Por meio de jogos, as crianças desenvolvem as habilidades necessárias para a alfabetização formal. Descobrir os sons do idioma é um dos primeiros passos da Consciência Fonológica para crianças pequenas Quem acompanha os artigos da NeuroSaber sabe da importância da Consciência Fonológica para aquisição das competências metalinguísticas que irão auxiliar os pequenos na compreensão e perceção dos sons da nossa língua, da noção de que as frases são formadas por palavras, estas por sílabas e cada sílaba se divide ainda em partes menores, as letras, ou fonemas. Nos anos iniciais da vida, os pequenos ainda não estão conscientes de que as palavras são formadas por uma sucessão de sons menores, já que o foco de atenção e o interesse está diretamente ligado ao significado do que ouvem ou pronunciam para se expressar. Para que a Consciência Fonológica se desenvolva e, posteriormente, a criança seja alfabetizada, é necessário que ela seja apresentada de forma explícita e sistematizada às regras de funcionamento do seu idioma. Diferenciar a consciência fonológica da consciência fonêmica é importante para acompanhar o desenvolvimento dos estudantes. Enquanto a consciência fonêmica designa a capacidade de conseguir decompor uma palavra em unidades menores (os fonemas), a consciência fonológica pressupõe um saber mais vasto das estruturas dos sons da fala, sendo a consciência fonêmica apenas um de seus parâmetros (Wood & Terrel, 1998). Na fase pré-escolar, esse conhecimento é adquirido, ao mesmo tempo, de forma natural (no contato com outras pessoas e o ambiente que os cerca, expressando-se no contato com os colegas, ouvindo os sons), como também intencionalmente, por meio de atividades dirigidas propostas pelo educador. Segundo especialistas no tema, a criança deve ser iniciada na estimulação da Consciência Fonológica pela consciência silábica, ou seja, a capacidade de isolar sílabas, já que na idade pré-escolar elas já possuem essa habilidade pré-desenvolvida (Freitas, Alves e Costa 2007). Já a consciência intrassilábica (habilidade de isolar unidades dentro da sílaba) e a consciência fonêmica (habilidade de isolar os sons da fala) são estimuladas no contexto escolar, durante o processo de apresentação do código alfabético. Conheça abaixo 10 atividades para trabalhar em sala de aula na Educação Infantil 1 – Exploração de histórias – Após a leitura ou contação da história, o educador faz algumas perguntas às crianças sobre o que foi ouvido, destacando uma frase e questionando o seu significado, por exemplo, incentivando-as assim à utilizar as habilidades de memorização, linguagem oral e experimentação do vocabulário; 2 – Jogo da nova palavra – Após a contação de histórias, o educador pode pinçar palavras novas no vocabulário e depois de explicar o seu significado, pedir às crianças que criem novas frases com o termo, busquem sinônimos ou palavras aproximadas (dentro do seu nível de consciência e de desenvolvimento); 3 – Complete a frase – o professor pode repetir uma frase omitindo uma palavra e pedindo às crianças que a relembrem, ou pedir que identifiquem os sons iniciais ou finais, trabalhando rima ou aliteração entre palavras; 4 – Jogo de segmentação de palavras – Nesta atividade, a intenção é identificar as palavras da frase. As crianças irão repetir a frase escolhida e então contar as palavras; Para isso, o educador apresenta a regra antes, dando um exemplo. “Hoje está sol. Quantas palavras há nessa frase? ‘Hoje’, ‘está’, ‘sol’. Três palavras”. 5 – Jogo de separação de fonemas nas palavras – Utilizando cartões com figuras, o educador apresenta quatro imagens diferentes às crianças, dizendo o nome de cada uma delas e pedindo que elas identifiquem, dentre as quatro, as duas que começam com o mesmo som. Caso as crianças não consigam de primeira, repete-se as palavras um pouco mais devagar, pedindo que acompanhem. É importante separar por vogais e por consoantes, lembrando de utilizar os sons das consoantes e não o nome das letras. 6 – Jogo das palavras partidas – Utilizar objetos manipuláveis e concretos ajuda as crianças que ainda não possuem a capacidade de abstração a entenderem alguns conceitos. Em uma mesa, utilize peças (de lego, por exemplo) ou pedrinhas para contar as sílabas. Peça às crianças que ouçam com atenção as palavras e descubra quantos pedaços ela tem. Quando for a vez dos pequenos, eles deverão repetir a palavra, contar as sílabas e mostrar o número de peças referentes às sílabas. A cada rodada, é interessante balancear o número de sílabas das palavras, diversificando o jogo. Por exemplo: pão/praia /comilão/borboleta. 7 – Inventando canções – Pode-se utilizar uma canção conhecida dos pequenos e pedir que inventem palavras que rimam ou comecem com o mesmo som. Por exemplo: “O pintinho piava perto da pia” Uma outra forma de jogar é mudar o som de algumas palavras da canção, como “O sapo não lava o pé” cantada com cada uma das vogais. Esse tipo de atividade ajuda a memorizar o som das letras. 8 – Caça-objetos – O jogo consiste em buscar no ambiente um objeto que comece com o som inicial proposto, por exemplo A. As crianças devem apontar (por exemplo, armário) ou trazer o objeto, sempre dizendo a palavra completa. 9 – Jogo da memória dos sons – Nessa versão, os pares serão formados por palavras que rimam! Utilize cartões de animais ou frutas. O par de vaca será pata, por exemplo. 10 – Manipulação Fonêmica (Consciência Fonêmica) – Apresente uma palavra para a criança e manipule os sons individualmente. Comece pelas vogais e apresentando palavras curtas, depois vá aumentando conforme o progresso da criança. Ex: Peça para que a criança repita o som de cada letra individualmente da palavra “FOCA”. Agora, peça para que ela diga outras palavras que comecem com cada uma dessas letras! Ex: “Formiga, Ornitorrinco, Cachorro e Abelha.” É importante observar o desenvolvimento das crianças durante as atividades e fazer um rodízio das atividades, persistindo nos objetivos por trás de cada jogo. Lembre: nesta fase, brincar é a melhor forma de aprender! REFERÊNCIAS: Programa de Treino da Consciência Fonológica : 2018, Portugal. Disponível em: https://digituma.uma.pt/ Wood, C., & Terrel, C. (1998). Pre-school phonological awareness and subsequent literacy development.
