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Neuroalfabetização na prática pedagógica: Como fazer?

Neuro-alfabetização na prática pedagógica: Como fazer?

A Neuroalfabetização na prática pedagógica é um tema de extrema importância para o desenvolvimento integral das crianças, indo além da simples decodificação de letras em sons.

Compreender, interpretar e interagir com o texto de maneira significativa são habilidades essenciais que contribuem não apenas para a alfabetização, mas também para o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças.

Diante dos desafios da alfabetização no Brasil, é fundamental implementar estratégias educacionais baseadas nas descobertas da neurociência. De acordo com informações divulgadas pelo G1, em testes de habilidades de leitura realizados entre crianças, o Brasil se posiciona em 39º lugar em um ranking composto por 43 países.

Neste artigo, discutiremos como o conhecimento sobre o funcionamento do cérebro pode ser aplicado pelos educadores para promover uma aprendizagem mais eficaz e estimulante.

Como o cérebro funciona?

O processamento neurológico da criança é fundamental para o desenvolvimento de suas habilidades cognitivas e emocionais. Durante a infância, o cérebro passa por um período de intensa plasticidade, no qual as conexões neurais se formam e se fortalecem em resposta às experiências vivenciadas. 

Além disso, é através desse processo que a criança aprende a ler, escrever, raciocinar e interagir com o mundo ao seu redor. 

Neste sentido, o ambiente emocional e social em que estão inseridas também desempenha um papel crucial em seus processos de aprendizagem, influenciando diretamente em suas habilidades de atenção, memória e motivação para adquirir novos conhecimentos. 

O que é Neuroalfabetização?

A Neuroalfabetização é uma abordagem pedagógica que visa compreender como o cérebro aprende e desenvolve estratégias para potencializar a alfabetização das crianças. Essa metodologia tem se mostrado eficaz, ao considerar as descobertas da neurociência sobre como o cérebro funciona e processa informações.

Além disso, ela tem como capacidade compreender como as conexões neurais são formadas e fortalecidas através da prática e da repetição, e como isso afeta nossa habilidade de assimilar novas informações.

Para os educadores que trabalham com crianças em idade pré-escolar e nos primeiros anos do ensino fundamental, a aplicação dos princípios da Neuroalfabetização pode fazer toda a diferença no processo de alfabetização.

Princípios da Neuroalfabetização

Esta abordagem pedagógica é guiada por princípios fundamentais necessários para a sua implementação bem-sucedida. 

Estes incluem a plasticidade do cérebro, que demonstra a sua habilidade de adaptação e criação de novas conexões neurais; a importância das emoções nos processos de ensino e aprendizagem, enfatizando a necessidade de um ambiente emocionalmente seguro e estimulante para promover o desenvolvimento cognitivo dos alunos; bem como a relevância da metacognição envolvendo a autoconsciência sobre as próprias estratégias de regulação do processo mental em relação à aprendizagem.

Neuroalfabetização eficaz

Para que você tenha eficácia no processo educacional, a pesquisa baseada em evidências é fundamental para embasar práticas pedagógicas eficazes, especialmente quando se trata de temas complexos como a Neuroalfabetização. Ao adotar essa abordagem, os educadores buscam utilizar evidências científicas sólidas para embasar suas decisões e práticas em sala de aula.

Além disso, isso significa que ao invés de confiar apenas em intuição ou experiência pessoal, eles se baseiam em estudos e pesquisas atualizadas sobre o funcionamento do cérebro e como isso influência no processo de aprendizagem.

Portanto, a NeuroSaber atua com a Neuroalfabetização na prática pedagógica, deixando a alfabetização mais eficiente e embasada, proporcionando aos alunos uma educação mais completa e adequada às necessidades individuais.

5 dicas essenciais para educadores

Para os educadores que desejam implementar a Neuroalfabetização na prática pedagógica, separamos algumas dicas, com base nos princípios da Neuroalfabetização, que podem ser úteis. Confira:

  • Estimule a atenção e concentração: O cérebro precisa estar focado para absorver novos conhecimentos. Portanto, crie atividades que estimulem a atenção das crianças, como jogos da memória, quebra-cabeças e atividades sensoriais.
  • Trabalhe a consciência fonológica: A capacidade de identificar e manipular os sons da fala é fundamental para o sucesso na alfabetização. Desenvolva atividades que estimulem essa habilidade, como rimas, trava-línguas e jogos de associação entre letras e sons.
  • Promova a motivação e o engajamento: O cérebro aprende melhor quando está motivado e envolvido emocionalmente com o conteúdo. Utilize histórias interessantes, músicas divertidas e projetos criativos para manter as crianças engajadas no processo de aprendizagem.
  • Utilize diferentes modalidades de aprendizagem: O cérebro humano processa informações de maneiras diferentes (visual, auditiva, cinestésica). Portanto, diversifique as atividades pedagógicas para atender às diferentes necessidades individuais dos alunos.
  • Ofereça feedback construtivo: O retorno sobre o desempenho dos alunos é essencial para direcionar seu aprendizado. Seja específico ao elogiar conquistas e apontar áreas que precisam ser desenvolvidas, incentivando sempre o esforço e a persistência.

Em resumo, a Neuroalfabetização na prática pedagógica pode trazer benefícios significativos para o processo de alfabetização das crianças. Ao compreender melhor como o cérebro funciona e aplicar estratégias adequadas, os educadores podem contribuir para que seus alunos desenvolvam habilidades sólidas de leitura e escrita desde cedo.

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Referências:

https://g1.globo.com/educacao/noticia/2023/05/16/criancas-do-brasil-tem-habilidades-de-leitura-inferiores-as-do-azerbaijao-e-do-uzbequistao-mostra-teste-internacional.ghtml

https://institutoneurosaber.com.br/artigos/neuroplasticidade-adaptacao-cerebral-na-aprendizagem-infantil/

MARANHAO, Samantha Santos de Albuquerque; PIRES, Izabel Augusta Hazin. Funções executivas e habilidades sociais no espectro autista: um estudo multicasos. Cad. Pós-Grad. Distúrb. Desenvolv.,  São Paulo ,  v. 17, n. 1, p. 100-113, jun.  2017 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-03072017000100011&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  19  abr.  2024.  http://dx.doi.org/10.5935/cadernosdisturbios.v17n1p100-113.

SILVA, Daiane Marques; VAL BARRETO, Gustavo de. Contribuições da neurociência na aprendizagem da leitura na fase da alfabetização. Rev. psicopedag.,  São Paulo ,  v. 38, n. 115, p. 79-90, abr.  2021 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862021000100008&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  19  abr.  2024.  http://dx.doi.org/10.51207/2179-4057.20210007.

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