostem de ficar com os bebês no braço. Porém, em alguns momentos, é recomendável colocá-los no chão e permitir que eles se movimentem explorando o ambiente. Com cerca de 4 meses, por exemplo, o bebê pode já começar a tentar rolar pelo chão, habilidade que se intensifica aos 6 meses. Por esse motivo, deve-se evitar que o bebê fique muito tempo no colo. Bebês que apresentam um desenvolvimento motor satisfatório, na maioria das vezes, são aqueles estimulados a se movimentarem e explorarem o ambiente. 2- Pintura: A atividade de pintura é importante para estimular o tônus dos bebês. Pode-se começar com tintas naturais e as mãos do bebê a partir dos 6 meses. Conforme crescem, eles podem usar outros materiais como giz de cera, pincel e lápis de cor. Aos 12 meses, eles já conseguem segurar objetos e começar a usar giz de cera. Isso é uma estimulação sensorial. A preensão, inicialmente realizada de forma palmar (com toda a mão), passa a ser cada vez mais refinada. Estimule o bebê a compreender as áreas que podem ser rabiscadas, respeitando o limite de uma folha, e a nomear cores e figuras. Aos poucos, além de desenvolver o tônus, ele estará desenvolvendo também a noção de espaço e o vocabulário, por exemplo. 3- Pular amarelinha: Sob o mesmo ponto de vista, geralmente a partir dos 2 anos e meio, a criança já consegue saltar com os dois pés. Sendo assim, a brincadeira de pular amarelinha auxilia o desenvolvimento psicomotor, trabalhando a noção de espaço e o equilíbrio em conjunto com a tonicidade. Posteriormente, incentive a criança a tentar pular apenas com um pé segurando a sua mão. Por volta dos 4 anos, ela já aprenderá a pular em um pé só. 4- Bambolê: A brincadeira com o bambolê ajuda a trabalhar de forma efetiva o tônus muscular e a dissociação de quadril. Pois para manter o bambolê girando é necessário mover o quadril.Além disso, também pode-se rodar o bambolê em outras partes do corpo, como nos braços e nas pernas. 5- Jogar futebolPor último, esportes como futebol são excelentes aliados para desenvolver o senso de direção. E também coordenação motora, lateralidade, noções de espaço, socialização e, claro, o tônus muscular. MAS QUANDO BUSCAR AJUDA? Além de estimular a criança, é importante saber reconhecer quando há uma dificuldade e o momento de procurar uma ajuda especializada. Na maioria das vezes, as alterações que afetam o tônus muscular são a hipotonia e hipertonia.A hipotonia é

ATIVIDADES PSICOMOTORAS PARA ALUNOS COM TEA NA ESCOLA

ATIVIDADES PSICOMOTORAS PARA ALUNOS COM TEA NA ESCOLA – Primeiramente, as atividades psicomotoras são excelentes aliadas na promoção de um desenvolvimento infantil saudável, e também podem ser benéficas para os alunos com TEA. Por isso, quando os pais recebem o diagnóstico de que seu filho tem Transtorno do Espectro Autista (TEA), é comum que surja a preocupação voltada para questões de seu desenvolvimento. Dessa maneira, aprender sobre a psicomotricidade deve ser uma prioridade dos pais ou responsáveis, tendo em vista que atividades psicomotoras promovem o desenvolvimento de habilidades e competências que devem ser estimuladas desde cedo, ainda na educação infantil. MAS COMO AS ATIVIDADES PSICOMOTORAS CONTRIBUEM PARA O DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS COM TEA? De antemão, as atividades psicomotoras podem e devem ser implementadas dentro do âmbito terapêutico da criança com autismo, pois é comum que alguns déficits estejam presentes, como déficits no desenvolvimento motor, da linguagem e da socialização. Ou seja, outro benefício das atividades psicomotoras é a estimulação do controle dos impulsos. Sendo esta uma dificuldade comum entre os indivíduos com TEA. Por isso, as atividades atuam ajudando a aprimorar as habilidades de noção do espaço e do próprio corpo. Portanto, ao inserir atividades que estimulem a psicomotricidade no contexto da criança autista, você está beneficiando diretamente aspectos motores, cognitivos e comportamentais. Porém, é imprescindível que os profissionais envolvidos estejam bem preparados e capacitados a fim de promover uma intervenção bem-feita. DICAS DE ATIVIDADES PSICOMOTORAS PARA ALUNOS COM TEA É necessário que as atividades sejam planejadas e sistematizadas, implementadas de acordo com as estratégias estabelecidas, sempre baseadas em evidências. Sendo