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Lidar com as emoções costuma ser um grande desafio para as crianças com autismo. A maioria percebe as emoções como algo que surge de repente e sem aviso. Além disso, elas podem ter dificuldade em reconhecer suas emoções e vinculá-las aos eventos que as causaram. Muitas crianças com autismo possuem dificuldade em organizar, interpretar e responder apropriadamente às informações sensoriais. Assim, eles têm sistemas sensoriais que reagem de forma exagerada ou insuficiente. Com isso, podem reagir de maneira inesperada a sons, toque e textura. Dessa forma, é importante que os adultos conheçam estratégias e atividades calmantes para ajudá-las. Como ocorre o processamento sensorial em crianças com autismo? A aprendizagem e o desenvolvimento de crianças com autismo estão ligadas às diversas funções psíquicas, físicas, emocionais e estruturais do desenvolvimento humano. Além disso, podem estar relacionados também com o Transtorno de Processamento Sensorial (TPS). O TPS é uma condição que ocorre em crianças e adultos. Acontece quando seus cérebros apresentam dificuldades em processar os estímulos sensoriais corretamente. Esse transtorno pode afetar, ou até mesmo interromper, a maneira como eles recebem os sinais sensoriais por qualquer um dos seus sentidos. Indivíduos com autismo ainda podem sofrer com uma sobrecarga sensorial. Mas o que é isso? Sobrecarga sensorial em crianças com autismo A sobrecarga sensorial descreve a experiência que uma criança com autismo pode sentir quando recebe muitos estímulos ao mesmo tempo, mais do que ele é pode processar. Assim, seu cérebro fica impossibilitado de processar todas as informações de forma correta, ficando sobrecarregado. A sobrecarga sensorial pode fazer com que a criança com autismo tenha um colapso. Isso pode resultar em uma resposta de luta, fuga ou, até mesmo, um “desligamento”. Sinais para reconhecer uma sobrecarga sensorial Muitas vezes as crianças com autismo têm dificuldades em avisar quando estão prestes a ter uma sobrecarga sensorial. Alguns possíveis sinais são: Mãos nos olhos ou nos ouvidos, com o objetivo de se esquivar do assunto. Aumento dos comportamentos repetitivos. Fuga. Andar de um lado para o outro, falar consigo mesmo ou bater as mãos. Cutucar a pele ou se beliscar. Esbarrar em móveis ou buscar um espaço pequeno para se “esconder”. Alguns desses comportamentos podem ser tentativas para se acalmar ou sinais de ansiedade. Por isso, neste artigo iremos apresentar dicas de atividades calmantes para crianças com autismo. Dicas de atividades calmantes para crianças com autismo Distração Ensine técnicas de distração para a criança com autismo. Dê preferência aos seus focos de interesse. Fornecer uma distração pode ajudá-las a esquecer aquilo que está incomodando. Crie rotinas As rotinas trazem uma sensação de calma e familiaridade para as crianças com autismo. Assim, elas possuem uma sensação de independência e capacidade maior de se acalmarem. Cobertores pesados Os cobertores pesados são um método de tratamentos de pressão. Eles ajudam no processo de acalmá-las, oferecendo segurança e fornecendo as sensações que seus corpos precisam. Saiba mais sobre eles neste artigo. Mudar o ambiente Se for possível, retire a criança do ambiente e leve-a para um lugar tranquilo. Você pode montar um espaço sensorial ou um canto específico na casa. Assim, a criança pode usar esse espaço sempre que precisar se acalmar. Soprar bolhas de sabão Soprar bolinhas de sabão estimula a respiração consciente. Essa técnica de respiração é fundamental para acalmar a criança. Mas, pode ser difícil de ensinar. Por isso, fazer bolinhas de sabão é uma ótima maneira de fazê-las respirar profundamente. Massinha de modelar Brincar com massinhas de modelar aciona os estímulos sensoriais da criança. Elas criam uma distração rápida e podem ser muito eficientes no processo de acalmar crianças com autismo. Cada criança é única! Por isso, é importante conhecê-la para saber quais técnicas funcionam melhor. Referência: AUTISM (ASD) and Sensory Processing Issues – Signs and How to Help. Griffin Occupational Therapy, 2019. Disponível em: https://www.griffinot.com/asd-and-sensory-processing-disorder/. Acesso em: 03 fev, 2022.BENNIE, Maureen. Calming Strategies to Support an Autistic Person. Autism Awareness Centre, 2020. Disponível em: https://autismawarenesscentre.com/calming-strategies-to-support-a-person-with-autism/. Acesso em: 03 fev, 2022.
