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Adaptando Estratégias Pedagógicas para Alunos com autismo Nível 2

Adaptando Estratégias Pedagógicas para Alunos com autismo Nível 2

O processo de ensino-aprendizagem é uma tarefa desafiadora para educadores, principalmente quando se trata de alunos em diferentes níveis de aprendizagem, como alunos com autismo nível 2. 

No caso dos alunos nível 2, que apresentam um conhecimento intermediário em determinadas áreas, é fundamental adaptar estratégias pedagógicas que atendam às suas necessidades específicas. 

Neste artigo, discutiremos algumas práticas e técnicas que podem ser utilizadas para promover o desenvolvimento acadêmico e cognitivo desses alunos, garantindo assim um ensino mais eficaz e inclusivo.

Quais são os níveis de autismo?

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª Edição (DSM-5) identifica três níveis de Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

No entanto, esses níveis podem limitar a compreensão de indivíduos que apresentam características em diferentes níveis diariamente ou variam entre eles ao longo do tempo. 

Além disso, refletem também uma divisão simplista entre baixo e alto funcionamento, sem considerar a complexidade das experiências autistas.

Compreendendo o autismo nível 2

Em geral, crianças no nível 2 enfrentam desafios significativos em suas habilidades sociais e interações com os outros. Uma das principais dificuldades é a compreensão de instruções verbais, o que pode resultar em mal-entendidos e frustrações durante as atividades escolares.

Neste sentido, esses alunos também podem apresentar dificuldade em processar informações verbais rapidamente, afetando suas habilidades para acompanhar as aulas e realizar tarefas de forma independente.

Além disso, a interação social com colegas pode ser dificultada, devido ao não entendimento das nuances da linguagem não-verbal e das dinâmicas sociais. Essas crianças também podem apresentar comportamentos não-verbais atípicos, como evitar contato visual ou ter dificuldade em expressar emoções verbalmente.

Portanto, no caso do autismo moderado, os comportamentos restritivos e repetitivos são mais intensos do que no autismo leve, e interrupções nas rotinas ou hábitos dessas crianças podem causar desconforto, ou angústia.

Estratégias pedagógicas para autismo nível 2

1. Comunicação visual: Utilize recursos visuais como fotos, pictogramas e tabelas para auxiliar na compreensão das instruções e conceitos apresentados em sala de aula. Facilitando  a comunicação e tornando o conteúdo mais acessível para os alunos.

2. Rotinas estruturadas: Estabeleça rotinas claras e previsíveis para auxiliar os alunos a se sentirem seguros e organizados no ambiente escolar. Isso pode incluir horários fixos para atividades específicas, como aulas de matemática ou intervalo.

3. Instruções simples e claras: Evite utilizar uma linguagem complexa ou ambígua ao dar instruções aos alunos com autismo nível 2. Procure ser direto e objetivo, utilizando frases curtas e precisas para facilitar a compreensão.

4. Reforço positivo: Reconheça e recompense o esforço dos alunos sempre que possível. Elogios sinceros e incentivos podem motivá-los a continuar se dedicando aos estudos e desenvolvendo suas habilidades.

5. Adaptação do material didático: Faça ajustes nos materiais utilizados em sala de aula para atender às necessidades individuais dos alunos com autismo nível 2. Isso pode incluir o uso de fontes maiores, papel colorido ou recursos táteis para tornar o conteúdo mais acessível.

6. Trabalho em equipe: Promova a colaboração entre professores, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e outros profissionais envolvidos no processo educacional dos alunos com autismo nível 2. O trabalho em equipe pode proporcionar uma abordagem mais integrada e eficaz no suporte aos alunos.

Em resumo, diante da complexidade do TEA e das necessidades específicas dos alunos níveis 2, é fundamental a adoção de estratégias pedagógicas adaptadas e individualizadas para promover o desenvolvimento acadêmico, social e emocional dessas crianças.

Além disso, a inclusão escolar requer um esforço conjunto entre educadores, familiares e profissionais da saúde, visando proporcionar um ambiente acolhedor e favorável ao aprendizado. 


Referências:

https://www.verywellhealth.com/what-are-the-three-levels-of-autism-260233

https://institutoneurosaber.com.br/quais-sao-os-tipos-de-autismo-tea-2/

https://harkla.co/blogs/special-needs/teaching-strategies-for-autism

https://www.readingrockets.org/topics/differentiated-instruction/articles/how-adapt-your-teaching-strategies-student-needs

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