assim, o planejamento das intervenções deve levar em conta as particularidades e necessidades de cada criança, com o objetivo de promover o ganho da consciência sobre o esquema corporal e a interação com o meio externo. – Pegadas no chão Nessa atividade, o professor pode pedir ajuda dos seus alunos para pintar ou colar pegadas no chão, e eles podem colorir e enfeitar as pegadas como quiserem. Posteriormente, eles devem andar sobre as pegadas, sem pisar fora delas, alternando as passadas entre pé direito e pé esquerdo. Durante a brincadeira, o docente pode interagir, pedindo que os educandos mudem de direção, façam os movimentos mais devagar ou mais rápido, entre outras ações. Essa atividade trabalha o equilíbrio, estimula a identificação lateral, atua no reconhecimento dos lados direito e esquerdo e aciona a coordenação motora global. – Música e ação Pode ser utilizada a música como aliada do processo de estímulo psicomotor. Para promover esse exercício, serão necessários alguns instrumentos musicais, mas você também pode improvisar caso não tenha. Então, a brincadeira funciona da seguinte forma: o som de cada instrumento representa uma ação, por exemplo, quando o professor tocar o tambor, os alunos devem pular; quando ele tocar o chocalho, eles devem dançar, e assim por diante. Dessa forma, com a implementação dessa atividade, você estará estimulando a discriminação e percepção auditiva, inibição de impulsos, exercitando a identificação das ações, noção e percepção dos sons, orientação espacial, atenção, memorização e interação social com os colegas. – Alfabeto da qualidade Outra atividade muito legal para implementar em sala de aula é o alfabeto da qualidade, que consiste em uma brincadeira simples e bastante produtiva. A princípio, deve ser feito um círculo com todas as crianças presentes. A partir disso, os pequenos devem seguir a mesma linha de raciocínio: cada criança vai dizer o nome do seu amigo e uma qualidade que começa com a mesma letra do nome do coleguinha. Por exemplo, a primeira criança começa com a seguinte frase “eu gosto do meu amigo André porque ele é atencioso”; a seguinte continua “eu gosto da minha amiga Bia porque ela é bacana”. Logo, essa atividade estimula a atenção, a consciência fonológica, afetividade, imaginação, socialização, linguagem e, de certa forma, a coordenação espacial. – Jogo das mudanças Para que essa tarefa fique mais divertida, podem ser utilizados acessórios, como óculos, boné, entre outros. Então, as crianças devem ser divididas em duplas e, em seguida, cada membro da dupla deve observar bem o seu parceiro, e vice-versa. Posteriormente, as duas crianças se viram de costas e mudam alguma coisa no seu visual, com a finalidade do seu colega descobrir o que foi alterado. Outra opção que segue a mesma linha dessa atividade é fazer alterações em objetos ou ambientes da sala em vez de ser em si próprio. O intuito da atividade é auxiliar no desenvolvimento da atenção, estímulo da afetividade, socialização, criatividade e expressão corporal.  Há inúmeras brincadeiras que podem ser realizadas para a estimulação psicomotora. O essencial é conhecer os princípios da psicomotricidade, a fim de realizar a mediação adequada. Ao aplicar esses princípios em intervenções baseadas em evidências, todas as crianças podem ser beneficiadas, inclusive as crianças com TEA. REFERÊNCIAS LAUREANO, C. G.; FIORINI, M. L. S. POSSIBILIDADES DA PSICOMOTRICIDADE EM AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA ALUNOS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA. REVISTA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ATIVIDADE MOTORA ADAPTADA, v. 22, n. 2, p. 317–332, 16 ago. 2021. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/sobama/article/view/10402. Acesso em: 16 nov. 2022. SOUZA NUNES, A. C. A psicomotricidade na educação física para estudantes com TEA: a atuação da educação física na educação especial. Conjecturas, [S. l.], v. 22, n. 11, p. 1012–1027, 2022. DOI: 10.53660/CONJ-1501-2B09. Disponível em: http://www.conjecturas.org/index.php/edicoes/article/view/1501. Acesso em: 16 nov. 2022. Dicas de atividades psicomotoras para alunos com TEA. Rhema Educação, 2022. Disponível em: https://blog.rhemaeducacao.com.br/dicas-de-atividades-psicomotoras-para-alunos-com-tea/. Acesso em: 16 nov. 2022.