Figura e fundo é um dos conceitos mais trabalhados na Gestalt-terapia, que é quando se está diante de uma imagem, uma situação, ou, entre diversos objetos, e seu foco se dá a um estímulo somente. Ou seja, “figura” é o objeto principal, que dentro do nosso olhar se tornou aquilo que se tem destaque. “Fundo” é o restante das coisas que não se destacam, que ficam em segundo plano. Posto isso, o conceito de figura e fundo é algo que praticamos diariamente. Aliás, nosso cérebro realiza tal função a partir de nosso nascimento. Porém, para as crianças isso pode ser algo difícil e até mesmo gerar um conflito. Isso porque essa fase contém vários estímulos que podem ser importantes. Por exemplo, quando o bebê fixa o olhar em alguém ou em algum objeto, a figura é o elemento principal. Em contrapartida, o fundo será todos os outros estímulos que não chamaram sua atenção. Mas, rapidamente o foco muda e outro objeto fica sendo a figura. Com a finalidade de desenvolver essa função, algumas atividades de figura e fundo serão propostas. Assim, esperamos ajudar no desenvolvimento desse processo. Dicas de atividades para figura e fundo As atividades de figura fundo não desenvolvem apenas habilidades que ajudam no processo de alfabetização, por exemplo, trabalhando a concentração. Mas ajudam, também, em outras atividades que trabalham a coordenação motora. Primeira dica: estimular o foco Essa atividade de figura e fundo é a de estimular o foco. Ela que pode ser trabalhada ou em casa ou na rua. Basicamente é despertar na criança o olhar, ou seja, dar demandas sobre coisas a procurar. Por exemplo: procurar um objeto amarelo ou procurar algo que esteja fazendo determinado barulho. Isso desenvolverá na criança a habilidade da concentração, onde ela focará na figura a ser encontrada. Essa atividade pode ser realizada em qualquer lugar. Não necessita de material, somente da criatividade do adulto para achar um bom objeto para que o olhar da criança procure. Segunda dica para trabalhar figura e fundo: imagens A próxima dica de atividade para figura fundo é a mais conhecida: trabalhar com imagens. Existe hoje na internet um grande acervo de imagens elaboradas com formas geográficas. Dessa forma, o intuito é formar uma imagem central, ou, até mesmo formas duas imagens. A atividade para figura e fundo é pintar a imagem que ela escolheu. Assim, ela irá achar o foco principal da imagem, a figura, e delimitar o fundo. Portanto, a utilização desses desenhos pode ser realizada para pinturas, recortes ou contornos em torno da imagem. Através disso, será possível trabalhar também questões como coordenação. Temos outros artigos também sobre atividades para desenvolver concentração ou coordenação motora: Atividades para estimular a coordenação motora fina Coordenação visomotora – atividades para melhorar a coordenação olho-mão Referências: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/viewer.html?pdfurl=http%3A%2F%2Fpepsic.bvsalud.org%2Fpdf%2Fcp%2Fv22n23%2F10.pdf&clen=172084&chunk=true chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/viewer.html?pdfurl=https%3A%2F%2Fwww.scielo.br%2Fj%2Fpaideia%2Fa%2FhcDrz6QCgGwtxvW3s3kpKKc%2F%3Fformat%3Dpdf%26lang%3Dpt&clen=628166&chunk=true
Vamos começar a Retrospectiva Neurosaber 2021. A missão da Neuro é muito importante. Trabalhamos muito para capacitar pais, professores e profissionais para que sejam instrumentos de potencialização do desenvolvimento das crianças. Por isso, em 2021 o trabalho foi intenso. Apesar de ter sido um ano muito desafiante, entregamos muito esforço e luta. Desenvolvemos projetos, criamos produtos e caminhamos para concluir nosso objetivo principal: melhorar a educação infantil. Por isso, no artigo de hoje, trouxemos alguns dos feitos do Instituto NeuroSaber em 2021. Acompanhe a retrospectiva Neurosaber com a gente. Aproximação com o público Em 2021, fizemos muitos vídeos e aulas ao vivo. Foram 124 lives, com mais de 8 milhões de visualizações. Isso significa 60% a mais de visualizações do que 2020. Nelas, conversamos muito sobre alfabetização, educação infantil, inclusão e transtornos do neurodesenvolvimento. E não foi só por ali que o nosso diálogo aconteceu. Em 2021, trouxemos mais 239 artigos para o blog, com muitos assuntos importantes para o nosso público alvo. Falamos sobre autismo, sobre TDAH, sobre alfabetização, sobre TOD, sobre psicomotricidade… Tudo isso com o objetivo de estar mais perto dos nossos alunos e acompanhantes. Parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Em 2021, seguimos nossa missão de capacitação e profissionalismo. Fizemos uma parceria com a UTFPR para uma pós-graduação em Inclusão Escolar nos Transtornos do Neurodesenvolvimento: autismo e suas comorbidades. O nosso objetivo com essa pós-graduação foi trilhar um caminho de aprendizagem para possibilitar a transformação de uma prática inclusiva. A ideia é proporcionar clareza sobre o que são os processos de inclusão com conhecimento científico. Além disso, trouxemos uma linguagem acessível e com aplicabilidade prática. Tivemos 8 materiais físicos, mais de 30 e-books (ISBN), trilhas de aprendizagem e roteiros de estudos preparados exclusivamente para os nossos alunos. Por fim, foram mais 2 materiais produzidos pelos próprios