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Como ajudar o autista a se comunicar com mais clareza?

As crianças com autismo apresentam dificuldades na comunicação, e por isso é importante que elas tenham estímulos extra em seu cotidiano e aprendizado.

Por tanto, neste artigo você terá acesso a dicas para ajudar essas crianças a se comunicarem melhor.

DIFICULDADE DO AUTISTA EM SE COMUNICAR

Antes de mais nada, pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresentam dificuldades para se expressar ou se comunicar.

Sendo assim é importante destacar que para se comunicar as pessoas usam, além da fala, o contato visual. Ou seja, linguagem corporal, gesticulação com as mãos, mudanças no tom da voz, entre outras estratégias. Todavia, muitas vezes, os autistas não desenvolveram adequadamente tais habilidades sociais.

Por exemplo, somado a isso, crianças com TEA podem apresentar problemas no processamento da fala e linguagem. Ausência de vontade ou necessidade de se comunicar e dificuldade em responder uma mensagem ou interação.

Portanto, é comum que elas tenham problemas em identificar os significados dos sons e associar a palavras ou pensamentos. Nesse sentido, os pequenos com autismo podem, por exemplo, falar palavras fora de contexto.

MAS COMO AJUDAR O AUTISTA A SE COMUNICAR COM MAIS CLAREZA?

Primeiramente, alguns sintomas dessa falta de habilidade social são:

– Sendo assim padrões de fala atrasados ​​ou incomuns;

– Por exemplo, pouca ou nenhuma compreensão de gírias e duplo sentido;

– Ou seja, dificuldade para compreender o tom da voz e a linguagem corporal como forma de expressar sarcasmo, humor e ironia;

– Dificuldade de se imaginar no lugar de outra pessoa.

MAS QUAL É A IMPORTÂNCIA DE MELHORAR A COMUNICAÇÃO?

O ato de falar e se comunicar é de suma importância para que, a partir dele, o indivíduo com TEA consiga se desenvolver. Ou seja, interagir com outras pessoas. Por isso, é indispensável que os pais ou responsáveis estejam atentos ao desenvolvimento do filho no contexto da fala.

Sendo assim, isso pode ser percebido através de alguns marcos do desenvolvimento da fala. Por exemplo, o pequeno que está com cerca de 18 meses de idade já pronuncia por volta de 20 palavras. Por outro lado, aos 24 meses, cerca de 200 palavras. No entanto, aos quatro ou cinco anos, o esperado é que a fala já tenha se desenvolvido por completo. Contudo, caso ocorra algum atraso nesse desenvolvimento, é fundamental procurar ajuda especializada.

Quanto mais cedo se perceber os sinais de autismo, a criança tem mais chance de receber uma intervenção adequada, e terá um tratamento mais efetivo para o seu desenvolvimento. Ou seja, a melhora na sua interação social.

MAS COMO AJUDAR O AUTISTA A SE COMUNICAR COM MAIS CLAREZA?

ANTES DE MAIS NADA, DICAS DE COMO MELHORAR A COMUNICAÇÃO:

No entanto, é importante ter em mente que cada pessoa com autismo é única. Por isso algumas abordagens que funcionam bem com uma criança podem não ser tão efetivas para outra.

Além disso, todos os indivíduos com autismo podem aprender a se comunicar. No entanto, nem sempre isso acontece por meio da linguagem falada. Desse modo, os autistas não verbais podem aprender a se comunicar de outras formas.

Mas como estimular brincadeiras e jogos?

Em primeiro lugar, é fato que os pequenos aprendem melhor brincando, e com a fala isso acontece do mesmo modo. Por isso, investir em brincadeiras interativas é uma ótima alternativa. Pois elas estimulam a comunicação.

Ou seja, nesse contexto, reserve um tempo para brincar com seu filho utilizando músicas, batendo palmas. Por outro lado, fazendo gestos e deixando ele à vontade para expressar qualquer sinal de comunicação. Além disso, você pode incentivar a fala através de perguntas ou contando histórias.

Por exemplo, incentivar a imitação

Antes de mais nada, estimular a imitação pode ser uma boa estratégia para ensinar palavras ou ações e estimular a comunicação. Então, de forma lúdica e divertida, procure chamar atenção do pequeno em momentos de brincadeiras e interações e incentive a imitação.

Estimule gestos e contato visual

Sendo assim, como citado, os gestos e o contato visual também fazem parte da comunicação, e os pais ou responsáveis podem incentivar essas habilidades.

Por exemplo, ao se comunicar com a criança, faça uso de gestos, acenando com a cabeça para falar “sim” ou “não”. Também batendo palmas quando ela acertar alguma atividade. Ou até mesmo balançando as mãos para dizer oi e tchau, entre outros gestos presentes no cotidiano. Além disso, quando ela quiser algum objeto ou no momento em que ela for explicar algo, estimule-a a apontar para o que está sendo falado.

Permita que a criança se expresse

É fundamental que o pequeno esteja à vontade para falar ou expressar o que está sentindo ou pensando, sem medo de errar. Ou seja, evite corrigir os erros que ele comete de forma brusca. Pois isso pode fazer com que ele se sinta reprimido. Sendo assim, permita que ele se comunique sem receio.

Do mesmo modo, deixe-o responder por si mesmo. Por mais que possa demorar, não complete suas frases. E, caso ele não consiga responder ou se expressar naquela situação, deixe claro que está tudo bem. Deixe a criança confortável e seguro.

Faça uso de uma linguagem simples

Ou seja, esse não é um momento de usar palavras complexas. Pois, para que a criança comece a desenvolver sua linguagem, o vocabulário deve ser mais simples. Portanto, ao falar, use frases curtas e que possam ser facilmente compreendidas pela criança.

Uso da tecnologia

No entanto geralmente, as pessoas com TEA se beneficiam de recursos relacionados à tecnologia. Ou seja, atualmente, já existem diversos suportes visuais e programas que ajudam a estimular e desenvolver a fala.

Sendo assim, há alguns aplicativos que foram desenvolvidos especificamente para auxiliar nesse processo. Portanto, basta procurar na internet ou pedir a indicação por meio de algum profissional capacitado.

Quer aprender mais? Então assista o vídeo abaixo:

 REFERÊNCIAS

MENESES E SILVA, E. A. Transtorno do Espectro Autista (TEA) e a linguagem: a importância de desenvolver a comunicação. Revista Psicologia & Saberes, [S. l.], v. 9, n. 18, p. 174–188, 2020. Disponível em: https://revistas.cesmac.edu.br/psicologia/article/view/1221. Acesso em: 10 jan. 2023.

SOARES ALMENDANA SILVEIRA, A. C.; TERESINHA FRIZZARINI, S.; CARGNIN, C. Comunicação e interação social da pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Boletim GEPEM, [S. l.], n. 76, p. 79–90, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufrrj.br/index.php/gepem/article/view/198. Acesso em: 10 jan. 2023.

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6 respostas em “Como ajudar o autista a se comunicar com mais clareza?”

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