ATIVIDADES PSICOMOTORAS PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

As funções psicomotoras são de fundamental importância para as crianças. Saiba como trabalhar as atividades psicomotoras com alunos com deficiência intelectual. O QUE É DEFICIÊNCIA INTELECTUAL? A Deficiência Intelectual (DI) está associada a dificuldades de raciocínio e compreensão. Geralmente, crianças com DI apresentam raciocínio e compreensão abaixo da média quando comparadas com outros infantes da mesma idade. As crianças e adolescentes com DI podem ter vários níveis de deficiência, desde deficiência leve e moderada até a severa. A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E A PSICOMOTRICIDADE A psicomotricidade, como uma ciência que integra as funções mentais com as funções motoras, é de extrema relevância na estimulação dessas crianças e adolescentes.  Os pequenos com DI costumam ter muitas dificuldades psicomotoras básicas, como correr, pular, executar atividades de equilíbrio, ter organização psicomotora, escrever ou pintar. Todas as atividades psicomotoras, principalmente nesses indivíduos, devem estar desenvolvidas sobre duas habilidades mais básicas: as habilidades de tônus e as de equilíbrio. Isso é importante porque essas pessoas costumam ter muitas alterações no tônus muscular, e este é justamente o responsável por estruturar todos os nossos movimentos, fazendo com que o músculo contraia e relaxe de forma harmônica em cada ação. Nesse contexto, alguns tipos de atividades que podemos usar para trabalhar o tônus muscular são: atividades em que o infante precisa fazer força e/ou relaxamento, em que ele precise segurar coisas com força e depois soltá-las, enfim, todas as práticas em que ele precisa estabelecer força e depois relaxar. Ademais, atividades que trabalham o equilíbrio, à exemplo do equilíbrio dinâmico (correr, pular) e  exercícios do aspecto psicomotor do equilíbrio, podem ser embasadas no desenvolvimento ontogenético da criança, isto é, rolar, engatinhar, andar com apoio e rastejar. Todas essas práticas auxiliam muito o desenvolvimento psicomotor do infante. Essas atividades podem ser realizadas de várias formas, com músicas, jogos e brincadeiras. Além disso, elas são boas não só para as crianças com DI, mas para todas as outras que estão se desenvolvendo. DICAS DE ATIVIDADES – Montar um robô com formas geométricas Você pode utilizar blocos lógicos em formas geométricas e, junto com o aluno, organizar as peças e formar um robô, entre outras figuras, visando promover o raciocínio matemático. Vale destacar que é importante oferecer ajuda ao infante e reforçar positivamente os seus acertos. – Memorização de letra e imagem Trata-se de uma forma de estimular o aprendizado do alfabeto de maneira lúdica e interativa. Para facilitar o foco do pequeno, jogos podem ser usados, como um jogo da memória em que ele tem que memorizar a palavra que corresponde à letra. Sempre que ele acertar, parabenize-o  e estimule-o a continuar tentando. – Contar palitos Para o incentivo às habilidades matemáticas, contar palitos é uma prática simples e que pode ser feita em qualquer local, além do material utilizado ser de baixo custo e fácil acesso. Logo, sabe-se que a habilidade de contagem é de suma importância para a criança desenvolver outras habilidades matemáticas. – Régua de motricidade fina As réguas de motricidade fina são materiais específicos para alunos que apresentam problemas nesse tipo de motricidade. Caso você não consiga comprar a régua pronta, ela pode ser facilmente desenvolvida com papelão duro. – Quebra-cabeças Os quebra-cabeças são excelentes opções para todas as crianças. Para as que têm DI, você pode começar com quebra-cabeças de apenas duas peças e ir aumentando gradativamente. Além disso, o quebra-cabeça pode ser confeccionado por você mesmo, usando recortes de revistas ou materiais que não são mais usados. Esta atividade estimula percepções de posições no espaço e, para aumentar o foco do aluno, use figuras do interesse dele.