estudantes da pós-graduação e disponibilizados gratuitamente ao público: Protocolo de Acolhimento do Autista e sua Família Diretrizes para elaboração de relatório escolar direcionado ao aluno com TEA Retrospectiva Neurosaber: plataforma de formação EaD O Instituto NeuroSaber, para alcançar seu objetivo, tem uma plataforma EAD própria. Lá, temos os seguintes cursos: Proleia PEPI Músicos com parlendas Programa MoviMENTE Brincar é Fundamental ProTEA 2.0 Clube da Alfabetização Neuropalestras Pennsa Guia TOD AprenDI Entre outros Ao longo do ano, foram 43.288 novas matriculas e 12.087 certificados emitidos! Esse é um dado da retrospectiva NeuroSaber que nos dá muito orgulho. Ou seja: muitas pessoas saíram prontas para atender a entregar o seu melhor trabalho. Eventos 2021 também foi um ano de muitas entregas e eventos importantes. Alguns deles foram: I Congresso Nacional de Educação Baseada em Evidências Nesse evento, trabalhamos com diversos temas que fortaleceram a ideia de Educação Baseada em Evidências. Foram dois dias, 15 e 16 de outubro, com palestras e debates importantes. Levamos a professores, pesquisadores e demais profissionais da educação a importância de pautarmos a prática pedagógica em evidências científicas. Além disso, ressaltamos a necessidade de os profissionais da educação buscarem na ciência as respostas para os dilemas educacionais. Imersão Decifrando o Autismo Nesse evento, trabalhamos com o Dr. Clay Brites e convidados falando sobre assuntos relacionados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Assim, as pessoas puderam tirar dúvidas e conversar sobre o assunto de maneira clara. O evento aconteceu no dia 2 de abril e foi gratuito. Semana da Alfabetização Em 2021 também fizemos a Semana da Alfabetização, evento super importante onde foram ministradas 3 aulas sobre o tema. Durante a semana, mostramos como uma criança pode aprender a ler e escrever de uma forma eficaz, segura e lúdica. Falamos, também, sobre as formas cientificamente comprovadas para que essa aprendizagem aconteça. Outras atividades O ano teve muitas outras atividades para alcançar nosso objetivo e trabalhar nossa missão. Foram trilhas formidáveis e que nos deixaram muito felizes. Por isso, 2022 será ainda melhor, com muito mais projetos e trabalhos. Que tal continuar nos acompanhando nesse momento?
Sabemos que a criatividade infantil deve ser estimulada não só na escola ou nas atividades educacionais, como também em casa. Nesse período pandêmico ficou ainda mais claro a necessidade e a importância do brincar com bons estímulos que ajude no desenvolvimento criativo, intelectual, motor e tantos outros que são de suma importância para sua construção. A importância de se estimular a criatividade infantil Para o famoso pediatra Donald Woods Winnicott, nós já nascemos com a criatividade e é durante a infância que desenvolvemos ela voltada para a construção da nossa própria identidade. Entendemos também a necessidade de se brincar para uma criança, por isso recomendamos a leitura do artigo sobre os benefícios cognitivos da brincadeira que também está disponível em nossa página. Por isso pensamos nesse artigo que conta com cinco atividades que ajudam a estimular a criatividade infantil e desenvolver de uma forma simples brincadeiras que poderão ser realizadas em casa! 1.Massinha de modelar Pode parecer algo muito simples, mas a massinha nos permite infinitas possibilidades, pois com elas as crianças podem criar personagens, bichos, cores, imagens e inúmeras possibilidades. Pode se tratar de uma brincadeira com algum comando, por exemplo, ser pedido para a criança representar algo ou simplesmente deixar com que ela mesmo crie seus objetos de acordo com seus desejos. Atividade essa que pode começar na cozinha mesmo, com a fabricação das suas próprias massinhas, onde eles poderiam escolher as cores que desejam para essa brincadeira. 2. Faz de conta para a criatividade infantil Que existem milhares de livros sobre histórias fictícias nós já sabemos, mas que tal deixar que a própria criança crie a sua? Pode ser através de uma música onde ela irá colocar os objetos que está vendo ou criar uma história com eles. Isso é algo muito legal que pode ser trabalhado com os próprios brinquedos que elas já têm em casa, fantoches, livros, ou usando objetos da própria casa. 3. Palavras proibidas. Essa atividade é bem simples e pode ser feita em qualquer lugar. Se trata de um momento onde os pais permitem que a criança faça qualquer tipo de pergunta, e a partir disso as respostas não podem conter sim, não ou talvez. Um exemplo: a criança pergunta para o pai se ele gosta da cor azul e a resposta terá que ser de uma forma onde as palavras que foram estipuladas como proibidas não sejam usadas. Nessa atividade pode ser proposto que cada um faça uma pergunta por vez. Assim, a criança trabalhará a criatividade e o pensamento para formular respostas e perguntas. 4. Teatro Nessa atividade pode ser feito um show de talentos com toda a família onde cada um escolherá qual personagem será. O diferencial é de que os outros participantes escolham por qual situação cada personagem irá passar. Um exemplo: a criança escolhe ser uma árvore e os pais escolhem que terá que ser feito uma encenação onde essa árvore estará em um vendaval. É uma ótima atividade para desenvolver a criatividade e até mesmo arrancar boas risadas das crianças. Se soltem ! 5. Customização Por último, mas não menos importante, trazemos a customização como uma alternativa. Para esse momento pode ser escolhido um objeto, uma foto, uma roupa, enfim, várias possibilidades. Nessa atividade, os pequenos podem colocar novas imagens, brilhos, papéis, cores e texturas no objeto escolhido, dando assim a eles um momento de colocarem em prática sua personalidade e criatividade. Respeite o momento. Entendemos que sempre queremos que nossos filhos se desenvolvam rápido, mas é sempre válido lembrar que a criança nunca deve ser forçada a realizar nenhuma atividade, pois assim, terá efeito reverso. Entenda os sinais e caso ele queira trocar de brincadeira, pare e volte para as atividades com estímulos em outro momento. Referências: https://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem13pdf/sm13ss17_01.pdf http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-711X2008000200014 https://www.scielo.br/j/pcp/a/8MJjD3fdG4HKDHRQzjyqRGd/?lang=pt
As atividades de ação e reação são responsáveis por moldar a arquitetura cerebral, formando novas conexões neurais e auxiliando o desenvolvimento do cérebro. Esses jogos formam novas conexões no cérebro da criança à medida que ela faz gestos e caretas e o adulto reage aos seus movimentos. Importância dos jogos de ação e reação para o desenvolvimento do cérebro O desenvolvimento do cérebro, a partir dos jogos de ação e reação, começam logo cedo no bebê. Conforme ele vai fazendo gestos, sons e movimentos, e o adulto reage de maneira focada, formam-se bases da arquitetura cerebral. Essas bases são fundamentais para o desenvolvimento futuro. Os jogos de ação e reação ajudam a criar conexões entre as diversas áreas do cérebro. Quando os pais e responsáveis fornecem um ambiente focado na criança, promovendo a ação e reação, contribuem com um ambiente rico em estímulos e desenvolvimento do cérebro. Uma arquitetura saudável do cérebro depende de uma base construída por estímulos apropriados e adultos atenciosos. Realizando as atividades de ação e reação Nas atividades de ação e reação, a criança começa apresentando interesse em algo e o adulto responde de maneira interessada, dando importância e ouvidos à ela. Existem 5 passos para praticar a ação e reação com as crianças e ajudar o desenvolvimento do cérebro. Veja quais são: 1. Compartilhar o foco Quando a criança está interessada em algo, o adulto é capaz de perceber. Ela pode apontar para o objeto, pegá-lo e emitir um som para demonstrar o interesse. Ao perceber a ação, você estimula a criança de acordo com o seu interesse. Dessa forma, você irá aprender mais sobre as habilidades, interesses e necessidades dela. Além disso, essa atividade estimula a curiosidade e atenção. 2. Apoiar e incentivar para melhorar o desenvolvimento do cérebro Nesse momento, busque responder as ações da criança com palavras de incentivo. Apoie dizendo: “isso mesmo!” e “muito bom!”, por exemplo. Responda a ação de acordo com a necessidade da brincadeira. Expressões faciais e movimentos corporais também são fundamentais para incentivar a criança. Brincar, ajudar e conversar com ela, entrando na brincadeira e percebendo seu foco de atenção, faz com que a criança se sinta acolhida, ouvida e valorizada. A importância desses momentos está diretamente ligada à curiosidade da criança. 3. Nomeie Ao nomear o que a criança está vendo ou fazendo, criamos importantes conexões de linguagem no seu cérebro. Essa conexão acontece antes mesmo que o bebê saiba falar. Por isso esta atividade é tão importante para o desenvolvimento infantil. O adulto pode nomear desde objetos a até mesmo ações e sentimentos que envolvem a criança. Dar nome às ações e objetos que rodeiam a criança fornece a ela um vocabulário amplo. 4. Revezar e esperar Essa ação ensina a criança sobre autocontrole e a conviverem com os outros. Cada vez que você fizer uma ação, dê um tempo para que a criança responda à ela. Aprender a esperar é fundamental para o desenvolvimento infantil, uma vez que, ao esperar, damos tempo para que ela desenvolva ideias e pense em suas ações. Esperar as ajuda a entenderem suas vontades. 5. Ensinar sobre os finais e começos ajuda no desenvolvimento do cérebro É possível saber quando as crianças estão cansadas de uma determinada atividade, visto que elas sinalizam isso. Por isso, é necessário se atentar e entender quais são esses sinais. Elas podem soltar o brinquedo, apontar para o outro lado ou simplesmente sair andando. Mais uma vez, compartilhar o foco mostra-se importante nessa atividade. Ao fazer isto, você consegue compreender quando ela está pronta para finalizar e começar uma atividade. Com isso, incentivamos a criança a tomar iniciativa, apoiando no momento em que estão prontas para explorar o mundo ao seu redor. Essas atividades, de ação e reação, são fundamentais para o desenvolvimento do cérebro da criança. Construindo bases para o aprendizado e comportamento ao longo de toda a vida. Busque desenvolver essas atividades ao longo do dia a dia das crianças. Referência: SERVE and Return. Center on the Developing Child – Harvard University.