ATIVIDADES DE ALFABETIZAÇÃO PARA CRIANÇAS DE 6 ANOS

Atividades de alfabetização para crianças de 6 anos – Antes de mais nada, o desenvolvimento da alfabetização é algo indispensável para a autonomia do seu filho. Por isso, separamos algumas dicas para estimular esta importante habilidade. A importância da Alfabetização: Promover a alfabetização das crianças é algo imprescindível para o desenvolvimento em todos os aspectos da vida. Ou seja, o ato de saber ler e escrever garante uma boa base na vida escolar, resolutividade de problemas, socialização, tomada de decisões e autonomia. Com o intuito de alfabetizar crianças por volta de 6 anos, ou seja, em idade escolar, várias atividades do cotidiano podem ser aproveitadas para estimular esse processo de extrema importância. Nesse contexto, os pais podem ser grandes aliados dos filhos ao incentivar a alfabetização. Apesar dos afazeres diários tomarem a maior parte do tempo dos pais, ainda há atividades simples, e que utilizam poucos minutos do dia. E isso pode ser o suficiente para estimular os pequenos. Portanto, para incluir atividades de alfabetização na rotina do seu filho não é necessário esperar muito tempo. Pois desde cedo os pais podem proporcionar momentos que contribuam para o desenvolvimento dessa capacidade. Atividades de alfabetização para crianças de 6 anos DICAS DE ATIVIDADES QUE ESTIMULAM A ALFABETIZAÇÃO: Atividades de conversação: Atividades de leitura: Além disso, você também pode: Atividades de desenho e escrita: REFERÊNCIAS LUCON, J. S.; ZIBETTI, M. L. T. Alfabetização de crianças: concepções e perspectivas. Revista Exitus, [S. l.], v. 10, n. 1, p. e020032, 2020. DOI: 10.24065/2237-9460.2020v10n0ID1256. Disponível em: http://ufopa.edu.br/portaldeperiodicos/index.php/revistaexitus/article/view/1256. Acesso em: 7 out. 2022. Literacy activities for children. Raising Children, 2020. Disponível em: https://raisingchildren.net.au/preschoolers/play-learning/literacy-reading-stories/literacy-activities. Acesso em: 07 out. 2022.

APRENDENDO SOBRE EMOÇÕES: ATIVIDADES PARA CRIANÇAS

Aprender a lidar com as emoções é indispensável para que as crianças saibam gerenciar seus sentimentos e enfrentar os problemas do cotidiano. Incluir atividades que estimulam o desenvolvimento de competências emocionais é um requisito cada vez mais indispensável para o crescimento infantil, pois o aprimoramento dessas competências torna possível o estabelecimento de um ambiente social e integrativo. Além disso, saber reconhecer as emoções é fundamental na construção de habilidades sociais, como empatia, amizade e respeito. Nesse sentido, ao ter conhecimento das emoções, as crianças conseguem lidar melhor com possíveis problemas ou crises que venham acontecer. Quando o público infantil compreende as variações do estado psicológico e do humor que podem aparecer, o gerenciamento das condições emocionais se torna uma realidade. A partir do momento que seu filho aprende a identificar e definir fortes emoções (frustração, raiva, tristeza ou decepção), as chances de ele expressá-las por meio de comportamentos desafiadores, como a desobediência, são reduzidas. IDENTIFICANDO E DEFININDO AS EMOÇÕES Para que os infantes iniciem o processo de conhecer e nomear as emoções, é preciso entender que a maioria deles aprende através da prática cotidiana, isto é, visualizando as emoções em seu dia a dia, dentro do seu círculo de convivência. Desse modo, geralmente, o pequeno aprende o motivo do sentimento de raiva ser nomeado como “raiva” pelo uso diário para definir as emoções das pessoas, como “José está com raiva…” ou “fiquei com raiva, porque…” No entanto, existem formas de estimular o aprendizado das emoções por meio de algumas atividades que podem ser realizadas com as crianças. 1-      TRABALHANDO AS EMOÇÕES ATRAVÉS DAS FOTOGRAFIAS Nesta primeira atividade, você pode imprimir algumas fotografias ou imagens que representem diferentes expressões emocionais e, em seguida, pedir para que seu filho identifique quais são as emoções retratadas. Caso ele tenha dificuldade, dê dicas para ajudá-lo. Por fim, incentive-o a imitar as expressões, bem como a dizer se já sentiu a emoção e descrever o motivo. 