A coordenação visomotora é uma habilidade que utiliza importantes sistemas relacionados ao desenvolvimento neuropsicomotor. Assim, ela envolve a percepção visual e coordenação olho-mão. A estimulação dessa habilidade irá auxiliar no processo de aprendizagem escrita da criança. A coordenação olho-mão é uma habilidade que nos permite realizar movimentos que necessitam do uso dos olhos e das mãos, ao mesmo tempo. Ou seja: é uma habilidade cognitiva complexa, por envolver as duas habilidades – visual e motora. Dessa forma, deve ser sempre estimulada com as crianças. Importância da coordenação visomotora A coordenação olho-mão apresenta uma enorme importância para o desenvolvimento da coordenação motora fina. Além disso, também é importante para a habilidade grafomotora. As habilidades que envolvem a coordenação motora fina, por exemplo, se desenvolvem quando as crianças aprendem a usar os músculos das mãos, pulsos e dedos. A habilidade visual e motora envolve vários processos fundamentais para o desenvolvimento da criança. Algumas são: o controle das mãos, o processo de agarrar o objeto e, por fim, de manipulá-lo. Dessa forma, é necessária a relação entre o objeto, os olhos e as mãos. Para a realização desses movimentos, os sistemas nervosos e motores precisam de muitas funções para organizar seus movimentos. Isso torna essencial a estimulação de atividades que compreendam esses fatores. É possível notar que, algumas crianças que possuem dificuldades na coordenação visomotora, apresentam também problemas de equilíbrio e coordenação em um aspecto geral. Assim, há dificuldades em seu controle de movimentos. Por isso, estimular a coordenação olho-mão com as crianças por meio das brincadeiras e atividades é simples e importante. Muitas atividades podem ser usadas para estimular essa habilidade. Em seguida, vamos apresentar algumas que você pode realizar com a criança. Atividades para estimular essa coordenação 1. Empilhar objetos As atividades de empilhar os objetos são atividades simples. Porém, trabalham com muitas competências ao mesmo tempo. Por exemplo: percepção visual, concentração, atenção e, obrigatoriamente, coordenação visomotora, visto que a criança necessita da visão e das mãos ao mesmo tempo. 2. Recorte e colagem Para esta atividade, a criança também vai trabalhar com suas habilidades motoras finas, sua concentração, atenção e cuidado. Dessa maneira, você pode oferecer alguns desenhos para ela e auxiliá-la no processo. Em seguida, incentive-a a colar as figuras em espaços específicos, coordenando suas mãos junto com o que está vendo. Mas atenção: as atividades de recorte devem ser acompanhadas. 3. Bolhas de sabão ajudam na coordenação visomotora Você sabia que as bolhas de sabão ajudam a melhorar as habilidades motoras finas? Soprar bolhas ajuda a refinar as habilidades motoras orais, usando também a coordenação olho-mão. Aliás, a diversão e os benefícios estão não apenas em fazer bolhas, mas também em estourá-las! 4. Brincadeiras com bolas Além de ser uma atividade que as crianças costumam gostar, ela é muito útil no seu processo de desenvolvimento. Dessa forma, você pode desenvolver a coordenação olho-mão por meio de alguns esportes. Por exemplo: basquete, vôlei, handebol, e inúmeras outras atividades. Assim, usem a criatividade para criar brincadeiras novas! 5. Abotoar camisas Abotoar camisas, por exemplo, é uma tarefa comum do cotidiano. Porém, ajuda muito no processo de aprender a utilizar a coordenação olho-mão (coordenação visomotora). Por isso, é importante incentivar a criança a realizar essa atividade sozinha. 6. Pintura é ótima para a coordenação visomotora A pintura ajuda a fortalecer a coordenação motora fina, de modo geral. Ou seja: a pintura a dedo é uma opção super bacana. Ela dá às crianças a oportunidade de usar as mãos e se divertir muito! Você também pode incentivar a criança a desenhar antes. Dessa forma, você estimula mais uma vez sua coordenação. Brincar é uma das funções mais importantes na infância. É por meio delas que as crianças aprendem novas habilidades. Assim, essas são apenas algumas atividades que estimulam a coordenação olho-mão das crianças. Porém, você pode procurar desenvolver novas brincadeiras junto com elas! Referências: EMMEL, MLG; FIGUEIREDO, M. O. O brincar, o desenvolvimento psicomotor e a aprendizagem. ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL, v. 6, p. 3963-3875, 2015. COSTA, Ana Francisca Azevedo. O desenvolvimento da motricidade fina: um estudo de intervenção com crioanças em idade pré-escolar. 2013. Dissertação de Mestrado. PEREIRA, Débora Morais; ARAÚJO, Rita de Cássia Tibério; BRACCIALLI, Ligia Maria Presumido. Análise da relação entre a habilidade de integração visuo-motora e o desempenho escolar. Revista brasileira de crescimento e desenvolvimento humano, p. 808-817, 2011.