2-      OLHANDO PARA O ESPELHO A segunda atividade é simples e pode ser trabalhada em casa ou na sala de aula. Os responsáveis colocam um espelho na frente da criança e pedem para ela demonstrar diversos tipos de expressões, começando com as mais comuns: alegria, tristeza, raiva, surpresa. Os pais podem observar essas expressões e pedir que, por meio de um desenho, o pequeno represente a que mais gostou ou sentiu dificuldades em fazer. Aos poucos, ao notar que o seu filho está evoluindo e dominando as emoções mais simples, é possível aprofundar e apresentar novas emoções, como: ansiedade, espanto, confusão, admiração, alívio, calma, desejo, estranhamento, satisfação e tédio. Agregado a essa atividade, os pais ou educadores podem explicar o significado de cada emoção e as situações que podem gerá-las. Desse modo, através dessa simples atividade, a criança aprende as características do corpo e se conhece melhor. 3-      CONTANDO HISTÓRIAS Contar histórias e estimular a leitura de livros é uma excelente alternativa não apenas para o aprendizado e gerenciamento das emoções, como também para o aprimoramento da linguagem e vocabulário. Nesse contexto, as histórias podem ser um grande auxílio para a compreensão das emoções por parte dos pequenos. Isso pode ser feito ao contar uma história ou ler um livro para o infante e, baseado no contexto da história, estimulá-lo a identificar os sentimentos dos personagens através de perguntas simples: – “Como ele está se sentindo? ” –  “ Por que ele está feliz? “ – “ Você já sentiu algo parecido? “ 4-      ENCORAJAR E ELOGIAR A CRIANÇA É importante incentivar que as crianças se expressem verbalmente, nomeando suas emoções e o que motivou este sentimento. Quando seu filho estiver chorando, ao invés de brigar ou repreender o choro, você pode perguntar o que houve de errado, para dialogar e entender os motivos dele. Ademais, ao perceber que o infante está nomeando as emoções e conversando sobre o que sente, elogie e o incentive a continuar dialogando sobre isso. Além de todos os benefícios já citados, isso possibilita a construção de um vínculo de confiança entre a criança e seu responsável. REFERÊNCIAS RODRIGUES, Francisco Alex; CARVALHO, Sayara Sá de; MELO, Adriana Soely André de Souza. Literacy of Socioemotional Skills in Early Childhood Education: Life Skills. ID on line. Revista de psicologia, [S.l.], v. 15, n. 54, p. 150-170, fev. 2021. ISSN 1981-1179. Disponível em: https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/2952. Acesso em: 29 ago. 2022. Learning about emotions: activity for children 3-6 years. Raising Children, 2021. Disponível em: https://raisingchildren.net.au/guides/activity-guides/emotions/learning-about-emotions. Acesso em: 29 ago. 2022. Atividades para trabalhar Sentimentos e Emoções na Educação Infantil. PsicoEdu, 2016. Disponível em: https://www.psicoedu.com.br/2016/10/atividades-educacao-infantil-emocoes.html. Acesso em: 29 ago. 2022.

Atividades para estimular a Consciência Fonológica em crianças com Autismo.

Autistas verbais e não-verbais podem se beneficiar a partir de adaptações nas propostas. Para aprender a ler, as crianças precisam antes entender e reproduzir o som de cada letra e então adquirir a habilidade de manipular combinações entre as letras. Em resumo, essa pode ser uma definição para a consciência fonológica, que deve ser estimulada desde sempre. As crianças com Autismo, no entanto, podem ter mais dificuldade em desenvolver essa habilidade devido às dificuldades de processamento auditivo e atrasos na fala. Por isso, entender como auxiliá-las no processo e quais atividades irão garantir essa etapa fundamental da alfabetização é dever de pais e educadores. A consciência fonológica é um dos primeiros passos que uma criança deve dar ao aprender a ler. O QUE É CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA? Fonemas são sons individuais em palavras. A consciência fonêmica consiste na capacidade de uma criança de reproduzir o equivalente sonoro das letras, como ‘mmm’ para M. A consciência fonológica é a capacidade de ouvir e manipular os sons da linguagem falada. O desenvolvimento da consciência fonológica é auditivo e a criança não precisa ter a habilidade de ler para praticar a combinação e manipulação de sons Mesmo antes de uma criança saber ler, ela é capaz de repetir o som que ouve em uma palavra. A consciência fonológica é importante porque ajuda as crianças a desenvolver habilidades como contar sílabas, combinar sons, misturar sílabas e adicionar ou subtrair prefixos e sufixos. Essas habilidades ajudam no desenvolvimento da leitura das crianças e no reconhecimento de sons e palavras faladas. ESTRATÉGIAS PARA ENSINAR CRIANÇAS COM AUTISMO A consciência fonológica é uma habilidade essencial de prontidão de leitura para crianças. Falando, assistindo, cantando, rimando, lendo e brincando, há muitas maneiras de incluir o jogo sonoro na rotina diária do seu filho. Seja criativo! Para que um aluno com autismo aprenda a ler, três componentes essenciais devem estar em vigor. Eles incluem: 1) Apresentar os materiais visualmente; 2) Oferecer instruções simples, concisas e mínimas para completar uma tarefa ou aplicar uma habilidade; 3) Utilizar um método multissensorial é benéfico para todos os estilos de aprendizagem, incluindo alunos visuais e cinestésicos. As crianças com autismo podem precisar de estratégias adicionais para ajudar a aprender a consciência fonológica. Aqui estão algumas atividades para estimular seu filho a praticar suas habilidades de consciência fonológica: Ofereça instruções simples: praticar os sons de 26 letras e combinações infinitas pode ser exaustivo. Ao trabalhar com seu filho, dê a ele instruções simples e passo a passo. Comece com sons simples antes de praticar combinações de sons. E basta fazer alguns para começar. Escolha palavras do dia a dia: Comece com palavras e combinações que já podem ser familiares ao seu filho. Escolher palavras como o próprio nome, “mãe”, “pai” ou os nomes dos irmãos são boas escolhas de palavras para começar a dividir as coisas em etapas mais viáveis. Desperte o interesse: Escolha personagens de televisão preferidos, imagens de amigos e familiares ou fotos de itens favoritos para manter a atenção do seu filho. Eles ficarão animados para praticar dizendo os sons que fazem parte do nome ou da palavra que estão olhando; Dê reforços positivos: As atividades de fala podem ser desafiadoras. Recompense seu filho à medida que ele progride. Faça pausas frequentes, se necessário, e ofereça reforço adequado por meio de cumprimentos, pausas para músicas ou brinquedos. Ofereça oportunidades para envolvimento físico: que tal brincar de quebrar os sons e as sílabas com música e movimento? Bata palmas, batuque, pule ou gire enquanto seu filho pratica sons diferentes e os mistura; Use o aprendizado prático: Incorpore pintura, desenho em areia e construção de letras em argila. Isso não apenas ajuda as crianças a praticar a criação de letras, mas é uma maneira envolvente de motivar as crianças a sentar à mesa e praticar suas habilidades de consciência fonológica. Faça uso de rimas, músicas e livros: Assistir a uma música lírica cantada, rimar ou ler um livro favorito pode ser uma maneira emocionante de praticar a consciência fonológica. As crianças podem praticar a pronúncia e explorar de forma independente os sons e palavras que lhes interessam.   REFERÊNCIAS: Best Practices for Teaching Reading to Students with Autism. Disponível em: https://www.readinghorizons.com/blog/post/2011/05/05/why-phonics-helps-autistic-learners-read Teaching Phonological Awareness and Decoding to Children with Autism. Disponível em: https://blog.stageslearning.com/blog/teaching-phonological-awareness-and-decoding-to-children-with-autism

Literacia: atividades para desenvolver as crianças desde a Educação Infantil.