As crianças com autismo possuem mais dificuldades para fazer expressões faciais e outras expressões não verbais. Por exemplo: imitações, posturas, gestos, expressões faciais e contato visual. Além disso, as dificuldades também estão em em usar as habilidades não-verbais para se comunicar, como apontar para mostrar algo ou interagir com alguém. As expressões faciais são muito importante nas interações sociais e na comunicação com outras pessoas. Os bebês, por exemplo, desde pequenos usam as expressões faciais para se comunicarem com os adultos. Porém, crianças que estão dentro do espectro autista costumam ter dificuldades nisso, o que isso pode afetar outras partes de seu desenvolvimento. Por isso, é essencial ensiná-las por meio das brincadeiras e atividades interativas. Importância de reconhecer as expressões faciais O autismo é um transtorno de neurodesenvolvimento. Dessa maneira, ele afeta os processos importantes, que são responsáveis pela socialização, comunicação e a aprendizagem. Isso significa que muitas habilidades podem ser prejudicadas, dependendo do grau do espectro. Sendo assim, é relativamente normal que os pequenos apresentem dificuldades na interação social ou em sua autonomia diante de variadas situações do seu dia a dia. A representação emocional no TEA é um dos pontos principais a ser prejudicado. Isso porque as atividades comportamentais sofrem o impacto do autismo. O transtorno é responsável por essa característica na vida da criança. Dessa forma, podemos incluir a dificuldade em reconhecer e realizar as expressões faciais. Ou seja: é ainda mais difícil a comunicação social com as pessoas. As dificuldades em produzir expressões faciais não estão ligadas com limitações musculares no rosto. Porém, estão ligadas a uma separação entre a emoção em si e sua representação visual. Por conta disso, nesse artigo vamos apresentar brincadeiras que você pode desenvolver com a criança para treinar as habilidades. Isso ajudará a compreender o uso das expressões. Brincadeiras para desenvolver as expressões faciais 1. Imitação As brincadeiras com imitações podem ser muito úteis no processo de desenvolvimento infantil. Principalmente para crianças com TEA. Assim, a habilidade de imitação deve ser construída de maneira voluntária, estimulando e incentivando a criança. Você pode usar a imitação com os animais, por exemplo. Podem trabalhar a imitação de sons e até mesmo de movimentos. Além disso, você pode incentivar a criança a imitar outras crianças ou adultos. Dessa forma, vai estimular o contato visual e a conexão com as pessoas. O adulto pode começar essa brincadeira sendo um “espelho’’ da criança. Ou seja: pode imitar tudo que ela está fazendo. 2. Use figuras e imagens! Nada melhor para aprender as expressões faciais do que vê-las constantemente. Assim, use figuras e imagens que expressem os sentimentos. Cole-as na parede ou em um quadro visível para a criança. O importante é fazer com que ela tenha contato fácil e direto com essas imagens. Ou seja: incentive-a a imitar as expressões faciais que está vendo! 3. Nomeie com as crianças os sentimentos Essa atividade deve ser feita sempre com a participação da criança. Dessa maneira, toda vez que vocês presenciarem uma expressão de sentimento – alegria, tristeza, raiva ou dor, por exemplo – incentive a criança a reconhecer e nomeá-la. Isso fará com que a criança se aproprie e reconheça com mais facilidade os sentimentos e suas expressões faciais. 4. Desenhe! Assim como ver as figuras e nomear as expressões, desenhá-las também facilitará o processo. Separe espaços (você pode nomeá-los previamente para cada expressão) e dê para que a criança desenhe. Dessa forma, a criança irá pensar nas expressões, no significado, e colocar no papel sua representação facial. O importante é que ela entenda o desenho e vá desenvolvendo essa habilidade cada vez mais. É importante lembrar que essas atividades devem acontecer conforme a disposição da criança. Ela nunca deve ser obrigada a brincar contra sua vontade. Assim, caso ela queira parar, vá retomando as atividades devagar em outros momentos. Referências: KLIN, Ami. Autismo e síndrome de Asperger: uma visão geral. Revista Brasileira de Psiquiatria , v. 28, p. s3-s11, 2006. PRADI, Thiago et al. Ferramentas de computação visual para apoio ao treinamento de expressões faciais por autistas: uma revisão de literatura. In: Anais do XLIII Seminário Integrado de Software e Hardware. SBC, 2016. p. 140-151.
Ensinar as crianças a lerem por meio de atividades multissensoriais, é baseado na ideia de que alguns alunos aprendem melhor quando o material que recebem é apresentado em uma variedade de modalidades. Este método usa o movimento e toque, juntamente com o que vemos e que ouvimos para ajudar um estudante a aprender a ler, escrever e soletrar. As atividades multissensoriais favorecem a integração de informações de várias rotas, favorecendo a integração na memória de longo prazo. Para saber mais sobre isso, continue lendo o artigo. Os benefícios das atividades multissensoriais Nem todos os alunos processam as informações da mesma maneira. A maioria dos alunos tem um tipo de aprendizagem ou uma forma de receber informações ideais para sua personalidade e cognição. Alguns alunos são bons ouvintes e podem entender conceitos ouvindo uma explicação, enquanto outros podem precisar desenhar com lápis e papel. Outros alunos podem ser excelentes em rastrear informações com os olhos e preferem assistir a uma peça, enquanto outros aprendem melhor encenando a peça fisicamente. No entanto, mesmo os alunos que respondem bem à técnica de assistir e ouvir, por exemplo, podem não estar processando informações tão bem quanto poderiam. O ensino multissensorial garante que cada aluno, independentemente do tipo de aprendizagem, tenha um meio de compreender a informação. Por isso, ambientes de aprendizagem multissensorial aumentam a função cerebral. Cada sistema sensorial tem alvos no cérebro que estimulam a função cognitiva: As técnicas de ensino multissensorial