Utilizar a linguagem como ferramenta social, de compreensão do mundo, é uma das características das crianças que recebem estimulação de Literacia. Embora haja um consenso entre os especialistas quanto ao melhor período da alfabetização, você já leu por aqui artigos em que apresentamos atividades importantes, por exemplo, de consciência fonológica e incentivo ao desenvolvimento da linguagem, a serem realizadas antes do processo formal de alfabetização. Hoje vamos falar de outro aspecto fundamental na formação linguística: o desenvolvimento da literacia. O processo de alfabetização realizado no Ensino Fundamental inicia-se, do ponto de vista do neurodesenvolvimento, muito antes: desde os pequenos sons emitidos pelos bebês, passando pelas conversas com seus pais, as brincadeiras entre seus pares e a descoberta do mundo ao seu redor.  A entrada na Educação Infantil deve favorecer a literacia emergente, que deve caminhar junto do ensino para a alfabetização. Esse termo é utilizado para se referir à capacidade de um indivíduo de se apropriar das habilidades preditoras da leitura e da escrita e suas práticas sociais.  Do ponto de vista das crianças, isso significa compreender que a escrita pode servir, por exemplo, para formular rótulos de alimentos ou a bula do seu remédio, tendo um caráter mais informativo; ou então mais utilitário, em placas de aviso; até a construção literária das histórias infantis; e assim por diante.  Aos poucos, ela mesma domina a linguagem, mas nem todas as crianças alfabetizadas desenvolvem bem a literacia,, justamente por uma lacuna na compreensão desse aspecto da formação. ALFABETIZAÇÃO E LITERACIA ANDAM JUNTAS. Antes mesmo de receber uma instrução explícita sobre o funcionamento da linguagem – e posterior decodificação da mesma referente à alfabetização – a criança já começa o processo de comunicação com o mundo. O ideal é que seja estimulada tanto na escola como em casa (literacia familiar). Antes de apresentar algumas atividades práticas para estimular seu aluno ou seu filho, vamos entender melhor a diferença entre alfabetização e literacia. Alfabetização é o processo de aquisição de leitura, de técnicas e habilidades para a prática da leitura e da escrita. Quando a criança domina o sistema de escrita ela conquistou habilidades de codificação de fonemas em grafemas e de decodificação de grafemas em fonemas. Podemos dizer que ela está alfabetizada. Já a literacia é um conjunto de práticas que estimulam o desenvolvimento da linguagem, ajudando na interpretação do mundo e na (futura) aplicação da leitura e da escrita no cotidiano. ATIVIDADES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL No dia a dia, as crianças precisam ser expostas à linguagem, seja falada, escrita ou visual, preferencialmente de forma integrada e intencional. Os jogos e brincadeiras são ferramentas fundamentais para desenvolver a literacia – que só será concluída posteriormente – assim como a alfabetização. Quando pensamos em desenvolver a consciência fonológica, a coordenação olho-mão, a memória, a atenção e retenção, entre muitas outras habilidades incluídas na pré-alfabetização, deve-se sempre ter em mente também a literacia. A leitura em voz alta seguida por uma breve conversa – de acordo com a idade e nível de compreensão da criança – promove uma espécie de debate. Pode-se fazer perguntas simples sobre o que ouviram, falar sobre as ilustrações, etc.  Para as maiores, por volta dos 04 anos, apresente jornais e revistas selecionando fatos curiosos para analisar em sala de aula (ou em casa). Explique a função destas publicações, debatam sobre o tema da notícia. Que tal ir para a cozinha? Sim, criar uma receita juntos envolve ler a lista de ingredientes, entender as orientações e passo-a-passo para preparação do prato e vai envolver as crianças no aprendizado de maneira lúdica e deliciosa! Os passeios também são uma forma de enriquecer o universo linguístico dos pequenos. Elas podem recontar mais tarde o que viram, qual sua parte favorita do dia, um fato inusitado que aconteceu. Não deixe de aproveitar a oportunidade para diferenciar as várias formas de comunicação que encontrar: as instruções do ponto de ônibus ou mensagem com o motorista do aplicativo são diferentes das placas de informação sobre os animais do zoológico! Aos poucos, com o desenvolvimento da linguagem, a literacia vai se desenvolvendo, e, aos poucos, a compreensão de que a escrita e a leitura possuem várias funções vai sendo compreendida pelas crianças de maneira natural. Quando for trabalhada de maneira sistemática e explícita em sala de aula, elas perceberão que tudo está conectado com o cotidiano. E assim fica muito mais interessante aprender. Ficou com alguma dúvida sobre letramento? Deixe nos comentários! REFERÊNCIAS: KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Alfabetização e letramento/literacia no contexto da educação infantil: desafios para o ensino, para a pesquisa e para a formação.Revista Múltiplas Leituras, v. 3, n. 1, p. 18-36, jan. jun. 2010.  MARTINS, Edson e SPECHELA, Luana Cristine. A IMPORTÂNCIA DO LETRAMENTO NA ALFABETIZAÇÃO. Disponível em: http://www.opet.com.br/faculdade/revista-pedagogia/pdf/n3/6%20ARTIGO%20LUANA.pdf

Falta de atenção e foco? Estimule atividades de equilíbrio e coordenação!

Desenvolver consciência corporal libera o cérebro da criança para aprender outras habilidades cognitivas. Desde o nascimento, inicia-se o desenvolvimento da coordenação e do equilíbrio, assim como dos outros aspectos do ser, como o cognitivo e o emocional. À medida que crescem e se desenvolvem, os bebês aprendem a levantar a cabeça, rolar e deslizar pelo chão. Aos poucos, aquele bebê se torna uma criança pequena e seu equilíbrio e coordenação ganham mais agilidade e controle e elas começam a engatinhar, andar, pular e correr.  Pouca coisa precisa ser feita para que esse desenvolvimento aconteça: apenas a livre movimentação, brincadeiras no parque e jogos com outras crianças garantem o potencial de desenvolvimento,com atividades cada vez mais complexas que permitem esse ganho de domínio do movimento, noção de espacialidade, propriocepção e consciência corporal. Como esse desenvolvimento motor está conectado ao desenvolvimento das outras áreas, uma criança com atraso nas habilidades de equilíbrio e coordenação poderá experimentar, ao longo do tempo, lacunas de aprendizagem em outros aspectos. Isso porque as crianças com dificuldade na aquisição de equilíbrio e coordenação, no ganho de consciência corporal, tendem a ter dificuldades com foco e atenção na escola, permanecendo agitadas, sem controle dos movimentos ou não cumprindo tarefas que exigem concentração. Má postura, inquietação e dificuldade na retenção de conteúdo enquanto ouvem o professor podem estar conectados à falta de equilíbrio, já que essa ferramenta é necessária, por exemplo, para se manter em posições necessárias para essas tarefas, como sentar-se em uma cadeira. Os pais e professores percebem que é preciso repetir as instruções à criança algumas vezes até que a tarefa seja concluída.  Por que isso acontece? O cérebro da criança está se esforçando tanto para manter a concentração, para tentar manter o corpo calmo e imóvel enquanto permanece sentado que não há “espaço” disponível para aprender naquele momento. Sinais de falta de equilíbrio e coordenação Como saber se é de fato um atraso de desenvolvimento motor com potencial para afetar a vida escolar e aquisição de outras habilidades? Alguns sinais: Teve atrasos de desenvolvimento quando bebê; Cai com facilidade ou tropeça com frequência; Tende a empurrar ou invadir o espaço pessoal de outras pessoas em eventos sociais; Pouco tônus muscular; Sente dificuldade para escrever letras e números; Não consegue ficar parado na cadeira e muitas vezes se distrai com barulhos ou pessoas ao seu redor; Atividades de equilíbrio e coordenação Quando as crianças estão envolvidas em jogos e atividades que promovem melhor equilíbrio e coordenação, seus corpos aprendem a se concentrar mais rápido e com mais eficiência.  A criança poderá então desenvolver a habilidade mental para administrar seu equilíbrio e sua coordenação automaticamente, sem ter que pensar nisso, liberando assim o cérebro para processar informações, ouvir o professor e se concentrar no aprendizado de outras áreas. Algumas brincadeiras e atividades interessantes para estimular as crianças com dificuldade de equilíbrio e coordenação são simples e acessíveis para realizar em casa e na escola.  Para coordenação entre membros superiores e inferiores, invista em: Pular corda; Concurso de parada de mão; Sapo saltitante; Volêi de balão; Percurso de obstáculos; Subir escadas de corda; Natação. Para estimular o equilíbrio e agilidade: Jogo da amarelinha (pular em um pé só, trocar os pés no salto); Andar em travesseiros ou almofadas; Saltar de quadrado em quadrado (delimitados com fita crepe no chão, por exemplo, ou em um piso geométrico); Corda bamba (caminhar em cima de uma corda) Agora que você compreendeu a relação entre foco e atenção com o desenvolvimento do equilíbrio e coordenação, tal comportamento fica mais compreensível. A criança em questão não é preguiçosa ou desinteressada, como pais e educadores podem pensar num primeiro momento. Uma observação mais cautelosa, com persistência dessas características, é fundamental para orientar os responsáveis e indicar uma avaliação especializada. Algumas dessas crianças poderão ser diagnosticadas com Transtorno de Desenvolvimento da Coordenação, ou TDC. Por isso, lembre-se: sempre que perceber algum atraso no desenvolvimento da criança, procure um neuropediatra para avaliação. REFERÊNCIAS: BALANCE AND COORDINATION: ACTIVITIES FOR ATTENTION AND FOCUS. Disponível em: https://ilslearningcorner.com/2016-10-balance-and-coordination-activities-for-attention-and-focus/ BESSA, Maria Fátima de Sousa e PEREIRA, João Santos. Equilíbrio e coordenação motora em pré-escolares: um estudo comparativo. Rev. Bras. Ciên. e Mov. Brasília v. 10 n. 4 p. 57-62 outubro 2002.