estimulam o cérebro de várias maneiras, para que cada sistema sensorial se torne mais desenvolvido e funcione melhor. Isso melhora as funções essenciais do cérebro, como habilidades de escuta, movimento, visão, reconhecimento tátil e conceituação. Deixe as crianças mais envolvidas no processo de aprendizagem da leitura É fácil para a criança se perder durante uma explicação. É difícil para eles prestarem atenção a cada informação que lhes chega da mesma forma, aula após aula, dia após dia. Por isso, quando técnicas de ensino multissensoriais são usadas e a criança acaba fazendo algo tático e físico, enquanto ouve instruções e vê informações, então não há muita oportunidade para a atenção do aluno se desviar. Ensinar de uma forma que força vários sentidos a trabalharem juntos não apenas permite que os alunos estabeleçam conexões mais fortes com as informações, mas exige mais foco de uma forma agradável. As atividades multissensoriais aprimoram as habilidades de leitura Já vimos que o ensino multissensorial é aquele que usa mais de um sentido para aprender algo. Para ensinar leitura a crianças com dificuldades, a partir do ensino explícito das conexões entre letras e sons (consciência fonológica) com uma abordagem multissensorial, usando visão, audição, toque e movimento para ajudar as crianças a conectar sons com letras e palavras. Seu principal objetivo é ensinar a ler, decodificar palavras. A criança aprende as letras olhando para elas, dizendo seu som, tocando-as e usando vários materiais para traçá-las, como creme de barbear, areia, sal, etc. Essa abordagem é amplamente utilizada em alunos com dislexia. Hoje, muitos métodos de ensino da leitura são baseados nesta abordagem. As metodologias multissensoriais podem ser utilizadas com todos os alunos, tenham ou não dificuldades, pois permitem atender à diversidade de formas de aprendizagem das crianças. Facilita o trabalho da forma que melhor se adapta à sua forma de aprender, reduzindo as desigualdades. Portanto, todas as crianças em idade escolar se beneficiaram com seu uso em salas de aula. Quer saber mais sobre o assunto? Então veja esse vídeo com a Lú Brites. Referências : Waterford.org. Why Multisensory Learning is an Effective Strategy for Teaching Students How To Read. Disponível em <https://www.waterford.org/education/why-multisensory-learning-is-an-effective-strategy-for-teaching-students-how-to-read/> Acesso em 26 out. 2021.
Muitas crianças lutam com dificuldades de aprendizagem que podem prejudicar sua capacidade de processar e compreender as informações. A discalculia é um transtorno de aprendizagem que envolve dificuldade de conceituar e realizar matemática. Tornar a matemática prática e multissensorial, em vez de usar planilhas, é absolutamente essencial e para tratar a discalculia em crianças, professores e pais precisam trabalhar juntos. É importante que os conceitos da aula sejam reforçados em casa. Há uma série de atividades que você pode fazer em casa que ajudarão seu filho a aprender coisas como quantidade e números, além de ajudar com problemas matemáticos simples. Continue lendo o artigo para saber mais. O que é discalculia? Discalculia é uma dificuldade particular de aprendizagem em matemática. De acordo com a American Psychiatric Association (2013), discalculia é caracterizada por deficiências no aprendizado de fatos aritméticos básicos , processamento de magnitude numérica e realização de cálculos precisos e fluentes. Essas dificuldades devem ser quantificáveis abaixo do esperado para a idade cronológica de um indivíduo e não devem ser causadas por baixa escolaridade ou deficiência intelectual. É um distúrbio específico e não deve ser confundido com ansiedade matemática ou uma dificuldade geral de aprendizado de matemática. É também um distúrbio de aprendizagem que difere de pessoa para pessoa, o que significa que afetará as pessoas de maneira diferente ao longo da vida. A discalculia não recebeu a mesma atenção que a dislexia. A discalculia também é considerada genética e devido a diferenças neurológicas no cérebro. Não é causado por educação inadequada ou pela criança não estar trabalhando duro o suficiente, etc. Dicas de atividades para crianças com Discalculia Você pode querer aproveitar algumas atividades diárias para ajudar a discalculia em casa, como por exemplo: No momento de cozinhar ou no mercado A criança pode ajudar no momento em que você estiver cozinhando. Peça que ela conte os ingredientes. A mesma coisa no momento de compras no mercado. Ela pode contar os itens que estiverem no carrinho. Contando enquanto passeia No caminho para a escola, ou até mesmo em um passeio pelo bairro, você e a criança podem contar os carros que sejam da mesma cor. Ou também podem procurar por números em placas de casas ou carros. Isso pode ajudar muito para que ele aprenda os números. Jogos de cartas O UNO é um jogo de cartas bem popular, e pode ajudar as crianças na importância dos números. Há também outros jogos de cartas, que podem ser feitos com o baralho convencional, como paciência e 21. Todos esses jogos ajudam a treinar ideias diferentes, como formar grupos com o mesmo número, colocar os números em ordem ou encontrar certas combinações de números. Dominó Com o dominó é possível as crianças associarem números, e praticar adição e subtração. Quando se trata de discalculia, o mais importante é não deixar passar despercebida. Como acontece com qualquer dificuldade de aprendizagem, uma maneira eficaz de ajudar as crianças é estar o mais informado possível. Estar informado significa que você pode dar a melhor ajuda possível e o melhor apoio. E assim como sua criança precisa pedir ajuda quando necessário, os pais também o fazem. Ter o apoio de outros pais e especialistas tornará esta jornada específica menos estressante. Referências CSILAG, Jules. 5 Ways to Help Your Child With Dyscalculia Master Math. Noodle, 2016. Disponível em <https://www.noodle.com/articles/5-ways-to-help-your-child-with-dyscalculia-master-math> Acesso em 18 out 2021.